novembro 30, 2008

Sobre arquitetura, cidades e minhas novas teorias...

Com toda esta discussão sobre arquitetura e espaço urbano cheguei a algumas conclusões.

A primeira é de que não basta ser arquiteto, tem que participar! O diploma na mão não garante sucesso nos projetos, mas sim a informação. Os arquitetos têm que se prepararem para um mercado feroz onde quem não se destaca vira “cadista” de quem melhor se preparou.

A segunda é de que ainda é possível fazer arquitetura de qualidade. Não precisamos nos render ao trivial, nem à estética (ou estática) do “grupo dominante” dos arquitetos super famosos. Temos liberdade para criar e materiais de sobra para ousar (graças a Deus!).

A terceira é que o espaço urbano é do povo e para o povo. Puxa, esta foi a maior lição deste semestre! Nunca entendi direito a enorme quantidade de criticas ao urbanismo clássico, mas agora tudo ficou mais claro. Que se danem as leis do urbanismo, o povo quer mesmo é ser feliz. Independente do que o poder público fizer com a cidade a população vai mudar pra ficar como eles querem, sempre. Sempre haverá caminhos na grama porque ali é mais perto do que pelo calçamento. Ingênuo o urbanista que ainda não descobriu isto.

A quarta é que não vamos poder usar tudo que aprendemos do jeito que quisermos. Infelizmente percebi que clientes não são professores e que projetos reais não são trabalhos de estúdio. O mercado dita regras e o cliente tem sempre razão. Mas o projeto não precisa ser ruim por isso, pelo contrário, acredito que nosso grande desafio será entender o mercado e produzir algo que seja realmente de qualidade sem decepcionar o cliente, é lógico!

A quinta e última é que sustentabilidade é muito mais que reaproveitar água de chuva e instalar aquecimento solar. Temos muita coisa a fazer. Novamente “a informação” é muito importante para que nossos projetos não sejam superficiais demais e se percam no rótulo do sustentável sem serem efetivamente eficientes.

Como diria Sant-Exupéry em O Pequeno Príncipe: “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”.

Vamos produzir com qualidade, é nossa responsabilidade!

(Postagem referente ao tema Extra Livre: Valeu Flávia, obrigada pela oportunidade!)

Lilian Castro

Sem identidade


Onde foram parar as fachadas dos edifícios da Times Square, em Nova York? Só vejo anúncios! É isso mesmo, a arquitetura deu lugar a inúmeros letreiros luminosos. Será que este é o destino de nossa profissão? Fazer prédios suportes para publicidade? É triste aceitar, mas os arquitetos acabam tendo que se render ao apelo do mercado que necessita cada dia mais de espaço. O consumismo canibalista impregnado em nossa sociedade faz com que as construções percam parte de sua poética e totalmente sua identidade. Cada vez mais deixamos de expor nossas idéias, ideologias e histórias para evidenciarmos o nome de quem detêm o dinheiro. Se você não for Niemeyer, Koohas ou outro “grande nome” da arquitetura mundial inevitavelmente terá que se render ao mercado. Ou será que não? Como será que poderemos ter o direito de imprimir identidade em nossos projetos sem sermos famosos? Sinceramente não sei! O que sei é que a cada dia vejo mais e mais projetos que atendem somente ao mercado, não têm estilo, não têm conceito, só se prestam a divulgar as marcas que os pagam. Acho de pouca inteligência correr desenfreadamente na contramão do mercado, mas podemos, pelo menos, andar (nem que seja devagar) na direção da ideologia que nos foi ensinada na escola de arquitetura. Se não pode com ele, mude-o. Se o mercado quer te engolir, seja inteligente e (pelo menos) tente mostrar a ele que a arquitetura é um serviço, não um produto. Ver nossa produção arquitetônica ser assinada pelo patrocinador do projeto é triste. Na verdade penso sempre em “quem é que vai saber que esse projeto é meu se sequer percebem que existe um projeto atrás da logomarca da empresa”? E não será o filho reflexo de seus pais? Mas quem são seus pais? Infelizmente, filhos sem identidade são projetos sem liberdade.

(Postagem referente ao tema 7: “Sobre arquiteturas e logotipos”)

Lilian Castro

TEMA EXTRA - População que planeja!

Algumas cidades são planejadas, mas nem sempre o resultado final é o que se foi esperado, isso se deve a vários fatores, os quais não vou colocar em foco no momento. O que acho engraçado é que por mais que se planeje uma cidade, um bairro, seja o que for nunca permanecerá as mesmas características desde o início. Pois, a cidade está em constante mudança, suas necessidades mudam a cada ano, os ocupantes mudam, tudo muda.
Tenho certeza, que a maioria das pessoas, já presenciou a seguinte cena: uma passarela construída para benefício de uma população, vazia, e as pessoas atravessando nas avenidas, entre os veículos. Isso é muito fácil de ver, nem sempre as passarelas são construídas no percurso que já foi “delimitado” pelos moradores.
Isso também pode se observar em parques, onde definem os lugares para andar, mas sempre nos gramados verdes começam a surgir caminhos feitos pelo trajeto das pessoas, acho isso muito interessante. É o “planejamento” na prática, no uso da população.

TEMA 7 - Arquitetura + Marcas

Nos dias atuais cada vez mais se pensa em marketing, os movimentos da indústria, a evolução da comunicação e das marcas. Existe uma necessidade de criar conhecimento de marca e melhorar a imagem, afinal, as marcas podem ser mais fortes que um nome.
A arquitetura é assim, é mais do que simplesmente criar estruturas para nos abrigar do tempo. Os grandes edifícios são artefatos culturais: dão forma a nosso estado de espírito e criam impressões duradouras. Portanto, não é de surpreender que a arquitetura também faça parte da caixa de ferramentas do marketing moderno.
Logomarcas e logotipos bem elaborados são sinônimos também de empresa séria, e isso conta muito.
A identidade visual acima de tudo é a forma pela qual as pessoas irão reconhecer sua empresa, seu trabalho.
O investimento na imagem é a melhor forma de se destacar no mercado, pois é através da sua imagem (logotipo) que se estabelece o primeiro contato visual com o cliente.

Logotipo arquitetonico

A arquitetura passa cada vez mais ser vista como um produto e cada vez menos como um serviço. Todo produto que é inserido no mercado é dotado de uma marca e composto de características que selecionam e definem seus usuários. Com a arquitetura não é diferente, e essa muitas vezes é dotada até mesmo de logotipos.

Logotipo é a palavra usada para definir a representação gráfica da marca. Como se fosse uma assinatura institucional, e segue um padrão visual que a torna reconhecida aonde quer que ela seja impressa, atribui uma imagem à marca e/ou à empresa.

Quando olhamos para o lado da arquitetura, esse logotipo pode ser concebido através de algumas formas distintas. Às vezes através de uma determinada tipologia de construção, como na arquitetura barroca ou colonial, em que é possível distinguir facilmente o tipo de arquitetura de acordo com suas características. Outras vezes, de uma forma bem mais peculiar, em que cada arquiteto, na suas particularidades, acaba por definir seu logotipo, através de elementos gráficos ou construtivos, tornando a arquitetura como uma marca de identidade.

Uso dos muros no meio urbano

Altos, baixos, compridos, estreitos, em construção, em desconstrução, rebuscados, rabiscados, rebocados, pintados. Por onde passamos deixamos em nossa memória a imagem de inúmeros muros, pois a cidade é marcada pela presente Constancia dos mesmos.

Os muros são criados com um fim determinado, a demarcação de um território e/ou segurança. Delimitação de um espaço que pode estar em uso ou não, e se tornou um elemento característico no meio urbano e acabam por acarretar funções distintas das que possuíam.

