TEMA 2 (postagens ate 13/09)
Ao longo dos últimos 25 anos a temperatura em algumas cidades subiu mais de dois graus, e ainda pode piorar.
Como construir cidades que possam se adaptar a este novo, e longo, verão urbano?
Plataforma de práticas discursivas da disciplina Novas Teorias da Arquitetura e do Urbanismo no CAU-Unileste. Pretende ser um ambiente de construção de repertório crítico sobre a arquitetura e suas interfaces, através da experimentação teórica e da sistematização de idéias e conceitos pela escrita. Wellington Cançado e Jorge Tanure.
Sobre o lago Titicaca, localizado entre o Peru e a Bolívia, flutuam as centenárias ilhas auto-sustentáveis construídas pelo povo Uros, descendentes dos Incas. Essse povo construiu cerca de 40 ilhas feitas com totora, uma vegetação abundante no lago, há centenas de anos pela necessidade de fugir de ataques inimigos. As ilhas têm
Sol, água e vento. Estas três fontes de energia tornam independente e ecológica a enorme ilha artificial que flutua no Tejo. A ilha-cidade funciona como se fosse uma gigantesca estrutura modulada, onde cada módulo tem água, luz e tudo o mais obtidos a partir de fontes renováveis. A concepção da Ilha pressupõe a introdução de novas tecnologias e “novos materiais inteligentes”.
"Um edifício flutuante, que pode crescer e diminuir, mover-se de e para qualquer ponto, de superfície irregular, utilizando o movimento das águas e do ar como gerador de energia, e fazendo das flutuações e da diferença de temperatura outro elemento importante. Usa a luz e o calor como energia, constituindo um organismo onde tudo pode acontecer". Assim a define Emanuel Dimas Pimenta, arquiteto português, que elaborou a proposta virtual da ilha para a candidatura de Lisboa aos Jogos Olímpicos de 2020.
A degradação dos recursos naturais e o crescimento continuo da população mundial, concentrada principalmente nas cidades, tem nos conduzido a um estado de insustentabilidade, onde é crescente a redução de solo fértil. Diante desse quadro é imprescindível a criação de planos de ação para efetivar e consolidar a sustentabilidade, repensando os sistemas construtivos e as relações homem e meio, propondo novas possibilidades de ocupação das superfícies do planeta.
Novas propostas, que utilizam novas tecnologias e materiais, têm se materializado na forma de ilhas-cidade, que flutuam sobre lagos e mares. Essa ilhas são promessas de uma vida sustentável, semelhante a vivenciada pelos Uros no Peru.
Mas diante dessas novas arquiteturas de alto desempenho ambiental e tecnológico, como sensibilizar a população a essa nova cultura do habitar sustentável?
No ano de 2030 acontece o tão temido aquecimento global. Fortes ventos, grandes ondas, chuvaradas, altas temperaturas, degelo, etc. foram conseqüências deste fenômeno. As cidades litorâneas foram engolidas pelo mar. Comentava-se que poderia ser um novo dilúvio. Muitas pessoas mortas e feridas. _ eh! Uma verdadeira tragédia. Dizem que tudo tem um lado bom. Vinte e cinco anos depois da “guerra” vieram à normalidade. A reconstrução das cidades, afinal, nem Noé ficou na Arca a vida toda.O que antes era uma utopia no começo do século XX em 2055 começa a virar realidade. As cidades futuristas imaginadas pelo Grupo Archigram tornaram-se analogia para os arquitetos, engenheiros, design nesta reconstrução. Esses começam a criar desde moradias até veículos para se habitar novos espaços. Já que uns das formas escolhida para ocupação deste foi o “espaço”, torres dispondo de alta tecnologia foram construídas sobre pilares cravados na água e passarelas, elevadores, computadores, carros flutuantes e até robôs, foram pensados, articulados e projetados para se viver em uma cidade “espacial”A torre moradia possuem, suítes com sistemas de climatização, computadores e LCD, banheiro com chuveiro a seco, sala com varanda com vista para o “espaço”, cozinha ligada a internet proporcionando ao morador cozinhar com qualquer mestre culinário onde ele esteja, área de serviço; lavar e passar não e mais a funções das donas de casa, e sim dos robôs (sistemas robotizado) , elevadores e esteiras rolantes facilitam locomoção no seu interior.Espalhadas pela cidade as torres comercio (padarias, supermercados, lojas, hospitais, postos , etc.) são equipadas com alta tecnologia tendo um sistema drive –tru, que otimizam o dia a dia. O mesmo funciona nas torres shopping, onde as vitrines são vistas a partir de passarelas rolantes que as circundam.
Com o passar dos anos o que era só um projeto hoje é realidade. Vivenciar e experimentar esta nova cidade auto-sustentável que é composta por um sistema de satélites para movimentação dos transportes, um sistema de energia renovável e um sistema de aproveitamento de água que adequam o meio ambiente para proporciona mais comodidade, praticidade, segurança e também economia, dando melhor qualidade de vida para as pessoas que a habitam.
