junho 19, 2009

Tema 5
Multifuncional = Multiuso


A arquitetura, no cenário urbano atual, através de integração, verticalização, revitalização de áreas urbanas, busca-se uma multifuncionalidade de edifícios. Essa é conseqüência de uma grande diversidade urbana, onde as pessoas moram, trabalham e estudam num mesmo local ou no próprio entorno.
O espaço proposto ou espaço formado pode ser, com o tempo, vivenciado de várias formas, com diferentes usos. Não só os espaços, a arquitetura, mas também mobiliário e materiais. O indivíduo propõe para praticamente tudo que existe novas funções, novos usos. Isso se deve a criatividade e a diversidade urbana.
A “famosa” sustentabilidade é multifuncional. Onde se reaproveita materiais feitos para um tipo de uso transformando-o o mesmo em um objeto, dando-lhe uma nova função.
Tema 7
Ficções Filosóficas

“Era uma vez três porquinhos que viviam com a sua mãe.Um dia ela disse-lhes:
- Queridos filhos, penso que já são grandinhos para viverem sozinhos e poderem trabalhar. Têm braços fortes e não lhes falta inteligência para pensar o que é melhor para cada um. Primeiro têm que construir as vossas próprias casas perto uns dos outros e contarem com todos os perigos que possam surgir. Os porquinhos puseram-se a caminho.
De todos os três o pequeno era o mais trabalhador, o do meio era trapalhão e o maior era preguiçoso. Como o maior era preguiçoso, fez a casa de palha para ser mais rápido. O do meio fez a casa de madeira pois também não gostava muito de trabalhar. Mas, o mais novo, o mais trabalhador, fez a sua com cimento e tijolos.
Um dia, apareceu o lobo que com um sopro derrubou a casa do mais velho e com outro sopro deitou abaixo a casa do porquinho do meio. Os porquinhos muito amedrontados correram para casa do irmão mais novo com o lobo correndo atrás deles para os comer.
O porquinho abriu-lhes a porta rapidamente e, os irmãos, entraram muito admirados por verem uma casa tão forte e tão bonita.
O lobo pensava que a derrubava, soprava e dizia: - Soprarei soprarei e a casa derrubarei!
Mas a casa era forte e ele não a conseguiu derrubar. Por isso, muito envergonhado fugiu e não voltou mais.
Os porquinhos ficaram tão felizes que fizeram uma grande festa.”

Arquitetura de contrastes...
Arquitetura fracassada...
Arquitetura moderna...
Arquitetura ousada...
Arquitetura comodista...
Arquitetura que convém...
Arquitetura por arquitetura...

junho 18, 2009

Percurso

Percurso

Uma ação/questão que se destaca por toda a cidade de Coronel Fabriciano, principalmente nas regiões periféricas, é o fato do desuso dos passeios que seriam inteiramente de pedestres.
O fato do desuso dos passeios é conseqüência das inúmeras irregularidades encontradas em seu percurso, tais como os degraus, sendo de inteira responsabilidade do proprietário do imóvel, entre outras como placas, mercadorias (em portas de comércios), bicicletas e lixos.
A maioria dessas irregularidades além da responsabilidade dos moradores é também responsabilidade da secretaria de obras e urbanismo do município, que por sua vez, além de falhar em sua fiscalização (em relação à construções mal elaboradas que afetam os passeios), não dispõe de infra-estrutura adequada, tais como a coleta diária de lixo (também uma barreira formada pelo acúmulo de lixo nas calçadas), regularidades em obras públicas, como rede pluvial e fluvial, que muitas das vezes criam barreiras, etc. Os pedestres, os personagens mais afetados, também se tornam culpados ao se deparar com a anomalia e não questionarem e reivindicarem pelos seus direitos. É de extrema importância a cobrança para com o poder público para que assim sejam realizadas benfeitorias na área do município.
O ato dos pedestres utilizarem à avenida como passeio coloca em perigo sua própria vida. A ação já se tornou um ato impensado e automaticamente realizado, de forma negativa, já é considerada como ato cultural, que formado por hábitos e costumes se dá pela acomodação com situações com um nível de dificuldade aparentemente elevado.
Enfim, uma questão que para muitos pedestres é considerado desprezível, demonstra a partir de um olhar mais minucioso sobre a situação que tal ato é “conseqüente de” e resulta em uma “tal conseqüência”.
Tema 2
Sorria, você está sendo condicionado!



