dezembro 04, 2008

Espaço Urbano

Hoje, vivemos num mundo corrido o que acaba por nos fazer perder muitas informações, digo inclusive visual, pois as cidades, estão sempre em mutação, passando por inúmeras mudanças diariamente, e com nossa percepção falha, não compreendemos o porquê e nem como isso vem acontecendo.
Vamos parar e pensar, o que fizemos hoje? Bom, eu acordei cedo e fui para o estágio, e como sempre peguei o mesmo caminho. Como eu estava com pressa, andei a passos largos e rápidos, percebi algumas vitrines que estavam começando a abrir, mas não parei, continuei até meu destino. Quando deu hora de ir embora, voltei para casa, mas estava faminta e mais uma vez, passei bem rápido e pelo mesmo caminho. Em casa, depois do almoço, me sentei à frente do computador e lá fiquei até a noite, com intervalos pequenos para lanches e banho. Depois, fui me deitar descansar um pouco em frente à televisão, assistir novela, e agora estou a escrever esse texto. Meus dias são assim, rotineiros, se não estou em casa, estou na faculdade, ou resolvendo algum “pepino” do dia-a-dia. Mesmo assim, meus dias não são de todo iguais, afinal, existe o fim de semana, que aproveito para sair, claro, nos meus lugares de costume.

O que quero dizer, é que somos vítimas dessa correria que nos foi imposta, mas também somos culpados por aceitar, afinal, porque eu não poderia variar de caminhos para chegar ao meu estágio, e porque não acordar mais cedo para poder ir com mais calma e observar o espaço em minha volta? E porque sempre sair para os mesmos lugares? Existem sim, inúmeras possibilidades dentro de uma cidade, afinal, o espaço urbano é complexo e cheio de informação, porém, usamos dele só aquilo que precisamos de imediato. Quase sempre passo por praças ou parques e fico com vontade de ir e descansar, mas quando tenho esse tempo, prefiro ir para frente da televisão. E isso, é ridículo, e eu assumo. Ao menos agora, com esse texto e pequeno desabafo, me coloco a tentar mudar.

ESPAÇOS ABANDONADOS

Enquanto se pensa em criar suntuosos edifícios ou “modernas” residências, existe algo que me preocupa: o que se fazer com os espaços esquecidos?
Para mim “espaço esquecido” é aquele que incomoda que chama a atenção por sua ociosidade ou até mesmo por seu abandono. Vários são os exemplos de espaços nesta situação em nossa região...
O que fazer com um edifício vazio, ocioso sempre foi a indagação que me vem à mente quando olho para edificações abandonadas, esquecidas, talvez, pelo próprio tempo, ou por seus proprietários, sem uma utilização específica que pudesse justificar sua execução ou o para que está ali!
Surge assim a idéia de transformar esses espaços em uma área onde a comunidade pudesse explorá-lo, de forma polivalente, ou seja, usufruir um ambiente de várias maneiras de acordo com suas possibilidades ou necessidades da população.
Essa idéia de transformação de um espaço “abandonado” com o máximo de possibilidades de utilização pode ser algo possível de se alcançar. O que atrapalha, muitas vezes, é o falta de interesse ou egoísmo de certos proprietários que não abrem mão de seus espaços ociosos – com certa razão, talvez, em função de leis que poderia fazer com que percam de vez tais espaços. Mas o que incomoda é a existência de tais espaços e muita gente sem ter onde morar, divertir, se socializar e muito mais.
Outras idéias podem até surgir, u até mesmo já existam e estão sendo praticadas; o certo é que devemos nos conscientizar da existência de tais situações e praticarmos um fim mais proveitoso para eles; não que eu seja contra ao surgimento de novos espaços modernos e inovadores, mas sou também a favor de se modificar o que não está sendo producente.

