abril 25, 2007

TEMA 04 (postagem até 10/05)

Jornais: 2 a 6 semanas; Papel: 3 meses; Cascas de frutas: 3 meses; Embalagens de papel: 1 a 4 meses; Palito de fósforo: 6 meses; Filtro de cigarro: 1 a 2 anos; Chiclete: 5 anos; Plástico: 50 a 450 anos (dependendo do tipo de plástico); Metal: 50 (lata de ferro) a 500 anos (lata de alumínio); Pilhas: 100 a 500 anos; Sacos e copos plásticos: 200 a 450 anos; Vidro: 4 mil anos; Tênis:? Carro:? Casa:? Torre de Escritórios:? Museu:? Aeroporto:? Monumento:? Parque:? Cidade:?

Fonte: http://educar.sc.usp.br/ciencias/quimica/qm1-2.htm#recicla, http://www.prefeitura.unicamp.br/prefeitura/ca/recicla/r_curioso.html

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ON, WINDOWS, TECLADO, FOLHAS, CADEIRA, PASSAROS, CADERNO, LAPISEIRA, CABELO, PEDRA, COPO, COCA-COLA, SOL, CALOR,1 GRUPO, BOLSA, ANA,FURO, PLASTICO, SANDALIA,RASGOS, PREGO, VERDE, MOSQUITO, INCOMODO, ZUMBIDO,ARVORES, CLICK, COPO QUEBRADO, FÓSRORO, FUMAÇA, MUCHILA, CADARÇO DISCUSSÃO, SORRISO, GUARDANAPO, MOSQUITO, MOSQUITO, INCOMODO, CALOR, DINOSSAURO, CHURRASQUEIRA, VERMELHO, TINTA, FAIXA LISTRADAS, TIJOLOS, CINEARTE CINEMA 2005, AZUL, AMARELO, CONVERSA, SENTADO, CELULAR, DEITAR, SORRISO, SEIS, JOGAR, MUSICA MONOFONICA, ALO, OI, DAQUI A POUCO, AZUL, EXPERIMENTO, BAGUNÇADO, SONY,FOLHAS, TIAGO, CARLS, ADIDAS, TACHINHA, PULSEIRA DESBOTADA, CAMISA BRANCA, MURMUROS, LANCHE, HORARIO, MEIA HORA, BATERIA, ARQUIVO, SALVAR, ALICE, CELULAR,TUCA, INDAGAÇÃO,RAMPA, TATOO, LONA, GLOBO, COPO, COCA-COLA, TANDE, CAMISA AMARELA, INCOMODO, CALOR, MOSQUITO, FLORES, VERDE MUSGO, ADRIANO, COLAR, PLASTICO, CAFUNÉ, BOTA, CINTO, LORENA, DEITADO, FILME, RIO, 30 MINUTOS, BARRA DE STATUS, WORD, POÉTICA, QUESTÕES,2 GRUPOS, OPINIÃO, LIMITE, TANDE, TEORIA, COPO, COCA-COLA, DESMONTA, BETONEIRA, RUIDO ALTO, INCOMODO, FESTIVAL, FOTOS, COLEÇÃO, BACANA, TRABALHO, CUMPRIMENTO, SINTETICO, MUSICA POLIFONICA, ALÔ, PASSARO, TUCA, CIGARRO, FOSFORO, OCULOS, DESENHOS, LUGARES, BOLSA, PONTO DE VISTA, COPO, COCA-COLA, BOLSA, PRETA AZUL,SORRISO, FOSFORO, CELULAR, ALO, DEDO CORTADO, SEM TOPÉIA 2006, KARLVALEIRA, DESART,FORMIGA, SONO, MUSICA, FUMAÇA, NOVO GRUPO, ELE DISSE, ADI, PUMA, OCULOS, LEILA, BOLINHAS BRANCAS, FLORES COLORIDAS, LORENA, ZEZÉ, UNIFORME AZUL, COPOS DÁGUA, UNIFORMES AZUIS, VASSOURAS, BAUDE, 3 GRUPOS, TFG, FALTAS, NEANDER, ARVORES, BOLSA DE CROCHÊ, SOMBRA, MOSQUITO, INCOMODO, CAMISA VERMELHA, DE BAR EM BAR, CINEMA, PEDRO, MARTELADA, METROPOLITANO, CARRO, BICICLETA, DOIS KM, 1 GRUPO, CELULAR, anoitecer, MURANGA, ALO, VIDEO, BOLSA AMARELA, OCULOS, MADEIRA, UNIFORME UNILESTE, MOSQUITO, BORBOLETA, DEITAR, YOGA, TRAIRA, CERVEJA, FALANDO, 4 GRUPOS, ESCREVER, CELULAR, OI, CRÉDITOS, BRENO, COPO, COCA-COLA,(Gk+2g+k+1)=vide bula,in concert, REXANE, TOQUE, EMBORA, MOSQUTO, INCOMODO, PESSOAS, MOSQUITOS, BOCEJO, COPO, COCA-COLA, FLORES, INDAGAÇÃO, TRABALHO, MASSAGEM, HORARIO, BANCA, PROJETO, INTENÇÃO, CRTL+S, caps lock, apresentação, contar palavras, sorrisos, formiga, calombo, incomodo,Gisele, caloura, camisa laranja, blusa preta, oculos, mochila, relógio, ônibus, chave, Zacarias, cigarro, isqueiro, tipóia, natura, cachorro, pássaros, uniformes azuis, copo, chave, segurança, 3 grupos.

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POSTADO ATRASADO EM 26/04/07 AS 18:44

Emaranhado

Densidade aperta, aglomera, espreme, envolve, emociona, incomoda, confunde os olhos, confunde a cabeça, confunde o coração. Densidade é paixão, é fogo, é emoção. É viver intensamente até o limite da razão. Densidade remete a ilusão (momentânea ou contínua) e faz da realidade uma confusão ou solução. Talvez seja a faixa etária, talvez seja o jeito, talvez seja criação, ou seja ainda o meio onde foi criado. O negócio é que cada indivíduo procede de uma maneira seja ela sua ou não tentando agradar a ele mesmo ou alguém por um motivo qualquer. Um grande show de rock simula parte desta realidade. A grande massa populacional que movimenta realmente este evento é formada por uma faixa etária que está no meio do empurra - empurra, do grande “fusuê”, da grande “muvuca”. São jovens que mesmo separados por uma grande barreira para se chegar a qualquer recinto de água ou alimento que seja, para ele pouco importa. O bom mesmo, pelo menos por aquele instante é ficar bem ali no meio do emaranhado. A densidade de informações seja visual ou sonora o alimenta. Distante daí, existe uma outra realidade mas de um visual simultâneo. Um grande ferro – velho já concentrado por funcionários de uma faixa etária mais velha muitos dos quais pais de família donos de um conhecimento inestimável em sua profissão conseguem estar em meio de enormes pilhas de sucata a se perder de vista e que por sinal é gerada por autores que independente da idade, da nacionalidade, da cor ou da profissão geram este enorme volume de ferro, plástico, e outros materiais mais, do qual muitos dos quais voltam a ser reaproveitados por pessoas ou objetos, de igual ou diferentes descrições. O mundo está ficando cada vez mais denso e compacto, a velocidade da informação é como um trovão e o ritmo de vida está ficando cada vez mais alucinado e o que era rápido ontem, é veloz hoje. Ontem foi a locomotiva, hoje é o trem bala; ontem foi a o cavalo, hoje é o automóvel; ontem foi o correio, hoje é a internet... e assim vai... Mas isso é hoje, e o que será do amanhã?

POSTADO ATRASADO EM 26/04/07 AS 11:54

DA SUPERMODERNIDADE À SUPERABUNDÂNCIA

Segundo Marc Augé*, a superabundância factual se dá a partir da aceleração da história. Essa aceleração não é simplesmente temporal, no sentido de que os fatos aconteçam mais rápidos, mas é, além disso, a rapidez em que esses fatos são divulgados. A ocorrência de fatos históricos ou até mesmo do cotidiano é descoberta/sabida/entendida pela sociedade quase que silmultâneamente ao acontecimento propriamente dito. Logo, os acontecimentos que antes só eram “conhecidos” pela população diretamente ligada a ele ou então, depois de certo tempo por sociedades mais distantes, quando o mesmo era “catalogado” e/ou divulgado, hoje, se propaga na mesma velocidade em que acontece. Assim, unidades de tempo que existiam separadamente (tempo do acontecimento + tempo do entendimento + tempo de divulgação), na chamada supermodernidade se agrupam e se multiplicam. Pense que: o tempo que nos separa das “notícias do mundo” é o tempo que levamos para ligar o computador (ou até mesmo o celular!); a distância entre duas cidades se torna cada vez mais imperceptível, isso porque, a velocidade em que percorremos o trajeto anula a percepção da estrada em si.