Ficção da Construção Social

Ontem, antes de entrar em casa, passei pela rua que todos os dias me conduz ao paradoxo conflito entre projetar, construir para todos mas não de acesso a todos.
Estirado na calçada de frente à minha casa estava um morador de rua que, em outros tempos já tenha usufruído de todas as construções projetadas para o bem em comum e hoje, alí deitado, apenas é suportado como um ser sem valor e que, a muito olhares, degrine e degrada as belas e perfeitas curvas da construção.
Seria este um ator que nos ensena a verdadeira e derradeira verdade do ser humano?
Seríamos apenas ítens de uma peça de ficção os quais apenas ensenam o bem comum?
Quem vive a arte de viver e construir, nós arquitetos ou este morador de rua que encontrou, naquela calçada, o descanço merecido e a fuga deste filme?
Será possivel utilizar de nossa arte/ciência para todos realmente?
Até onde vai o limite entre o real, a ficção, a arte e o social ?

Nova Eternia!

Há tempos, uma terrível batalha vem sendo travada no mundo de Eternia. São dois povos muitos distintos, um deles, Esqueleto, morador da Montanha da Serpente. O outro, Adam, que graças a Feiticeira Zoar , adquiriu poderes sobre humanos.
Esqueleto vem tentando dominar o Castelo de Grayskull e todo o mundo de Etérnia, que há tempos vem sendo obrigado a seguir um estilo de vida ditado por seus mandantes. Toda essa organização, essa necessidade vital de que tudo dê certo já vem causando enormes transtornos em suas vias, sistemas de transportes e locais públicos. Caindo em contradição, tais espaços públicos têm sido usados como estacionamento de espaçonaves, e essa ação tem gerados conflitos entre os moradores do reino.
Ao contrário, no lado oposto do mundo, a montanha da Serpente, lar do Esqueleto não tem tal organização, não segue os projetos de He-man, arquiteto que fez o plano diretor de Eternia. Apesar disso, mesmo com essa falta de organização, a favela da Serpente se auto modula-se. É mutável, sempre ajustando as necessidades do momento. Isso pode parecer ruim a primeira vista, mas não é, pois não são necessários tomas medias para que se resolvam tais problemas.
Mas, após décadas de combates, Esqueleto se tornou Rei de Etérnia. Agora, toda essa falsa verdade sobre o que é projetado é o certo, já não existe. Novas formas, novos conceitos, novas maneiras de se criar, vivenciar, modificar espaços, criaram novas possibilidades. Novos horizontes se abriram depois dessas experimentações, e agora sim, o povo de Etérnia vive em paz, sem preconceitos nem "endeusamentos".

Tema 5 - MultiUso

Antigamente, alguns equipamentos eram desenvolvidos exclusivamente para uma função. Um canivete, simplesmente era uma “faquinha” com lâmina dobrável. Com o passar do tempo, agregaram várias outras funções a esse equipamento, mas não perdendo o nome de origem, agora tendo chave de fenda, saca rolhas, pinça, palito de dente e por ai vai!
Com a tecnologia cada vez mais avançada, comumente vemos tais fusões que nos beneficiam, facilitam nossas vidas. Celulares hoje, além de telefonar, podem tirar foto, tocar músicas, filmar, ter sua posição exata no globo terrestre, com o GPS e outros.
Com o passar dos tempos, equipamentos serão criados ou reinventados agregando cada vez mais funções. Mesmo com toda essa tecnologia, o uso de soluções simples em simples objetos vem para incorporar melhorias na qualidade de vida. Não necessariamente tem que ser criado por um grande artista ou por uma grande empresa de tecnologia. Muitas vezes o multiuso acontece de forma involuntária. Seja relacionado a objetos, ou a espaços, novas funções sempre existirão, por mais que nos esforçamos para criar espaços “completos”, sempre terão outras funções.

Tema 2 ... Condicionando ou Condicionado?