EFEITO DAS LOGOMARCAS

EFEITO DAS LOGOMARCAS
O advento do automóvel transformou o homem pedestre em homem do automóvel provocando um movimento de veículos que forçou a origem de uma arquitetura específica, tanto nas grandes rodovias como nos grandes centros.
À beira das grandes rodovias surgem mega-postos de abastecimento que apropriam da oportunidade do movimento para explorar o comércio, que pode ser do mais variado possível – além do combustível para os veículos, o combustível para sustentar fisicamente o indivíduo – digo isso, pois o que atrai aqueles que passam, muitas vezes em alta velocidade, é aquilo que seus olhos conseguem captar. Daí a importância da logomarca, onde se pode assimilar com puro reflexo o que a imagem quer expressar. Por exemplo, onde se ver uma placa do Mac Donald já se sabe que ali é um lugar de lanches, e por aí vai...
Não é nada diferente nos grandes centros onde a necessidade de atração aos clientes passa por um simples olhar.
Também o crescimento populacional dos centros urbanos forçou uma nova disposição para as fachadas dos edifícios. É necessário atrair quem passa ao seu entorno; ou até mesmo filtrar os clientes que se interessa.
Daí a grande necessidade de um investimento nas fachadas com vidros e iluminação e algo mais atraente que faça o cliente ter uma imagem que fique registrada em seu subconsciente, e que de um modo subliminar chame sua atenção.
Também existe um aspecto que julgo importante: a logomarca que gera o fluxo na cidade. Além dos logotipos que direcionam o trânsito dos automóveis, existem os que direcionam os pedestres: aqueles que estão no asfalto das ruas, como as faixas de transposição, os sinais nos semáforos para ciclistas e pedestres, além daqueles para os veículos, a própria fachada de um edifício que se torna referência para muitos como: “aquela loja perto daquele edifício de granito bege”... E por ai vai a grande contribuição que se pode obter das logomarcas ou simplesmente das marcas que referenciam o dia a dia do sujeito que transita, tanto de carro como de bicicleta ou até mesmo à pé nos grandes centros como também nas grandes rodovias que se avançam cada Vaz mais com a modernidade da comunicação. Se isso é bom, não sei, mas é bom que se torne eterno até que surja algo para substituí-los com eficácia.

dezembro 03, 2008

Logotipo + Arquitetura

Os logotipos e a arquitetura integrados transformam a paisagem das cidades, com suas luzes e cores na maioria das vezes são os maiores poluidores visuais nas cidades. Esta fusão destes dois elementos estabelece uma relação do homem com o espaço, comunicam com imagens que passam a ser reconhecidas como marca.
Um dos melhores exemplos que pode se da sobre a fusão da arquitetura e logotipo relacionada a marca é o exemplo da MC’Donalds, onde a marca é um fetiche, abordando o capitalismo da imagem. A empresa é reconhecida por sua tipografia padronizada com os mesmos desenhos e identificações.
O maior objeto ao se pensar um nome e projetar um ambiente comercial é o de induzir ao consumo, a linguagem textual e espacial são estratégias para o aumento de vendas.

TEMA 7 - ARQUITETURA E LOGOTIPOS

A globalização das cidades trouxe em si benefícios, mas diversas contradições. A busca em atrair o turismo de massa tem impulsionado um crescimento urbano repleto de espaços revitalizados, centros financeiros, museus, áreas de lazer e entretenimento.
Todas as subjetividades existentes em cada país e posteriormente em suas cidades – belezas naturais, cultura, gastronomia, etc. – têm sido exportado para outros lugares através de um modelo que alia arquitetura/logomarca.
São empreendimentos que, em sua maioria nascem objetivando a expansão e posteriormente a transformação em grandes cadeias de lojas, restaurantes, hotéis, etc.
São bilhões de dólares e milhões de turistas - muitos deles ávidos por consumir - disputados por centenas de cidades.
A maneira encontrada para atrair esses consumidores foi fundamentada numa forma de consumo induzido. São outdoors nas estradas, nos edifícios, letreiros digitais e grandes fachadas digitalizadas. Qualquer cidade agora tentar mostrar que é capaz de fazer você sentir a experiência de se comer sushi em tokyo, em restaurantes temáticos, com sushimens de “olhos puxados” e toda a parafernália necessária para tornar o mais “real” possível essa vivência.
São redes de comida mexicana, comida árabe, hotéis italianos, spas gregos, condomínios art nouveu. Lojas Banana Republic com sua arquitetura replicada em qualquer lugar ignoram a cultura local e banalizam a experiência do espaço urbano desconhecido.
O espaço fragmentado, esteticamente violado pelos usuários, influenciado por uma cultura local que não se adéqua aos padrões globalizados e posteriormente incapazes de atrair as grandes corporações é tido como degradado, e visto como hostil aos forasteiros.
A cidade não se configura mais pelas vivências e necessidades subjetivas de seus habitantes, mas se constrói/destrói em função de um modelo de mercado que vende mais.
Não obstante, nos vemos como indivíduos onde a identidade é coletiva, comandada por logos e marcas, onde cada um é o que compra/consome. Habitantes de uma cidade definida por padrões comportamentais mundiais de quase obrigatoriedade, absorvendo uma arquitetura tematizada, e banalizada que tenta nos vender falsas relações sociais e espaciais.