O acesso físico ou virtual cada vez mais veloz e fácil torna o “mundo” cada vez menor, isso é, mais fácil de ser visitado, conhecido ou simplesmente reconhecido. Assim, tem-se a superabundância espacial. Porém, vale ressaltar que essa multiplicação de espaços se dá, muitas vezes, virtualmente, ou seja, é ilusória. Os “atuais” meios de comunicação, como internet, até mesmo a próprio telefone e a “indispensável” televisão, fazem a conexão entre espaços diversos e os seus usuários e possibilitam um falso [re]conhecimento de lugares nunca visitados realmente.

É nessa ilusão de abundâncias virtuais que o habitante da supermodernidade se encontra cada vez mais isolado e mais comum. Convive-se cada vez mais com “aparelhos eletrônicos” e cada vez menos com outras pessoas, buscando sempre uma identidade própria, um diferencial entre os demais.

A experiência de cidade do habitante da chamada supermodernidade se dá, na maioria das vezes, de forma pouco participativa. Porém, toda e qualquer participação é o que dá vida à cidade. É na relação entre o homem, o seu próximo e o meio em que vivem que a cidade em si se “transforma” ou se define como paisagens. Essas paisagens sofrem influências diversas – influência do tempo, do lugar, da política, dos interesses e principalmente do repertório de outras experiências do usuário da cidade. Cada paisagem urbana** é única. Tem sua singularidade. O habitante interage com a cidade através do seu olhar, da sua perspectiva, formando, adaptando e ou [re]organizando paisagens. As paisagens são sinais visíveis daquilo que se foi, daquilo que se é e daquilo que poderá ser.

No espaço da supermodernidade, onde a multiplicação de fatores (tempo, espaço) está mais evidente, as paisagens nunca são partes de uma totalidade já acabada. Elas são recortes de um todo – a cidade – em constante mutação. E é o excesso de informação, de interesses, de olhares, de códigos, de linguagens, de usuários, de lugares que determinam a superabundância das paisagens. As paisagens superabundantes se expandem em outras paisagens, gerando mais ou menos memórias, relações e imagens para a cidade.


POSTADO ATRASADO EM 26/04/07 AS 11:40

Pó Preto!

Vejo nuvens de fumaça branca no céu
Flocos de neve que no chão se transformam em carvão.
Olho você de longe e tu me enganas com a sua cor branca de nuvem
De mais perto sua cor muda, vejo você num preto absoluto.
Percebo-te olhando pro chão
Mas e o meu pulmão?
Nem sempre penso na sua existência
Nem sempre vejo suas conseqüências.

Sinto nos olhos o seu peso
Sinto no corpo sem muita noção.
Invades o meu corpo sem licença e sem aviso
Causa dentro de mim coisas que ainda não descobri
Partículas minúsculas, partículas invisíveis
Mas perceptíveis no terreiro lá de casa.
Você esta em toda parte, por toda parte
Você me persegue, eu sinto! mas não te vejo.

De onde você vem e pra onde você vai
Tento me esconder mas é em vão minha ação.
Porque te criaram, quem foi que te fez?
Seus pais não pensaram em mim quando te colocaram no mundo.
Você tomou conta do meu mundo
Você me aqueceu, me sufocou, me irritou!
Me deixe, porque não sou capaz de fazer o mesmo
Antes que eu me prenda numa redoma impenetrável.
Me deixe antes que eu novamente não te perceba
Se não fores agora, não serei mais capaz de lhe ver.

O cotidiano me anestesia, sua presença passa despercebida
Volto a não te enxergar, mas a culpa não é minha.
A culpa é sua, que se faz pequeno e tão grande ao mesmo tempo
Tu tentas me enganar eu sinto.
Estou tão acostumada a você
Será que sem você eu vivo?
Desde criança eu já te olhava, cresci acostumada
Mas será que vou sentir sua falta na minha velhice?

Amor e ódio
Não te quero perto de mim, mas sem você será que eu sobrevivo?
Ar denso, ar sujo
Ar pobre, Ar puro
Respiro mas não te vejo.

abril 24, 2007

Migração

Formado em 1963 por quarteirões de casas idênticas e poucos comércios, o Bom Retiro é um bairro residencial construído pela Usiminas para abrigar os funcionários e seus familiares que vieram de outras cidades para trabalhar na usina, em Ipatinga.
Com o passar do tempo, foram surgindo escolas, algumas lojas, supermercado, postos de gasolina e clube. As casas aos poucos foram sendo reformadas, ampliadas de acordo com as necessidades dos moradores. As ruas foram pavimentadas e surgiram bairros vizinhos como o Imbaúbas e o Bela Vista. Ônibus circulavam pelo bairro, levando as pessoas para o centro da cidade, para o hospital ou para Coronel Fabriciano. E o bairro foi se desenvolvendo. Na década de 90, casas com dois pavimentos começaram a aparecer. Até então, o Bom Retiro vinha mantendo suas características de bairro residencial, tranqüilo, sem grande fluxo de pessoas e carros pelas ruas, e muitas crianças brincando nelas.
Atualmente com a implantação do Hospital Marcio Cunha II e o novo campus da UnilesteMG o bairro está sofrendo uma grande mudança. Em processo de verticalização, vários prédios de até quatro pavimentos surgiram com o intuito de atender a grande demanda de estudantes vindos de fora para estudar. Há um grande fluxo de pessoas durante o dia e a noite, em períodos de aula. Houve também o desenvolvimento da área comercial, aumentando o número de lojas, restaurantes, lanchonetes, bares, padarias, e na infra-estrutura pública como duplicação das vias principais e aumento das linhas de ônibus.
Portanto, tanto os bairros quanto as cidades, mesmo de pequeno porte, estão passando por um processo de desenvolvimento a fim de atender a necessidade da população ali existente, seja ela natural do lugar ou migrantes, e das atividades nas quais são submetidas. Onde há pessoas, haverá suas habitações e o comércio para atendê-las.

DEN-CIDADES

Densidade
Densa
Cidade
Cidade/densa
Se densidade é uma relação entre quantidade e volume,
Se densidade é a relação entre a massa de um corpo e seu volume,
Se denso é também espesso, compacto,
E cidade o que é?
Não seria, uma concentração, uma aglomeração de pessoas, de edificações,
Em uma determinada área?
A cidade não é, por si só, um exemplo de densidade?
Que exemplos de cidade poderíamos citar?
Cidade-fantasma: cidade que possuiu uma densidade maior e que atualmente está muito menor.
Cidade-dormitório: cidade que à noite, tem uma concentração maior que ao dia.
Cidade-universitária: cidade com uma concentração muito grande de instituições acadêmicas.
Cidade-ideal: cidade que só existe no imaginário. É, esta talvez seja a única que não tenha nada a ver com densidade, mas também ela não existe, logo não vale como exemplo.
Sendo assim, por que tanta preocupação com o vazio nas cidades, se a cidade, por si só, é a aglomeração, a concentração?
Aí eu concordo com a Amanda Machado¹ quando ela diz: “o que seria das densidades sem o vazio?”²
Realmente, o que seria da cidade sem os vazios para enxerga-la?
Pra que serviria uma bela obra arquitetônica, dessas de encher os olhos se não fosse possível um certo distanciamento para observa-la?
Se vivêssemos mergulhados (como muitos vivem) entre caixotes de pedra, entre pessoas e automóveis, barulho e movimento o tempo todo sem momento algum nos distanciarmos destas densidades certamente não iríamos percebê-las, nos acostumaríamos com elas (em maior ou menor grau).
Pensando bem, o tal do vazio é mesmo importante, pois já pensou o que seria de uma cidade na qual a maioria das pessoas não a percebessem?
Seria muito perigoso apenas uma “meia dúzia” de pessoas perceber as coisas que acontecem à sua volta e direciona-las para o caminho que mais lhe interessam.
Infelizmente, é exatamente isto que acontece, na maioria das vezes, nas cidades contemporâneas.
Basta olhar para as coisas que acontecem, para conferir o que estou falando: nas festas, que arrastam centenas de idiotas que pagam caro para entrar mesmo sem gostar das músicas que estão rolando; no tipo de roupa que a maioria das pessoas usam, quase todas iguais, numa cidade inteira; na proliferação de templos mágicos que levam as pessoas a se anularem e se comportarem como meros espectadores de suas vidas; nas eleições que são decididas pelo dinheiro e não pela vivência concreta dos candidatos; para nós mesmos, estudantes de arquitetura, que só depois de seis anos estamos conseguindo nos mobilizar para garantir nossos direitos.
Opss! Já falei mais do que devia, segundo as regras para postagem deste texto deveria ter escrito só 350 palavras e já escrevi 441.

1-Aluna do 9° período de arquitetura no unilesteMG.
2-texto: Devaneios, postado no bloger http://novasteorias.blogspot.com/ em 22 de abril de 2007, muito bom por sinal.