É fato que no decorrer de nossos dias, vivenciamos várias experiências, nem sempre novas. Muitas vezes, com o fato dessas mesmices acontecerem com freqüência, ficamos acomodados, condicionados a certas situações, a certos padrões pré- estabelecidos pela sociedade.
Dessa maneira, ficamos submissos a esses padrões, nem sempre considerados como bons, mas como convenientes. Assim, somos apenas marionetes de um sistema, apáticos a situações.
Sendo característica do ser humano, ser um ser dito pensante, temos a capacidade e obrigação de tentar fazer diferente. Deixar de ter como verdade absoluta os padrões existentes e tentar não ser só mais um na sociedade. Pra isso, não é necessário de se desvincular da mesma.
Em certos pontos todos fomos condicionados. Isso pode não ser ruim, desde que nos beneficie. O uso da tecnologia de informação para absorver, passar, discutir essas informações tem sido de grande ajuda.
Acima de tudo, em todos os pontos, devemos ter um ponto de vista crítico sobre tudo e todos. Modismos existem e sempre existirão, mas ser condicionados por ele é opcional.

cadeira Rom Ared

Um número ilimitado de estratégias projetuais podem ser desenvolvidas e postas em prática para resolver problemas arquitetônicos de naturezas diferentes. Muitas vezes a resolução de um problema especifico não se esgota em si mesmo. A marca de um bom arquiteto é resolver vários problemas formais a partir de um caso não especifico. Tendo em vista que a solução destes pode vir a resolver outros tantos
E o caso da cadeira Ron Ared, na qual e projetada não apenas uma cadeira, mas também uma cadeira.
A união entre as partes, o contato com o corpo, a relação entre estrutura e assento são evidências de que a exigência de multifuncionalidade foi cumprida apesar de ter ficado devendo em harmonia (muito feio, espero que seja confortável).
Os espaços não devem ser pensados como elementos individuais e isolados , mas sempre na sua relação com outros, pois o verdadeiro ato criativo não está nos elementos, mas na ação de associá-los.

TEMA 7

FICÇÕES FILOSÓFICAS

BRASIL: UM PAÍS PARA TODOS!

Pressupõe um país igualitário, sem preconceitos e privilégios, mas que na verdade não reflete a realidade da nação, apenas disfarça as desigualdades, preconceitos e privilégios, aumentando cada vez mais o fosso social que separa os mais ricos dos mais pobres neste insano país, transformando assim em um campeão mundial das desigualdades e injustiças sociais.

TEMA 6

Arquitetura e Identidade

Identidade, palavra ambígua em se tratando de arquitetura.
Inúmeras vezes escutam-se falar em Arquitetura, identidade e arquiteto, e a maior parte fazendo conjunturas de obras e seu autor.
É bem verdade que a maior parte dos arquitetos possui uma identidade na hora de projetar ou realizar suas obras, mas também devemos lembrar que o arquiteto não projeta para ele, e sim, para o cliente. Por tanto surge um contexto amplo e variado de idéias e conclusões, gerando assim um resultado final entre criador e usuário.
Também é verdade que sempre que um profissional da área olha uma obra, às vezes consegue distinguir com rapidez seu autor, mas, a identificação não é feita por sua, funcionalidade ou função, mas sim pelas formas, uso dos materiais construtivos e tecnológicos. Outro fator que marca cada dia a identidade na arquitetura é a cultura local dos arquitetos. Como exemplo Nicholas Grimshaw e Shigueru Ban
Nicholas Grimshaw que nasceu na Inglaterra, possui uma produção arquitetônica arraigada na tradição industrial inglesa utilização de diversos materiais e de técnicas de fabricação mais avançadas. Usa e busca o simbólico da estrutura, racionalização do consumo de energia na arquitetura. Orienta-se através dos princípios de que seus edifícios devem ser compreensíveis espacialmente e também no aspecto organizacional, as atividades realizadas no seu interior devem ser refletidas no projeto, havendo sempre a flexibilidade de se adaptar às mudanças de uso.
Shigueru Ban, arquiteto japonês, é conhecido por suas obras sofisticadas onde usa materiais nada convencionais como papelão e outros ecologicamente corretos.
O que não se deve aceitar é que em pleno século XXI, os arquitetos fiquem presos em formas e materiais, devendo buscar por si próprio técnicas e materiais diferentes.

TEMA 5

A MULTIFUNCIONALIDADE

Nos dias atuais, devido o corre corre das pessoas, o crescimento urbano e a diminuição do espaço, fica cada dia mais necessário a elaboração de produtos, objetos e construções multifuncionais.
A medida q o tempo passa, aumenta ainda mais a procura por coisas multifuncionais, onde essas automaticamente desempenham diversas funções, economizando assim, espaços e tempo.
É muito bom adquirir, um móvel que além de lhe economizar espaços, ofereçam diversas maneira e formas de uso, ou até mesmo uma construção rígida com imensos jardins sobre suas lajes frias e densas.
Atualmente é inaceitável olhar somente a estética, fazendo deslanchar cada vez mais a multifuncionalidade tanto dos objetos quanto dos edifícios.

