setembro 19, 2009
setembro 17, 2009
Amanha, ontem e hoje
Essa relação entre o homem e o raytech, cada vez se funde em uma única coisa, “tempo” acho que esse e o ponto crucial de tudo, por que hoje ele não e o mesmo de 10 anos atrás, e não serão iguais há 10 anos próximos, coisas que fazíamos ou criávamos se tornou simples ou fazias, sem um contexto, não participamos mais de nada só fragmentamos as partes de uma futura experiência que não temos como um todo.
Juan Domingues Jr.
Juan Domingues Jr.(Cobija, 17 de março de 1934) ex-combatente do exército boliviano.
Nasceu e cresceu em uma modesta vila pertencente à cidade de Cobija-BO, divisa com o Brasil. Oriundo de uma família simples, logo se alistou no exército.
Traçou um caminho diferente de seu pai: Juan Domingues (1903-1977) trabalhador do campo, nunca foi a uma guerra, nunca viu uma imagem de TV, mas gostava de Coca-Cola.
Como General serviu durante um governo militar que realizou uma política de reformas econômicas conservadoras, incluindo a reabertura das indústrias de minas de estanho. Nessa época se viu forçado a lidar com os movimentos guerrilheiros atuantes nas regiões montanhosas, capturando em um dos campos de batalha no ano de 1967 o guerrilheiro Ernesto Che Guevara. Após a captura, conseqüentemente cuidou pessoalmente de sua execução.
Hoje, já aposentado com uma coleção ínfima de medalhas de honra ao mérito, Juan Domingues Jr. ainda usa seu uniforme de combatente orgulhosamente. Ainda carrega seu primeiro aparelho de TV, comprado em 1981, por todas as constantes viagens que faz em seu carro espaçoso, nada compacto, por sua tão amada Bolívia. Nunca teve filhos, não se casou, dedicou sua vida à sua pátria.
Orgulha-se ao falar com destreza de toda a programação da principal emissora de TV boliviana. É apaixonado até pelas tele-novelas brasileiras. Apesar de ser entendido de futebol, torcedor do The Strongest de La Paz, não viu Pelé jogar ao vivo nem pela sua TV. Fala com propriedade do atentado terrorista do 11 de setembro e da recente Guerra do Iraque. Parou de fumar aos 30, não bebe cerveja. Também gosta de Coca-Cola. Não gosta muito de hambúrguer, exceto os da McDonalds. Odeia fazer compras. Ouve muito rock’ n roll, embora não saber qual era o nome do principal integrante dos The Beatles. Diz gostar de arte clássica, mas não conhece arte contemporânea. Sempre quis ir à Paris e subir ao topo da torre Eiffel.
Quase não fica em casa, tem poucos amigos, apesar da aparente solidão nunca se sentiu só.
Juan Domingues Jr. adora TV.
A história do personagem relatado no texto acima é puramente fictícia.
Cícero Menezes
Arquiteturas portáteis
Arquitetura:
1. arte e técnica de organizar espaços e criar ambientes para abrigar os diversos tipos de atividades humanas, visando tb. a determinada intenção plástica.
Fonte:http://dic.busca.uol.com.br/result.html?t=10&ref=homeuol&ad=on&q=arquitetura&group=0&x=45&y=7
Acessado em setembro de 2009
Ao considerar a construção como algo provisório no espaço, repensamos e redefinimos a idéia de arquitetura como espaço construído. Neste caso um recipiente, um lugar existente onde o ser humano possui uma estrutura mínima para se abrigar.
A configuração é o próprio ambiente criado, um lugar que não pode ser interpretado somente como um espaço fechado composto de objetos, mas sim como um acontecimento, uma disposição espacial de elementos que criam uma situação, às vezes planejada, outras não.
A arquitetura, nesta situação, é caracterizada pela impermanência, que é transitória ou efêmera. O que importa é o ambiente vivenciado, construído ou não, é a maneira como ela se constitui em algo temporário no lugar, uma ação, uma memória.
A arquitetura de eventos é efêmera exatamente por não empregar algum tipo de modalidade construtiva, mas por ser algo que o uso é transitório. Essa transitoriedade ocorre quando o objeto é provisório ou nômade.
