setembro 29, 2008

COR NO FUTEBOL

Não sei se muda astral, ou dá mais confiança, ou é mística mesmo.
Mas não é preciso ser especialista para saber que cor não estufa a rede dos adversários.
Nem o mais místico cromoterapeuta acreditaria nisso.
''As cores não são determinantes, apenas influenciam noambiente''
"A mescla de azul com amarelo, com predominância para o amarelo, no caso do futebol, é perfeita. O azul é sereno, meditativo, da razão. O amarelo é força, criatividade. Assim, se equilibra razão e emoção nas proporções desejadas.''explica Ondina, cromoterapeuta.
O Atlético MG mudou seu uniforme, lembro que em uma ocasião foi dito que na camisa do atleticofaltava uma outra cor, sendo que so prevalecia o preto-branco, sugeriram o vermelho, foram lá e colocaram onúmero de vermelho e agora, detalhes em ouro.Além do Atlético MG, várias equipes também estão fazendo isso, como o palmeiras (Verde Limão) e o santos temdetalhes em azul bem forte na camisa de treino etc...
A cor do uniforme no futebol é muito marcante para os torcedores.
Muitos times são conhecidos pela sua cor.
VERDÃO assim chamam o Palmeiras, COLORADO o Iter de Porto Alegre.
Nas seleçoes isso tambem acontece a Holanda em sua melhor fase foi chamada de LARANJA MECANICA, a Italia de ESQUADRA AZUL e a nossa seleção de AMARELINHA.
As cores dos times influenciam naum só na hora do jogo ou no dia em que o time ganha, tudo que um atleticano vai comprar se só tiver na cor azul, provavelmente ele não ira levar, o mesmo acontece com um cruzeirense com as coresalve negra. Eu como um bom FLAMENGUISTA não deixo de usar outras cores por conta do futebol, mas adoro me vestir de vermelhoe preto, principalmente quando meu engão está ganhando.
Li uma reportagem de um estudo feito na Inglaterra em que pesquisadores chegaram a conclusão de que o VERMELHO é a cor da Vitória, não é atoa que meu mengão é penta campeão...hehe
RODOLFO GODOY TORRES

setembro 28, 2008

A cor da vida

A cor da vida
Ouvi, certa vez, uma “história” sobre a existência de Deus. O autor do questionamento dizia que se Deus fez todas as coisas, Ele não fizera somente o bem, mas também o mal. Alguém que ouvia tais palavras expressou algo muito interessante: Deus não fez o mal, o mal existe justamente onde Deus, o Bem, não está presente. O mal é a ausência do bem...
Retrato-me a isto para falar das cores.
O branco existe devido à mistura das cores; o preto é o contrário, ele existe em função da ausência de cores – ele, portanto não deveria se chamado de cor. Se for a ausência sua essência, posso concluir com isso que se quisermos influenciar na sociedade, temos que preocupar mais com o que existe – a tecnologia, a globalização, as cores, o bem, etc. – isso é o que está acontecendo; se assim fizermos poderemos interagir muito mais com a vida, com as mudanças na sociedade, nas cidades, em nossos bairros e residências.
O homem tem que avaliar suas ações baseando-se na “cor”: se fizer qualquer coisa, vão acontecer mudanças, “são as cores existentes”. Porém se não fizer nada, é como ficar sofrendo como o preto da ausência de atitudes.
Que nossas atitudes sejam coloridas de iniciativas para mudar o que podemos, aceitar a atitude dos outros, “criticar” o que está acontecendo – concordando ou não – mas sempre fazendo algo para não ficarmos marcados ou vistos como aqueles que não possuem o toque da existência da cor, do bem e não ausência de tais. Se existem situações escuras, pretas no seu entorno, lance cores ideais para influenciar positivamente. Não permita que a falta de atitudes determine as cores de sua vida.

Que cor vou usar?