Megalopolis

Densidade sf [lat densitate] (...) 4 (...) concentração de população Densindade de fluxo: fluxo magnético, elétrico ou radiante por unidade de área normal à direção do fluxo. Densidade demográfica: número médio de habitantes por quilômetro quadrado; população relativa. Densidade de pontos, Eletrôn: distância vertical entre o centro e dois pontos de cores similares, numa tela colorida: quanto menor é a distância entre os pontos, mais nítida é a imagem apresentada. Densidade de tráfego: quantidade de tráfego de determinada via de transporte, em uma dada unidade de tempo, comumente representada pelo quociente da divisão da totalidade de toneladas-quilômetros ou passageiros-quilômetros pelo comprimento da via. Densidade Dinâmica social: grau de concentração da vida coletiva, medida pela intensidade das trocas econômicas e culturais. Densidade estática, social: números de habitantes em determinada área. Densidade populacional: número médio de indivíduos por unidades de superfície de um país.

As megalopolis são grandes centros, com grandes infra-estruturas, com grandes edifícios com grandes fluxos de habitantes e de transportes, a megalopolis é densa, cheia de olhares que se cruzam mas não se fixam, cheia de pés rápidos, porém vazia de relação pessoal.

O vacivu não possui moradores, é desabitado, é vago e é Hipocôndrio, o vazio lhe fornece varias possibilidades para ser preenchido. Mas a megalopolis já é densa, estar completamente preenchida ou não? Será que existe algum vacivu ali, e onde ele está? Infra-estrutura, transporte, imaginário coletivo, ambiência urbana, cotidiano, tipologia, ruído, comgestão, edificações, centro, periferia, expansão, morfologia, mutação, aglomerado. “Ufah” com tanta falta de espaço acho que me perdi. O vacivu é aquilo que não contém nada ou só contém?

É uma cultura de disseminação, a uma dispersão, que podemos dar o nome de perda de indentidade, ou melhor, a apropriação de uma nova identidade, de uma cultura urbana de aglomerados, que muitas vezes são pensados e planejados apenas não sustenta a ligeira expansão de habitantes por m² e suas freqüentes mutações tipologicas. As megalopolis são densas porém fácil de se perder, como em uma torcida de futebol .

“(...)as pessoas podem habitar qualquer coisa, e ser miseráveis em qualquer lugar e estáticos em qualquer lugar(...)”

Fonte: http://epiderme.blogspot.com/2003/10/da-congesto-disseminao-o-mais-elevado.html
Moderno Dicionário da Língua Portuguesa – Michaelis, Reader’s Brasil Ltda. São Paulo: 2000.

A densa cidade



Cidade lotada, cidade preenchida,
cidade espremida, cidade pressionada,
cidade esgotada, cidade consumida,
cidade espalhada, cidade difundida,
cidade expandida, cidade desenvolvida,
cidade exaurida, cidade enfraquecida,
cidade conjugada, cidade combinada,
cidade desenvolvida, cidade crescida,
cidade entupida, cidade impedida,
cidade fadigada, cidade cansada,
cidade estendida, cidade desenrolada,
cidade suavizada, cidade mitigada,
cidade ajustada, cidade consertada,
cidade crescente, cidade multiplicada,
cidade embolada, cidade confundida,
cidade muvucada, cidade misturada,
cidade estressada, cidade preocupada,
cidade engarrafada, cidade congestionada,
cidade urbanizada, cidade planejada,
cidade desenhada, cidade rabiscada,
cidade entulhada, cidade arruinada,
cidade demolida, cidade derrubada,
cidade apropriada, cidade adaptada,
cidade saciada, cidade comida,
cidade customizada, cidade adequada,
cidade modelo, cidade amostra,
cidade desespero, cidade irritada,
cidade iludida, cidade confundida,
cidade manifestada, cidade revelada,
cidade perdida, cidade desorientada,
cidade fantasiada, cidade enganada,
cidade alucinada, cidade deslumbrada,
cidade desfocada, cidade morrida,
cidade conturbada, cidade perturbada,
cidade necessitada, cidade sofrida,
cidade coletiva, cidade povoada...........

A abundância de situações individuais ou coletivas originadas das ações do homem e de suas materialidades, aglomeram-se e expressam A DENSA CIDADE.

heterogeneidade





“A cidade favorece a arte, é a própria arte”. ¹

A cidade é uma concentração de produtos artísticos. A cidade é um cenário vivo. É a inspiração para todo o processo criativo. Ela própria estabelece parâmetros para as intervenções no espaço. O jeito, os costumes, as belezas e as mazelas que as pessoas encontram no dia-a-dia pelos cantos onde circulam, na escola em que estudam, nos lagares em que trabalham e nos bairros em que moram. Cada espaço percorrido é um cenário diferente inserido dentro de um mesmo espaço. As praças são verdadeiros palcos onde acontecem das mais variadas encenações cotidianas. Os muros pichados são verdadeiras obras de arte. Ali pessoas fazem arte sem saber que a fazem. A cidade cria cenários à medida que é ocupada. Essa arte pública contribui funcional e esteticamente para formatar os ambientes urbanos. A vida nas cidades e a estética das culturas populares vão definindo cada vez mais a heterogeneidade dos espaços e a sociedade as complementam, como protagonistas de uma história de diferenças. Por isso a história nunca se repete. Cada vez mais, abriga uma sociedade sempre em busca do exclusivo, gerando particularidades regionais, características específicas, identidades urbanas. Ocupam todo um território de forma desorganizada e ao mesmo tempo organizada. Densidades de pessoas, de casas, de carros, de comércio, de bicicletas, motos, animais, enfim... Ao aumentar a escala vai transparecendo as pequenas organizações dentro dos grandes sistemas. O sistema num todo não funciona, mas, faz-se acontecer até hoje como é.



¹ (MUNFORD, LEWIS apud ARGAN, 2005: 73)

abril 22, 2007

Devaneios

Densidade... Justaposição, poluição visual, aglomerado... Mas penso: o que seria das densidades sem os vazios? Se tudo fosse igualmente denso como distinguiria os níveis de densidade? Já perceberam que dentro da densidade não percebemos a verdadeira densidade? Então a densidade é percebida por que a vê de fora? Será que neste contexto serei apenas um espectador de densidades?

O assunto me intriga...

Enquanto não vejo minha posição nesta densidade de informações continuo pensando... E agradeço pela heterogeneidade de tudo que me rodeia para não deixar as coisas na mesma sintonia e na mesma densidade... E meu estudo de graduação aborda o tema, logo a densidade que tanto me aflige....

Porque que os espaços não têm a mesma densidade? Como qualificar determinados espaços pelo contingente que o ocupam? Isso interfere no grau de importância ou espaços inóspitos podem ter maior densidade? Analisando que podem ter maior densidade de lixo, de bichos, de mato...

(E eu, na minha prepotência, achando que escreveria um texto informativo sobre densidade, já que estou lendo sobre o assunto... Vejo que quanto mais leio mais questões aparecem e fico até satisfeita de ver que os próprios autores têm alguma dificuldade de apontá-lo.)

Continuo achando que o que prevalece na densidade são os vazios.... Se não fossem esses pequenos intervalos de informações como distinguiria uma massa única de um espaço denso, já que para mim da densidade está relacionada a fragmentos, a reunião de elementos para compor uma “riqueza de conteúdo”? E ressaltando que dentro da densidade os vazios são diferentes... Então porque há esta distorção de escala?
Outro questionamento é que ao tratar de densidades sempre tem que haver uma comparação. A densidade sempre é tratada em níveis, como nos trabalhos de Koolhaas, não existindo escalas pré-estabelecidas como as de terremotos.... Só sabemos que um espaço é denso em detrimento de outro.... Em meio há tanta densidade só me resta pensar... Nessa situação de ser um espectador de densidades, fazendo parte da própria densidade!

abril 19, 2007

ONDE ESTÁ O WALLY?

Olá atentos perseguidores do Wally! Como já era de se esperar, o Wally está perdido de novo!

Pois é, ele está de volta! Sem rodeios, vamos direto ao objetivo dessa postagem: testar a atenção de vocês nesse conturbado e denso, “urbanismo contemporâneo” . Hehehehe...
Vocês se lembram das aventuras de Wally? Então, sem demora, mãos à obra e ajudem a achar o Wally!!!

Sem se esquecer, é claro, de procurar também...

Um homem de blusa branca com calça azul clara
Um homem de blusa amarela com short preto
Um container amarelo de porta branca
Um container vermelho de teto azul
Um container laranja de janelinha verde
Três postes brancos
Um saco de pancadas
Uma “linha de trem” atrás de um container
Um pátio de estacionamentos
Uma mega prédio de 1000... andares, com uma mulher de blusa vermelha na janela
Umas barraquinhas de camelô
Oito árvores grandes
E O WALLY!!! Que percorreu todo um trajeto, desde a “LARGADA” até a “CHEGADA”

ONDE ESTÁ O WALLY???