O que define este tipo de arquitetura não é a durabilidade física do objeto construído, mas sua durabilidade real, sua funcionalidade, sua finalidade. Ela só se torna transitória quando se desfaz do lugar em que foi inserida. Um paradoxo, já que o surgimento da disciplina de arquitetura representa uma forma de reverter este ciclo nômade e criar raízes, estabilizar as construções e alongar sua duração.
Este fenômeno “perecível” aplicado ao objeto é a própria lógica do capitalismo, em que a velocidade do avanço tecnológico gera objetos descartáveis, e devido a sua mobilidade gera também configurações temporárias, arquiteturas móveis, construções e descontruções de espaços.
MODERNIDADES
Uma janela para o mundo, onde pode se isolar e ao mesmo tempo estar por dentro de tudo. A tecnologia nos leva à proximidade daquilo que nos interessa, das inovações e dos mundos. Os nossos olhos avistam o espaço por enquadramentos de toda espécie. Por uma janela de um carro podemos vislumbrar nossos desejos, temos condições de escolher o melhor ângulo e o que queremos ver, aonde chegar, perceber os limites .....
A diversidade liberta a mente para
a criação das nossas necessidades
e leva as pessoas cada vez mais fi-
carem atrás de novidades, de pro-
duzirem, produzirem sem limites e
isso desperta o interesse daqueles
que conseguem identificar a janela
para o mundo, ou do mundo que o
cerca. Este será levado a invadido..
O habitável torna-se inabitável
o espaço é modificado para a-
atender em função do tempo a
estamos condicionados, são só
lugares, cada vez inóspitos......
Além de toda essa
Invasão, pensar o
espaço existente,
de forma egoísta,
leva à cegueira da
alma, sem culpa..
De quem é a responsabilidade? A quem se deve cobrar? Porque não fazemos nada????
A conseqüência será a ocupação de todos os espaços, mesmo os que não são nossos....
Já podemos perceber hoje uma amostra do que isso nos causará.
Responsabilidades....
Resultados...
Motivos.............
ARIDEZ
INVASÃO
ÁREA
AFASTAMENTOS
APROPRIAÇÃO
MÍDIA
FRONTEIRAS
SOLUÇÕES
LIMITES
EXPANSÃO
ARQUITETURA
DESERTIFICAÇÃO
URBANO
PROGRAMAÇÕES
PROXIMIDADE
DESMATAMENTOS
ANIMAIS
HUMANOS
R$
ELIANE INÁCIA
Nova Identidade
Na medida em que o tempo passa o ser humano torna seu modo de vida e suas relações em algo confuso e contraditório, um gênero universal surge demonstrando uma transformação perante seus fatores comportamentais. Na verdade é que em todas as etapas históricas da humanidade sempre nos convertemos em um gênero articulado por uma única e mesma historia, mas por muitos anos as sociedades se influenciavam de modos esporádicos, com envolvimentos culturais independentes, algo contrário aos tempos modernos, onde o desenvolvimento da cultura global e dos processos de produção em massa é o seu momento predominante, forçando o individuo a modos de divisão de trabalho que intensifica a dependência deste para com a sociedade, por analogia, aumenta a dependência deste para com a economia nacional e o mercado global.
Em uma sociedade, cujo elemento primordial para se sobressair é a mercadoria e o poder de compra, o relacionamento direto entre a humanidade torna-se algo artificial, as pessoas se interagem apenas por mediação da mercadoria, e o nível do comportamento equivale aos valores desta mercadoria. É por essa mediação que a sociedade consumista e detentora de propriedades particulares, se tornam primordial na configuração da personalidade humana dos tempos atuais, convertendo seus modos de vida para uma postura mais solitária e individualizada.
Diante desta nova postura social, onde os valores e a posse são elementos que interferem diretamente no relacionamento entre os humanos, se faz surgir uma paranóia ameaçadora que toma conta do cotidiano, onde a violência excessiva, os conflitos pela propriedade privada e as lutas de classe extremada se tronam reflexos deste novo gênero universal da humanidade.
Sociedade Mundial
Ao ver a imagem de um militar sentado em um monte de tabuas que foram improvisadas como um banco, e, na sua frente um veiculo inacabado (sem a porta traseira) com um televisor dentro, em meio á um ambiente deserto, sem se quer uma materialização no perímetro, vem a tôna um ambiente de guerra, cercado por confrontos mortais. E este militar parece se refugiar em um mundo diferente deste no momento, procurando um ambiente afim de descanso físico e mental, se comunicando com o mundo através deste televisor.
