abril 30, 2009

Comunicação

O edifício apresenta uma situação onde as pessoas (usuários) experimentam uma relação com o espaço edificado diferenciado, através da tecnologia inovadora, e também uma relação entre homem e máquina. Acontecendo, com isso, uma experiência relativa, a surpresa; ou seja, não se trata da convivência comum, e sim de uma relação onde o encontro é formado por elementos da própria comunicação inserida no museu. Com seus projetores, a arte, os curadores e visitantes criam um diálogo.
Tal tecnologia se insere no contexto desta comunicação, onde os indivíduos se interagem no meio tecnológico.

Tecnologia e Dia a Dia

Atualmente, o uso da tecnologia vem se disseminando de maneira pandêmica. De um simples relógio digital a evoluídos satélites, são fundamentados em tecnologias, que outrora, era um sonho. Sonho que já foi representado em filmes e desenhos, como “Os Jetsons”.

Tal sonho já pode ser encontrado em prédios que, com sistemas avançados, controlam desde iluminação, temperatura, luz, etc. Só que esse conceito, mesmo estando presente entre nós, ainda é distante para a maioria. Esses sistemas trazem benefícios e praticidade para o dia a dia, mas em contra partida, tem custo elevadíssimo.

Estamos cercados por toda essa tecnologia, mas ainda construímos como no século XX, ou anterior, seja por vontade, mercado ou falta de acesso. O que não podemos negar nem criticar são o fato da tecnologia fazer parte de nossa vida e, sem ela, não seria possível fazer nem a metade do que fazemos em tempo hábil.

Como tudo na vida, tem que ser de bom senso e uso, seja individual ou coletivo, o uso da tecnologia.
Como já dito, faz parte de nosso dia a dia. O opcional é tratar-lhe como ferramenta de trabalho ou ser dominada por ela, usando como meio de mostrar algo que realmente não somos.

Vírus na Arquitetura

Essa arquitetura intitulada como “tecnológica” para tecnologia, para mim é mais uma arquitetura virtual que não passa de uma experimentação 3d, lógico que com sua contribuição positiva para discussões , mas que não é algo construtivo, nem hoje e nem em 2050. Acredito na tecnologia sim, mas a arquitetura vai além de aparatos tecnológicos aplicados à alma do edifício, perpassando por peculiaridades como: cultura local, custo, usuário, etc...

Ao analisar o projeto de Diller Scofidio: Eyebeam Museum of Art and Technology, vejo o quanto o pensamento arquitetônico contemporâneo e a gênese de conceitos correlatos, como o referente aos chamados “Edifícios Inteligentes” e “Edifícios de Alta Tecnologia”, tem forçado e levado arquitetos a cometer delitos com seu poder formalizador, produzindo espaços virtuais esteticamente bem resolvidos, mas sem uma resposta ao outro ou a coisas como: quem vai construir quem vai usar esse espaço, etc. (afinal projetamos para quem?).

Penso que a arquitetura tenta e deve recuperar valores como o entorno, o urbano, a consciência social e ecológica. Valores esses que estão muito além do simples uso da tecnologia em si.
Longe de pretender apontar o que é certo ou errado, o ponto que destaco nesse argumento é o quão danosa pode ser a relação automação/arquitetura, quando esta última é suprimida por equipamentos de alta tecnologia.
Deste modo, pretendo indicar, senão o rumo exato ao menos a direção para que edifícios realmente inteligentes possam vir integrar a realidade arquitetônica no cenário nacional e internacional.

O edifício tem prazo vencimento, data de validade?

O edíficio tem prazo de vencimento, data de validade? como disse Frederico Canuto.

"’A forma [arquitetônica] será gerada, ao invés de desenhada’ Njiric+Njiric Arhitekti. A profissão de arquiteto/urbanista se encontra fortemente vinculada tanto ao poder público quanto ao privado, sendo profundamente arraigada a uma função de espacialização no espaço social do capital, desde sua estrutura e superestrutura atingindo e moldando, consequentemente, a própria experiência estética da cidade.” (Frederico Canuto).