São vistos como elementos que reconfiguram o espaço urbano e comprometem questões de acessibilidade e circulação, alterando a paisagem urbana, descaracterizando-a, além de interferir na vida pública e nas relações entre indivíduos de diferentes classes sociais.

Usados para propaganda, pelos pichadores, ou por grafiteiros, podem ser vistos como elemento de impacto visual, porém poderiam ser construídos de maneira a possuir outras funções, distintas das que hoje existem, e assim terem novos usos pela população.

Não é difícil citar exemplos de como uma forma em grade escala pode permitir interpretações diferentes. Um arquiteto pode e deve aprender integralmente as implicações da distinção entre estrutura e ocupação, entre “competência” e “desempenho”, podendo chegar a soluções com um alto calor potencial no que diz respeito à aplicabilidade.

É completamente possível agregar aos muros funções distintas àquelas inicialmente agregadas a eles.

(Postagem referente ao tema livre)

novembro 27, 2008

TEMA EXTRA

Pro chororô parar por aqui, uma tema extra livre - mas obviamente ligado à arquitetura e à cidade e seus espaços - pra quem não tiver postado todas as mensagens.
Abraço,
Flávia.

TEMA 7

"SOBRE ARQUITETURAS E LOGOTIPOS"

Arquitetura estilizada

Ao presenciar algumas palestras do III colóquio deste ano, pude perceber o quanto a arquitetura é influenciada por tendências, seja esta ditada pelo mercado, pela tecnologia, pelas revistas de decoração ou até mesmo por novelas.
O colóquio evidencia uma dessas tendências, enfatizando a importância do aço na arquitetura por possuir propriedades favoráveis a construção. Ou seja, este material é uma nova tendência tecnológica.
Porém, nem sempre essas tendências são de importância construtiva ou tecnológica, mas sim um simples ornamento.
Cada vez mais, arquitetos são influenciados pelo mercado e desenvolvem projetos a partir de revistas e catálogos.
Por exemplo: há algum tempo atrás, as casas possuíam um estilo rústico. Casas mais escuras, com telhados enormes e ornamentados. Banheiros com a cerâmica toda desenhada.
Atualmente, as casas estão sendo construídas com uma enorme impessoalidade, com aparência de clínicas ortodônticas. Telhados escondidos por platibandas, totalmente brancas, com filetes de pedra são Tomé em lugares estratégicos, jardins minimalistas e vidro temperado espalhado para todos os lados. Ultimamente, o vidro está substituindo até o gradil da fachada. Banheiros que ofuscam os olhos de tão brancos, com louças da Deca. É a nova tendência. É a nova moda. Será nova mesmo ou já saiu a nova edição de alguma revista?


Marcelo Patrício

novembro 26, 2008

AÇOLIPTUS

Durante o III colóquio de arquitetuta em aço, houve destaque a necessidade urgente de se implantar novas formas de utilizar o aço e o eucalipto(açoliptus), trabalho desenvolvido pelo arquiteto Lucas Sampaio (ex aluno do Unileste MG).

Na verdade, sabe-se que ações isoladas não irão solucionar a aceitação da madeira e do aço. De uma forma geral, estes colóquios, para a construção tentam aproximar a construção civil do conceito de desenvolvimento sustentável, entendido aqui como um processo que leva à mudanças na exploração de recursos, na direção dos investimentos, na orientação do desenvolvimento tecnológico e nas mudanças institucionais, todas visando à harmonia nas necessidades humanas presentes e futuras. Este conceito não implica somente multidisciplinaridade, envolve também mudanças culturais.

Embora a nossa cultura na construção civil seja alvenaria e concreto, novos estudos vem sendo desenvolvidos pra expandirmos nosso comércio e "criarmos" uma nova cultra, a do aço e do eucalipto, uma vez que nossa região seja rica de tais matérias primas.

A mão de obra pra isso, ainda é precária, quando não, possui um preço elevado, por questão de oferta e procura. Desta forma, essa nova cultura na construção civil pode gerar inúmeros benefícios como:

- Redução no tempo de execução da obra.

- Redução no consumo de recursos naturais não-renováveis.

- Redução de áreas necessárias para aterro, pela minimização de volume de resíduos. Destaca-se aqui que os resíduos de construção e demolição, representam mais de 50% dos resíduos sólidos urbanos.

novembro 25, 2008

III COLÓQUI

NESTE III COLÓQUIO FORAM TRATADOS VÁRIOS ASSUNTOS, ENTRE ELES O SISTEMA CONSTRUTIVO AÇOLIPTUS, APRESENTADO PELO ARQUITETO LUCAS SAMPAIO COTA. UMA NOVA IDÉIA DE ARQUITETURA, A BIOARQUITETURA. ESSAS CONSTRUÇÕES QUE UTILIZA AÇO E DA MADEIRA, SÃO PROJETOS MUITOS INTERESSANTES, MAS, AINDA NÃO EXISTEM MUITAS CONSTRUÇÕES POR AÍ.
AS PESSOAS SENTEM-SE ÀS VEZES DESCONFIADAS EM TER UMA CASA FEITA COM MADEIRA, POR NÃO SABEREM A FUNDO TODO O PROCESSO REALIZADO PARA ISSO.
A MADEIRA DE EUCALÍPTO, PODE SER USADA NA CONSTRUÇÃO CIVIL SIM. A UTILIZAÇÃO DO EUCALÍPTO, ENFRENTA UM DESAFIO QUE É BUSCAR ALTERNATIVAS DE PROCESSO, TÉCNICA QUE SEJAM ECONOMICAMENTE VIÁVEL E QUE NÃO PERCAM O PADRÃO DE QUALIDADE.

III Colóquio

Quais as possibilidades de formas e matérias que podem ser usados na construção civil? É quase impossível dizer ao certo, pois a cada dia que passa, novas tecnologias são criadas para facilitar a produção dessa arquitetura, que não é simplesmente uma construção, ela tem que significar algo, ou ser construída a fim de uma simbologia ou tradução do local onde será inserida.
Quando um antigo aluno do curso de Arquitetura e Urbanismo, se dispõe a dar uma palestra a respeito de seu estudo ainda feito na faculdade, tendo uma repercussão importantíssima para a região, é pensar que realmente, as possibilidades são inúmeras.
Continuando a falar do Lucas, o ex-aluno do curso, em sua palestra ele fala a respeito de madeira de eucalipto e do aço, materiais abundantes na região do Vale do Aço, e então se permite propor uma nova tipologia em estrutura feita a partir de aço e madeira, o AçoLiptus, feito a partir da madeira de Eucalipto e do Aço. Nessa palestra, ele demonstra com um protótipo, como seria a união desses dois materiais distintos um do outro, e provando que juntos, além de viável a natureza, pois é uma construção pensada em sustentabilidade, permite uma construção versátil, limpa, rápida e ainda bonita e aconchegante.
É admirável pensar, que um recém formado em Arquitetura e Urbanismo, já tenha feito tanto pela comunidade a que está inserido, pois sim, até mesmo por propor uma idéia, mesmo que ainda não utilizada na região, é uma forma nova de pensar.
Então, falando a respeito do início do texto, o porquê a construção tem que possuir um significado e traduzir a região, nada mais claro de um estudo regional que o Arquiteto e Urbanista, Lucas, fez no Vale do Aço, ele conseguiu fazer isso de uma forma objetiva e funcional.
Para finalizar então, pensar, que cada um de nós, formandos ou formados, podemos nos permitir ir além do que já é convencional, permitir novas idéias surgirem e não ficarem somente nas idéias, fazer com que elas levem o conhecimento de novas possibilidades a outras pessoas, para que possamos fazer parte, de uma maneira prática e tecnológica, no desenvolvimento da construção civil.