VOCÊ É CAPAZ DE ACHAR???

DIVIRTA-SE!!!

abril 17, 2007

AMO MUITO TUDO ISSO!!!






Ouçam o que eu digo...!!!

Mostrar a feiúra é só um caminho para o conformismo. É como dar esmola à forma do imbecil “culparento” de aliviar a consciência. Feiúra é um troço nojento que gruda que nem banha de tacho e é a pior das assim chamadas injustiças sociais.
Pobre e ignorante não tem direito a deixar de parecer "folclórico", mas “tasque” cem mil reais na conta de seu “excluidinho” preferido e pode contar... No dia seguinte acabou o brasileiro, comprando um “apê miamizado” no Tatuapé, viajando pra Disney, ouvindo show do Simply Red, enfim, um idiota como qualquer outro do Ocidente.
Acabou-se o churrasquinho na laje. Se já teve ou tiver tempo para aprender algo, seu pobrinho terá até bom gosto!Quanto às cidades atuais, nem tudo é lixo. Não vou dizer que a cidade é fotogênica, isso não é: tudo aqui foi feito pelos seres humanos, diferentes de montanhas, prédios precisam de manutenção e mesmo assim, às vezes dois bonitos fazem um feio. Conviver com isso é um exercício de enxergar uma coisa de cada vez e vendo do nível do solo a coisa é bem mais interessante.
O Brasil deixou de ser Brasil, sem horizontes para ver a imensidão perdida da enorme porra nenhuma.

"Mais do que a arquitetura, contam os amigos, a vida, é este mundo injusto que devemos resgatar."¹

Nunca houve coqueiro que dá coco, nem fontes murmurantes, nem vista de cobertura para Copacabana, o lance é se enfiar numa caverninha de amianto e arranjar algo interessante para fazer e nisso nos tornamos “experts”.
Como um cupinzeiro, não é vendo a casca, que se imagina o que rola lá dentro e se aqueles prédios manchados dão a impressão de abandono. Tem gente, gente filosofando, gente viva, gente respirando. E sem desistir, a engrenagem continua girando. Não há cidade mais viva no Brasil, e isso talvez não seja algo positivo, mas os urubus e os ácaros do tapete também são vida sim. E quer saber...?

Amo muito tudo isso.





¹- Oscar Niemeyer

abril 12, 2007

O resultado

“Da mesma forma que linhas e planos secantes podem ser traçados – como num mapa – entre natureza e sociedade, entre ciência e cultura, os campos do saber influenciam-se reciprocamente mesmo a uma grande distância, ainda quando exploram temas não contíguos entre si. O que interessa nisso são os movimentos de remissão – transversais, recíprocos e contínuos – que supõem a possibilidade de fecundar (crossfertilize) conceitos e práticas dos mais diversos domínios.”1

A multidão que me consola, e o vento que me sopra são meras coincidências, a densidade que por traz abraça, são fatos que me atraem assim por dizer, não vejo a hora de fazer com que esta espessura se torne uma; vivamos em pleno conjunto, em vidas opostas e em plano diferentes a margem de uma solidão, e em plena distância. Quer ver esta mudança que aqui por passa, mudança esta que me aflige e que me transforma; mutação esta me deixa incapaz de discernir o que é que?


O movimento que me leva a um lugar, a esperança que me destrói é um conjunto que me diz o que, e quando fazer, com esta estrutura rígida. A constante indagação de se movimentar e de se tramar é tão gigante que nos atordoa; a união da densidade e das linhas temporais; nos jogam para tramites que nós mesmo não sabemos para onde vão nos levar.

Planos subseqüentes que nos exploram, e que nos explodem, plano que nunca nos dizem nada e nunca vão nos levar a lugar, este que podem ser comparados com nossa, classe, espírito e dentre outros, também existe aqueles que são elaborados e condizentes com o terreno ou até mesmo com relação ao mercado. Nunca como simples arquiteto não nos dirão a aonde chegar com este leque que possuímos, pois temos varias hipóteses e nos dão a mesma, mas nunca saberemos por final a onde querem e devemos chegar.

Conclusões nos dizem o que fazer, nos impõe o que fazer e nos mostram como, de acordo com movimentos, densidade e planos; somos meros bonecos na mão de uma cidade imposta com pessoas que no comandam.

1 SALES, Pedro Manuel Rivaben de. Cidade, urbanismo: linhas de devir.

abril 11, 2007

Fim do expediente

Eram vinte e dois degraus. Impressionante como tentamos encontrar artifícios para tornar aquele caminho tão rotineiro diferente. Seis andares, separados por escadarias de vinte e dois degraus até encontrarmos portas de vidro representando liberdade. E foram justamente essas que me fizeram parar, na saída do prédio onde trabalho. O que eu vi ali mudou minhas percepções... Para pior.

Ao lado de fora, muitos prédios, vários andares, com janelas e portas de vidro. Dava para se ver tudo, salas de reuniões a recepções. Pessoas trabalhadoras, contando dinheiro, tempo, histórias, lucros, prejuízos. Tudo em movimento. E eu estava ali, a nem cinco minutos atrás, contando os degraus.

Me deu vontade de sentar e ficar observando, ali mesmo, ao lado de fora, o belo reality show da mediocridade. Um sistema pálido, no mínimo uma convenção de arquitetos teria desenhado todas aquelas salas. Aspecto “clean”, luzes econômicas, frieza ao extremo, tudo igual. Tinha até um solitário vaso de planta, só faltou mesmo o beija-flor...

Vinte e três anos vividos em uma cidade planejada, em meio a tantos prédios e eis que me pego naquele momento como um turista. Respirei fundo pela minha predestinação.

Não há o que me prove o contrário, em cada uma daquelas pessoas, uma tristeza, angústia, vontade de mandar o aspecto “clean” e as luzes econômicas pra... E garanto, concordariam comigo os passageiros do ônibus das 18h10. Nada, absolutamente nada, poderia desviá-los do caminho de casa naquela hora.

No ônibus até procurei por coleiras naquelas pessoas ou um chip que as guiassem ao seu líder superior todos os dias. Algo que as submetessem, rotineirasse suas vidas. Alguma explicação para uma inserção tão triste e ao mesmo tempo, tão voluntária.

Definitivamente eu não me encaixo, não passa pela minha garganta. E foi justo nesse momento, em casa, renegando, que o interfone tocou: “Entrega para Srta. Milena, pescoço tamanho 16”. Ficou apertada, dizem que eu me acostumo. E tudo bem que doa, é isso o que todos querem, não é? Ganhei a minha, mais uma na jogada. Agora, de uma vez por todas, chega de contar degraus na escada.

abril 06, 2007

continuas explosões sensitivas

umacidadepercebidacontinuamentecomoemumajaneladecarrodeônibus detremdeaviãooucorrendoouandandosensibilidadevelozeotempovoaem umavisãoturvasemespaçosumolharsemlacunassemfrestassemmeiossem vaziossempontofinalimagenspesadasdecenascomunsarquiteturascoloridas emurospintadosecaminhostortuososetudoénovoeoolhonãopiscaeamãoque tocaquesentetatearéprecisoconhecimentohápticodetexturasmileformas amorfasentresuperfícieslisaseestriadasedeformidadesemtoquesagradáveis macioseúmidoseocalordofrioarrepiacomgestosinocentesemovimentos desequilibradosenosouvidosquenãosefechamsonsmixadosdevozesegritos decoisasobjetosauditivosdeinfinitosbarulhoseruídosreverberantesde melodiasearranhõesetimbresdeconversasefrasesemurmurosegemidos manipuladosemecoseecossemfimemaischeirosearomaseessênciasquese confundemmistosperfumeseodoresemocionantesdacidadepadariaesgoto enoaroventoquetráselevaafragrânciasujaapoluiçãofrescaopódapeleos espirrosdenunciantesenalínguaquefalavariedadedesaboresdecafése salivasemúltiplassensaçõesdoceseamargaseacidasesalgadasmisturas dedeglutiçõesdemordidasdebabasantropofágicadegostosdecorpoea cidadecontinuaeéumtextoinfinitosemnexodesconectadodensocompacto espessoprofundounidoconsistentecomelementoshumanosdeumformigueiro demultidõesemilhõeseprodutosepalavrasejunçõesejanelasininterruptase viagenscorporaisconstantesepoucosearmazenatudoérápidoéemsegundosé perpétuoetudoestájuntoeaimaginaçãofluieotemponãoparaeacidadenãopassa

RESULTADO FINAL DO PLEITO

Após uma disputa acirrada e bastante produtiva na discussão, o resultado final da seleção dos textos para serem publicados em jornal de circulação regional no Vale do Aço é o seguinte:

Ctrl c / Ctrl v - Deon (selecionado no 1º turno) e,
Casas com código de barras - Natália Mendanha [3 votos]

os demais textos receberam
Deus é Arquiteto - Lili [2 votos]
Coletividade - Gisele [2 votos]

fiquei impressionado, surpreso e alegre com a seleção dos senhores - e como ela se pareceria com a minha, pra falar a verdade, se eu votasse haveria um empate: casa, deus e coletividade ficariam com tres votos, e na primeira votação eu votaria no CTRLc. É uma situação bastante complicada a escolha entre estes sete textos aqui citados e, creio que se tivesse que escolher ficaria em dúvida entre os quatro últimos - por isso achei ótimo não ter que dar o voto de Minerva como havia mencionado anteriormente -, todos tem muitas qualidades facilmente reconheciveis.