O edifício Eyebeam Museu de Arte e Tecnologia é um projeto contemporâneo de espaços flexíveis. Abriga varias possibilidades de interagir e transformar ambientes, tornando-o em espaços multiusos com alta tecnologia e desenvolvimento em todos os meios.
O projeto do edifício vem apontar uma crítica indireta em relação à arquitetura, que por sua vez, pode ser considerada ainda em um processo lento de modernização.
Como construir uma casa no interior da Inglaterra de forma contemporânea e não Georgiana? Em meio aos preconceitos Britânicos com o modernismo, minimalismo ou algo inovador, como propor sair da síndrome de estojo de Walter Benjamim?
A resposta talvez poderá ser dita através de Diller & Scofídio que expõe claramente em seu projeto a contemporaneidade de uma ligação e(ou) influência da tecnologia. Mas ainda continua em aberto, a idéia de que um dia o prédio poderá ter seu prazo de validade ofuscado por NOVAS necessidades.

Tecnologia e espaço

As novas tecnologias desenvolvidas vêm transformando, constantemente os espaços onde moramos e influenciando cada dia mais a nossa vida, trazendo inúmeros benefícios para o nosso dia-a-dia, entre eles conformo e modernidade.
As transformações destes espaços podem ser notadas desde as antigas paredes de alvenaria, até as atuais torneiras totalmente automatizadas, que reconhecem o rosto do usuário, memorizando a temperatura da água da água predileta do mesmo, equipamentos que ajudam os moradores a fecharem e abrirem as janelas de suas casas por comandos via telefonia celular, tendo sensor de chuva e luminosidade.
Aparelhos sem fios são a auge do momento, sendo que fios se tornaram coisa do passado, daqui a pouco, todo mundo conseguira ligar seus equipamentos eletrônicos sem ao menos precisar ler os manuais.
Portanto a casa se tornará mais espaçosa, mesmo tendo seu ambiente aproveitado ao máximo, haverá muitos equipamentos ao redor, mas todos discretos e sobrepondo uns aos outros, TV, computadores integrados, todos programados de acordo com os horários de seus usuários e suas preferências.
Diante do advento de tantas tecnologias, será que com o passar do tempo os equipamentos vão conseguir acompanhar a mudança de humor, ou seja, a subjetividade de cada pessoa também?




Espaço é o tempo!

Sem duvida o papel do museu é indispensável para o conhecimento da sociedade, mas com a tecnologia é preciso rever essa forma de colecionar. Com o tempo cada vez mais se tem mais coisas pra se guardar e onde e como manter esse monte de informações e materiais?
A arquitetura de museus precisa evoluir e apresentar novas soluções para se adequar de melhor maneira de acompanhar a tecnologia.
O Eyebeam Museum of Art and Technology, Nova York, EUA · 2001 é um museu que vem com toda essa inovação tanto em forma de projeto,quando vem com todas aquelas curvas e suspenso mostrando total tecnologia,mas também na sua maneira de arquivar as coleções em vídeos e imagens em 3D, mostradas virtualmente onde não se ocupa espaço físico. Um espaço de ciência, educação e arte para os visitantes vivenciarem de maneira inovadora toda a tecnologia que esta cada dia superando as espectativas.

Edifícios que comunicam - Neander

Sobre o Museu de Arte Moderna e Tecnologia Eyebeam
Diller & Scofifio

Fibra ótica, projetores, rede elétrica, wirelles, display e sensores diversos, serão aqui considerados equipamentos fundamentais para garantir a funcionalidade de espaços contemporâneos, no caso da obra analisada, trata-se de uma abordagem levada ao extremo – ou nem tanto – da implantação desses agentes em um edifício, por exemplo. Por que por exemplo? Poderíamos dizer que não se trata de um edifício? Como os que conhecemos; poderia ser este edifício classificado em um outro segmento de espaço coletivo?

Observo o edifício do museu como uma rua, uma praça, uma via qualquer, onde a ausência de equipamentos para inserção do corpo humano é um vazio que funciona como área livre para as práticas que cada individuo queria exercer ali naquele espaço. É claro que essa intenção de ação sempre será determinada pelos equipamentos oferecidos, porem esses equipamentos citados acima se apresentam de uma forma invisível, camuflada, e que a cada dia se afirmam como importantes ferramentas de comunicação.