A arquitetura da linguagem única e do espírito dominante ao uso da ficção.

Na idade antiga a arquitetura desenvolvia um papel de reprodução do pensamento dominante, possuindo uma linguagem única e de fácil compreensão de todos à cerca das obras realizadas, mas nunca distinto de sua finalidade. Ou seja, o que proporcionou a toda sociedade da época, uma fácil compreensão de suas obras, como exemplo podemos citar as obras dos templos dos deuses gregos que estavam sempre ligadas as suas características e historias mitológicas que eram compartilhadas por todos.
A partir de meados do século XVII mediante as transformações da arquitetura devido ao processo de urbanização ganhou se uma nova linguagem ao se projetar, fazendo com que vários arquitetos procurassem novas maneiras de manter o papel expressivo de suas obras passando a explorar o universo da ficção e da narrativa, retirando da sociedade emoções e diferentes sensações na analise de suas obras. Deste ponto de vista a genialidade da arquitetura está extremamente ligada na capacidade do arquiteto em transmitir efeitos da ficção e emoção de seus trabalhos na sociedade, fazendo com que a mesma possua diferentes conclusões e visões criticas acerca de sua obra.
Hoje em dia na nossa sociedade, podemos ver essa linguagem única de cada arquiteto ou morador através de um conjunto de elementos que dão à composição arquitetônica, fazendo com que essas obras deixem de ser meros objetos estéticos, preso puramente em suas exigências funcionais, passando assim a serem trabalhos que aguça o sentimento e emoções dependendo da maneira que sua obra será analisada ou interpretada criticamente pela sociedade leiga de maneira geral. Passando a trabalhar com a ficção da mente humana.

TEMA 4

ARQUITETURA SEM LIMITE

A cada dia que passa a necessidade de interação entre corpo e espaço, fica mais acentuada devido às grandes mudanças existentes. Com isso começam a surgir novos conceitos sobre arquitetura.
A arquitetura deixa de ser conceitual ganhando novos caminhos com inúmeros recursos e deixando assim toda rigidez esquecida e ganhando cada vez mais adeptos á esse fantástico mundo de “experiências”.
A imagem a cima é de um Hotel projetado pela 3xn –companhia dinamarquesa de arquitetura- é extraordinário, ela utiliza a tecnologia digital, que da um caráter real para o trabalho, com precisão elevada. Explorando bem parâmetros como: estatístico, ambiental e logística. Também representam a arquitetura com seu ambiente (situação e interação). O hotel é construído em duas torres inclinadas em sentido opostos. As torres são interligadas proporcionando assim a integração. O primeiro bloco está previsto o término em 2011. A 3xn brinca com os espaços dando vida e forma de acordo com suas necessidades e funções, fazendo com que seu público interaja no espaço.
O edifício Eyebeam Museu de Arte e Tecnologia é um exemplo claro de interação entre público e espaços, tecnologia e experimentos, sensações... Sempre vinculando espaços e funções, proporcionando assim uma maleabilidade do espaço e do tempo.
Tema 6
Arquitetura e Identidade

Como descobrir a identidade de um objeto arquitetônico hoje em dia? Seria essa identidade seu nome, sua idade, seu criador? E como saber essas informações? A partir de seus traços? Cores? Formas? Dimensões?
Hoje, com toda essa liberdade de expressão e criação, o objeto arquitetônico consegue dizer um pouco sobre suas intenções (conforto, visibilidade, imponência, sensibilidade...), mas pouco sobre sua história.
O interesse em introduzir elementos que caracterizem um momento, uma época quase não acontece como acontecia nos séculos passados, com as colunas jônicas, os vitrais, as cúpulas, os rococós e as janelas em fitas. Não conseguimos enxergar uma característica comum dos nossos tempos. Ou não existe, ou não aparece claramente. Sabemos que o que não se caracteriza é contemporâneo e pronto. Será que no século que virá os estudiosos saberão nos rotular? Inventar um nome pra essa miscelânia arquitetônica dos anos dois mil e poucos?
Pegando um gancho na linha de pensamento de meu amigo Zigtem quando cita que:
FICÇÃO s.f.1. ato ou efeito de fingir.2. simulação.3. arte de imaginar.4. coisas imaginárias.FILOSOFIA s.f.1. estudo geral sobre a natureza de todas as coisas e suas relações entre si; os valores, os sentidos, os fatos e principios gerais da existencia, bem como a conduta e destino do homem.2. sentido particular de um filósofo.3. conjunto de doutrina de uma escola ou época.4. sabedoria de quem suporta com serenidade os acidentes da vida