Talvez o que me faria escolher um texto em detrimento ao outro seria o formato, a linguagem utilizada e a proximidade entre os temas. Acho o texto Ctrl c / Ctrl v super interessante, crítico e sarcástico frente ao mercado de trabalho dos arquitetos e a produção de uma arquitetura vazia de significado fruto dos procedimentos de produção. O texto Casas com código de barras lida com a noção de marketing e consumo que é algo também muito bom de ser discutido num encarte voltado para a venda de arquitetura, materiais de construção e arquitetos e creio conversar muito bem com o texto do Deon.
O texto Deus é Arquiteto é incrivel, super critico, sagaz, gosto muito dele e do modo irônico - espero realmente que seja um texto irônico - que trata a onipotência ingênua do arquiteto sobre o usuário dos espaços produzidos, mas creio que não seja um texto que seria bem aproveitado naquele veículo de comunicação. O texto Coletividade tem uma discussão sobre identidade e ordem que me atrai muito, e há uma crueldade subliminar que eu acho muito boa; também gosto muito do ritmo que o texto vai conduzindo o leitor.
Os demais textos também são muito legais, críticos e complexos. Não escolheria estes textos devido aos seguintes motivos: poema sem graça - cidade sem cor, assim como Cotidiano digital, necessitariam uma explicação anterior a respeito do procedimento do Blog e também devido ao vínculo muito estreito com a ferramenta tecnologica e suas rotinas que não são habituais dos leitores deste encarte de jornal voltado para a construção civil; poesia demais também. O texto Autenticidade é muito bom, mas como o tiago já cansou de escutar é meio hermético demais - fato este que não acho que tenha que mudar -, mas é crueladade demais pedir para o leitor que lê, displicentemente, seu caderno sobre construção civil domingo de manha que entenda termos tais como "leitura fenomenológica da vida cotidiana contemporânea" ou que esteja interado sobre Alex MacLean ou Magritte.

parabéns aos participantes do novasteorias.blogspot.com pela discussão gerada e pela escolha imparcial dos textos.

aos selecionados, gostaria que:
1- revisem os textos,
2- proponham uma imagem para ilustrá-los com legenda e fonte
3- formulem um breve curriculum do tipo: fulano de tal é aluno do 9º período do Curso de Arquitetura e Urbanismo do unilesteMG. Exerce atualmente o cargo de sei lá o que na prefeitura de sei lá onde...

abril 05, 2007

TEMA 03 (postagem até 24/04)

DENSIDADE[S]

FOTO: andreas gursky http:// www.andreasgursky.de e http://www.snoeck.de


s.f. (1635 cf. RB) 1 qualidade do que é denso, compacto; bastidão, espessura, densidão 2fig. riqueza de conteúdo; profundidade emocional ou complexidade intelectual {d. de uma conversa, um romance, uma reflexão} 3 INF grandeza, ger. expressa em bits por polegada quadrada, que exprime a quantidade de dados digitalizados passíveis de serem armazenados na unidade de área de uma superfície magnética [...] • ETIM lat. densitas,átis ‘espessura, consistência’, der. de densus,a,um ‘espesso,compacto’; ver dens(i)- • SIN/VAR ver sinonímia de consistência • ANT ver antonímia de consistência

FONTE: HOUAISS, Antônio (1915-1999) e VILLAR, Mauro de Salles (1939-). Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa/ Antônio Houaiss e Mauro de Salles Villar, elaborado no instituto Antônio Houaiss de Lexicografia e Banco de Dados da Língua Portuguesa S/C Ltda – Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

SEGUNDO TURNO

O resultado preliminar da seleção dos senhores é o seguinte:

Ctrl c / Ctrl v - Deon [3 votos]
Deus é Arquiteto - Lili [2 votos]
poema sem graça - cidade sem cor - leilaine [2 votos]
Autenticidade - tiago d. carvalho [2 votos]
Cotidiano digital - Amanda Machado [2 votos]
Coletividade - Gisele [2 votos]
Casas com código de barras - Natália Mendanha [2 votos]

Diante deste panorama creio q a melhor saida é a seguinte:

o texto Ctrl c / Ctrl v do Deon já esta pré-selecionado e,
solicito aos participantes do novasteorias.blogspot.com votar até amanhã nos demais textos listados logo aí em cima - cada aluno vota apenas no texto q achar mais interessante, não vale votar em seu proprio texto.

Caso amanhã o impasse continue, serei eu o voto de Minerva que vai decidir o outro texto a ser selecionado.

abril 04, 2007

E quem dera os moradores .........

Verde floresta cinza mineiro cinza fumaça cinza apito assovio grito marrom cicatriz no cinza tem tons paleta de cores ouvido de gravador cinza verde metálico tem nome de paisagem mas quando a primavera vem paisagem tem nome de arco íris branco céu branco chuva quando a chuva cai sobre a paisagem as cores se misturam e é como estar dentro do carro ou do trem olhar pela a janela e ver a paisagem velocidade fluxo movimento há pessoas que são brancas como papel o papel agora é branco outras são negras como sombras e tem aquelas que são cinza essas nasceram na revolução industrial na cidade modernista na cidade mecânica cinza tudo no alcance a funcionalidade do movimento que não é “aguapintura” repetitivo series de reprodução memória cinza as edificação são galões de m² tem varias cores muitas são alegres outras são fachadas poucas são preto branco cinza para que as pessoas não se percam nas casas pois cores distintas não se misturam criam uma nova cor a rua verde metálica amarela esquenta como sol algumas pessoas que passam pela rua são laranjas e pintam a rua de de marrom a noite é lilás não é amarela nem azul nem negra curta como frame o vermelho esfolamento encontro desencontro manifesto com tempo fica amarela envelhecida memória as crianças são sempre “florescente” e caminham pela paleta hora são brancas hora negras são rosa vermelha amarela verde lilás azul mas nunca cinza ar azul por onde flutuam as bolhas de sabão transparentes arco íris a cidade tem varias cores algumas podem ser aquilo que são ou podem ser sobreposição as cores podem ser apenas aquilo que são as pessoas poderiam pintar a cidade o minério agora não é cinza o minério agora é branco.........

O livro ideal

Livros... De acordo com o dicionário "reunião de folhas impressas ou manuscritas em volume; obra em prosa ou verso com certa extensão¹". Existem dos mais variados tipos e tamanhos, coloridos ou preto e branco, velhos, jogados, imaginários, intitulados como “de cabeceira” e “guias”, permeiam nossas vidas em todas as faixas etárias.

Quando crianças despertam nosso imaginário com figuras grandes, coloridas e com histórias que nos fazem sonhar, melhor companheiro antes de dormir. Posteriormente, na maioria dos casos, inimigos, mera obrigação de escola e passam de companheiros para “peso” na mochila. Depois, cada um tem sua história particular, uns adoram e não passam um dia sem ler pelo menos um único capitulo, outros continuam como lembranças da mera obrigação da escola.

Encontram-se nas livrarias os mais diversos temas: ficção, romance, literatura, guia espirituais, auto-ajuda, policial. Cada um com seu tipo de escrita, suas dramaturgias, histórias, romances, ações, verbetes, mídias. Tanto para entreter quanto para ensinar, não faltam opções para atender ao gosto de cada um.

Alguns escolhem seus livros pela capa bonita, contexto interessante ou assunto que lhe agrada. Às vezes são as imagens, outras são pela quantidade de páginas e alguns até, só para fingirem que se interessam por determinado assunto, desejando ser interessantes para alguém. Podem agradar pelas histórias mirabolantes ou por abordarem assuntos que ninguém gostaria de tratar. Para cada leitor, uma estante da livraria, e em cada uma dessa, há seu livro.

As particularidades e individualidades de cada leitor passam a ser tratados de modo generalista, mas não há e nunca haverá um livro que agrade a todos. Sempre um livro atenderá apenas a um grupo específico ou a uma determinada pessoa. Para cada um terá uma ou muitas falhas. A grande variedade e a mudança de gostos por influências diversas, fazem com que a busca pelo livro ideal seja incessante. Por isso é constante a busca e as mudanças da lista dos livros mais lidos na semana.