Pensa em uma cor? Pensou? Eu pensei, na realidade pensei em algumas possibilidades. E tenho certeza, que antes de pensar em uma única cor, e decidir por ela, passaram ao menos outras três cores em sua cabeça, estou certa? Isso porque existem inúmeras possibilidades, e variações de uma mesma cor, e cada uma é de uma beleza insubstituível, e a ser usada em situações diferentes.
Começando então a pensar em ambientações, quando na hora de decidir quais móveis usar, na sala ou no quarto, na cozinha ou no banheiro, e então, decidir o tipo de sensações que deseja transmitir, que tipo de ambiente deseja criar. Então, pensar nas cores, em suas tonalidades, tipologias, ambiências, e assim, pintar as paredes de sua casa e colocar os móveis em conformidade com a cor escolhida.
Pensando em uma casa com paredes brancas, cada espaço pode ser o que quiser, já que o branco é a junção de todas as cores e assim, permite toda e qualquer possibilidade que uma mente colorida possa imaginar, ambientes coloridos ou de um mesmo tom. Paredes podem ser pintadas e cores acrescentadas ao ambiente, mesmo que nos objetos.
Pensando agora, de uma forma mais pessoal, como a cor traduz nossos sentimentos e jeito de ser, vamos pensar em como decidimos que roupa usar. É através de nossas roupas do dia a dia em que traduzimos nossos sentimentos e é como vamos refletir isso às outras pessoas em um primeiro impacto, pois assim que nossa imagem é refletida, uma outra imagem é formada, e essa é repleta de cores, e são elas que vão nos identificar. Um exemplo: é manhã, acordei e estou me arrumando para trabalhar, que roupa vou vestir? Minha blusa branca, minha blusa azul, a preta ou a estampada? É sem pensar que fazemos essas escolhas, mas com certeza seus sentimentos influenciam na hora de escolher que roupa usar. Às vezes, vamos às compras e nunca decidimos por qual peça levar, mesmo que nos apaixonarmos por determinada blusa, não sentimos segurança de levar porque achou que não ficou legal em você, ou que a cor não combinou com você. Mas será mesmo que a roupa de fato não ficou bem em você ou é a cor que não combinou com seu dia ou seu humor?
Significado das Cores

A escolha das cores é indispensavel para equilibrar os ambientes da casa, pode influenciar beneficamente os ambientes que são utilizados. Cada cor provoca sensações variadas afetando nossas emoções e até nosso humor.

Vermelho
É a cor do fogo, da paixão, do entusiasmo e dos impulsos. Estimula os movimentos, ajuda a combater o estresse e a falta de energia. Indicado em pequenas doses em tons avermelhados para salas de estar e jantar.

Amarelo
É a cor do sol, trazendo luz para as situações difíceis, ativando o intelecto, a comunicação, a harmonia do todo. Se utiliza em áreas de acesso, salões sociais e quartos de estudo. Gera calor e por isso é recomendado para climas frios.

Violeta
O violeta representa o mistério, expressa sensação de individualidade, personalidade, associado à intuição e à espiritualidade, influenciando emoções e humores. Não é aconselhável para o ambiente inteiro com esta cor, mas num tom mais azulado é ideal para locais de meditação.

Laranja
É a cor da comunicação, do calor efetivo, equilíbrio, da segurança, da confiança, cor das pessoas que crêem que tudo é possível. Estimula otimismo, generosidade, entusiasmo e aumenta o apetite. Somada ao azul gera força. Ideal para salas de estudo/reunião, local onde a família se encontra para conversar.

Rosa
Relacionada com o coração, amor e alegria. Favorece a empatia e o companheirismo.

Azul
Transmite seriedade e confiabilidade, fluidez, tranqüilidade.É a cor da purificação do bem estar e raciocínio lógico, é a única que tem como grande poder de desintegrar energias negativas, favorece paciência amabilidade e serenidade. Acalma a energia dos quartos de crianças e adultos hiperativos

Verde
Traz paz, segurança, esperança em abundância, confiança e inteligência, é a cor do movimento e da ação. É a cor de desvendar mistérios, indicada para todos os ambientes. No banheiro é aconselhável ter toalhas ou detalhes de acabamento em verde vivo pois é ali que se purifica o corpo energizando-o.

PretoÉ a cor do poder, induz a sensação de elegância e sobriedade. Onde o que está fora não entra e o que está dentro não sai. É a "não" cor, ausência de vibração, cor das pessoas que buscam proteção ou afastamento ao seu redor. Indicada só para detalhes de acabamento ou objeto, pois pode deixar o ambiente muito escuro.

gustavo sérgio

setembro 27, 2008

Cores

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Com as 70 cores disponíveis do blog fiz a brincadeira.
Mas branco, preto e vermelho são as que mais me marcam.

Dizem que estas são as cores de arquiteto. E realmente se pararmos para observar sempre passam essas cores pela nossa cabeça quando vamos escolher alguma pra um trabalho gráfico.

Acho que entendo porque são essas as cores que eu escolho:
O branco está sempre na frente de nossas telas de computador, pranchetas.
Por sua pureza, o branco parece um convite ao desenho, ao rabisco, ao tingir de algum modo.
Ele cria a sensação de limite de espaço para o começo de um processo de criação.

Já o preto trás a sobriedade. Remete a algo sério, consistente.
O preto colabora por sua presença, que nunca passa despercebida.
Ele consegue representar qualquer coisa, por linhas, sombras ou pictogramas, sem nunca deixar a desejar.

E brando e preto sozinhos seriam retrô se não fosse o vermelho... ah sim! O vermelho!...