EDITADO 01.11.07
A exploração de petróleo (recurso mineral não renovável) faz com que cada vez mais visionários de lucros, busquem formas, eficazes e rápidas, para a exploração do petróleo, construindo assim, grandes “cidades ilhadas tecnológicas” ou “cidades ilhadas capitalistas”, construções essas que se instalam em determinados lugares até sugarem todos os recursos, como as plataformas petrolíferas, que chegam a produzir diariamente mais de 180mil barris de petróleo.
Apesar da tecnologia avançada das construções contemporâneas, o homem já pensava em meios de sobrevivência e ocupação em lugares fora da terra firme, por exemplo, o Mercado Flutuante em Bangkok na Tailândia, que é um labirinto de canais estreitos, congestionado de pequenas embarcações de madeira, onde um amontoado de pessoas vendem seus produtos, para os consumidores nas “margens”, margens estas feitas sobre palafitas, cultura está, denominada arcaica, assim como comunidades inteiras vivendo ilhadas, na Amazônia, onde o único meio de transporte são as embarcações, outros povos se organizam como verdadeiros nômades nas águas do oriente médio, povos estes que vivem de maneira ultrapassada, morando em pequenas embarcações familiares, onde passam a maior parte do ano navegando, à deriva, sobrevivendo do que o mar oferece.
A cidade idealizada pelos situacionistas, a Nova Babilônia é uma cidade nômade, feita de habitações temporárias, permanentemente remodeladas pelo vagar de seus habitantes, onde “pode-se vagar durante um longo tempo pelo interior dos setores unidos entre si, entregar-se à aventura que nos oferece esse labirinto ilimitado. A circulação rápida no solo, os helicópteros por cima dos terraços cobrem grandes distâncias e permitem a mudança espontânea de lugar”. Os habitantes situacionistas são esses caminhantes – os mendigos, os boêmios, o que restou dos ciganos – são as pessoas que nos podem falar sobre a cidade, pois somente elas vivem todo dia a experiência de distanciar-se do caminho, subtrair-se ou adaptar-se a uma nova situação. Assim também são as grandes malhas subterrâneas (gasoduto, esgoto, água, telefone, etc.), outras possibilidades, conectadas pelos tubos e cabos, passando em rochas, mares, pastos, montanhas... Ligando uma cidade à outra, uma casa a cidade, são redes intermináveis, muitas vezes à deriva, sem saber por onde vai passar, onde vai chegar.
Já se pode enxergar no chão o contorno do Burj Dubai, ou Torre de Dubai, que será o maior prédio do mundo quando concluído, em 2008. As bases da construção, inspiradas em uma flor de seis pétalas típica do deserto, aparecem como um desenho incrustado no solo. Foram 12 meses de trabalho para consolidar, a 50 metros de profundidade, a estrutura subterrânea composta por 195 vigas feitas com 110 toneladas de concreto, que darão suporte ao gigante.
As dimensões exatas do gigante de concreto são mantidas em sigilo. Os especialistas calculam que ele passe dos 700 metros de altura. O número de andares também não é exato. A princípio falou-se em 123, mas, da maneira como foi projetada, a torre pode ganhar mais andares durante a construção. Todo esse mistério gerou um bolão de apostas. Há quem diga que o prédio ultrapassará os 150 andares, isso porque, na visita à obra, alguns convidados viram um modelo de elevador com 189 botões, um para cada andar.
O Burj Dubai vai superar o atual espigão mais alto do mundo, o Taipei 101, em Taiwan, com 509 metros. Dessa forma, o Oriente Médio volta a ter a honra de abrigar a maior estrutura construída pelo ser humano, título que perdeu em 1889, com a construção da Torre Eiffel, em Paris. Até então, o recorde pertencia à Pirâmide de Gizé, no Egito. Atualmente estão na Ásia os maiores edifícios do globo.
O país possui uma série de outras obras tão espetaculares quanto o Burj. Entre elas estão o The Palm, projeto que pode ser visto do espaço e prevê a construção de condomínios residenciais e hotéis de luxo sobre três ilhas artificiais em formato de palmeiras.
As duas primeiras ilhas, que aumentam em 120 quilômetros a extensão territorial do país, devem ficar prontas até o final deste ano. A primeira, Palm Jumeirah, é residencial e cada um de seus 17 braços em formato de folha é reservado a uma única mansão. Especula-se que o jogador inglês David Beckham tenha reservado a sua por US$ 1,6 milhão. A segunda ilha, Palm Jebel Ali, é voltada ao entretenimento, com parques aquáticos e restaurantes. Juntas, elas terão 60 hotéis, quatro mil mansões, cinco mil apartamentos e mil casas de praia.