novembro 24, 2008

3° COLOQUIO

Ter na faculdade um encontro que discuta o estudo e aplicação do aço na arquitetura é uma excelente forma de conhecer novas tecnologias construtivas e profissionais que trabalham com essas técnicas.
Em tempos de construção sustentável, o aço surge como material ecologicamente correto mais indicado, uma vez que é 100% reciclável – as estruturas podem ser desmontadas e reaproveitadas com menor geração de rejeitos. Além disso, durante a obra, as estruturas metálicas oferecem menor impacto negativo sobre o meio ambiente em termos de uso de energia, consumo de matérias-primas e geração de resíduos.
As construções de aço pré-fabricado implementam possibilidades intermináveis de uso pois são adequadas para: edifícios de escritório, edifícios comerciais, instalações desportivas, instalações de armazém, indústrias e outras instalações.
No mundo moderno temos muito pouco tempo desde o início de um projeto até à sua implementação. A qualidade de processamento de todos os elementos da construção garante uma montagem rápida e flexibilidade extremamente elevada. Garantimos a realização estética, uma extrema resistência ao fogo e um excelente isolamento térmico e de som. Oferecemos soluções completas envolvendo materiais de qualidade e escutamos com prazer as suas idéias relacionadas com o conceito, estrutura e cor.
O processo de fabricações de instalações em aço pré-fabricado é organizado de acordo com os requisitos do certificado de qualidade ISO 9001 e ISO 14001 relacionados com a proteção do ambiente.
Não há nenhuma forma que o aço não consiga agüentar. Não há idéias que não sejam possíveis de concretizar. A individualidade de cada cliente é realçada. O objetivo incessante é oferecer mais, resultando sempre em melhores soluções pessoais e completas.

novembro 23, 2008

Bioarquitetura

Terceiro colóquio de Arquitetura em aço _ nedua cau unilestemg

Sustentabilidade é um conceito sistêmico,
relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana.
Propõe-se a ser um meio de configurar a civilização e atividade humanas, de tal forma que a sociedade, os seus membros e as suas economias possam preencher as suas necessidades e expressar o seu maior potencial no presente, e ao mesmo tempo preservar a biodiversidade
e os ecossistemas naturais, planejando e agindo de forma a atingir pró-eficiência na manutenção indefinida desses ideais.
O terceiro colóquio de Arquitetura abriu uma discussão sobre a relação Arquitetura e meio ambiente, propondo formas inovadoras de construir com menor impacto para a natureza. Dois projetos sobre o tema foram apresentados; Analise do ciclo de vida de Edifícios Universitários no Vale do Aço (Danielly Garcia, Viviane Ramos, Juliana Vieira), Sistema Construtivo Açoliptus (Lucas Sampaio Cota)

O primeiro projeto trata da avaliação do ciclo de vida do sistema construtivo de dois edifícios universitários construídos na região do Vale do Aço, Minas Gerais. Inicialmente foi feito um estudo de indicadores de sustentabilidade existentes em outros países e no Brasil, depois foi selecionada uma metodologia de avaliação a ser utilizada. A escolha dos edifícios analisados baseou-se nas características estruturais: um é estruturado em concreto e possui sistemas de fechamento convencional e o outro edifício é estruturado em aço com sistemas de fechamento industrializados.

O segundo tema foi _ Sistema Construtivo Açoliptus (Lucas Sampaio Cota)
Seu projeto teve como foco a Bioarquitetura,que é uma forma diferente de aplicação de materiais,Lucas usou o eucalipto e o aço porque os dois matérias agridem menos a natureza.O primeiro por ser madeira de reflorestamento e o segundo, material reaproveitavel ,a ideia foi confirmanda na apresentação do engenheiro da Usiminas.

Conversação

Bem, nesses encontros de conversação – troca de idéias e análise das matérias propostas – apesar de ser um encontro relevante, tenho sentido a falta de interesse do corpo de alunos, não pelo número de freqüentadores, mas pela pouca participação no debate dos temas apresentados; não diria que isso ocorre em função dos temas por si só, pois foram atraentes do ponto de vista da nossa realidade. Talvez pelo fato de termos dentro de nós o preconceito de que temos que ser profissionais propositores, não dando o devido valor a uma oportunidade de acrescentar aos nossos conhecimentos experiências de outras pessoas. Devemos lembrar que só temos a crescer quando temos a humildade de aprender com exemplos bem ou mal sucedidos; precisamos criar em nós mesmos um espírito crítico para saber avaliar o sucesso ou até mesmo o insucesso alheio. No caso do III colóquio tenho que parabenizar a Vivia Ramos, pois é autora de uma feliz iniciativa de avaliação do ciclo social e econômico das complexidades da construção em aço dos edifícios de ensino no Vale do Aço nos deixando um bom exemplo de preocupação com o impacto na natureza de construções com tais materiais – como o exemplo do Campus Lagoa do Piau.
Com relação ao TFG do Lucão – Lucas Sampaio Cota – o Açoliptus mostrou não somente uma possibilidade de construção, mas que a criatividade no processo construtivo, inovação nos encaixes, isso sim pode demonstrar que nossas propostas podem ser bem absorvidas pelo mercado como ações praticáveis e importantes. No caso específico como utilizar produtos de nossa região num contesto muito interessante – Aço= Usiminas e Eucalipto = Cenibra.
Tudo isso veio a ser endossado pelas palavras do engenheiro da Usiminas, Marcos Eulálio de Paula Ferreira que além de apresentar a produção de aço da Usiminas, pode falar da importância dos Negócios (uso do aço na construção civil), Tecnologia (como tornar viável o uso do aço na construção civil) e Promoção (estratégica para a divulgação do produto).
Para mim tornou-se importante a participação nesse encontro para avaliar conceitos, atitudes e valores de oportunidades que estão no mercado à espera de iniciativas para colocá-los em prática, pois são as novas teorias que a arquitetura pode experimentar utilizando-se de materiais não tão novos assim.

novembro 22, 2008

Desinteresse

Temos tido durante o curso várias oportunidades de incrementar nosso currículo com cursos, palestras, viagens, concursos e etc. Porém, nem todos se interessam e participam destas atividades. Prova disso foi o III Colóquio de Arquitetura em Aço realizado pelo Curso de Arquitetura e Urbanismo no Unileste. É muito pouco a presença de menos da metade dos alunos do CAU em um evento que deveria despertar interesse em todos. Talvez isso esteja ligado a horários, divulgação do evento, dentre outros fatores. Mas pra quem almeja um dia ser um bom profissional, deveria então se sacrificar em pelo menos três dias a cada período do curso a fim de aumentar sua bagagem curricular. Talvez se alguns professores tivessem exigido algum relatório para suas turmas a respeito do evento ou pontos em troca de presenças, o comprometimento teria sido outro. Porém não acho sensato esse tipo de atitude se tratando de jovens em uma faculdade e já com um bom nível de instrução. Esse tipo de manobra usamos com crianças para fazerem determinadas tarefas. Já com adultos, o simples fato de trazer palestrantes de renome já era pra ser uma “intimação” para que comparecessem ao evento. Deveríamos estar sempre interessados em nossa formação profissional “enfiando a cara” nas oportunidades que nos são dadas, mesmo que para isso tenhamos que nos sacrificar.
Fica aí o recado pra galera que vive reclamando que o curso está esfriando. Com certeza, se esses que reclamam participassem das poucas atividades complementares que ainda nos são proporcionadas, talvez isso servisse de ânimo para que novos eventos fossem organizados pelos os que estão à frente do curso. Pense nisso.