O vermelho [como clichê] é amor, paixão, sangue, carne... mas indo além, vermelho é alegria, é tempero, é sabor.
Mais ainda, por estar entre branco e preto, vermelho é o elo que trás vida, sentimento, emoção.
Vê como nessa própria página branca com texto preto, o vermelho mostra alguma outra coisa?
Vê como as três cores, mesmo que básicas, juntas parecem familiar... quase que agradável aos olhos?
Claro que não desprezo as outras infinitas, já que o colorido por si só já é lindo, emocionante.
Mas se ‘colorido’ é a junção de 2 ou mais cores, meu ‘colorido’ primeiro é branco, preto e vermelho!



Lanara Raone


setembro 25, 2008

Espaços de cores

Cores de primavera, verão outono, inverno, cores que instiga sensações e desperta sentimentos. Tudo se mistura em uma nova paisagem, em uma nova conformação do espaço.
Criar, imaginar sensações que se inventam e reinventam a cada espectador; pensar que tudo pode se modernizar e voltar ao passado em apenas uma troca.
Tudo se inicia no branco que para alguns é a cor primordial, para outros, a ausência de toda e qualquer cor ou preparação para receber uma “nova cor”. As cores se sobrepõem e se unem no branco, mas se perdem quando o preto entra em cena.
Andar em um shopping, curtir a cidade é o mesmo que experimentar diversas sensações; podemos analisar a junção de estampas, listras e cores lisas que enchem nossos olhos de expectativa e desejo de inovar e criar um espaço em que tudo se conecte em uma grande obra.
Ao andar por uma rua nos perdemos prestando atenção em espaços coloridos que se destacam entre as cores mortas do quarteirão, mas temos que pensar que são as cores mortas que dão vida ao lugar, pois sem ela tudo se confundiria e o espaço se tornaria ineficaz e carregado.
Misturar, acoplar, sentir, reinventar... depende dos espaços e das sensações que se pode proporcionar. Por isso, use e abuse de todas as cores existentes.
A vida não vive sem a cor e a cor seria morta sem a vida.
Uma relação de entrosamento e divertimento...
"Eu ando pelo mundo
Prestando atenção em cores
Que eu não sei o nome
Cores de Almodóvar
Cores de Frida Kahlo
Cores!"


Esquadro – Adriana Calcanhotto




Sinta e se deixe sentir, viva sem saber aonde ir, ande sem saber quando vai chegar, invente o que precisa inventar... mas não se esqueça de olhar as coisas que o mundo tem para dar.

Giselle Silva Leonel

setembro 24, 2008

Brincando com as cores

Após ler o texto Línea do blog da Rebecca e algumas publicações do nosso blog, lembrei-me como é comum (e engraçado) o costume que temos de relacionarmos cores com algumas situações cotidianas pelas quais passamos.

Como por exemplo:

-quando ficamos sabendo de algo que nos causa espanto...costuma-se usar o termo “Fiquei bege”;
-quando nos referimos a alguma pessoa de família nobre, dizemos que fulano tem “sangue azul”;
- quando estamos com raiva... “fiquei vermelho de raiva” e há quem diga até que fica “verde de raiva” (igual ao Hulk)... hahahaha;
- quando levamos um susto bem grande..... “fiquei branco igual a folha de papel”;
- vermelho... da cor do fogo ardente da paixão. ?????? (e alguém já viu a cor da paixão por acaso?) há sim.... mas quando estamos apaixonados sentimos um fogo dentro de nós e ligamos esta situação ao fogo – vermelho. Tá certo!

Outro ponto que me vem à memória é a situação que se cria no momento em que se chega na hora da pintura de uma obra. Temos uma necessidade enorme de ficarmos mais próximos das cores. Pintarmos nossas casas de azul cor do céu; do verde da folha, amarelo gira-sol, branco neve. E faz sentido, pois o que seria de nossas vidas sem o colorido das cores?.... E se tudo fosse cinza?
E quando o cliente (que muitas vezes já tem a cor definida e que nunca combina com a que a gente definiu pro projeto) chega pra você e diz: “quero um azul cor do céu”; “vermelho sangue” (esse dá até fome); “verde piscina ou verde abacate”.... vixe!!!!
Acho que o importante é nos divertirmos, pois como disse a Débora... “no escuro vamos dormir para com cores sonhar.”