Se formos criar uma classificação para o Museu de Arte Moderna e Tecnologia Eyebeam, diríamos que se trata de um edifício plataforma – ou algo do tipo – uma edificação micro regional, uma espécie de bairro vertical, repleta de áreas vazio, com seus equipamentos invisíveis preparados para dar ao usuário, seja ele quem for, em qualquer dia do ano e horário, em qualquer língua ou dialeto.


Neander Sathler Andrade

abril 29, 2009

Espacos "Camaleônicos"

Por muito tempo a arquitetura foi pensada baseada em formas e funções, mantendo assim uma rigidez nos projetos. Os programas pré-estabelecidos de fato só serviriam para os espaços aos quais a eles foram designados. E esses espaços deveriam de fato abrigar apenas esses programas fazendo com que o corpo habitante se adapte ao que foi conduzido. Com um crescimento constante da tecnologia, a arquitetura de fato foi absorvendo o que foi chegando. O corpo deixou de “ser um mero expectador” para se torna peça fundamental na produção dos espaços, como disse nosso amigo louco “a concepção da arquitetura hoje deve partir do momento em que o corpo e o modo de vida passam a ser a estrutura primordial da vida contemporânea. O museu Eyebeam Museum of Art and Technology de Diller Scorfidio e Renfro traz toda essa idéia de uma arquitetura high tech. O edifício faz com que a tecnologia se mescle ao uso dos espaços, gerando assim conformações inusitadas. High tech não só nos materiais, high tech na proposta de como o individuo utiliza os espaços. Por fim, podemos não ter acesso a essa tecnologia, mais podemos pensar de tal forma como o museu foi pensado, mesmo que seja em pequena escala ou ate mesmo em pequenas coisas. Mais de fato hoje os espaços não podem simplesmente ser projetados apenas para uma função somente.

Um futuro incerto


O que seria das invenções como um todo se os homens não tivessem em busca de desafios, tentando a todo o momento propor o “novo”?

Ao analisar o projeto Eyebeam Museum of Art and Technology de Diller Scorfidio e Renfro percebo que os desafios constantes de um homem “inquieto” também ocorre na arquitetura. Confesso imaginar a execução de tal projeto somente daqui a 20 anos, talvez pela sua complexidade, mas também por acreditar que ainda não tenham desenvolvido uma tecnologia semelhante a utilizada no projeto. Mesmo com todas essas incertezas é possível hoje em dia cruzar uma rua e depararmos com projetos tão complexos e tecnológicos, e que talvez não tão cedo fosse possível sua execução a meu ver. É por isso, que tamanha velocidade no surgimento de novas tecnologias de construção me assusta um pouco.

Mas afinal, essa velocidade é um problema?

Acredito que não, uma vez que esta busca é resultado da incerteza do futuro. E ela possibilita não somente novas formas de projetar, mas de vivenciar o espaço.

Flexibilidade + Adaptabilidade

Flexibilidade + Adaptabilidade - Referência: (edifício Eyebeam Museu de Arte e Tecnologia, projetado por Diller & Scofidio)