Hoje vivemos em uma época que tudo é feito cronometrado, afim de cumprir os compromissos habituais que nos norteam, dispensando involuntariamente o desejo de manter uma relação social.
Será necessário uma imposição nossa diante desta situação, afim de enxergar a problemática que nosso mundo nos pré-estabelece, trazendo para todos uma equilíbrio físico/mental, necessário para se obter uma boa relação social.
Todos se viram com o que tem...
Mas nisso tudo prendem a configuração de casa que vem sendo feitas durante muito tempo, fixam os ambientes para uma função definida, onde uns chegam a nem ser frequentado pelos moradores. Um exemplo que posso dar é minha casa, a qual possuía uma copa, como chamam os antigos, mas na verdade é uma sala de jantar, onde passávamos por ela e nunca usávamos. Tinhamos um quarto de TV. Passei ele pra onde era a copa e hoje o ambiente está muito mais agradável. Afinal todos se viram com o que tem, quando se tem um conhecimento na área se viram melhor ainda....
Luiz Gustavo de Ávila Lelis
setembro 16, 2009
Possibilidades, percepções e estratégias.
As novidades tecnológicas chegam cada vez mais rápido nas lojas e na internet, e também se tornam desatualizadas cada vez mais rápidas. O que aumenta o consumo consideravelmente, e isso também muda nosso modo de vida, somos obrigados a depender de tecnologias para trabalhar, estudar, se comunicar, entre outras diversas atividades sociais ou não.
A dependência gerada por essa situação é dada pela razão do homem se entregar facilmente, sem questionamento, sem raciocinar o que está acontecendo. Na verdade esse tipo de revolução aconteceu gradativamente, com a popularização de aparelhos e tecnologias. No final dos anos 90 e início dos anos 2000 o computador, a internet e o celular deixaram de ser consumidos como serviços e objetos de luxo, e passaram a ser um artigo popular, por um lado, tecnologia acessível é um grande passo, o problema é o modo de utilização das tecnologias, o homem deixa de ser dono da própria vida e a torna pública, pela internet ou qualquer outro meio, com a chegada do celular não se existe privacidade ou um momento de descanso e ao mesmo tempo, se a energia ou bateria acaba, ou o acesso da internet, a preocupação dos usuários se volta para perca de um possível contato perdido, ou uma ligação imaginária que não foi atendida.
Como lidar com essa situação, esse novo modo de vida é um paradoxo, mas aceitar o que nos foi imposto sem uma visão crítica, é ser omisso a realidade. As ferramentas vieram para tornar nossa vida mais prática, mas perder um sinal wireless, de telefonia, de energia não é o final do mundo.
Hugo Marlon
Admirável mundo reinventado
A partir deste pretexto podemos afirmar que com a invenção das máquinas após a revolução industrial começamos a criar um meio diferente de perceber e de conceber o mundo.
Tal mundo onde inexiste o espaço temporal, os limites éticos, não possui barreiras, é uma esfera intensificadora da alienação presente no modo de produção capitalista, na globalização mundial, na automação industrial que extermina os homens, na cultura dominante que impõe suas utopias ao mundo, na existência banida.
Porque necessitamos tanto de nos desconectarmos da realidade, utilizando e transformando esses aparatos tecnológicos em extensões de orgãos quase vitais à nossa sobrevivência?
Por que nos automatizamos a cada dia afim de absorver o máximo de informações?
Porque trespassamos e rompemos enormes distâncias, territórios em frações de segundos, anulando e subvertendo o espaço/tempo, distanciando-nos cada vez mais do corpo presente?
Podemos enxergar essas necessidades frequentemente renovadas, a adaptação aos meios de comunicação, aos avanços tecnológicos frisando o que declarou Paul Virilio: "O Homem sempre seguiu a lei do menor esforço."
Afogamos em um mundo onde não presenciamos os acontecimentos, não vivenciamos o tangível, ofuscamos e negamos nossa natureza.Transformamos nossa relação com os outros indivíduos em algo como o desprezo pelo que é, e sim pelo que se vê , sofrendo uma mutação sensorial de percepção.
Nós somos matéria, não descendemos de cópias de números binários ou cálculos matemáticos, não somos uma representação da realidade intangível extra-mente como afirma o filósofo francês Jean-Paul Sartre: "A existência precede e governa a essência".