Não seria errado afirmar que toda filosofia se trata de uma ficção, tendo em vista que toda teoria surge como um modelo, uma coisa imaginaria, e nessa escala permanece pois ingênua é a fé de que até mesmo o pensamento lógico coincida com a realidade, pois, a vivencia a desmente a todo momento.
Na arquitetura também nos deparamos com essas ficções filosóficas. O problema é quando elas passam a ser tratadas não como filosofias mas como verdades inatas ou dogmas e passam a ser copiadas e repetidas na maioria das vezes sem nenhuma pertinência ou adequação e como já disse anteriormente cada vez que adotamos uma idéia nova não se sabe se é uma manifestação autentica ou uma parodia moderna que desperta nossa admiração acrítica. “Casas cor” “Mandamentos modernistas”, “Vida das novelas”
Penso eu que a filosofia é uma constante busca pela verdade, uma tentativa de se alcançar uma segurança que talvez nos aguarde. Pode se sentilla “ali” em algum lugar, ligeiramente fora do alcance, por isso a considero sempre uma ficção.



“Mas eu não estou interessado em nenhuma teoria, em nenhuma fantasia, nem no algo mais. A minha alucinação é suportar o dia a dia e meu delírio é a experiência com coisas reais. ... longe o profeta do terror que a laranja mecânica anuncia. Amar e mudar as coisas me interessa mais”. Belchior

Postagem tema 2 - sorria voce esta sendo condicionado

Por vontade própria ou não nos tornamos estudantes de arquitetura, futuros arquitetos. E é a partir dessa decisão que nós nos tornamos um objeto condicionado (ou pelo menos começando a ser condicionado). Somos condicionados a estudar certas coisas, pois nos colocamos a dispor, em certo horário, a ficar escutando o que um professor ou alguém pensa sobre um determinado assunto. Sim de fatos temos que ser condicionados, pois chegamos ali cru e nu sobre conceitos pré-estabelecidos pela arquitetura. E assim os professores vão nos condicionando, a pensar sobre esses fatos, ou ate mesmo manter o pensamentos deles como o certo. Alguns alunos não satisfeitos em apenas acreditar no que se é dito em sala, passam a se vestir, andar e falar como os professores se tornando assim mais condicionados ainda. Deixam de lado suas peculiaridades que os torna diferente dos outros para seguir certa tribo ou não. De fato nessa bola de neve, aonde um vai condicionando o outro, temos que aprender a expor o que é nosso, pois só assim seremos visto como nós mesmo somos... e se nada disso for feito, seremos apenas copias das copias das copias das copias...

CIDADE MIDIÁTICA: Ficção habitável

O ambiente contemporâneo é dentro do seu conceito um espaço completamente fictício. Vivemos a informação, o consumo, a publicidade a agitação das lojas e suas alegorias na paisagem urbana. As fachadas são efêmeras, assim como a publicidade que vende ilusões, ilusões essas que conformam e caracterizam a cidade. A expressão do que vivenciamos em nosso cotidiano dentro dessa cidade midiática é o que nos remete a momentos lúdicos e utópicos onde projetamos em nossa mente espaços irreais e não construtivos.

Somos autores, criadores, compositores e consumidores de ficções habitáveis. Arquitetamos o que lutamos contra e vivemos o que criticamos, somos seres viciados e alienados pelo objeto que dominamos e conformamos: A CIDADE IMAGiática.

"A expressão cidade imaginária [...] vem designar a metrópole recoberta de elementos do imaginário: cores, formas, figuras, automóveis, multidões se precipitando nas faixas de pedestres na hora do rush, outdoors de imagens fixas e, agora, outdoors que são televisores mastodônticos escancarados para a avenida que escorre. A televisão gigante brota da parede cega do arranha-céu e põe suas personagens luminosas a se mexer. As paredes urbanas adquirem luz própria, movimento próprio, vida própria".
Eugênio Bucci

O Sonho de Ítalo (Icaro)

Como Ítalo Calvino sonhava com suas Cidades Invisíveis, podemos ao ver um lote vazio, abstrato, sem forma e com nenhuma construção partir do abstrato e irmos para o real. Projetar ambientes vazados nas laterais e no teto, somente com o piso e modulo na vertical para poder fechar um lado do ambiente e outro no teto, e mudar de ambiente, somente com um módulo que possa percorrer toda residência sendo o resto vazado, sentir o vento a chuva pelas laterais sem se preocupar.