novembro 20, 2008

tempo

Nosso curso de Arquitetura e Urbanismo tem uma lista extensa de matérias que distribuídas no sistema da faculdade, fazem o curso durar 10 semestres, ou seja, cinco anos. Isso se não houver nenhuma pausa entre os processos, ou alguma reprovação que atrase a formatura.
Nesses quase 4 anos e meio que estou na faculdade foram muitos os eventos paralelos que foram realizados no curso para que nosso currículo fosse complementado e enriquecido com novas experiências e novas formas de se aplicar arquitetura, e até mesmo outras vertentes que as vezes nem passam por nossa rotina, mas que não deixam de ser interessantes de serem vistos e experimentados.
Dentre vários desses eventos que aconteceram me lembro de alguns que de forma especial se fixaram em minha memória. Houve uma exposição de fotografias, onde os alunos e professores do CAU puderam compartilhar suas fotos no corredor vermelho do bloco E. Até eu mesma entrei na exposição, como organizadora junto ao então professor do CAU, Bruno Massara, e também como fotógrafa, onde me aventuro às vezes.
No semestre seguinte, o mesmo professor organizou outro evento intitulado de S.I.M. (Som, Imagem e Movimento), onde aconteceram palestras, oficinas e debates sobre diversas mídias áudios-visuais.
Outro evento paralelo que ganhou vários fãs e já está em sua 3ª edição é o Colóquio em Arquitetura em Aço, organizado pelo grupo de pesquisa Nedua do CAU. Sempre muito bem cotado, o Colóquio reúne alunos e professores interessados no assunto, além de receber convidados de empresas da região e outros estados para falar e mostrar trabalhos de arquitetura em aço.
Confesso que neste semestre especificamente não pude participar em nenhum dos dias da 3ª edição do Colóquio de Arquitetura em Aço, pois como disse anteriormente, num curso de 10 semestres, estar no penúltimo significa possuir muitas atividades pendentes e ter a rotina extremamente comprometida e imprevisível.
Por isso, com muito pesar, não pude participar de nenhum dos dias do evento. E não seria fácil nem inteligente inventar roteiros aqui que eu supostamente teria visto nas palestras, sendo que não participei nem tive muitas noticias sobre o que aconteceu no evento.
O que espero é que este tipo de evento não se perca no nosso curso de Arquitetura e Urbanismo do Unileste-MG. E que outros como o Colóquio de Arquitetura em Aço, façam o mesmo sucesso e mantenham-se em tradição e em várias edições.
Lanara

novembro 19, 2008

AÇOLIPTUS X CONCRETO

Antes de começar a escrever passei um bom tempo na internet pesquisando o uso das estruturas de aço e eucalipto na construção civil, mais especificamente na região do Vale do Aço. Encontrei pouca coisa, na verdade o que realmente procurava não encontrei: queria uma estimativa do consumo ou uso destes elementos aqui em nossa região. O que me impulsionou a fazer essa pesquisa foi a palestra do Lucas Sampaio Cota (o Lucão) no III Colóquio de Arquitetura em Aço (06/11/08) onde nosso amigo “já” arquiteto apresentou seu TFG intitulado AÇOLIPTUS. Achei interessante a iniciativa de criar um sistema construtivo que alia o aço (como elemento de junção) e o eucalipto (como elemento estrutural), mas fiquei intrigada. Somos, literalmente, vizinhos de uma das maiores siderúrgicas do país, rodeados de florestas (ou desertos?) de eucaliptos, porém eu, quase uma arquiteta, conheço pouquíssimas obras construídas com esses materiais em nossa região. O estranho é que já temos no mercado de trabalho vários arquitetos formados pela nossa escola, que tiveram contato com várias formas de se projetar utilizando esses materiais e continuo presenciando um crescimento das construções em concreto. Não acredito que meus companheiros da região estão privando seus clientes dessas tecnologias à toa. Na verdade questiono se não são os clientes que estão ditando a moda do concreto. Provavelmente. É difícil encontrar um cliente que se exponha ao ousar! A esmagadora maioria prefere “continuar para não errar” e eu não os culpo por isso. Faltam informações para o público mais interessado: os clientes. Não vai ser fácil convencer uma pessoa que morou a vida toda em uma caixa de tijolos e concreto que o eucalipto não vai apodrecer e que vai agüentar o peso do telhado sem desmoronar na cabeça de sua família ou que o aço não vai enferrujar e que o preço compensa pelas vantagens que ele apresenta.

E será que nós mesmos estamos convencidos disso?
Lilian Castro

Colóquio I, II, III

O Colóquio de arquitetura em aço é um evento organizado pelo Nedua cau Unileste que teve início em maio de 2007, o primeiro Colóquio realizado nos dias 16 e 17 do mesmo mês teve a seguinte programação:
- Apresentação dos pesquisadores do Nedua
- Palestra Usiminas Mecânica: ponte sobre o rio Orinoco
- Café
- Palestra com arquiteto Sérgio Jardim: Aplicação de estruturas metálicas a projetos de terminais de passageiros aeroportuários
Segundo dia:
- Apresentação pesquisadores Nedua
- Café
- Palestra com arquiteta Karina Venâncio: sistema Light Steel Framing e primeira residência em Minas Gerais com aplicação do sistema
O segundo Colóquio foi realizado nos dias 7 e 8 do mês de novembro do mesmo ano, e teve como programação:
- Tiago Caldeira e professor Rogério Braga: Apresentação do projeto para veículos de transporte urbano não motorizados - Projeto finalista do prêmio Alcoa Inovação em alumínio 2007
- Professor Rober Dias Botelho: Apresentação projeto Sabiá e os procedimentos para o design automotivo CPqD – ED/UEMG
- Café
- Palestra com arquiteto Roberto Inaba: SISTEMA USIMINAS/ COSIPA
- Apresentação do grupo de estudo NEDUA SUSTENTABILIDADE
- Apresentação do grupo de estudo NEDUA DESIGNOX
- Café
- Palestra Mario Biselli e Artur Katchborian: Arquitetos Associados (SP)

O 3° Colóquio de arquitetura em aço foi realizado neste ano de 2008 no mês de novembro, no dia 4 aconteceria uma visita a USIMINAS onde conheceríamos também a USIMINAS Mecânica e onde aconteceria um almoço no refeitório da mesma, esta visita cancelada em cima da hora teve sua data remarcada.
No dia 5 por não estar na faculdade não compareci ao Colóquio e deixei de prestigiar a seguinte programação:
- Coisa Fina: designer Fundido – Hugo Marlon- Nayara Sampaio- Professor Rogério Braga (PIC – CAU – UnilesteMG)
- Apresentação do TFG da aluna Kênia Alves: Incorporar
- Inovações tecnológicas na construção em aço – Maristela Bauerman
- Café
- Estruturas de membranas tensionadas – Giselly Bianchi (DAU – UFV)
No dia 6 compareci ao Colóquio, mas um pouco atrasado, pelo atraso perdi a apresentação da Analise do Ciclo de Vida de Edifícios Universitários no Vale do Aço, apresentado pela professora Danielly Garcia e as alunas Vivi Ramos e Juliana Vieira (PIC – CAU – UnilesteMG). A apresentação do ex aluno Lucas Sampaio Cota foi interessante, um sistema metálico usado como junção de peças de madeiras para construção civil, sistema este projetado do TFG do ex aluno que agora cursando Engenharia Civil desenvolve ainda mais o projeto.A apresentação sobre a USIMINAS foi uma apresentação onde todos que moram em Ipatinga já estão cansados de escutar, talvez por isto não prestei tanta atenção, só no final quando aconteceu um sorteio de CDs, mas como já era de se esperar com a minha sorte pra sorteios não ganhei nada.
Após comer muitos pães de queijo no café servido no intervalo, voltei para assistir a palestra sobre os principais conceitos, técnicas e aplicações das Estruturas Tensegrity, apresentado por Paulo Von Kruger (UNA - BH). Segundo Richard Buckminster Füller, Tensegrity é o princípio estrutural pelo qual a forma da estrutura é garantida pela interação entre uma rede contínua de cabos tracionados e um conjunto de elementos comprimidos, isolados entre si. As estruturas tensegrity fazem parte de um grupo de estruturas que somente são possíveis de existir a partir da aplicação de um campo equilibrado de tensões iniciais.
Achei as estruturas muito bonitas e esbeltas, mas não consegui ver nenhuma vantagem para o uso destas, pelo contrario, são estruturas muito complexas de se montar, exige uma mão de obra especializada e não sei de sua capacidade, alem de parecer possuir limitações.
No ultimo dia do Colóquio, dia 13, aconteceu a apresentação dos projetos recentes de Ângelo Bucci (SPBR), projetos legais, casas grandes, mas com muito concreto, exemplos fieis do brutalismo paulista, casas bonitas, mas projetos apenas para quem têm dinheiro de verdade.

novembro 16, 2008

novas ideias

Colóquio _ apresentação de novas ideias, divulgação de novos materiais e conceitos... pesquisa, interação......