setembro 23, 2008

Diário das Cores


Um som toca ao fundo os olhos abrem ainda com preguiça, ainda escuro e o VERMELHO ressalta aos OLHOS é o radio relógio avisando que é hora de acordar, a luz se acende e um mundo de CORES esta diante dos OLHOS, mas o BRANCO do teto ainda prevalece na preguiça. Passo os OLHOS pelo MARROM do piso a procura dos pontos COLORIDOS, os chinelos, ainda pelo MARROM sigo até o PRETO da cozinha para saborear as CORES que alimentam. Quando me dou conta lá estou eu numa busca intensa pelo AZUL na gaveta BRANCA e lá está ela minha escova, VERMELHO no AZUL igual a dentes BRANCOS. E ali logo ali o VERDE aparece, que se junta ao VERMELHO, cabelos penteados, volto ao quarto e um mundo de CORES para se vestir e se enfeitar, AZUL nas costas e ROXO na estrada sigo para aula. CINZA muito CINZA com faixas AMARELAS e ora BRANCAS, luzes COLORIDAS e indicam a ordem de parar ou seguir, CORES que indicam os caminhos com setas. Do estacionamento do campus já dá pra ver o VERMELHO único da arquitetura. BRANCO e mais BRANCO das salas e quadros que ora são atravessados por riscos coloridos ora por imagens projetadas. O VERDE toma lugar do BRANCO e lá vou eu atrás das delícias COLORIDAS que me alimentam no almoço. E voltamos ao VERDE até chegarmos ao BRANCO das salas. Pela janela o AMARELO do sol dá lugar ao PRETO da noite, aí é hora de voltar, ROXO na estrada CINZA agora iluminada por um feixe de luz AMARELA para em casa chegar, no AZUL me banhar e no PRETO e BRANCO da cozinha me alimentar, agora sim no vermelho VERMELHO do sofá me sentar, aconchega,e descansar e no COLORIDO da TV me distrair até chegar a hora de dormir. E quando a hora chegar no AMARELADO do quarto me dirigir e no ALARANJADO da cama me deitar. No escuro vou dormir para com CORES sonhar.

Cores de nossa história

Cada cor uma lembrança. Lembrança de momentos vividos, de experiências marcantes, de desilusões frustrantes, que em nossas memórias, de maneira nenhuma ficam distantes.

O amarelo da casa da Kátia. O azul do céu estrelado daquele dia de lua cheia no sítio. O vermelho do coração, da paixão por aquele menino da quinta série. O roxo daquele hematoma, resultante do tombo na piscina. O rosa choque da blusa da Marina que rasgou na formatura. O amargo preto das roupas no velório da vovó. O verde do meu quarto. O laranja da flor na sala. O cinza da gravata do papai no casamento, e o bege do vestido da mamãe. O branco das listrinhas da zebra, e assim vai...

Cada cor com sua história .Ou seria cada história com sua cor? Na verdade isso não importa, o fato é que cores fazem parte da nossa vida, da nossa história e da nossa memória.

setembro 21, 2008

Mundo de cores!

Amarelo, Verde, Azul, Vermelho, Rosa, Preto, Branco, Roxo, Laranja, Cinza, Bordô, marrom... As cores, suas tonalidades... Verde claro/escuro, azul claro/escuro, amarelo claro, azul turquesa, e etc.
E aquelas cores que se referem a alimentos e outros, como exemplo uva, verde abacate, amarelo ovo, vermelho sangue, beterraba, verde bandeira, verde limão, azul piscina, azul petróleo, dourado, violeta, rosa quente e outros.
Mesmo sem percebermos, somos atraídos a todo o momento pelas cores, por motivos diversos, tais como: personalidade, desejos ou até processos mentais mais íntimos e profundos.
Agora, imagine o mundo sem cor... Sendo assim, será que não seríamos portadores de tais sensações?!!!
Bem, isso não sei responder, mas, acredito que seria uma vida sem graça, pois não haveria o verde das folhas, o colorido das flores, nem mesmo o azul do céu, enfim a diversidade de cores existente em cada momento de nossa vida!

setembro 15, 2008

Tema 3. "Linea"

Procura-se insistentemente pela cor perfeita. Onde esconderia?
Estaria no arco-iris ?Na explosão do brilhante que partiu a luz em sete cores?
Procura-se comovida e desesperadamente e de todos os modos e com todos os advérbios de modo.
Procura-se junto a amigos,nas cores dos vestidos das senhoras suspeitas e insuspeitas, no espelho da água ,nos olhares das crianças,na noite estrelada,na manhã ensolarada.
Procura-se com as mãos, com os olhos e com o coração.
Quero um azul perfeitamente azul,um amarelo nada discreto e um vermelho guerra sangue.
O verde pode estar escondido atrás das folhagens extraordinárias,
Paga-se bem:minuto por minuto perdido, ajudando-me a encontra-las.
Paga-se com a minha ilusão de sonhar e acreditar que existe a cor perfeita.

Bruna A.Dias

TEMA 3

Pessoal, o TEMA 3 refere-se à postagem "Linea", de 18.08.08, do blog magnífico da Rebecca. Entrem lá em http://umasoutras.blogspot.com.
Inspirem-se.
Abraços da Flávia.