À arquitetura nos dias atuais deve de ser pensada visando a tecnologia, que já se tornou fonte principal em relação a comodidade, flexibilidade e adaptabilidade. Pensamos na arquitetura de forma fixa, um edifício construído para durar, problematizando assim aos usuários de apartamentos de grande edifícios, onde não se podem adaptar nada além do que foi projetado. Não há espaços remanescentes aos que seja possível recorrer para crescer. Neles não existe a possibilidade de incorporar a causalidade temporal porque tudo está tão rigidamente disposto que tentá-lo significaria destruir paredes ou divisórias nem sempre possível devido ao projeto estrutural. Os imprevistos, mas não só eles também as exigências que vão sendo estabelecidas pelas transformações naturais da vida e quase manifestam em silêncios, solidões e abandonos, tudo é resolvido com mudanças.
Com o momento acelerado da tecnologia, a arquitetura passa de forma a ser efêmera, devido a flexibilidade que o ambiente há de receber, para prováveis mudanças futurísticas. Estamos numa era onde os projetos estão muito presos nessa questão, muitos não atribuem o envolvimento da tecnologia com o edifício projetado. Muitos materiais novos, que trazem uma descendência de material antigo, estão se tornando peças aceitáveis em questão de lhe dar com a flexibilidade, como no caso do edifício de Diller & Scofídio, Eyebeam Museu de Arte e Tecnologia.
A vida é cheia de imprevistos, de modo que toda antecipação temporal demais rígida a condiciona e paralisa. Formas de habitar e de viver atualmente enfrentam as transformações intensas que as comovem existencialmente. A globalização, a internacionalização da economia, o acelerado desenvolvimento da tecnologia, levaram mudanças profundas. Às novas configurações familiares, à mudança do perfil e os novos papeis desempenhados da mulher, a tendência do trabalho remunerado realizado em casa e a profusão de novos equipamentos, tecnologias e mídias domesticas tem contribuído para a mudança do habitar em décadas recentes. Como seria fazer uma arquitetura capaz de adaptar-se aos imprevistos e respeitar, ao mesmo tempo, o costume; costume que tinha permitido ao morador da habitação escolher seus lugares e estabelecer com eles uma relação empática?
O edifício Eyebeam Museu de Arte e Tecnologia, projetado por Diller & Scofidio, trata-se dessa arquitetura efêmera, onde todos os componentes do projeto auxiliam para uma mudança futura. Existe um alto grau de flexibilidade nos ambientes, que são adaptáveis em varias alterações e a equipamentos que possam ser inseridos. O edifício acaba por ter uma forma de fita, que na verdade, seriam divisas entre os diferentes ambientes, e uma forma de acolher a parte elétrica e outros subsídios que poderão ser transformados de acordo com o tempo. Uma forma preparada para receber possíveis adaptações, onde se tratam de encaixes flexíveis e adaptáveis às outras propostas futuras.
Gleisne

...

Qual o papel da arquitetura hoje perante as constantes alterações da tecnologia?

Aqui ponto o usuário se torna concepção para uma arquitetura capaz de adaptar a uma sociedade modelada pelas novas tecnologias?

Essas são as novas preocupações e investigações do arquiteto ao observar, que cada vez mais, a tecnologia e o usuário se adaptam a necessidade de novos espaços arquitetônicos. Que sejam flexíveis, versáteis, recicláveis e interativos.
O corpo passa a ser então determinante na concepção do espaço em relação às novas
tecnologias. Espaço ao qual não pode ser mais rígido e funcional.
Segundo Benjamin, o aparelho perceptivo não pode ser compreendido apenas pela perspectiva ótica, pela contemplação. É preciso perceber, ainda segundo ele, o papel da recepção tátil, através do hábito.
A concepção da arquitetura hoje deve partir do momento em que o corpo e o modo de vida passam a ser a estrutura primordial da vida contemporânea. Assim como a tecnologias que trabalha em função do corpo e sua interatividade com as novas ferramentas e mecanismos.
Há curiosas provocações como o Eyebeam Museum of Art and Technology, em Nova Iorque. O trabalho de Diller Scofidio baseia nas relações entre os espaços e os usuários que se tornam mais complexas quando um laço de fita flexível que separa e define produção (oficinas e ateliês) e apresentação (museu e teatro). A fita é constituída por uma superfície de duas camadas de painéis leve removível que permitam um acesso fácil à informação e à manutenção elétrica em qualquer parte do edifício, permitindo a flexibilidade com as novas tecnologias.

abril 25, 2009

Flexibilidade nos Espaços Tecnológicos

Flexibilidade nos ESPAÇOS tecnológicos
Ao se pensar arquitetura, associamos rapidamente em algo fixo, estável e durável, mas para um acompanhamento irracional da tecnologia mundial deve-se alterar tal conceito. A arquitetura passa cada vez mais a ser flexível com possibilidades de alteração, resultando em uma arquitetura efêmera – temporária, cuja sua forma e função alteram a cada segundo.
Um resultado negativo de tanta flexibilidade é um choque entre pessoas, tecnologia e espaços. Pessoas, não processam uma variação contínua de rumos e sentidos do seu cotidiano, logo, com a tecnologia, a mesma ultrapassa possibilidades de enxergar um espaço, senti-lo habitável, ou se quer aconchegante. A rapidez em que se faz e desfaz espaços impossibilita uma reação tranqüila e cômoda a seus praticantes.
O edifício Eyebeam Museu de Arte e Tecnologia (projetado por Diller & Scofidio) acompanhou um processo de tecnologia futurista, deixando espaços flexíveis para um crescimento repentino de sua função. Sua forma segue um mesmo raciocínio de avanço tecnológico.
Diferente de um projeto em grande escala – como foi citado, pessoas adaptam o mesmo raciocínio em seus apartamentos de 40m². Televisões de última geração estampam pequenas paredes que em um mesmo espaço se tornam três ambientes diferentes, uma diferença de tempo e ação caracteriza o cenário.
A arquitetura até então rodeia em um crescimento delongado ao se comparar com o avanço tecnológico.