A troca de informação e conhecimento passada pelo III Colóquio de arquitetura proporciona aos alunos obter um maior conhecimento do uso do aço nesta profissão com ilimitados tipos de materiais. Pensar que a forma, o custo e vários outros fatores se beneficiam com a escolha do material certo, este tipo de evento contribui para a formação de um arquiteto mais esclarecido e com um maior leque de escolhas. 

Na apresentação do trabalho final de graduação (TFG) do arquiteto Lucas Sampaio Cota, podemos perceber que há muito a ser inventado e transformado nos dias atuais. Passamos a maior parte do curso pensando que nada  se cria, tudo se copia e se transforma mas os sistemas existentes sempre tem uma falha que podemos corrigir ou melhorar.  E melhorar, neste caso, foi a criação de um sistema construtivo açolipitus que é constituído por encaixes que possibilitam a construção de casas com toras de eucaliptos travadas por encaixes em aço. 

 

A palestra destaque do evento foi a do Arquiteto renomado Ângelo Bucci que mostrou grandes projetos desenvolvidos para amigos, concursos, que contam com uma linguagem ao mesmo templo complexa e clean. Os usos do concreto aparente com os panos de vidro trabalham a arquitetura simples, mas ao mesmo tempo da um ar de sofisticação ao edifício. A preocupação com o entorno deixa cada vez mais claro que a edificação tem mais valor explorando todas as suas possibilidades. A clareza com que os traços surgem em um projeto pode ser outro assunto importante na arquitetura; podemos partir de uma vista, de um platô já existente ou simplesmente de uma idéia mirabolante que surge em uma conversa entre amigos. Esta é a arquitetura simples para quem a vê de fora, mas surpreendente para quem a conhece de perto. 



Giselle Silva Leonel

novembro 10, 2008

tema 5 - coloquio

DESCRIÇÃO (pensamentos)


Sustentabilidade

apresentação/ aplausos/ nervossísmo/ engasgos/ comparação/ Piau/ desenvoltura /metálica/ economia/ ventilação/ iluminação /implantação/ sol /bom/ bom /unipac/ ventilação/ concreto/ pesado/ ruim/ iluminação /comparação /tabelas/ sustentabilidade/vencedor/perguntas/aplausos


Aço Liptus

Apresentação/ rosto conhecido/ ex- aluno/ erro/ rápido/ rápido /volta/ região/ tabelas/ gráficos/ empresas/ cenibra/ eucalipto/ aço/ usiminas/ junção/ inteligente/ prático/ regional / observador / previsão futuro / desenhos / conectores / exemplo / bacana/ interessante/casas/extensão/ preço / aplausos/ perguntas / interesse / patente / aplausos/ brinde.

Utilização do aço na construção civil

“deu pau”/ desculpas/ espera/ aço/ usiminas/ produção/ siderurgia/ 35º lugar /chapa/ ódulo/ hotel/ economia/ limpeza/ aço/ construções/ comparação/ concreto/ custo/ redução/ interessante/ custo/ solução/ mista/ hibrida /engano / edifício / solução / aço/ logística/ transporte/ redução igreja/ fachada/ perfil/ frio/ perfiladeira / dobradeiras/ perfil/ “u”/ enrigecido/ cartola/ manual / diretrizes / parceria / projetos / plástico / 10 dias/ climatex/ madeira/ painés/ metal/ leve/ muito leve/ Arco/ LSF/ stell frame/ painel/ guindaste/ CBCA-IBS/ artigos/ informações / despedida / brinde / sorteio/ palmas/ risos/ meninas/ ”miss ipatinga”/ conversa/ foto/ brinde/ foto/ assobios/ risos/ + brinde / cansativo/ +fotos/ +risos/ +conversa/ fim

Lanche

Risos/fome/bagunça/conversa/refri/pão de queijo/patê/risos/conversa/ +conversa/pa+patê/refri/meninas/andar/saída/Dani/conversa/”puxa orelha”/ vamos embora/estacionamento/moto/caladinho/bltiz/farol queimado/ sufoco/ alivio/casa/

FORM FOLLOWS FUNCTION

Sou completamente a favor de que, na arquitetura, a forma deriva da função. Há de se projetar de dentro para fora determinando inicialmente quais são as necessidades de cada ambiente, as dimensões necessárias para atendê-las e depois de tudo resolvido encontrar uma forma agradável para a fachada. No entanto não é bem isso que a história da arquitetura nos ensinou.Analisando percebo que, na verdade, somente agora começamos um processo de desapego a normas estilísticas para criar essa arquitetura funcional e real. Nem o Modernismo que ditava exatamente o que disse anteriormente sobre forma e função me faz acreditar que ele também não passava de um “catálogo” de elementos que deveriam ser utilizados para que aquele determinado edifício fosse “moderno”. Não foi a toa que algum tempo depois, no chamado pós-modernismo, as coisas caíram por terra, assim como em todos os outros estilos anteriores chegou-se um ponto em que aqueles elementos não serviam mais, não atendiam aos desejos. E os desejos dos seres humanos são infinitos. Construir a casa dos sonhos requer uma habilidade extrema que nenhum estilo arquitetônico sozinho é capaz de satisfazer. Ninguém quer morar no Panteão, mas até hoje conheço pessoas que acham “chique” uma casa com colunas gregas e capitéis dóricos aliados a grandes janelas em fita. E por acaso isso é algum crime? Claro que não! Um homem trabalha 30 anos para construir sua casa, aquela dos seus sonhos, e quando chega o dia do projeto ele quer suas colunas, capitéis e janelas em fita. Pouco (ou nada) importa para ele de que período são, ele simplesmente quer que seja assim. O arquiteto atual deve pegar seu “Dicionário dos Estilos Arquitetônicos” e jogar em uma gaveta e só utiliza-lo para fazer consulta histórica para seu trabalho de mestrado. Ditadura dos elementos nunca mais.
Lilian Castro

Arquitetura Iceberg

Está certo que criamos nossos padrões de beleza fundamentados puramente na subjetividade e por isso temos gostos e reações diferentes em determinadas situações. Porém, um dia, uma pessoa mais sensata que nós e talvez tão inteligente quanto (rsrs) criou um padrão humano não para distinguir pessoas por sua beleza, mas para servir de ferramenta de trabalho. Esse sabido era Le Corbusier, que sabendo que arquitetura é feita para pessoas passou a projetar tendo como diretriz a popularizada escala humana desde então. Essa escala humana seriam medidas de referência relativa baseada no nosso corpo. Corbusier elaborou um estudo de medidas humanas denominado Modulor buscando criar uma relação harmônica entre a escala humana e a arquitetura. Porém, ele não pretendia estar criando um padrão de medidas, o Modulor ia muito além.
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O Modulor





Le Corbusier idealizava o tamanho padrão do homem com 1,83m e criou uma série de medidas proporcionais que dividia o corpo humano de forma harmônica e equilibrada. Isso servia para orientar os seus projetos e suas pinturas e baseava-se na "razão de ouro", uma proporção matemática considerada harmônica e agradável a visão. Essa "razão de ouro" é a divisão de qualquer segmento de reta em duas partes desiguais onde a menor está para a maior, assim como a maior está para o segmento inteiro. Com base nessas proporções constrói-se o retângulo de ouro, do qual, extraindo-se um quadrado sobra outro retângulo com as mesmas proporções.
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Temos visto hoje vários crimes contra o corpo sendo praticados por arquiteturas capitalistas. A Construtora MRV, por exemplo, diminuiu o pé-direito dos apartamentos de seus edifícios populares conseguindo assim gastar menos material, mão-de-obra e tempo na obra, esquecendo de quem vai estar morando sufocado ali.
Todos os envolvidos na cadeia de concepção de habitações deveriam privilegiar o habitante. Dá pra pensar uma habitação “enxuta” e com qualidade para quem vier habitá-la. O ser-humano tem de estar acima de qualquer quantia financeira.