Expandindo o olhar prontificado de uma imagem para outras situações (Viajando na maionese)

Ao tratar de um assunto a respeito dessa imagem, quero ir além da figura em si. Além do que o meu sentido visual transmite ao meu cérebro. Prefiro imaginar a hipertrofia de sensações e situações que essa imagem provoca.
Uma pessoa, provavelmente em um sertão ou um deserto, com os pés bastante sujos, talvez sem camisa ou com ela bem rasgada, pois a usara para fazer as tiras de seu chinelo improvisado. Uma pessoa adaptada àquela situação não por natureza, mas por necessidade.
Imagino como poderia ser um dia cotidiano desse indivíduo. Um dia muito quente no sertão, talvez uns 40°C, sol a pino. O suor e sua respiração ofegante são parceiras diárias do indivíduo. Seus chinelos improvisados não permitem caminhar facilmente, mas passos arrastados nos quais seus pés não saem um minuto sequer do chão. A julgar pelos pés sujos e pelo chão extremamente seco, provavelmente está com a boca bastante seca, sem sinal de água a quilômetros dali. A falta de água é tanta que dois recipientes de água em potencial deviam estar obsoletos e foram transformados em bases para seus chinelos.
Seus pensamentos se restringem ao instinto de comer e saciar a sua sede. Preocupado também por possuir uma família ou fazer parte de uma. Sua pele seca, russa e espessa, calcanhares rachados e doloridos, olhos semi-cerrados pelo sol intenso. Seu corpo se torna mais um inimigo e obstáculo que um aliado na busca incessante pela sua sobrevivência.

Marcelo Patrício
INdiferença

Sempre houve entre os povos as diferenças. Há uma única corrente de vida, mas com muitos elos diferentes. Uns são grandes, outros pequenos, outros compridos, outros curtos, outros grossos e outros estreitos, alguns bondosos, outros com tamanha maldade, existe o belo, e também o feio, o rico, bem como o pobre.
A unidade da corrente de vida não é, pois , monolítica , mas mostra sua diversidade através desses elos. Através da corrente de vida somos todos, irmãos e irmãs uns dos outros. Através da diversidade dos elos, somos todos diversos uns dos outros.

A diversidade entre os indivíduos é uma condição da natureza humana.
Existem sujeitos que, quando se deparam com tais diferenças, conseguem percebe-la e ter o privilégio de rever seus conceitos e pré-conceitos. Essa diversidade faz parte do cotidiano de muitos, mas alguns, pouco caso fazem, e continuam suas vidas de forma cômoda e acostumada. E assim “caminha a humanidade”... Alguns lutando por um ideal, outros apenas sonhando, sem ter coragem de romper paradigmas para alcançarem seus anseios e desejos. E a vida vai passando...vai passando...
Pode o ser humano se perguntar: porque entre a humanidade há tantas diferenças ou apenas virar as costa e deixar tudo como está...

Rodolfo Godoy Torres

setembro 14, 2008

QUEM SOU EU?

QUEM SOU EU?
Ando à procura de um significado para minha vida. Não sei quem sou ou si até mesmo sou alguém! Só sei que abandonado, marginalizado da sociedade, procuro me defender dos ataques que a vida me impõe.
Ando perdido, tentando me achar, pois se me sinto solto como um pássaro, também tenho que me defender das garras de outros, como as do grande gavião, ou de “urubus” que me olham como se fosse uma futura vítima, uma ser infeliz e miserável em plena decomposição – prato cheio para eles.

Porém se não sei quem sou, também não posso me sentir como um ser humano! Sinto meu coração duro pois nas ruas da cidade me olham como um ecoar da miséria; loucura para aqueles pobres velhinhos indefesos; uma mancha de sujeira esquecida sob as marquises - mancha negra que acaba sendo o destino daqueles homens que não encontram na vida um sentido e que acabam se perdendo num mundo sem esperanças. E é assim que às vezes me sinto, não com o coração duro, mas com o instinto de defeza ligado à procura de vítimas para serem neutralizadas afim de saciar minha fome; são essas vítimas que sem agirem pelo seu próprio querer –involutariamente – acabam me sustentando no meu mundo de incerteza...
Agora, despertado de meu “sonho” ou há quem diga: “pesadelo”, pesso que você mesmo julgue minha situação. Se for capaz, diga-me o que achas que sou? Se olhares para mim, nada encontrarás de bom! Mas uma desejo eu tenho, de ser encontrado. Eu quero aprender a olhar com os teus olhos, a amar com o amor que você tem dentro de seu coração – se é que tens amor?
Meus pés descalços não me mutilam para a luta, muito pelo contrário, me apego às condições que a vida me reservou e vou à luta. A imagem nem sempre diz a verdade. O que aqui se vê não é somente um andarlho, um malandro, um “João Ninguém”, e sim um ser que não se acomoda com os infortúnios da vida, pois eles me fazem pisar na dura realidade imposta pela vida de um ser que por mais otimista que seja, enfrenta a realidade de um futuro incerto.

