agosto 29, 2007

Flutuante


A exploração de petróleo (recurso mineral não renovável) faz com que cada vez mais visionários de lucros, busquem formas, eficazes e rápidas, para a exploração do petróleo, construindo assim, grandes “cidades ilhadas tecnológicas” ou “cidades ilhadas capitalistas”, construções essas que se instalam em determinados lugares até sugarem todos os recursos, como as plataformas petrolíferas, que chegam a produzir diariamente mais de 180mil barris de petróleo.

Apesar da tecnologia avançada das construções contemporâneas, o homem já pensava em meios de sobrevivência e ocupação em lugares fora da terra firme, por exemplo, o Mercado Flutuante em Bangkok na Tailândia, que é um labirinto de canais estreitos, congestionado de pequenas embarcações de madeira, onde um amontoado de pessoas vendem seus produtos, para os consumidores nas “margens”, margens estas feitas sobre palafitas, cultura está, denominada arcaica, assim como comunidades inteiras vivendo ilhadas, na Amazônia, onde o único meio de transporte são as embarcações, outros povos se organizam como verdadeiros nômades nas águas do oriente médio, povos estes que vivem de maneira ultrapassada, morando em pequenas embarcações familiares, onde passam a maior parte do ano navegando, à deriva, sobrevivendo do que o mar oferece.

A cidade idealizada pelos situacionistas, a Nova Babilônia é uma cidade nômade, feita de habitações temporárias, permanentemente remodeladas pelo vagar de seus habitantes, onde “pode-se vagar durante um longo tempo pelo interior dos setores unidos entre si, entregar-se à aventura que nos oferece esse labirinto ilimitado. A circulação rápida no solo, os helicópteros por cima dos terraços cobrem grandes distâncias e permitem a mudança espontânea de lugar”. Os habitantes situacionistas são esses caminhantes – os mendigos, os boêmios, o que restou dos ciganos – são as pessoas que nos podem falar sobre a cidade, pois somente elas vivem todo dia a experiência de distanciar-se do caminho, subtrair-se ou adaptar-se a uma nova situação. Assim também são as grandes malhas subterrâneas (gasoduto, esgoto, água, telefone, etc.), outras possibilidades, conectadas pelos tubos e cabos, passando em rochas, mares, pastos, montanhas... Ligando uma cidade à outra, uma casa a cidade, são redes intermináveis, muitas vezes à deriva, sem saber por onde vai passar, onde vai chegar.

1 Comments:

Blogger jorge tanure said...

bacana a relação com os situacionista, mas por que lidar tao literalmente com a exploração do petroleo? por que nao pensar nos guetos urbanos como possiveis cidades conectadas, redes subterraneas, ou nao, que abriguem esses derivers q vc cita?

6:50 PM  

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