__________
¹ http://www.flip.pt/FLiPOnline/tabid/96/Default.aspx

Questionamentos

Questionar sobre a cidade e compreender a sua natureza refletida nos dias de hoje é desafiante. Sua existência parece estar á prova e tentar compreendê-la é uma tarefa que deveria ser exercida por todos aqueles que atuam na cidade pensando uma cidade.
Sabemos que o tamanho das nossas cidades e que a quantidade dos problemas urbanos tornam a noção de ordenamento um fato quase ingênuo. Violência, crescimento desordenado, desequilíbrio de infra-estrutura, transporte público deficiente e falta de saneamento são apenas alguns dos problemas óbvios que só confirmam nossa sensação de impotência diante de sua magnitude. Nós arquitetos temos que pensar uma cidade de outras maneiras, mas para isso temos que ignorar os políticos mal assessorados dominadores. Seria bem melhor se eles ficassem longe.
Esta canção tem uma letra muito verdadeira, nos faz refletir sobre a cidade, aquela em que vivem com seus conflitos, prazeres e utopias. Há pontos de vistas de cada um dos animais que fazem parte da trama desenrolada na gravação. Ela tem uma letra que nos fala da cidade ideal sob o ponto de vista de um jumento, um cachorro, uma gata e uma galinha. Interessante, ainda bem que existem letras de canções que podem despertar tanto em criança, como adultos essa questão de repensar uma cidade e poder imaginar, sonhar ou idealizar uma cidade.
A visão de uma cidade ideal da bicharada está incutida nos nossos desejos e talvez até no modo de pensar uma cidade ideal, sendo apenas diferenciado no cardápio.
Muitas pessoas que idealizam suas cidades, como ideal, com certeza seus ideais poderão vir carregados da mais dura realidade devido os problemas vistos ou vividos por muito delas, mas vão existir aquelas pessoas que a cidade ideal para elas é fruto de pura fantasia.
Se quisermos atuar de forma consciente na cidade, é necessário que entendamos a informalidade e o caos urbano para então tentarmos tirar proveito dessa condição. Inventar outros olhares possíveis sobre a cidade existente é que nos fará entende-la e será a partir dela mesmo sem remedar modelos de outras cidades. Aí sim, tentando enfrentar o que realmente fugiu ao nosso controle de outras formas.
ENVIADO DIA 21/4
Autor: Natália de Almeida Mendanha

O SÍTIO DO TATU / A CIDADE DOS MEUS AMORES..... unhmmmmmm

A cidade dos meus amores tem pintinhos piando, tem galinhas cocoricando, tem porquinhos roncando, cachorrinhos latindo, bezerrinhos berrando, peixinhos pulando, passarinhos cantarolando na varanda, jacarezinhos abrindo a boquinha, lagartinhos fazendo barulhinhos nas folhagens, tucaninhos bailando, cavalinhos relinchando. Todos animaizinhos esperando mais uma manhã o papa dos meus amores, comidinha na boquinha, cafuné na cabecinha, correria gostosa, confusão de sabores, cada folhinha, cada canjiquinha, cada misturinha...uhmmmm......
Quando chego na cidade dos meus amores esqueço a cidade de onde venho, desligo os aparelhinhos, e já estou pronta pra começar:
Aaaaaaaa espreguiçarrrrrrrr, unhmmm..........
café de rapadura, leitinho da breteira ou será da Augusta, broinha, ovinho caipira mexidinho e no fundinho os burburinhos dos bichinhos esperando os meus amores. unhmmmmmm
Cuité, varinha na mão e massinha no bornal já é hora da pescaria e meus amores na varanda vibrando com os peixinhos que pego. unhmmmmmm
Tesourinha, faquinha e tanque de madeira, momento de concentração e prazer em preparar os peixinhos para o almoço, só que lembrei que um dos meus amores não come peixinho, ai corro logo e grito o tio teco. Rapidinho ele pega a carijó enquanto coloco o fubá no prato e a lenha na fogão, correr, correr, mexer, mexer um o caldinho gosto fica pronto. Trin trin trin trin trinnnn, toca o sininho é hora do almoço: unhmmmmmm
Carijó a molho pardo
Angu de fubá de moinho
Arroz novinho
Feijão também
Ora-prono-bis, taiobinha, chuchu, alface e cebolinha unhmmmm......
Nossa ainda tem compotas de sobremesa e aquele docinho de leite queimadinho, unhmmmmmm
Sininhos do vento e hora do kilo na varanda e cafuné dos meus amores. unhmmmmm
Já é hora de arrear o brancão, percorrer os pastos, arrumar cerca e ajudar a Augusta que tá com um bezerrinho atravessado.
Trin trin trin trin trinnnn hora do lanche. Aquele cafézinho gostoso de novo. Unhmmmmm
Banho de serpentina e no mexe mexe jogamos baralho até os meus amores não agüentar mais e dormir com as galinhas. Unhmmmmm

Este é só um dia no pedacinho de terra dos meus avós, meus amores, que fazem a cada dia dali uma cidadezinha de prazer. Uhmmmm.......

ENVIADO DIA 20/04/07
Autor: Debora Freitas

A NOSSA Cidade Ideal

À essa altura da blog, já éramos quase escritores.
Queríamos fazer um livro? Bem.
Queríamos criar juntos uma cidade ideal? Muito bem, muito bem.
Só que, à medida que a gente ia escrevendo, quando começamos a falar dessa cidade, fui percebendo que os meus amigos tinham umas idéias bem esquisitas de o que era uma cidade, umas idéias exageradas, meio loucas, cada ilusão, cada certeza! Negócio de arquiteto?

A cidade ideal da Milena
Tem um “turista” por metro quadrado
Não tem clichê, não corro, não perco
E também nunca fico estressado

A cidade ideal da Rexane
Tem as ruas cheias de memórias
A caixinha fica tão cheinha
Que transforma os afetos em estórias

Atenção porque nesta cidade
Cria-se a toda velocidade
E atenção no que é devaneio
Não se mede o que é certo ou direito

Mas não, mas não
O post é meu e eu digo que
Deve ter suas diferenças
As cidades imaginárias
E, quem dera, os professores
Os estudantes e os visitantes

Fossem apenas sonhadores

Deve ter suas diferenças
As cidades imaginárias
E, quem dera, os professores
Os estudantes e os visitantes

E os leitores e os escritores
Fossem apenas sonhadores

A cidade ideal do Tiago
É um plano de fundo da vida
Tem pipocas, tem postes, tem raças
Tem escolhas no final da linha

O César é jovem, velho e criança
E por isso já entende a mudança
A cidade é uma estranha utopia
Que hoje te inventa e amanhã te copia

Atenção porque nesta cidade
Cria-se a toda velocidade
E atenção no que é devaneio
Não se mede o que é certo ou direito

Mas não, mas não
O post é meu e eu digo que
Deve ter suas diferenças
As cidades imaginárias
E, quem dera, os professores
Os estudantes e os visitantes

Fossem apenas sonhadores

Deve ter suas diferenças
As cidades imaginárias
E, quem dera, os professores
Os estudantes e os visitantes
E os leitores e os escritores
Fossem apenas sonhadores

O que é uma cidade ideal pra você?

A cidade ideal para mim é aquela vivida nos anos 50, 60, e... sei lá, 70 também. Eu me lembro bem (e muito emocionada) da minha vó, sentada no passeio, na porta de casa, tomando um café, comendo uma rosquinha de nata feita por ela mesma, “proseando” pra nós, os netos, da sua época de infância. Ai ai..., época boa devia ser aquela! Época em que eu queria muito ter vivido!!!