Da realidade à criatividade.

O que dizer quando nos colocam diante de uma imagem como esta? Será que devemos lamentar, será que devemos nos orgulhar, o quer fazer, o que pensar?! É realmente um assunto muito delicado.
É a “obrigação” de criar, diante de uma realidade cruel.
Quem diz, que este homem queria mesmo ter criado este calçado, quem diz que ele gostaria de usá-lo?!!! É lógico que não, isso é na verdade um “quebra-galho”, nada confortável, ou melhor, talvez confortável sim, para quem já está acostumado a caminhar descalço pela vida.
A pobreza do país é tão ridícula, que chega ao ponto de torna-se cômica. Quando falo pobreza, não me refiro somente a questões econômicas, mas, também ou principalmente a questão social, a uma população bonita, mas deficiente, que não tem conhecimento para lutar, para defender o patrimônio que temos.
Eu não vejo o fim dessa situação, pois, enquanto valorizarmos cada vez mais futebol, carnaval, grandes festividades, em um país que tem um salário mínimo que mal dá para comer, a tendência é só piorar. Gosto de carnaval, futebol, etc...mas, acho desnecessário certos exageros financeiros que são gastos com isso, é ridículo, quando deveríamos investir em educação, estudo e saúde, porque sem isso, veremos cada vez mais imagens como esta.

setembro 13, 2008

MOSTRA SUA CARA

Escrevo hoje, não para comemorar qualquer coisa, porque continuo a não ter motivos para festejar êxitos dignos do termo, numa abrangência que permita apontar exemplos de referência da relação entre investimento, crescimento econômico e bem estar das populações.
Continuamos a viver das explorações que a Europa, os Estados Unidos nos empurram, para que nos deixe vier à vontade.
Nunca vi tanto interesse no Brasil, como tenho visto ultimamente, aliás, de forma descarada. Os “americanos” como se intitulam os do norte, como se todos nós não fossemos, descobriram que somos o país do futuro com enormes refinarias de petróleo, gás, etanol, biocombustível e a AMAZÔNIA.
Hoje, iludem-nos com anúncios de grandes e variados investimentos em nosso país, empurrando suas filiais de empresas e nos “escravizando” com sua mão de obra barata.
Hoje, iludem-nos com falsos anúncios de crescimento econômico, mas ainda temos crianças morrendo de fome.
Hoje, iludem-nos com sinais de riqueza que irresponsáveis governantes exibem e que não passam de dívidas que o nosso país vai acumulando e terá que pagar de uma forma ou de outra, mais cedo ou mais tarde.
Onde está o verdadeiro interesse e sentido do investimento que deveria ajudar no desenvolvimento do Brasil e a bem dizer, da melhoria de condições de vida das suas populações?
Quantos milhões de dinheiro anunciados como investimentos no Brasil não passam de formas absurdas para que políticos e alguns empresários explorem mais e mais o nosso povo.
Onde estão os benefícios de tanto investimento?
Eu não vi nada, além de muita fome, muita miséria, cada vez mais dependência.
Nós, do Sudeste e Sul do Brasil devemos lutar também para que no Nordeste, Centro-Oeste, Norte sejam construídos bons hospitais, centros de saúde, farmácias, escolas de todos os níveis, habitações sociais, etc., e isso cabe a nós exigirmos aos nossos governantes!
Não olhemos apenas para nosso umbigo...

setembro 12, 2008

setembro 11, 2008

jeitinho brasileiro

Nós brasileiros somos conhecidos (e até nos vangloriamos) por nossa capacidade de contornar situações adversas com improviso e muita criatividade. Esse jeitinho cultural brasileiro baseia-se na teoria de que se ele der certo, então isso é o certo, desde que ele resolva o problema, ainda que paliativamente. Podemos entender esse jeito como saída de situações delicadas que nos aparecem todos os dias, porém deve-se saber usá-lo. E nós brasileiros parecemos ter esse dom. Quem nunca matou a avó umas cinco vezes na escola quando cobrado por não ter feito o dever? Ou trabalhou horas a mais num dia seguinte após ter saído mais cedo do serviço para não ter corte no salário?
Muitos de nós hoje podemos ter o caráter questionado por algum dia termos tido condutas questionáveis ao fazer uso desse jeitinho. Por outro lado, nos desvencilhamos de situações estressantes pelas quais nós brasileiros passamos.
Em trechos de um livro intitulado “Dando um jeito no jeitinho”, o autor relata jeitinhos utilizados na nossa comunicação do dia-a-dia e que passam despercebidos. Seguem abaixo:

..."apareça lá em casa", na realidade não é um convite, mas uma maneira de se despedir cordialmente; ...; "já foi providenciado", ou seja, "ainda não vi o caso e não sei do que se trata"; "eu telefono mais tarde" e "a gente se vê" são sinônimos de "eu não tenho tempo agora".