Sala de Estar ?
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sala_de_estar - Acessado setembro/2009
Criando dentro de si, verdadeiras ‘’celas’’ no seu interior, onde mergulhado na profundeza de seu cansaço do dia a dia, pensa, repensa, faz e refaz no seu intimo os momentos vividos, corridos, sofridos no repetido ir e vir da vida.
Observa o horizonte, desligado de tudo que o rodeia, pensa na vida, olha sem ver ate mesmo a tela que se encontra a sua frente.
Mesmo diante desse; ‘’observa-se’’ mergulhando inteiramente em si, criando um espaço físico condizente com seu EU.
Chão duro, como seus pensamentos, tabuas sobrepostas, como as lembranças que lhe sobrevêem a mente. Céu escuro como o que lhe arde no coração ... Sala de estar? Varanda? Dormitório?...
Nada mais sensato que deixar o tempo correr livre, como livre esta o seu pensamento...
Tema 2 - Espaços Individuais
A constante necessidade de particularidades das pessoas tenderiam a gerar espaços individuais?Poderíamos dizer que as habitações contemporâneas tendem a se tornar várias habitações individuais?
Com a popularização dos novos equipamentos de comunicação tais como: celular, televisão, computador, Internet, gps ...propicia a criação de espaços para uso extremamente individual, as vezes este espaço seja criado para que nesta individualidade haja uma interação com o coletivo, assim como na Internet.Esses cyber espaços estão mais próximo que imaginamos da realidade de cada um de nós.
Ao imaginamos estes espaços individuais logo pensamos logo em uma tecnologia envolvida, equimapentos eletrônicos, maquinas, etc... Porém, espaços individuais existem muito antes da era tecnológica, o caso é que com a tecnologia isso tende a se intensificar muito mais, como , casais que se relacionam pela internet, casam e possuem mais tempo juntos virtualmente que pessoalmente. A tendência é essa necessidade de individualidade aumente cada vez mais, assim como tem acontecido nos últimos dez anos com o surgimento da internet.Cabe a nós discutir até onde isso é benéfico e até onde é prejudicial, pois a tecnologia estará presente em nossas vidas para sempre, esteja nós fazendo uso da mesma ou não.
setembro 15, 2009
E S P A Ç O S COMO USÁ-LOS
A imagem acima me fez lembrar o filme Histórias de cozinha onde retrata uma dramatização bem humorada dos anos 50. Com a “explosão” industrial no pós-guerra, é realizada uma pesquisa de campo para desenvolver a cozinha perfeita, após meses de pesquisa, conclui-se que a cozinha era usada para tudo, menos para cozinhar, da mesma forma a cena proposta retrata o carro, um meio de transporte, sendo usado como uma sala de televisão, ou seja, da mesma forma que nada impede que o ambiente de uma cozinha tenha outras finalidades, o carro também têm seus espaços para serem utilizados da melhor forma possível que não seja o transporte, prova disso, hoje existem muitos veículos preparados e montados para serem pequenas moradias móveis.
O que estou querendo dizer com tudo isto, que devemos tomar cuidado com os recursos e as novas possibilidades projetuais oferecidos pelo uso do computador. Ele deve ser uma ferramenta para contribuir, juntamente com o pensamento do arquiteto (e não apenas servindo ao seu pensamento). Temos que pensar também nestes usos dos ambientes. Quando projetamos espaços, geralmente pré-definimos suas possibilidades de uso, deixando muito poucas alternativas para usos que não foram pré-determinados. Assim, estamos limitando muito.
Compete a nós, futuros arquitetos, pensarmos nestes usos. Nem sempre um ambiente útil e funcional para mim vai ser para outra pessoa, ou nem sempre usamos uma sala de nossa casa para assistirmos televisão. Ela pode ser assistida em qualquer lugar.
Helen Judith Bussinger Dias Neubert
setembro 13, 2009
mundo X homem X tecnologia
setembro 04, 2009
Discurso, uma “cilada”, uma espécie de ataque que o autor usa para sua própria defesa.
Discurso não como conceito, como algo falado ou escrito, mas algo que se comunique, que mantenha diálogo com quem o percebe: observa, toca... ou avalia.
Discurso para ser enxergado não de forma literal, direta, mas que seja identificável e definível através de uma análise da linguagem estabelecida daquilo ou daquele em questão.