abril 20, 2009

SEM COLHER DE CHÁ

Gente,
Por favor, não postem textos que estejam fora da data limite estabelecida em sala de aula. Não há a menor chance de consideração de atrasos, como bem já conversamos... Prazos e responsabilidade são parte do processo de avaliação da disciplina. Aproveitando o ensejo, lembro que o último dia para a postagem do tema 4 é dia 30/04/2009.

abril 07, 2009


“O mecanismo psíquico do esquecimento” Freud


E quando uma palavra lhe falta!
Há de se pensar que é uma mera coincidência.
Mas o fato é que as correlações do inconsciente com o esquecimento sempre remete as situações mais desconfortável.
E é sempre a melhor técnica para lembrar o nome que falta a boca é não pensar nela.
De um modo geral os vários fatores que envolver a perda da memória são justificados, mais cedo ou mais tarde. É a possibilidade de esquecer que torna possível a memória de algumas coisas.
O esquecimento tem por obrigação ser espontâneo, ou contrario da historia que é objetiva, e tem diversos métodos de armazena e preservar.
Se quisermos esquecer alguma coisa, a melhor maneira é deixar o tempo passar, dormir, fazer coisas noutro lugar, sem segundas intenções e aleatórias.
Dificilmente uma lembrança de um passado imperfeito será esquecida se ficar sendo o tempo todo forçado a ser posta no imemorial.
Felizes seriamos se tivéssemos controle tanto como julgamos ter, de todas as coisas, como do esquecimento.
Assim como no filme, (Eternal Sunshine of the Spotless Mind
) contratar um especialista para apagar todas as lembranças. Seria como se a historia nunca tivesse acontecido.
Na realidade, talvez o filme inteiro seja uma enorme desculpa para se discutir à superficialidade e a futilidade das relações deste nosso estranho mundo contemporâneo, no qual as pessoas sentem medo de se envolverem e de sofrerem, buscando apenas o prazer nos relacionamentos momentâneo.
Esse mecanismo de encobrimento do desprazer é ativado naturalmente como se estivéssemos um necessidade de lembrarmos do que é bom, ou do que trouxe prazer, e apagarmos o que nos machucou, o que incomodou, ou o que nos trouxer desprazer.

abril 05, 2009

A memória, a história, o esquecimento.

O tema se divide em três partes:

A primeira parte trata da MEMÓRIA. "Memórias são a chave da arquitetura. Sem elas, não teremos nosso futuro.” (Daniel Libeskind)
A influência da memória pode ser vista em alguns projetos, como exemplo, o Museu Judaico de Berlim, de 2001, do arquiteto Daniel Libeskind, que tornou o arquiteto mundialmente famoso. Sua idéia para essa construção era provocar nos visitantes uma reflexão sobre as conseqüências do Holocausto.

A Arquitetura está constantemente se esbarrando na memória, seja de uma pessoa, uma família, um município, um estado ou de uma nação. A significância da memória se exterioriza através da Arquitetura, mostrando o quão ela é relevante àqueles que a desejam.

A segunda parte trata da HISTÓRIA, que é exatamente o impulsor do termo MEMÓRIA, onde essa não existiria sem aquela. A história amarra componentes, simbólicos ou não, e quando tratamos de memória na arquitetura, é indispensável o estudo e compreensão da história em questão.