“...Vocês jovens, não sabem o que é viver! Na minha época de criança os carros não precisavam de cintos de segurança, de apoios de cabeça, nem air-bag. Íamos soltos no banco de trás fazendo aquela farra! E isso não era perigoso. As camas tinham grades e os brinquedos eram multicores com pecinhas que se soltavam, ou no mínimo, eram pintados com umas “tintas duvidosas” contendo chumbo ou outro veneno qualquer. Não havia travas de segurança nas portas dos carros, chaves nos armários de medicamentos, detergentes ou químicos domésticos. A gente andava de bicicleta pra lá e pra cá, sem capacete, joelheiras, caneleiras e cotoveleiras... Bebíamos água de filtro de barro, da torneira, de uma mangueira ou de uma fonte e não águas minerais em garrafas ditas “esterilizadas”. Construíamos aqueles famosos carrinhos de rolimã e aqueles que tinham a sorte de morar perto de uma ladeira asfaltada, podiam tentar bater records de velocidade e até verificar, no meio do caminho, que tinham economizado a sola dos sapatos que eram usados como freios... e estavam descalços, depois de alguns acidentes, todos os problemas estavam resolvidos! Íamos brincar na rua com uma única condição: voltar para casa antes do anoitecer. Não havia celulares... e nossos pais nem sabiam onde estávamos, era incrível! Tínhamos aula só de manhã, e íamos almoçar em casa. Quando tínhamos piolho, usávamos Neocide em pó (rsrsrs). Gesso no braço, dentes partidos, joelhos ralados, cabeça lascada... Alguém se queixava disso? TODOS TINHAM RAZÃO, MENOS NÓS... Comíamos doce a vontade, pão com manteiga, bebidas com (o perigoso) açúcar. Não se falava em obesidade, brincávamos sempre na rua e éramos super ativos (nem existia o medrontoso sedentarismo). Dividíamos com nossos amigos uma “tubaína” (refrigerante de tuti-fruti) comprada naquela vendinha da esquina, gole a gole, e nunca ninguém morreu por isso. Nada de playstations, Nintendo 64, jogos de vídeos, internet por satélite, videocassete e DVD, celular com câmera, computador, chats... SÓ AMIGOS!!! E o cachorro Rim tin tin? Nada de ração. Comiam a mesma comida que nós (muitas vezes os restos), e sem problema algum. Banho quente? Xampu? Que nada, no quintal mesmo, um segurava o cão e o outro com a mangueira (fria) ia jogando água e esfregando-o com sabão em barra de lavar roupa. Algum cachorro morreu ou adoeceu por causa disso? A pé ou de bicicleta, íamos à casa de nossos amigos, mesmo que morasse a kms de nossa casa, entravamos sem bater e íamos brincar. Jogávamos futebol na rua, com a trave sinalizada por duas pedras, e mesmo que não fossemos escalados, ninguém ficava frustrado e nem era o “fim do mundo”. Na escola tinha os bons e os maus alunos. Uns passavam de anos e outros eram reprovados. Ninguém ia por isso a um psicólogo ou psicoterapeuta. Não havia a moda dos superdotados, nem se falava em stress, problemas de concentração, hiperatividade. Quem não passava simplesmente repetia de ano e tentava de novo no ano seguinte. As nossas festas eram animadas por radiolas com agulhas de diamantes deslizando sobre os discos de venil, luz negra e um delicioso coquetel feito de groselha e maçã em cubinhos. Tínhamos LIBERDADE, FRACASSOS, SUCESSOS E DEVERES, e aprendíamos a lidar com cada um deles... COMO ÉRAMOS FELIZES...”

É verdade, lá fora, nesse mundo cinzento e sem segurança! Como era possível? A verdadeira questão é: como eles conseguiram sobreviver? E acima de tudo, como conseguiram desenvolver a sua própria personalidade? O índice de criminalidade era mínimo, e desde essa época, já havia os muitos que eram pobres e os poucos que eram ricos! Por que esse mundo virou de cabeça para baixo em tão pouco tempo? Absurdo o recente caso do “menino JOÃO HÉLIO”? Não, “normal”, diante a sociedade que nos rodeia e o mundo que nos espera...

COMO EU QUERIA TER VIVIDO NAQUELA ÉPOCA...

Cidade ideal


Qual a melhor localização?
Em qualquer lugar
Qual o tamanho melhor?
De uma pequena vila à uma grande metrópole
Que tipo de infra-estrutura?
Dotada de todos os tipos ou nenhuma
Litorânea ou interiorana?
Tanto faz
Cheia ou vazia?
De um jeito ou de outro
Fria ou quente?
Entre -20° a 40° centígrados
Afinal, ela existe?
Existe sim
Cadê? Onde?
Dentro de cada um
Dentro dos sonhos
Na cabeça e/ou no coração
No encontro consigo mesmo
No encontro com os outros
Nos desejos
Nas emoções
No pensamento
Nas fantasias
E a realidade?
Tudo isto pode ser real
Por um instante ou para sempre
Depende de cada um
Depende do querer
Depende do saber
Depende do poder
Poder, onde está o poder?
Também dentro de cada um
De todos sem distinção
Em alguns, totalmente visível
Em outros abafado
Em outros esquecido
E na maioria encoberto
Como descobri-lo então?
Esta é uma grande pergunta
Quando cada um descobrir o poder que existe dentro dele
Poder de decisão
Poder de escolha
Poder de mudança
Poder de transformação
Poder de crescimento
Poder de construção
Poder de amar
Poder de doar
Poder de partilhar
Poder de se entregar
Poder de acolher
Poder ternura
Poder paixão
Poder tesão
Somos muito poderosos!
Às vezes não sabemos
Às vezes não acreditamos
Às vezes nos esquecemos
Às vezes fingimos não ter
Fingimos não acreditar
Fingimos não saber
Por preguiça
Por covardia
Por falta de tempo
Tempo! Eis o x da questão!
Encontrarmos tempo!
Talvez seja o que mais falta na cidade ideal
O que mais falta para cada um de nós
Tempo para os familiares
Tempo para os amigos
Tempo para Deus
Tempo para nós mesmos
Tempo para ver o tempo passar
Quando encontrarmos tempo
Quando dominarmos nosso tempo
Poderemos enxergar o Poder que existe em nós
Aí seremos outras pessoas
+ livres
+ dinâmicas
+ comunicativas
+ participativas
- egoístas
- autoritárias
- mesquinhas
Aí contaminaremos as pessoas ao nosso redor
Aí transformaremos as coisas
Transformaremos nossas cidades
Aí a cidade-sonho será
REALIDADE.

Coletividade?

É muito fácil imaginar, para cada um de nós, a cidade ideal. A grande sacada é desconsiderar a subjetividade e necessidades dos demais habitantes. A partir daí traçamos em questão de segundos um roteiro de cidade que, (ao menos por alguns instantes)poderia nos satisfazer. Talvez fosse possível admitir pequenas variações individuais, que não fossem potentes o bastante pra gerar qualquer desconforto ou desordem aos sistemas de controle.
Também seria necessário estabelecer um imaginário coletivo, que tornasse mais precisas e satisfatórias as decisões a cerca desse grupo, e que tornaria possível ter a exata definição dessa coletividade. Esse seria o cenário ideal pra qualquer planejador.

No mundo real, definir os principais traços de uma coletividade e instituir de forma solidária a todos seus indivíduos é impossível. As cidades em que vivemos são irremediavelmente inconstantes, contraditórias e irracionais e se tornaram cenário das relações que produzimos e condicionantes da qualidade da vida que levamos.
A legislação urbanística tenta criar normas que favoreçam a maior harmonia possível, entre as diferentes atividades humanas e os impactos causados ao meio.
Tentar definir de forma funcional a morfologia das cidades não é o bastante para garantir a satisfação mútua de seus habitantes. Não se pode controlar os desejos e sonhos de cada um de seus habitantes.

Paralelamente às questões de funcionalidade das infra-estruturas, e da tentativa de criação de espaços que potencializem a integração entre habitantes, as coletividades urbanas sofrem uma influencia muito grande dos meios de comunicação em massa. Talvez essa influencia não seja tão explicita na morfologia das cidades, mas é forte agente de criação de um imaginário coletivo, que irá reger a forma com que esses habitantes vêem e se satisfazem com sua participação nesse coletivo. Hoje não há qualquer controle sistemático sobre o conteúdo dos canais de TV por meio de representantes da sociedade. Todo esse controle se dá por apenas 7 familias. No dia 28/03/07 o ministro Hélio Arantes defendeu na Câmara* o controle da emissoras pública e estatal pela sociedade, pelo Congresso e pelo Ministério Público. **********************************

Talvez, considerar a formação de uma consciência coletiva antes da construção de muralhas de concreto e vidro seja um bom caminho para o urbanismo, e pra construção de uma cidade ideal.



* http://www2.camara.gov.br/internet/homeagencia/materias.html?pk=100375
Ideal Do Ideal

Difícil ter uma definição ou até mesmo dimensão do que seria a cidade, o estado ou o mundo ideal. Na verdade isso é muito pessoal pois vai muito dos conceitos e valores que cada um tem dentro de si. Suas experiências, seu aprendizado suas idéias. Lembro-me de um livro que li logo no primeiro período para um trabalho do professor Magalhães “Cidades Invisíveis” na qual eram retratadas cidades mitológicas cada uma com seus encantos, seus povos e suas culturas. Como saber qual delas seria a cidade ideal? Qual seria o critério estipulado para julgar este fato? Na verdade Niemayer tentou esta mesma façanha ao projetar Brasília baseado na então “Carta de Atenas”. Surge assim uma cidade dividida por setores onde a necessidade se faz presente como uma quebra deste paradigma. Tal cidade só existe no interior de cada um de nós pois como traçar uma rota ideal se todos os caminhos levam a qualquer lugar? Para muitos a cidade ideal seria aquela onde pudesse abrir o jornal e não se deparar com uma notícia de violência nas quais estão acostumadas todos os dias da qual já virou rotina. Para outros seria um lugar onde a força popular se fizesse presente perante seus representantes políticos que por sua vez teriam muito mais com o que se preocupar além de simplesmente criar leis ou projetos de leis onde não se chega a lugar algum. Já para outros tal façanha aconteceria onde a vida pudesse ser menos corriqueira e as pessoas pudessem ter mais tempo de aproveitar e usufruir seus benefícios seja lá com sua família, seus amigos ou até mesmo seu cachorro. Enfim cada um tem seu critério do que seria melhor qualidade de vida. Para um grupo de pessoas isto seria morar em um lugar mais afastado e menos poluído vivendo o máximo de tempo possível junto a natureza; enquanto que para outros seria morar bem junto ao centro da cidade em um condomínio fechado mas cercado do carinho de amigos e familiares de todos os lados.