Genesis 1 x Genesis 2

Genesis 1

“No princípio criou Deus os céus e a terra. E disse Deus: Haja luz; e houve luz. E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas. E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite. E foi a tarde e a manhã, o dia primeiro. (...) Assim os céus, a terra e todo o seu exército foram acabados.
E havendo Deus acabado no dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito.”


Dá para trazer o cara que fez isso tudo ai porque os Deuses de hoje estão desorganizando tudo, antes funcionava tudo em perfeita harmonia, será que é tão difícil assim ser um Deus?Parecia ser tão fácil criar as coisas, era só dar o comando faça-se (luz, água ou seria line, trim, offset, sei lá), ou o problema veio quando deus criou o homem?

Genesis 2

“E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.”

Ou Deus erro nessa parte ou erramos nós ao esquecermos do final da frase, alma vivente.

TEMA 3: A memória, a história, o esquecimento.

Amnésia Condicionada

O que se vê atualmente no cenário da arquitetura se desenvolve frente a conceitos de memória e contemporaneidade como premissas de um “novo e transitório espaço”, que tem evoluído na medida de “novas e transitórias formas” de articulação do usuário com este lugar produzido, cada vez mais “espetacularizado” e especularizado.
Somos hoje objetos soltos na paisagem, sem um registro, sem uma verdadeira marca. A falta de identidade e a aculturação arquitetônica leva-nos a um estado de amnésia total além do condicionamento.

Para entendermos como às vezes grandes obras caem no esquecimento ou passam a não ter significância na historia, precisamos conhecer os novos caracteres impressos na dimensão física do espaço urbano e suas implicações no uso e expressividades cotidianas. Não adianta se falar em patrimônio cultural sem que isso tenha passado pela vivencia ou memória de alguém.

Em geral as pessoas confundem a preservação do patrimônio histórico, cultural, artístico, paisagístico, etc, com “preservação da memória”. Portanto, preservar um prédio, uma praça, uma árvore não significa que há alguma garantia de que uma suposta memória daquilo será guardada, afinal estamos condicionados ao esquecimento.

Ficção+Filosofia+Espaço Virtual

Em nossa profissão como arquitetos, acredito que, desempenhamos um papel importante de conhecer uma certa história, cultura de um local para podermos simular tal objetivo satisfatório. Podemos chamar de ficções nesse caso as premissas, o que estaríamos simulando, imaginando para um determinado projeto, ou seja às primeiras idéias, que sempre são coisas absurdas. Acabamos por criar uma filosofia daquele lugar, através de estudos e analises, passando assim a imaginarmos as primeiras premissas, criando programas que definirão a forma de viver no espaço projetado. Em outros aspectos, pode-se observar que algumas ficções acabaram sendo algo real, do tipo, o virtual acabou sendo um mundo mais considerado e vivido do que o real. Na era digital que estamos hoje, à internet, passa a ser um espaço virtual onde tudo possa vir a acontecer, e se pensarmos esse fato como solução, deixamos de lado um problema sério, como as fantasmagóricas cidades desumanizadas, que em função dessa tecnologia virtual e residencial, as pessoas não sentem prazer de sair de suas residências. A tecnologia vem se desenvolvendo tão aceleradamente. À duas décadas atrás, praças, parques e outros locais coletivos eram totalmente humanizados e vividos, hoje com o surgimento da internet sem fio, podemos notar que as pessoas estão naquele espaço real, mas suas mentes em um espaço virtual. As crianças tinham o costume de sair para brincar na rua, tinham horário certo, suas turmas formadas para o futebol, e outras brincadeiras mais, tinham o costume de irem às lojas com seus pais, hoje a internet por trazer mais opções, acabou suprindo às necessidades passadas.

Entre ficção, filosofia, teoria e arquitetura - Neander

FICÇÃO s.f.

1. ato ou efeito de fingir.
2. simulação.
3. arte de imaginar.
4. coisas imaginárias.

FILOSOFIA s.f.

1. estudo geral sobre a natureza de todas as coisas e suas relações entre si; os valores, os sentidos, os fatos e principios gerais da existencia, bem como a conduta e destino do homem.
2. sentido particular de um filósofo.
3. conjunto de doutrina de uma escola ou época.
4. sabedoria de quem suporta com serenidade os acidentes da vida.