A terceira e última se trata do ESQUECIMENTO, que também pode ser fruto de uma arquitetura mal concebida, onde o novo vem para “exterminar” o velho, passando por cima de toda uma história, destruindo algo tão importante de uma nação. A arquitetura deve evitar que a memória e história caiam no esquecimento. Cito novamente o Museu do Holocausto que retrata o extermínio dos Judeus na Alemanha, sendo algo marcante na nação, exteriorizado pela Arquitetura. A história pode hoje ser contada de forma que as pessoas revivam e relembrem o fato marcante ocorrido, tornando parte se seu presente e traçando linhas para o seu futuro.

abril 04, 2009


Por uma arquitetura efêmera


Arquitetos de todo o mundo,

Façamos da construção algo provisório no espaço,

Deixemos de querer perpetuar nosso ego em edifícios que perdurem além do tempo em que estaremos aqui para vivênciá-los

Deixemos que os espaços, cada vez mais escassos, possam brincar de assumir diferentes funções e formas

Desfaçamos-nos da idéia de arquitetura como espaço construído e mais como recipiente, como espaço onde o homem possa minimamente habitar podendo ser desde um ponto de ônibus a um galpão


E que dizer do equipamento urbano, da iluminação, da publicidade das ruas, que constitui o rosto efêmero, porém mais vivo e mais aproveitado da cidade que hoje quer ser, ela própria, efêmera?Giulio Carlo Argan, História da Arte como História da Cidade

Enfim, deixemos a arquitetura falar mais, escutemos a cidade, entendamos seu funcionamento, sua dinâmica e assim façamos espaços úteis em sua finitude .

Memoria Historia eo esquecimento

Memoria Historia Esquecimento

A quem diga que esquecer é uma necessidade. Que vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa apagar o caso escrito. Necessita abrir espaço para o que esta por vir.
Em arquitetura podemos observar isso muito bem na forma de monumentais centros culturais e de comercio, que para serem realizados, desenraizam a população e descartam a complexa vida cultural local e suas características, dando lugar a áreas desprovidas de estória, olhos próprios e destituídas de motivos concretos para serem utilizadas, transformando se em territórios hostis ao individuo, o qual não se vê mais fazendo parte desse novo processo, pois não lhes traz nenhuma informação alem do mínimo exigido pelo utilitarismo, que o levam do nada a lugar nenhum em termos de espaço humano.
Não entender a valorização desse acervo que é o patrimônio a ser preservado, como uma herança de varias gerações, de sua memória e identidade, é tampar os olhos para o fato de que essas construções refletem o que somos, são “pegadas impressas na alma” por sua significância e representatividade social.
O indivíduo tem que se reconhecer na cidade -“o homem vive na cidade e da cidade, e a cidade não deixa de viver do homem”-, tem que respeitar seu passado e não fazer dela um amontoado de coisas sem sentido O passado conta ao presente como as obras foram produzidas e como passaram a fazer parte de um organismo vivo, em contínuo processo de evolução.
A compreensão tardia da importância de se revitalizar e modernizar o antigo, estabelecer um dialogo entre o novo e o velho, acarreta um processo de degradação e destruição física e social.
“O mundo em esquecimento pelo mundo esquecido. Brilho eterno de uma mente sem lembranças. Cada orador aceito e cada desejo renunciado.” Alexander Pope.

Memória, História e Esquecimento

“Memória: capacidade de adquirir, armazenar e recuperar informações disponíveis. Segundo diversos estudiosos, é a base do conhecimento, é através dela que damos significado ao cotidiano e acumulamos experiências para utilizar durante a vida.” (Wikipedia)
“História: significa testemunho, no sentido daquele que vê, é a ciência que estuda o homem e sua ação no tempo e no espaço, concomitante à análise de processos e eventos ocorridos no passado.” (Wikipedia)
“Esquecimento: [De esquecer + -imento.]
S. m.
1. O fato de esquecer(-se), de tirar da memória, de perder a lembrança de alguém ou de algo.” (Aurélio)

A história que se vivencia de um lugar, uma pessoa, um momento, uma arquitetura pode transformar-se em uma base pra um acúmulo de experiências do próprio cotidiano, onde a memória torna-se essencial para o conhecimento da mesma, podendo também por consequência de ações ou simplesmente por acaso, essa história ser perdida na lembrança, esquecida na memória.
Como na vida, a arquitetura abrange esses três termos e são evidenciados com o tempo. Até que ponto, por exemplo, deve-se colocar em prática métodos ou até mesmo seguir regras de uma arquitetura estabelecida no passado? Até quando continuaremos trazendo para os dias de hoje ou tentando restaurar a arquitetura de vanguarda? Ou devemos apenas deixar para trás, na memória e entrar no esquecimento?