João Fábio

O jardineiro

A nova maneira de se ver uma cidade, é a pura e simples ilusão de se desejar algo que possa a vir engrandecê-la, mas com o aspecto que nós almejamos. Em grande parte, a cidade dos sonhos é constituída de órgãos, entidades, dentre outros. Para que se torne um sonho e/ou um desejo de cada, não receberia o nome de cidade, mas sim “casa”, pois seria representada pelo aspecto pessoal e não pelo senso coletivo.
Cada vez mais o comportamento das pessoas e do mundo está se tornando individualista, fazendo com que nós, meros seres humanos, tornemos seres capitalistas, e corruptos, a ponto de passarmos pelos nossos próprios conceitos e nosso próprio estilo de vida. Pensar no bem da sociedade é o que não se vê mais. Se colocar-mos 5 pessoas para discutir como seria a cidade ideal para eles, temos a certeza que haveria um grande desacordo, pois todos iriam querer se beneficiar e nenhum deles, preocuparia com o bem estar daqueles que os cercam.
Porque será que as pessoas estão se tornando egocêntricas? A resposta é simples, pois a sociedade atual está fazendo com que estas, pensem e agem de tal maneira. Será que em uma roda de discursão, sobre o que fazer para melhorar a estrutura de uma cidade, alguém daria a sugestão, por exemplo, de qualificar e adaptar a cidade para os deficientes físicos? Ou até mesmo criar alternativas para atender os idosos? Não temos a certeza se isso ocorreria, devido aos fatos.
A condição de haver um resultado e/ou uma esperança de um lugar melhor ou uma cidade ideal nunca será e nunca terá um fim, pois nunca se achar uma idéia para transformar em um consenso, porque será sempre difícil, pois somos seres diferentes contendo idéias diferentes e espaços diferentes; sendo que cada um colocaria algo novo, modificaria o que já está pronto ou inventaria um novo modelo, inspirado em cidades estrangeiras ou em livros sobre o novo conceito de construir, com base na arquitetura de seu comportamento.


Obs: Por favor antes de lerem o texto ouçam a musica

Autor - Alberto Iglesias

Album - The constant Gardener

Música - Kothbiro

OUÇAM

abril 03, 2007

lugarzinho imaginário

Não tem muros, atravessada pelo rio, é limpa, bonita e alegrada por graciosos jardins. Espaços amplos, arejados que asseguram o direito de ir e vir. Lá as pessoas vão ao mercado e pegam o que precisam sem recorrer à troca ou dinheiro. Não há violência nem guerra, todo mundo é igual como nas leis de Cristo. Quando não há posses, não há disputas. Todo mundo conhece todo mundo. Segue um urbanismo, através da simetria e pelo equilíbrio geométrico, reflexo de uma harmoniosa organização humana onde todos possuem moradias iguais, não há distinção de classes e as preocupações políticas e econômicas não existem.
O que acontece hoje, é que os aglomerados urbanos estão se transformando em ilhas isoladas (condomínios fechados) do contexto da cidade a fim de se aproximarem da cidade ideal que todos sonham. A situação é confrontante com as expectativas que se tinha há alguns anos atrás. Há uma carência nas relações que comunicam e integram a sociedade em suas relações diárias distintas. “A cidade ideal não se remete às medidas padrões, mas, a relação entre a sociedade e o meio urbano. A qualidade oferecida para executar suas necessidades básicas de circular, trabalhar, do convívio social, do morar e do lazer.” É mais que uma cidade que se almeja, e sim um mundo novo com suas características utópicas, ligadas à geração e reprodução de modelos. Regra e modelo, estrutura e processo, enfim, são os conceitos que nos levam a um lugarzinho imaginário!

EleiçõES GERAIS 2

O post anterior - EleiçõES GERAIS - onde se discutia a seleção de textos para publicar em jornal de circulação regional no Vale do Aço sumiu. Solicito aos participantes do blog uma nova votação até amanhã, 04 de abril, à noite. Como vocês já devem saber, cada um vota num conjunto de três textos que achar mais interessante. O resultado da seleção será divulgado dia 05 de abril.

Então, boa eleição, novamente...

abril 02, 2007

VIDA DOMESTIC@DA



...
“Utopia, s.f lugar imaginário, em que tudo esta organizado da melhor maneira possível; plano teórico que não pode ser realizado” ¹.



De certo modo todos têm para si mesmos a cidade de seus sonhos, por mais exageradas que sejam, por mais loucas que estas possam ser...

Para uns a cidade necessita apenas de grandes avenidas impermeabilizadas de modo que esta precise apenas de um pouco de chuva em algumas épocas do ano para gerar uma sensação de frescor e limpeza.

Para jovens que tentam resgatar um pouco da adolescência de seus antepassados a cidade mesmo conturbada e hipertensa necessita apenas de uma pouco de criatividade; um par de chinelos havaiana ali, outro aqui... Dividisse os grupos, os carros e ônibus que se retirem.

Para os da terceira idade; jovens brincando em seus passeios o dia todo já é motivo de preocupação e dor de cabeça. Bolas batendo no portão, caindo no quintal dez, vinte vezes ao dia. Haja paciência, e bom senso.

Para mim já bastaria poder andar nas ruas sem temer.
Poder acordar de manha depois de uma boa noite de sono.

Mas com este desejo tão profundo...
Ainda assim... Penso que de qualquer maneira ainda vale a pena pensar em uma cidade utópica.

Pois...
Onde está a vida que sempre perdemos ao viver?
Onde está a vida que não conseguimos habitar?
“A vida segue e os dias parecem tão iguais” ²...!.

“Existem crianças pelas ruas,
Existem ruas de sofrimento,
Um intenso ódio,
Uma grande prisão” ³...!.

Você anda pelas ruas, sem respostas e fim...

Onde vive a liberdade de se morar em uma cidade ideal?
Para onde iremos... Para onde formos, sempre teremos que viver de uma forma domesticada.
Um grande vazio...
Onde mora a verdade?



Viva...

Viva a vida, independente se for entre 50 andares, entre a estética, entre a concretude, entre as degradações, entre as arquiteturas populares...





¹- Dicionário Aurélio.
²- Musica: Cotidiano; banda: Catedral.
³- Musica: Eu quero sol nesse jardim; banda: Catedral
.

abril 01, 2007

Individualidade coletiva

A cidade é um rascunho já usado, sujo e marcado (plano de fundo da vida), que o homem no seu movimento criador constante nunca cessa de usar, riscar e acrescentar.

CIDADE = carros + ruas + pessoas + brincadeiras + instalações + árvores + pássaros + postes + vidas + rios + cães + gatos + lixos + cores + fragmentos + jogos + amores + lojas + sons + imagens + placas + palavras + nuvens + chuvas + sorvetes + Deus + sonhos + sentimentos + retalhos + flores + sorrisos + casas + portas + vizinhos + escolas + vestidos + intenções + corações + paisagens + semáforos + roupas + varais + parques + línguas + marcas + design + bolas + ações + identidades + raças + poluições + esgotos + fé + barcos + praias + festas + raves + sol + lua + montanha + tranqüilidade + projetos + contradições + favores + saúde + paz + mesas + janelas + alegrias + frutas + feiras + selos + anúncios + profissões + dúvidas + vitórias + conquistas + soluções + metrôs + ônibus + trabalhos + melodias + comunicações + TVs + jornais + mobiliários + muros + andares + comunhão + camelôs + beijos + liberdade + retratos + relatos + dinheiro + esportes + parafernálias + luzes + gentilezas + antenas + conexões + sabores + pegadas + poeiras + indústrias + praças + estruturas + afetos + fogueiras + ratos + insetos + bicicletas + alimentos + planejamentos + peles + guloseimas + balões + circos + palhaços + malabares + ventos + mobilidades + vídeos + espelhos + amizades + livros + prédios + pensamentos + curas + acessos + reflexões + leituras + libertações + produções + alugam-se + celulares + famílias + vendem-se + nomes + sobrenomes + atrativos + tatuagens + cenas + personagens + alamedas + galerias + cinemas + coca-cola + pipocas + shoppings + impressões + escolhas +...

Agora o rascunho está em suas mãos...
O que mais você vai adicionar?