TEORIA s.f.

1. princípios básicos e elementares de uma arte ou ciencia.
2. sistema ou doutrina que trata desses princípios.
3. conhecimentos especulativos.
4. conjetura, hipótese.
5. utopia.
6. noções gerais, generalidades.
7. opiniões sistematizadas.

ARQUITETURA s.f.

1. arte de projetar e construir edifícios.
2. constituição do edifício, quanto ao modo de sua construção e as características distintivas de seus ornamentos.
3. plano, projeto.

Simulação. Estudo geral sobre a natureza de todas as coisas e suas relações entre si; os valores, os sentidos, os fatos e princípios gerais da existencia, bem como a conduta e destino do homem.

Conhecimentos especulativos. Constituição do edifício, quanto ao modo de sua construção e as características distintivas de seus ornamentos.

Um cuidado com a montagem. Permitir que o projeto possua brechas, lacunas vazias que posteriormente o habitante seja autor deste preenchimento.

Fonte: dicionário Michaelis/UOL

junho 17, 2009

POSTAGEM TEMA 7 - FICÇÕES FILOSÓFICAS

HOMEM ESCRAVO DO HOMEM

Havia um tempo em que as praças eram repletas de pessoas se divertindo de diversas formas, crianças comprando balões, casais se cortejando, palhaços roubando risadas e garotos jogando futebol com os pés no chão. Hoje para se construir uma praça agradável para muitos, basta instalar uma rede wireless onde todos possam se conectar. Alguns se assentam nos bancos colocados lá nem sei por quem, outros nem sequer se dão conta que ali existem bancos, mas se assentam na grama, sem notar a diferença entre a grama e o tapete peludo de sua casa. Ali sim, as pessoas compram não só balões, mas infinitas coisas no mercado virtual. Também se cortejam em salas de bate papo, e em programas de mensagem em tempo real. Ali também existe uma infinidade de sites humorísticos onde eles podem ver não apenas um palhaço, mas a cobertura de um espetáculo do maior dos circos. Podem ver também todos os jogos de futebol com a senha de sua TV por assinatura, e se quiser jogar futebol podem se conectar com outras pessoas que ali na praça estão ou com pessoas que nem sequer conhecem e jogar uma partida de game online. Havia um tempo em que o homem era livre para fazer qualquer coisa com suas próprias mãos, mas as próprias mãos desse homem o escravisou. Criou infinitos objetos e aparelhos para o libertar do trabalho alienado, mas acabou alienando a si próprio.

POSTAGEM TEMA 6

ARQUITETURA = IDENTIDADE DO ARQUITETO?

É comum identificarmos certos edifícios como obra de alguém, atribuindo um estilo de projetar, ao Arquiteto autor da obra. O que nem sempre é levado em conta é a identidade do usuário que talvez, passará o resto de seus dias inserido à obra ou fazendo de alguma forma parte dela. Então me pergunto: A obra não deveria conter traços da personalidade do seu destinatário? Quando identificamos uma obra, não seria para ligarmos o projeto ao destinatário final? Seja uma habitação ou um centro de lazer público, os traços a serem identificados não deveriam ser do morador ou da comunidade que irá receber a obra? Algumas obras levam consigo, durante toda a sua existência de edificação, traços de Arquitetos que talvez não mais voltarão a experimentar tais espaços. Então os usuários desses espaços terão que se adequar ao projeto. Seria uma inversão de valores, visto que a obra deveria ser feita a partir de traços de seu destinatário, seja de crença religiosa, de estilo de vida, ou valores culturais. O estilo de vida de um senhor que viveu todos os seus 65 anos no campo não será igual ao estilo de vida de um homem de 26 anos que nasceu e cresceu em uma metrópole. É nesse ponto que eu quero chegar, as diferenças devem ser respeitadas e o meu trabalho como Arquiteto será sempre em função disso.