Arquitetura - A criação do novo e o respeito ao passado

Foto- Lavatório
Foto-Inhotim 2009
Arquitetura - A criação do novo e o respeito ao passado

O passado não é um bom lugar para ficar. Mas, a despeito disso, seria arriscado esquecê-lo, dizer-lhe não e tentar, no presente, construir o futuro a partir de bases “apenas” insólitas, ousadas (?) tendo os olhos voltados para o exclusivamente novo.

É importante valorizar o passado e utilizá-lo como fonte de inspiração e aprendizado. Não estariam nele os valores que formam a identidade de uma cultura, de uma nação? Como não pensar em valores históricos no momento em que, sem desprezar a idéia de uma continuidade, procuramos criar soluções práticas, viáveis e sustentáveis, evitando cometer os erros do passado e adequando o fruto de nossa criação às necessidades mais prementes do homem de hoje? Seria inevitável, portanto, o surgimento de novos conceitos arquitetônicos baseados na memória, na história, na identidade de um povo.

Quantos muros frisados há, ainda hoje, que foram concebidos como nova arquitetura, mas que na verdade, direta ou indiretamente, não passam de imitação do estilo Art Déco! Quantos lavatórios em forma de cuba (uma forma antiga, obviamente) sobre a bancada, quantas construções modernistas estilo Richard Neutra lembremo-nos da Health House (1927-1929), erigidas em diversos países e tantas outras sob influência de Le Corbusier? Curioso: para não dizer modernismo, diz-se minimalismo,... E tudo se transforma. Mas o minimalismo é da década de 60. Olha o passado aí de novo!

O século 21 chegou e ainda estamos andando de carro num trânsito caótico. Então, fica aqui a pergunta: Quando poderemos voar ou atravessar de um prédio a outro sem tocar a calçada?


Espaço em memória + história em esquecimento = Arquitetura Contemporânea

Espaço em memória + história em esquecimento = Arquitetura Contemporânea

Espaços inúteis e muitas das vezes idealizados como centros históricos, tombados pelo patrimônio cultural caem em um conceito repetitivo de preservação da memória de uma cidade ou de algum acontecimento importante.
Ao contrário do que se parece, esses espaços arquitetônicos preservados são repletos de alta tecnologia em seus interiores, caracterizando o século XXI e deixando de lado histórias antagônicas de um passado lento. A modernidade nos centros dos edifícios destaca ainda mais a desnecessidade de preservação de uma cultura retórica e desvinculada as necessidades atuais do praticante do espaço.
Assim como a tecnologia, a arquitetura também deveria carregar consigo apenas uma carga de pesquisas e experimentos, porém com uma forma de reuso e adaptações das melhores formas concebíveis para atender a contemporaneidade.

O tempo passa

Até quando é possível preservar a historia?
Será que talvez o esquecimento não contribua para o inicio de novas historias?
A memória não se faz necessária a partir do passar do tempo?

É em meio a esses questionamentos que me proponho a discutir a real necessidade do tombamento (patrimônio). Uma vez que acredito na possibilidade de uma relação menos pontual (sem ser necessário dizer se este ou aquele prédio é patrimônio) já que todos possuem historias, memórias e alguns esquecimentos ao longo de diferentes anos. O restaurar é complicado pelo fato de estar maquiando somente a estética e não mais toda uma historia vivida. Talvez ficar em ruínas seja importante para que visualizemos as ações do tempo, e talvez assim valorizemos a historia, e por meios de livros, vídeos, textos e fotos, tenhamos conhecimento das historias vividas e assim nos acostumemos com as mudanças ao longo dos anos. É sábio que este é um problema não somente na arquitetura, mas também na estética das pessoas. O medo de um futuro incerto e de uma não existência coloca as pessoas em uma tentativa de paralisação do tempo. A busca constante pelo não envelhecimento só torna mais superficial a relação entre memória, historia e esquecimento, já que o tempo é o grande responsável por esta relação, e sem ele, elas não existirão.