Discurso componente, pedaço da obra
Blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá blá, esse é o meu discurso.
setembro 03, 2009
A obra por si só
Nota-se que no mundo da comercialização, o discurso tem uma função fundamental para o sucesso, seja ele para vender algo, como para defender uma tese, argüir sobre um erro...
No universo da arquitetura elaborar um projeto com o foco nessas duas palavras, e as usá-las em paralelo, provavelmente ele será bem sucedido.
Porem acontecerá no mais tardar que este tal discurso acompanhado de uma obra ou vice-versa cairá no lado ilusório do “ingrato” mercado, onde se cria e especula coisas afim de impressionar e simplesmente vender...
“Mundo capitalista, que pena, forçar os profissionais a não levarem em consideração ou simplesmente deixarem de considerar outros fatores expressamente qualitativos de uma obra...”
Infelizmente é por este caminho que tem trilhado muitos profissionais da nossa área, pois o capitalismo é quem impõe o que é certo e o que é errado, o que é bom e o que é ruim.
Nós como críticos temos que melhorar nossos discursos e/ou argumentos a fim de derrubar esta situação, onde os poucos são muitos em quantitativos e impõe ordem no mercado, que é nosso por direito, pois temos formação para isto e acima de tudo ética na profissão.
Obra e discurso
Na verdade, um efeito deprimente, com significado na vida das pessoas e no equilíbrio social, resulta daquilo a que podemos chamar "corrupção paisagística". Difícil é não vermos a desarmonia de muito do "urbanismo" que se permite a degradação do meio rural, o avanço dos subúrbios, a má qualidade das construções e do seu enquadramento próximo, das áreas metropolitanas.
A "corrupção da paisagem" não é apenas mau gosto ou falta de meios para fazer melhor. Deriva de um somatório de equívocos e de pressões. A paisagem corrompida não é senão o palco das “operações urbanísticas” somadas, o cenário dos loteamentos, do devorismo construtivista, do gosto nivelado pela mediocridade. Vemos locais que deixaram de ser rurais e que, provavelmente, nunca será cidade.
No meio desta ditadura do que é feio e disforme, o ruído campeia sem freios, a atmosfera é poluída, o asfalto e o cimento deixam pouco espaço para uma singela réstia de Natureza.
Quem pode ser feliz em ambiente desqualificado? Talvez um dia aprendamos que a paisagem conta que o meio físico pesa na vida das pessoas.
Sabemos o que é preciso fazer?
Obra e discurso
Constantes transformações, Isto me fez pensar na cidade que vivemos, onde a nossa participação é simplesmente como mero observadores, não queremos envolver com o que já está pronto ou propor mudanças por algo que estar por vir. Vemos, percebemos, mas ficamos calados, estagnados sem reação, deixando o discurso transcorrer sem ao menos intervir, tocar, sentir, mudar a posição.
Na realidade as cidades, nos dias de hoje, reflete o descompromisso do setor público com a ordenação do espaço urbano. Causa a impressão de que tudo se pode e de que a cidade é terra de ninguém, quando, na verdade, ela é território de todos.
Pensar nestas constantes transformações no que diz respeito a um crescimento ordenado para as cidades, vejo isto como um grande desafio na arquitetura, mas a partir de agora, não significa destruir tudo o que existe e iniciá-la a partir de um novo traçado do tecido urbano. Um novo ordenamento urbano das cidades é quase que condição básica para a instalação de um processo democrático, permanente e contínuo de planejamento. Não é apenas um belo discurso para seu projeto ou buscar um embelezamento do espaço. As obras têm que ser planejadas, discutidas e elaboradas com a total e irrestrita participação de todas as partes interresadas no assunto. Mas será que queremos participar?
Helen Bussinger Neubert
obra e discurso
Relações, singularidade, diversidade são alguns conceitos ou atributos que podem ser designados a uma obra e a um “autor”, e mais especificamente ao “sujeito” que fará de tal obra, talvez a “sua” identidade.
A arquitetura pode ser utilizada como forma de expressão de uma história. Ao evocar o passado ela é ou não um motivo da concretização do que se idealiza e pode servir de referência. Sua identidade, torna-se objeto de sua história.