"A arquitetura é como um iceberg, e a parte visível é muito pequena em relação ao que está oculto. O que fica além da fachada de um edifício é a vida."
Renzo Piano

Cinto de Castidade

À primeira vista veio um cinto de castidade.

Povinho estranho esse ser humano né!?

Quero só ver onde isso tudo vai parar.

Achei que cinto de castidade era coisa passada e nem existiam mais, parece que me enganei. Acabei de pesquisar e descobri que andam vendendo esse objeto por ai. Será que essa coisa bizarra virou fetiche? Não sei, mas parece que o pessoal está usando esse objeto de contenção sexual para apimentar a relação.

A primeira utilização de cintos de castidade apareceu na Itália e logo a ideia se espalhou por toda a Europa. Existiram várias interpretações para o uso do cinto, alguns historiadores declararam que ele não era usado para infligir sofrimento e sim uma forma de prevenir as mulheres de possíveis ataques de molestadores quando seus maridos viajavam.

Descobri também, que esses cintos já foram produzidos em vários materiais preciosos, como em prata e ouro e dado a mulher amada como presente, encorajando-a a ser fiel.

Fiquei de boca aberta em saber que voltaram a usar e já existe no mercado em várias lojas de produtos sexshop, uma nova geração de cintos castos. Em vários materiais, cores e modelos, tanto para mulheres quanto para homens. E já tem gente que usa dizendo: Que o papel desse cinto é ser uma forma de doação voltada para a pessoa amada. É uma prova de que todo o prazer está guardado só para ela.Credo!!! Será que para apimentar uma relação sexual precisa dessa coisa bizarra?

Rodolfo Godoy Torres

novembro 09, 2008

PRÓTESES

PRÓTESES

Estão querendo nos transformar em robôs...

Talvez não seja essa a intenção manifesta através da imagem em questão, mas podemos sugerir aqui tal desejo.

Porque próteses?

O avanço tecnológico alcançou um nível tão avançado que partes internas de nosso corpo já são substituídas por pedaços de metal ou outros materiais que não permitem que soframos alguma rejeição. Tenho em minha própria família o exemplo de minha mãe que com um problema de osteoporose teve que ser submetida a uma intervenção cirúrgica e a implantação de uma prótese no fêmur. Mas, esse é um fato que pôde dar a ela novamente a capacidade de locomoção sem o auxílio de bengalas ou muletas, o que era talvez seu maior temor.

Porém, quando olho para uma imagem como a apresentada acima, sem um texto explicativo, permito à minha mente uma análise sem medo de ser questionado, pois além de um corpo feminino sustentado por um aparato metálico, que aqui posso chamar de “prótese externa”, também imagino a intenção de dizer que a mulher tem o poder de gerar, ou ter gerado dentro de si, um ser e que este ainda é dependente dela, pois é dela que sai seu sustento físico, seu alimento, o leite materno.

Por outro lado, como disse acima sobre a questão do avanço tecnológico, o ser humano está se transformando num ser muito dependente; tal avanço tecnológico nos faz seres mutantes, preguiçosos, pois permitem, e nós aceitamos às vezes sem questionar, pois nos faz bem ao primeiro olhar, imposições que nos deixam ociosos fisicamente; quem sabe de propósito para nos tornar cada vez mais dependentes da chamada evolução tecnológica onde um dia, até mesmo o alimento materno dependerá de equipamentos para extrair o leite que sustentará seres recém gerados (são por acaso as mulheres vacas leiteiras...).

É, cada vez mais me convenço: estão querendo nos robotizar!

Substância

Homem Vitruviano

· Um palmo é a largura de quatro dedos
;
· Um
pé é a largura de quatro palmos;
· Um
antebraço ou cúbito é a largura de seis palmos;
· A altura de um homem é quatro antebraços (24 palmos);
· Um passo é quatro antebraços;
· A longitude dos braços estendidos de um homem é igual à altura dele;
· A distância entre o nascimento do
cabelo e o queixo é um décimo da altura de um homem;
· A distância do topo da
cabeça para o fundo do queixo é um oitavo da altura de um homem;
· A distância do nascimento do cabelo para o topo do peito é um sétimo da altura de um homem;
· A distância do topo da cabeça para os
mamilos é um quarto da altura de um homem;
· A largura máxima dos
ombros é um quarto da altura de um homem;
· A distância do
cotovelo para o fim da mão é um quinto da altura de um homem;
· A distância do cotovelo para a
axila é um oitavo da altura de um homem;
· A longitude da
mão é um décimo da altura de um homem;
· A distância do fundo do queixo para o nariz
é um terço da longitude da face;
· A distância do nascimento do cabelo para as sobrancelhas é um terço da longitude da face;
· A altura da orelha é um terço da longitude da face.

Simetria. S.M
*Correspondência em grandeza, forma e posição relativa de partes que estão em lados opostos de uma linha ou eixo.
*Harmonia resultante de certas combinações e proporções regulares.
*A simetria ocorre ou é aplicada em várias das vertentes da ação humana: na geometria ,matemática ,física ,biologia
, e principalmente na arte.
O que se vê parece ser parte de uma instalação na qual o artista busca a representação harmônica e simétrica de um corpo feminino preestabelecendo medidas e formas físicas.
No entanto, o que é substancial é invisível para os olhos, pois a simetria óbvia que exibimos não traduz o caráter e a essência de cada um, o mais profundo só é revelado para alguns letrados, pois o humano é um livro místico e poucos conhecem o caminho para desvendá-lo.

A mulher e o sexo

Observando a fotografia, o primeiro pensamento que me veio á cabeça, foi de que esta foto estaria relacionada á “sexo”, não que eu seja um pervertido, mas foi o que veio em minha cabeça sem malicia alguma. Alguns podem questionar o porquê de me preocupar em justificar, mas me justifico pelo fato de ser homem, pois junto a isto sempre vem o paradigma de que homem só pensa em sexo. Não que isto seja uma calunia, mas não é um pensamento que predomina 24h por dia, também hoje em dia não é um pensamento exclusivo do homem, na sociedade moderna uma grande quantidade de mulheres já se assemelham aos homens em pensamentos relacionados a sexo.

A fotografia pode ser um paradigma relacionado á mulher e o sexo, simbolizando a segregação destes durante toda a historia, uma historia que anda em paralelo com o machismo, onde a mulher é um objeto sexual, dá o prazer, mas não o recebe. Mas a fotografia também pode estar querendo passar justamente o oposto, pode ser um paradoxo onde na verdade simboliza a “inclusão” do prazer na vida sexual da mulher. Ainda na inclusão do prazer feminino, a imagem poderia ter duas faces, podendo ser uma foto relacionada ao masoquismo, mostrando que a mulher buscou diferentes formas e experiências até conseguir também sentir algum prazer em uma relação sexual, como também a conquista desse prazer, pode ser simbolizada na foto de uma forma mais machista e até cruel de se falar, mas que com boa parte da historia do mundo sendo submissa ao homem no sexo, tenha conseguido o prazer com o próprio sofrimento, levando ao pé da letra o significado da palavra “masoquismo” no dicionário, “perversão sexual em que a pessoa só tem prazer ao ser maltratada física ou moralmente”.