..."Pô, você sumiu??" significando "eu me esqueci de você" ou "não tive tempo para me preocupar com você, agora que eu o vi é que lembrei que você existe"; "fica prá próxima", "fico lhe devendo essa" podem significar "não me aborreça, não estou interessado";"deixa comigo", que poderá significar "se der tempo eu vejo esse negócio", e quando esquecermos de tomar providências basta a resposta "eu tentei, mas houve um desencontro".


Passando para o lado material do jeitinho, quem nunca fez gambiarra com uma Super-Bonder? Ou nunca colocou um preguinho no chinelo Havaianas após arrebentá-lo né Marcelo? É assim que vejo essa foto. Apesar dos pesares podemos manipular nossas necessidades de acordo com as armas que temos.
E você? Vai dizer que ainda não é adepto do jeitinho brasileiro que já faz parte de nossa cultura? O aprecie com moderação, hehe.

setembro 10, 2008

Internacionalização

Há poucos dias recebi um e-mail (do tipo daqueles que são encaminhados pra todo mundo) e após ler achei que realmente seria de grande importância repassar a mensagem. Levando se ao pé da letra vi uma conexão com a imagem do tema 2. Vale a pena ler!

Trata-se de uma entrevista com o ex-ministro da educação e atual senador CRISTÓVAM BUARQUE, durante um debate em uma universidade, nos Estados Unidos onde ele foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia. O jovem jornalista americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um brasileiro.

Esta foi a resposta do Sr.Cristóvam Buarque:

"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso. Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.


Defendo a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de comer, de vestir-se bem, de brincar e de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.


Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro que é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro.


Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.


Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano.


Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.


Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo. Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa!"

DIZEM QUE ESTA MATÉRIA NÃO FOI PUBLICADA, POR RAZÕES ÓBVIAS.

setembro 08, 2008

cronograma atualizado

Gente,
ainda em tempo, aí está nosso cronograma de seminários atualizado.
Abraço e até quinta,
Flávia.


11/09/08 Leitura e discussão Texto 04: “A desordem da nova ordem”
Leitura e discussão Texto 05: “Os comedores de carne humana da Sierra Madre”
2ª POSTAGEM / lançamento TEMA 3

18/09/08 Leitura e discussão Texto 06:“O que é paisagem?” +
Texto 07: “Cidades mais verdes”

25/09/08 Leitura e discussão Texto 08: “A implosão da vida pública moderna” +
Texto 09: “De interfaces tecnológicas e rascunhos de experiências”
3ª POSTAGEM / lançamento TEMA 4

02/10/08 Leitura e discussão Texto 10: “A cidade genérica” +
Texto 11: “A nova sociedade urbana”

09/10/08 Semana Integrada

16/10/08 Leitura e discussão Texto 12: “Síndrome do estojo”
4ª POSTAGEM / lançamento TEMA 5

23/10/08 Leitura e discussão Texto 13: “Brasil cinza”

30/10/08 Viagem a Salvador

06/11/08 Leitura e discussão Texto 14: “Adeus ao corpo”
5ª POSTAGEM / lançamento TEMA 6

13/11/08 Leitura e discussão Texto 15: “Objeto e valor” + Texto 16: “Sem Logo”

20/11/08 Leitura e discussão Texto 17: “Cidades fantasmas”
6ª POSTAGEM / lançamento TEMA 7

27/11/08 Leitura e discussão Texto 18: “Estética das favelas”

04/12/08 Encerramento da disciplina
7ª POSTAGEM

11/12/08 Prova 2ª oportunidade

O criativo se supera, o acomodado acha legal...