O discurso faz parte de toda obra. De alguma forma, ele representa um contexto, as condições de uma época, o lugar em que está inserido, a quem é direcionado. A capacidade de uma obra se comunicar através dos materiais, disposições, eixos, cores, formas dentre outros dá a ela o poder de contemplação, de ser valorizada e respeitada. As soluções encontradas diante das necessidades individuais podem conceder à obra uma expressividade única. O entendimento de um programa é parte fundamental para um resultado final satisfatório, mas, é preciso tomar uma posição racional aliada a uma interpretação sutil e sistemática. Os percursos, ao serem definidos, possibilitam direcionamentos e criam possibilidades de movimento. A velocidade em que vivemos, na qual uma massa de pessoas corre de um lado para o outro, e o tempo não nos permite, muitas das vezes, ver os detalhes de uma paisagem, dos caminhos que se seguem bem à nossa frente, pois vivemos automatizados, amontoados, condicionados às nossas próprias necessidades. Será que a arquitetura sozinha, vai dar conta
de resolver toda essa explosão de necessidades individuais, do mercado, da sociedade? Provavelmente não, mas ela pode colaborar para amenizar o estrangulamento no qual somos levados a viver.
Eliane Inácia Oliveira da Silva
Humanidades IX
Obra e discurso
Inapropriação dos discursos contemporâneos
Diante do surgimento das grandes cidades até o surgimento das metrópoles e com as novas formas de pensar a ocupação urbana dos séculos passados, sempre eram levados em consideração o estudo da arquitetura e sua associação às significações sociais, às novas escalas estruturais, e as evoluções culturais, dando um salto evolutivo na escalada rumo às ações transformadoras, e ao progresso urbano, que a arquitetura se propunha a fazer.
Mas com o tempo, os discursos apropriados se perderam, ou deixaram de fazer falta. E a proposta arquitetônica seja ela habitacional, seja ela urbanística, se torna cada vez mais especulativa, tendenciosa às vezes totalitária. Os arquitetos passaram a se considerar seres questionadores do mundo e de uma certeza de que apenas o cenário arquitetônico é única e absoluta forma de transformação urbana, quase que por excelência. As configurações territoriais, a efemeridade e as conjunções e separações sócio-culturais são simplesmente irrelevantes diante dos processos da atual arquitetura urbanística.
Mesmo vivendo em uma realidade de Terceiro Mundo, nunca fomos tão urbanos, tão interligados e tão conformados a tecnologia, mesmo assim, o arquiteto se prende aos pensamentos do passado, ao raciocínio modernista, referenciando esse momento histórico em suas obras atuais. Mas não é só entre os profissionais, dentro das universidades esse tipo de situação é regra, e a doutrinação certa. Fazendo crescer uma dependência racional e de utopias funcionais, que se eterniza ao longo da carreira profissional.
Obras geram discursos e discursos geram obras
Além de tudo o argumento
Essa arquitetura contemporânea cheia de adeptos orgulhosos não possui rumo ou discurso próprio, cada um propõe seu argumento, criando uma defesa para aqueles que virão criticar suas criações. Na verdade é um mundo de orgulho imposto pelos companheiros de classe, que pensam involuntariamente em espaços para se satisfazerem esquecendo-se de quem é o verdadeiro usuário, um mundo de disputas de ego, mas também um mundo desconhecido, porque na verdade a participação dessa história é involuntária.
Pode-se pensar que os usuários da arquitetura são os menos preocupados nessa discussão e que talvez nem tenham conhecimento, mas talvez os arquitetos utilizem dessa situação para conseguir alcançar seus propósitos, que na verdade são financiados inconscientemente pelos usuários.
Hugo Marlon da Silva
Obra e discurso
No entanto, com base nisso, em que a arquitetura , tal como outros campos da área artística, necessitam de participação social mas também compreensão e respeito da mesma, encarando da seguinte forma em que a arquitetura possui sua linguagem especifica que nos permitem assim como arquitetos a elaborar nossos discursos.Discursos esses que muitas vezes são encados como maneira de convencer outra pessoa ou ganhar um conta ou projeto e não como abordar técnico de um profissional capacitado para desenvolver aquela atividade.
Portanto o arquiteto muitas vezes encarado apenas como artistas sempre se encontra na posição de ser questionado e criticado, cabendo a ele elaborar o seu discurso social para convencer novamente o meio de que sua posição merece ser respeitada, diferentimente do médico em que ao executar uma operação não recebe o mesmo questionamento do meio em que esta solicitando o serviço do mesmo.Contudo , os profissionais da área de arquitetura vem ao passar dos anos conquistando seu lugar e com seus discursos recebendo o seu crédito merecidamente, fato este que já deveria ter sido conquistado por muito tempo.