História de uma memória esquecida...

Como tudo em nossas vidas, um dia teve um início, um meio e terá um fim. Ao se iniciar, já fazemos parte de uma história, não no papel principal, mas como um personagem, por estar participando da história de alguém. A partir disso, começamos a fazer nossa própria história, traçando metas, conquistando objetivos, vivenciando espaços e conhecendo pessoas.

Nesse processo, vínculos são criados, pessoas e lugares especiais vão surgindo, se envolvendo, as vezes se completando. Quando nos importam e valham a pena, tais coisas não são esquecidas, mesmo quando distantes. Pessoas partem, lugares deixam de existir dando lugar a novos lugares, mas tudo isso fica na memória. Do mesmo jeito que se vão, que se destroem, pessoas vêm, lugares se constroem, e consigo carregam suas histórias, suas memórias e seus esquecimentos.

O esquecimento pode ser brutal, penoso, triste, mas em certos momentos, o esquecimento é a única e as vezes a melhor solução de uma história que não ficará na memória, pelo modo que se passou...

Assim a vida continua, com novos inícios, meios, e inevitavelmente um fim.

História de minha memória



A memória é um elemento constituinte do sentimento de identidade, tanto individual quanto coletiva (Pollak, 1992, p. 204).

À esquerda de quem observa, há uma nova casa, destacada por pastilhas no muro, ainda em reforma. À direita, uma casa antiga com pouca reforma da época que se construiu o bairro. Na frente uma mata. Adiante, vizinhos antigos, outros novos, cada um trás consigo uma historia guardada em sua memória.
Quem nunca viu um vizinho partindo?
Não é estranho, você tem uma convivência por anos com eles e depois eles partem para outro lugar, um lugar para qual se deseja, e os novos moradores, o que fazem com o lugar já existente que possui toda uma história com vários significados para as pessoas que ali moravam?
Ignoram o espaço preexistente, nega o que já existe e se constrói uma “nova casa”, a qual se almeja deixando para trás as marcas de uma história, de uma vida, porém trazendo novas histórias à rua e aos novos vizinhos.
Com o tempo, novas histórias irão surgir, novos vizinhos virão outros irão, mas levarão consigo suas historias ou se esqueceram delas? não saberei, mas na minha memória todas estas historias ficará.

Justiça ao passado

A memória é a capacidade de adquirir, armazenar e recuperar informações, visando o passado construído e transmitido por imagens e representações, já a história seria o testemunho, no sentido daquele que vê, ou seja, à análise de processos e eventos ocorridos no passado, com o cruzamento de dados e fontes diferentes, pois tendem a levam em conta observações que vem do interesse de cada um, e o esquecimento faz com que algo saia da lembrança, gera um bloqueio em fatos e despreza-os, omitindo para preservação ou mérito de determinado lugar ou pessoa.
Na verdade deve ser levado em conta para a análise de uma história quem conta e o que essa pessoa conta, pois a memória está diretamente relacionada com o interesse particular ou coletivo em cada história, havendo assim muitas vezes uma diferença entre a experiência temporal e a narrativa, que pode alterar a representação do passado, não sendo fiel a memória deixando-se levar pelo esquecimento com um propósito prévio. Torna-se assim difícil a relações entre história e memória, pois se tende a conservar ou a apagar elementos do passado que tornam a história verdadeira ou de conveniência, gerando assim dúvidas e suspeitas, pois em parte essa memória é modelada.
A história então se torna termos de uma crítica, de um problema e de conceitos, que ora são alterados ou omitidos, porém deve-se lembrar que a fidelidade e a verdade no momento da memória são fatores fundamentais para representação da história tentando não deixar cair em esquecimento fatos com o dever de fazer justiça ao passado.

abril 03, 2009

TEMA 4

Pessoal, o TEMA 4 é a obra Eyebeam Museum of Art and Technology, de Diller & Scofidio, projeto de um museu em homenagem a Charles e Ray Eames. Passem o mouse sobre o título da mensagem e acionem o link com o site dos arquitetos.
Um abraço da Flávia.