As opiniões descritas à cima não são minhas opiniões relacionadas ao assunto da mulher e sua vida sexual, apenas hipóteses que levantei sobre a possível mensagem que a imagem pode passar, talvez a imagem nem tenha relação com sexo, mas como não possui legenda sua interpretação é livre. Agora expondo uma opinião, acredito que a imagem se encaixaria muito bem como capa do CD “Estudando o Pagode”, um disco do cantor Tom Zé, onde através de uma opereta sobre a segregação da mulher e do amor através da historia, ironiza o machismo e liga uma musica a outra terminando o disco em aberto, dando possibilidades de cada um fazer sua interpretação de como a mulher contemporânea se relaciona com o sexo. Um final tão aberto quando a interpretação da fotografia.

Musicas do CD “Estudando o Pagode” de Tom Zé:

Mulher Navio Negreiro
O macho pela vida se valida a molestar a mulher, se diverte.
Apavorada, ela, que se péla, pouco pára de pé, e padece.
Quando ele pia, pia, pia, pra inibir na mulher o animal, talvez eu ria, ria, ria, vendo ele transar uma boneca de pau, com seu incubado, calado, colado, pirado pavor do segredo sagrado.
Por isto existe no mundo um escravo chamado Mulher - Divino Luxo - Navio Negreiro - Graal - Puro Cristal – Desespero - Rosa-robô - Cachorrinho - Tesouro, ninguém suspeita dor neste ideal, a dor ninguém suspeita imperial.
Eucaristia - Ascensão – Desgraça - Filé-mignon - Púbis, Traseiro - Alcatra,
Banca de Revista - Açougue Informal - Plena Praça, ninguém suspeita dor neste ideal, a dor ninguém suspeita imperial.

Vibração da Carne
Tortura que ela atura com fartura no viver social, então leve uma banana, também social.
Toda vez pela primeira vez que o cara sai com a garota, logo ali, no bar tem um rali de tititi, amigos dele com ele - com ele, por ele.
De repente, cara, ela encara um desaforo inocente - sente só, que sai no subliminar do papo com alho pelo soalho.
Tortura que ela atura...
Desde criança a mulher enfrenta aquela dissimulada agressão:
Eram descarados provérbios maldosos, e duros, naquele tom brincalhão.
E na dureza do escárnio se o amor-próprio se parte...
Pode interromper no corpo aquela natural vibração da carne, gozo da mulher, que se o cara não doar atenção - é tarde.
Porque a dois, não dá pra viver, se somos dois, que seja a valer.
Baião-de-dois não dá, não dá pra fazer sem dividir a bênção do prazer.
Mas o castigo pior, a porrada que agora o homem sofreu, foi daquele tipo de mulher que no seu desespero aprendeu.
E tentando imitar em atitude vulgar, repete o idiota do machão no que ele faz de pior - agora
Por exemplo, ela no volante a debulhar palavrão - ó senhora!
Porque a dois não dá pra viver se somos dois, que seja a valer.
Baião-de-dois não dá, não dá pra fazer sem dividir a bênção do prazer.

Uma imagem, uma lembrança

Uma imagem vale mais que mil palavras! Eis um ditado popular, então, o que essa imagem nos fala? Ela é enigmática, permite com que nossa cabeça se lembre desde um cinto de castidade até uma diva como a Madona em suas performances. O que dizer dessa imagem então?
O que eu entendi dela, nem mesmo sei se faz muito sentido, porém, me fez lembrar uma passagem minha na faculdade, meu segundo período, onde estudei a transposição do corpo, um exoesqueleto, uma roupa que pudesse passar e demonstrar a relação do corpo com o exterior, transpor as sensações, os cinco sentidos, olfato, paladar, visão, audição e orientação, de uma maneira intensa. Fazer com que o corpo respondesse aos estímulos produzidos pela roupa e não somente pelo entorno. A roupa passa a ser uma representação irreal do entorno, fazendo isso, permitimos a nós mesmos o conhecimento do corpo e a necessidade de entender onde estamos inseridos. Bom, talvez nem tenha sido esse o objetivo da aula, ou nem mesmo seja isso que deveria aprender, porém, foi essa sensação e essa preocupação que pude tirar dessa matéria.
O que quero dizer é que quando nos deparamos com uma imagem dessas, nos deparamos também com o nosso imaginário, o que em nossa cultura ou nossa vivência aquela figura se assemelha. Quando que coloco a escrever, logo pensei em escrever em algo que me marcou, nesse caso, o exoesqueleto marcou meu período de faculdade, hoje já quase o fim, no entanto vou sempre lembrar de um exercício esquisito, cansativo e bastante complicado, porém, para mim, muito importante em minha formação.
Poderia dizer mais algumas idéias de significados que me veio à cabeça quando me coloquei a escrever sobre essa imagem, como o corpo escultural e feminino de uma mulher, ou ainda começar a falar do significado do cinto de castidade, ou mesmo falar das mais variadas performances da Madona, porém, nada ficou mais fixo em minha memória que o exoesqueleto.

Beleza é essencial, SIM

TEMA 5
Beleza é essencial, SIM

Vendo essa imagem, penso na busca incessante não só da mulher, mas principalmente dela, pela beleza superficial. Essa busca feita juntamente com todos os aparatos básicos e complexos (como maquiagem, corte de cabelo, malhação, implantes, clareamento dentário, redução do estômago, lipoaspiração, regimes, suplementos alimentares, remoção de pêlos, etc.) que contribui para alcançar o objetivo muitas vezes inalcançável da satisfação com si mesma.
Seria melhor se as pessoas não se preocupassem com essas questões estéticas? Provavelmente não. Primeiro, porque o ser humano sente a necessidade de competir e se prevalecer. Ele se sente melhor quando se destaca dos outros ao seu redor. Além disso, quando nos preocupamos com a vaidade, mesmo que seguindo estereótipos, conseqüentemente criamos uma auto-identidade, uma subjetividade ou uma peculiaridade. A preocupação com a vaidade muitas vezes reflete uma vida saudável. Alimentamos de verduras e outros alimentos saudáveis priorizando questões estéticas, mas que refletem numa boa saúde. Outro benefício causado pela preocupação com a questão estética.
Muitos dizem não se preocupar com a beleza superficial, mas isso é pura mentira. Todos nós escolhemos parceiros primeiramente pela atração estética. Depois, bem depois, que identificamos outras características, que mais tarde se tornam tão importantes, ou até mais importantes que a beleza. Mas como disse, isso acontece bem depois.
Quem é que nunca sentiu uma certa aversão quando um mendigo nos pára pra pedir algo? Agora, imagine se esse mesmo mendigo arrumado segundo os padrões de beleza definido pela sociedade te parasse novamente? Iria sentir a mesma coisa? Claro que não.
Imagine também se todos realmente não se preocupassem com a beleza, será que seria uma situação melhor que a atual? Imagino que não.