Pois é... imagens sem título ou descrição podem fazer valer muitas formas de interpretação. Mas independente disso, o que a imagem dos chinelos de pet não deixa de “falar” é como podemos partir de soluções inusitadas para um problema que surge de repente [ou que já existia há muito tempo].
Vamos deixar de lado o clichê sobre falar [e só falar] da pobreza e miséria no mundo, e vamos partir para uma outra vertente menos discutida.
Nós, universitários do curso de arquitetura e urbanismo, estamos acostumados com as super-lojas que tem de tudo, com o mundo do Shopping Center, com a boa e avançada tecnologia do dia-a-dia [celular, internet...]. São muitos os recursos e produtos prontinhos para serem usados... mas basta arrebentar a correia do chinelo Havaianas que não sabemos o que fazer...
Nos esquecemos que muitas vezes a solução para um determinado problema está mais próximo do que imaginamos. Às vezes [e na maioria das vezes] essas soluções não estão tão claras, mas existem. E creio que como futuros profissionais da Arquitetura e do Urbanismo, não devemos nos conter em achar que tudo já está pronto, construído.
Buscar meios de bricolagem, reaproveitamento, é mais correto do que a famosa reciclagem, que exige meios caros, e as vezes mais poluentes, para se chegar num produto final dito “ecologicamente correto”.
E aí, quando vem alguém e propõe um chinelo de pet, ou é o “retrato da realidade cruel do mundo”, ou é chamada para mais uma piadinha do tipo “no Brasil é assim!”.
Penso que hoje, na nossa posição de estudantes que se prestam a discutir sobre novas idéias, e descobrir novos caminhos para se chegar num mesmo ponto de satisfação, devemos trabalhar o olhar para enxergar esses outros meios que não os que já estão traçados.
Não apenas achar legal as bricolagens que vemos, mas também tentar buscar esse poder de criação, não somente quando surgir um problema, mas sempre.
Lanara Raone
08/09/2008

setembro 07, 2008

Flexibilidade do homem contemporâneo

Uma imagem sem um titulo, ou desacompanhada de um texto pode ter interpretações opostas, ao observar a imagem dos chinelos de garrafas pet, acredito que a maioria das pessoas comentarão da foto como se esta fosse mais um registro dos vários exemplos da miséria no mundo, da situação precária e da falta de recursos, colocarão em destaque que esta é a realidade de uma boa parte do mundo. Outros podem interpretar a foto como uma cena cômica, uma foto de uma situação engraçada. Estas visões diferenciadas da imagem são validas, pois uma imagem sem um titulo, da abertura a varias interpretações, controvérsias e leva a discussões destas divergentes opiniões sobre a verdadeira mensagem que a foto tenta passar.

A foto pode ser apenas um registro de uma cena engraçada, ou pode ser algo mais sério do que isto, um registro que tenta passar a miséria e a realidade precária que muitos vivem no mundo. Não vejo a imagem como uma cena triste ou engraçada, vejo como um registro da criatividade, um registro da superação (ou tentativa) da precariedade, acredito ser a criatividade uma das melhores armas para a sobrevivência de um individuo, a busca das soluções através do que está ao alcance, com a criatividade o homem usa o que antes era um problema a seu favor, mescla problemas para a solução destes, como por exemplo, em ecovilas se utiliza um problema (resíduos) para a solução de outros (uso como materiais de construção, adubo e etc.). Não mais estamos na Idade Média, onde as condições sociais de cada um “eram determinadas por Deus”, onde nada se podia fazer para melhorar, pois esta “era a vontade de Deus”, o homem contemporâneo não mais se contenta com suas condições, busca sempre melhorar seu modo de viver, e quando não possui recursos financeiros para buscar estas melhorias, utiliza outros meios onde a principal ferramenta é a criatividade.

setembro 01, 2008

Sustentabilidade Descalça

No que pensamos ao ouvirmos a palavra sustentabilidade? Painéis fotovoltaicos, aquecimento solar da água, reciclagem, eco-design, sistemas construtivos e em outras coisas que são somente ligadas a área da arquitetura em seu estágio acabado, mas a sustentabilidade vai muito além disso...

Segundo alguns conceitos, sustentabilidade é prover o melhor para o ambiente e também para as pessoas, não só agora, mas no futuro. Tal expressão é ampla e abrange todas as atividades humanas e é um meio de configurar a civilização e as atividades humanas, de maneira que a sociedade, seus membros e as suas economias preencham suas necessidades, preservando a biodiversidade e os ecossistemas naturais.
Não adianta pensar em sistemas sustentáveis se não pensamos na mão de obra, no percurso dos materiais, nas condições de trabalho, enfim, nas condições impostas ao ser humano para que se atinjam os resultados necessários. Pois na maioria das vezes, tais condições são precárias.
Não adianta pra um fabricante de calçados pensar em conforto e estética resolvida, sem pensar em como as pessoas produzirão tais calçados, se são escravizadas ou não, se são descalças ou não. Assim como não faz sentido pensar em painéis fotovoltaicos, e em sistemas construtivos sustentáveis se não pensamos em como mudar as condições trabalhistas, em como minimizar, ou talvez anular, no canteiro de obras, a hierarquia existente entre os empregados.

Pensar dessa forma é pensar numa sustentabilidade descalça, sem estrutura, sem conceitos... Na verdade não é pensar em sustentabilidade é pensar numa maquiagem, numa máscara. É mascarar através do físico o que é humano.