postagem tema 4

HIGH-TECH HOJE, ULTRAPASSADO AMANHÃ

É inevitável nos dias atuais que a tecnologia se insira no nosso dia a dia. Seja ela a mais comum, como um televisor. O que devemos observar e aceitar é que a humanidade seguiu por um caminho onde reina a busca por uma tecnologia cada vez mais avançada e que esse caminho talvez seja irreversível. Quando a sociedade de hoje toma conhecimento sobre as habitações e o modelo de vida da sociedade do período renascentista, se pergunta: “Como essas pessoas viviam dessa forma?”. A resposta é muito simples: Eles não conheciam o modelo de vida que você conhece hoje. O luxo, o conforto e a tecnologia existentes hoje não eram conhecidos no período renascentista. O que quero levar aos leitores é a noção de que a busca pela tecnologia não vai cessar, e com o tempo o modelo de vida que conhecemos hoje também será questionada quanto ao conforto e comodidade. O “Eyebeam Museum of Art and Technology” é uma experimentação inixecutável NO MOMENTO. Digo no momento porque acredito que haverá em algum tempo a possibilidade tornar esse projeto possível de se realizar. Talvez esse tipo de arquitetura seja a mais usada nesse tempo que ainda está por vir. Voltando ao nosso tempo, não acredito que a tecnologia em excesso traga grandes benefícios para a qualidade de espaços. Creio muito mais no desenvolvimento de técnicas menos “high-tech” para a criação de um espaço com ótima qualidade em termo de arquitetura e no tratamento de assuntos como o urbanismo, as relações do homem com o seu entorno e sua comunidade ou questões ligadas à sustentabilidade e ao meio ambiente, mas não nego nem massacro a tecnologia que provavelmente não mais nos deixará.

junho 15, 2009

ficções filosóficas

Ao executar um projeto de arquitetura, como em qualquer profissão, tem silogismo que lhe pertence exclusivamente; há um programa que tem que ser levado em consideração - tem o local a ser inserido o projeto - e o modo de construir a ser determinado. Tais argumentação ou raciocínio por esse método é levado em consideração em um desenho, que intervém entre a criação do projeto e sua realização concreta.

A maneira de pensa um sistema filosófico de um conceito que desencadeia um processo de projeto é de modo visto como algo separado a essas premissas que, servindo como ponto de partida, daria importância ao projeto e sistematicamente discutiria todos os condicionantes em uma forma compreensiva.

Essa forma de pensar a aquitetura reduz a importância de fatores existentes do problema e valoriza elemento que é desconsiderado a princípio como premissas primordial a elaboração de um projeto de arquitetura.

Contudo, na concepção de projeto, a compreensão e interpretação de semblante colocado como premissa em virtude de direito por parte do arquiteto
apodera sucessivas tomadas de decisões. Cada uma dessas decisões é um ato racional, operado a partir do conhecimento específico do problema, relativizado pela experiência vivida do arquiteto e pelo momento em que se realiza o projeto.

junho 10, 2009

Postagem tema 7

Tinha uma casa


Era uma casa nada engraçada
não tinha teto não tinha nada
ninguém gostava de morar lá não
mas no meu caso não tinha opção
ninguém dormia em cama macia
porque a casa não existia

O que acontece é que eu vivo só

E quando há frio alguns tem dó

Mas sei que a vida é muito difícil

Mas vou vivendo com sacrifício

Eu moro mesmo é na cidade

E vou vivendo na humildade.

junho 03, 2009

Postagem tema 2

Ansiedade como meio contribuinte para o condicionamento

Na contemporaneidade uma das características da população é a ansiedade, a busca pelo rápido e prático. Deste modo a padronização é um meio facilitador para se conseguir atingir estas questões. Como todo sistema existe vantagens e desvantagens na sua implantação. Uma das vantagens entra na lógica de industrialização, na qual produtos em serie costumam ter baixo custo, qualidade e quantidade suficiente pra atender ao mercado, sendo rápidos e práticos. Mas uma das desvantagens se encontra no fato do industrial contribuir para uma rigidez nos projetos. Por exemplo, já algum tempo se padronizou o peitoril da janela e o tamanho das portas, o que de certo modo contribui para a execução rápida dos projetos e o baixo custo.

Mas será q esse padrão, esse rápido, não está contribuindo para um condicionamento da população que se habituou a ver a paisagem a um metro e dez de altura em relação ao piso, uma vez que esta foi a altura padronizada?
E aí?
Qual será o próximo passo?
Daqui a pouco não existirão espaços com diferentes tamanhos, tudo será em modulo?

Talvez seja hora de repensar a necessidade do pratico e rápido e pensar arquitetura como Lucio Costa defendeu: "[...] arquitetura como construção concebida com a intenção de ordenar e organizar plasticamente o espaço, em função de uma determinada época, de um determinado meio, de uma determinada técnica e de um determinado programa."