Obras e Discursos ou Frank Gehry, o contraventor
Haussamann idealizou o plano de reformulação do centro de Paris, ocorrido no final do século XIX, como uma resposta ao grande caos instaurado na época quando o viver no centro da cidade, significava viver em meio a ratos, bêbados e prostitutas.
Para ser aceito Haussmann pregava que a reforma melhoraria circulação no centro da cidade, eliminaria a degradação dos bairros, arejando os interiors dos densos quarteirões, dando uma imagem de cidade moderna, iluminada e arborizada. Daria a cidade uma "Nova Arquitetura"
As obras de Haussmann respondem até hoje ao seu discurso e idéias e Paris é a cidade que é, em grande parte graças a essa reforma.
O museu Guggenheim de Bilbao, no sul da Espanha se propõe a ser um museu de arte moderna, e é o que é, um dos maiores museus de arte moderna do mundo.
Projetado por Frank Gehry, o Guggenheim de Bilbao segue a risca o discurso a que se propõe: salas de exposição como a de tantos outros museus do mundo, com iluminação, temperatura e segurança adequadas às várias obras que são ali expostas.
A grande diferença da obra de Gehry é que o próprio museu, é em si, uma obra de arte, com suas superfícies curvas e brilhantes deitado às margens do Rio Nervión, fato que gera críticas fervorosas por ser, às vezes, mais atraente que as obras em exposição.
A pergunta que fica é a seguinte:
Toda obra arquitetônica ou não tem que seguir na forma o discurso a que se propõe?
Escolas têm que ter a “cara” de escolas? Prédios públicos têm que ser frios e neutros? Salas de aula têm que ser fechadas e com cadeiras? Cadeiras têm realmente que se parecer com cadeiras? Motocicletas com motocicletas? E museus têm necessáriamennte que estar em antigas construções?
Bom, Frank Gehry acredita que não..... e eu também!
setembro 02, 2009
Obras e discursos
Paradoxalmente, em um tempo em que tanto se discute arquitetura, ela nunca foi tão mal compreendida por aqueles a quem pretende servir. Não se valoriza a profissão do arquiteto porque não se sabe exatamente a sua função.
O cliente não sabe o que quer e o arquiteto tampouco. O resultado é que o arquiteto acha que sabe e o cliente finge que entende. Isso é frustrante para um profissional que estuda durante cinco anos o corpo no espaço, e na hora de projetar não interage com a própria pessoa dona do futuro espaço!
O profissional deve conhecer o cliente e seus anseios e projetar um espaço que seja prático, funcional, agradável e de acordo com bolso de quem o contratou.
A verdade é que falta troca de informações. O arquiteto não pode ditar o que o cliente quer, mas pode mostrá-lo novas possibilidades, ao mesmo tempo que o cliente precisa saber que está lidando com um profissional treinado para criar, e não reproduzir o que é visto em revistas. São poucas as pessoas que dão liberdade e aceitam ter suas Casas Cláudia contestadas, que entendem e acatam as opiniões e motivos dos arquitetos. A qualidade da maioria das construções são empacadas pelos próprios clientes.
O brasileiro nasce médico, arquiteto, engenheiro, psicólogo, bombeiro, farmacêutico ou o que precisar ser. Quando alguém adoece, em último caso vai ao médico, para conseguir uma receita para a cura. Quando alguém quer construir, em último caso vai ao arquiteto, para conseguir um “deseinho” aprovado ou um “projetinho” barato.
Arquiteto não é de elite. Ele é capaz de projetar uma cadeira, uma casa, uma cidade.
Ele é responsável pelo projeto, supervisão e execução de obras, e seu campo de atuação envolve todas as áreas relacionadas ao espaço habitado, como o interior, paisagismo, urbanismo e diversas formas de design. Ao projetar, leva em conta aspectos técnicos, históricos, culturais, estéticos e ambientais.
Acredito que o fato de as pessoas não terem o costume de contratar um arquiteto no Brasil é cultural, um antigo pré-conceito de achar que sai caro demais contratar um profissional, caro é refazer todo o serviço malfeito!