Marcelo Patrício

novembro 08, 2008

Tecnologia Irreversivel

Uma das características mais marcantes do nosso tempo é a explicitação da intimidade entre o humano e a maquina. Vivemos rodeados de objetos híbridos, que tornam difícil estabelecer a fronteira entre o natural e o humano, o real e o virtual. É na seqüência das transformações que imaginamos nosso corpo sem às novas tecnologias que se jogam sobre nós com questões sobre as noções de identidade que temos vivido e experimentado muitas delas através de mutações sobre o nosso corpo.
Os meios de comunicação são como extensões do corpo humano, e o mesmo digo das máquinas. As máquinas foram e são criadas como copias das partes do corpo (‘o sistema óptico de um binóculo tenta imitar o sistema visual, as garras de uma escavadora, a mão’) e é exatamente por isso que acabam por se tornar extensões dessas mesmas partes (as ‘lentes’ dos nossos olhos não conseguem ver longe como as do binóculo, a mão não é tão forte quanto a garra da escavadora). Em contato com cada nova extensão, o corpo humano fica dependente dela, como se ela tivesse sempre feito parte dele. O nosso corpo é dependente de todos os equipamentos tecnológicos que o cerca, em diferentes graus de intensidade, logicamente, mas de uma maneira sem volta. Irreversivel é, inclusive, por se tratar da relação entre as tecnologias e a sociedade, ou a cultura (extensões do corpo humano assim como os meios de comunicação e as máquinas). Essa relação nunca causaria um impacto, já que as técnicas são criadas por indivíduos dentro das sociedades.

novembro 07, 2008

Tecnologia, sou seu escravo! Mas quem não é?


Às vezes fico um pouco pasma com o avanço tecnológico mundial e confesso que tento (dentro do possível) acompanhar todo este avanço. Recentemente adquiri um aparelho MP9... Vixe! O que é isso??? Bom simplesmente é um aparelho que tem:

- DualChip (duas operadoras),
- DualMemory,- DualCam com Flash,
- Funciona como WebCam,
- Fotografa,- Filma,
- Reproduz Vídeos e MP3,
- Tv Mobile,
- Rádio FM,
- Grava de voz,
- Grava chamadas telefonicas,
- PenDrive,- Jogos,
- Bluetooth e muito mais...

Ufa... dá até pra cansar! Tem tanta coisa... num aparelho que possui apenas 11,8 cm X 5,6 cm que é de se impressionar. São tantas funções, que me perdi e pasmem... mexi tanto que apaguei toda a minha agenda telefônica...

A prova é o e-mail que enviei para meus contatos:
"Por favor, solicito que me encainhem o número de telefone de contato... deletei toda a minha agenda!" Ghega a ser engraçado.

Num momento que penso em tirar férias para descansar, viajar e desligar o celular... acabo comprando um aparelho que usa chip de duas operadoras simultaneamente!!!!! Não dá nem para entender!!! E olha que ainda está chegando aí a tecnologia 3G. Além de tudo você poderá ser visto quando uma pessoa te ligar.

- Alô? Onde você está??? - Como mentir agora?

Nesta mesma sequência da evolução, vi no jornal uma jaqueta, lançada pela Mizuno, denominada de Jaqueta Solarun... (ver imagem) e que segundo a fabricante, é um produto ecologicamente correto. Ela traz nas costas uma placa que capta energia solar. A energia é armazenada numa bateria, que alimenta um tocador de MP3 alojado num bolso na manga. E não é só isso, além de tudo ainda é possível, conectar-se a celulares com interface Bluetooth. Quando uma ligação entra, explica a fabricante, automaticamente a música é interrompida e o sistema estéreo se transforma em fone de ouvido. (hahahaha.. o que vai ter de gente conversando com sua própria jaqueta).

E mulheres, não fiquem triste... a Mizunbo nem se pensam em criar uma versão que as mulheres também possam vestir.

Estamos realmente ficando escravos da tecnologia.

CORPO+TECNOLOGIA

Para se adequar as demandas da sociedade atual, o homem se vê cada dia mais acompanhado de objetos tecnológicos que ao mesmo tempo o aproxima de outros através do meio virtual e o afasta daqueles que estão fisicamente próximos a ele.

Cada dia que passa, tais objetos passam a fazer parte do nosso corpo. Celular, mp3, lap top, ifone, etc... São como próteses que acoplamos ao nosso corpo e quase não conseguimos viver sem elas. Já acostumamos com seus tamanhos e formas, mas buscamos cada dia inová-las, e conseqüentemente inovar-nos, mudando a cor, a textura e ate mesmo o tamanho e forma, e prosseguindo rumo a novas adaptações.

Estudos a respeito da tecnologia não param. Analises para fazer com que literalmente tais dispositivos façam parte do nosso corpo. O que já é feito em cães. Inserção subcutânea de chip’s que são localizados via satélite. Não esta longe tal acontecimento nos humanos. E o que já estava predito na bíblia a muitos anos atrás está para acontecer. O controle da vida do homem através de um dispositivo inserido na pele do mesmo.

novembro 06, 2008

TEMA 6

"Terceiro colóquio de arquitetura em aço" - interpretações sobre os assuntos abordados.
Postagem até 22.11.2008

Espaço de aprendizagem!

Nos dias de hoje vivemos sempre preocupados com a boa forma física do nosso corpo. Tentando nos adequar a padrões estéticos das revistas, programas de televisão, etc. Com isso, nos esquecemos do corpo no espaço, as sensações vivenciadas por ele.
O corpo é um espaço de aprendizagem, com ele ou nele estamos sempre aprendendo movimentos, comportamentos, instintos, posturas, etc.
O corpo é também movido pelo prazer, buscamos com ele aquilo que nos faz bem, onde encontramos a felicidade.
E não é só isso, a cada dia estamos descobrindo um novo movimento, uma forma de realizar um exercício, novos gestos, expressões e muito mais.
Pare e observe sua mão, por exemplo, faça com ela diversos movimentos e ações diferentes, como pegar um copo, cortar algo, entre outros, você verá que simples gestos, são na verdade grandes gestos.
O corpo não é um objeto para somente ser moldado superficialmente.

novembro 03, 2008

Vaidades

Não sei bem o que esta imagem representa.
O que parece claro é que se trata de um corpo de uma mulher, pela marcação dos seios e útero, e pela silhueta...
Pela roupa, parece uma época em que o corpo da mulher ainda era resguardado de olhares de terceiros.
Seria um aparelho médico antigo? Uma espécie de equipamento de proteção para algum exame? Se sim, um aparelho que protege os órgãos que vão gerar e amamentar uma nova vida?
Só de pensarmos que se trata de uma mulher, várias coisas podem passar por nossas cabeças: os movimentos feministas, as conquistas de espaços na sociedade... ou ainda a forma como esse corpo é exibido hoje... a liberdade e libertinagem que se misturam... a inversão de valores onde queimar um sutiã representa menos uma conquista de direitos e mais uma desculpa para ficar nua... Mas não cabe a mim julgar... quem quer que seja.

O corpo hoje sofre com estigmas e padronizações, onde quem não se encaixa fica a mercê de piadinhas ou apelidos pejorativos. Isso quando essa ou aquela parte do corpo não viram referência né?! [Vai ali do lado daquela gorda...][Conhece a Fulana? Aquela do cabelo sarará?][Você viu por aí a L.? Uma peituda...]... aff...

Mas o que nós [gordas, magrelas, cabelos pixaim, vesgas, sardentas, quatro-olhos, narigudas, baixinhas, orelhas-de-abano, barrigudas, sem peitos, peitudas, feias...] devemos fazer?

Ler manuais da beleza implacável na revista NOVA? Submeter-nos a cirurgias “corretivas” de novos “defeitos”? Ficar trancadas em casa e quebrar todos os espelhos?

Cada uma encontra a solução que lhe convém...

Mas pra mim [independente de minhas vaidades e desejos de mudanças no meu corpo] o que vale mesmo é o que está por dentro... sem duplo sentido.

Que bom seria se uma referência sobre mim fosse “uma simpática, agradável e inteligente”...

Mas simplesmente [e infelizmente] não é!


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Lanara Raone