Giselle Leonel

O que será de nós?

O curso de Arquitetura e Urbanismo nos fornecem informações e ensinamentos para que possamos entender o funcionamento de uma construção, saber a finalidade de cada ambiente, e estudar de forma a favorecer o edifício as formas de fachada, permitindo melhor uso de iluminação e ventilação, porém, fazer isso pensando em uma harmonia entre exterior e interior da construção. A fachada de um edifício possui extrema importância, já que é nela que é refletida a intenção de um arquiteto em seu projeto. A partir dela que somos identificados.
Entretanto, a arquitetura está perdendo lugar ao consumismo absurdo das cidades, a valorização excessiva da informação de novas marcas e propagandas. As grandes fachadas são substituídas por banners gigantes, e letreiros luminosos, onde a arquitetura vira somente uma base de apoio a essas marcas e logotipos extra dimensionados.
Não sei se existe, na altura no campeonato, uma forma de mudar essa situação, pois, já não possuímos como arquiteto, controle sobre essas situações, a não ser, que a partir de agora passemos a projetar pensando onde poderia deixar essas propagandas de “extrema importância para a sociedade”, de uma maneira a não prejudicar nosso projeto, mas afirmo, é revoltante imaginar que teremos que nos adaptar a isso e fazer de nosso projeto, nosso estudo, uma forma mais bonitinha de onde será colocada a “Coca - Cola”.

dezembro 02, 2008

Tema Extra . Perigos, tombos e esperança


Ensaio: Roberto Pompeu de Toledo
Perigos, tombos e esperança

O significado das lajes, em vez detelhados, sobre as casas – um traço típico das moradias brasileiras


Esta é uma história que começa com pessoas desabando do topo de suas casas e termina com uma interpretação do Brasil. O médico Sérgio Branco Soares Jr., recém-formado pela Universidade Federal Fluminense, deparou com um fenômeno que o intrigava quando começou a trabalhar, em meados da década de 80, no hospital Antônio Pedro, voltado para a população pobre de Niterói: pacientes vitimados por tombos do alto das lajes de suas casinhas constituíam um caso dolorosamente rotineiro. Sérgio Branco ganhou uma bolsa para estudar neurocirurgia em Osaka, no Japão, e a permanência por aquelas bandas, que era para durar um par de anos, prolongou-se por uma década. Retornou ao Brasil em 1999. Foi então trabalhar em São Paulo, de novo numa área pobre, e o fenômeno voltou a espantá-lo, agora com redobrada força: as pessoas não só continuavam a despencar das lajes, mas a freqüência com que o faziam era maior.
A casa coberta por uma laje, em lugar de telhado, é uma manifestação tão típica da arquitetura brasileira de moradia quanto os iglus cobertos de gelo na arquitetura dos esquimós. Nos bairros pobres ou favelas, a laje é universalmente preferida a outro tipo de cobertura. Casas em forma de caixote, com as paredes de blocos aparentes – eis a visão dominante nas áreas mais populosas das cidades brasileiras. As casas-caixotes, muitas vezes encarapitadas nas encostas de morros, sempre espremidas umas junto às outras, não sugerem, ao gosto convencional, a mesma elegância de casas arrematadas com as alternativas angulosas das coberturas de telhas. Mas, com boa vontade, pode-se olhar para a Rocinha, no Rio de Janeiro, e concluir que não se trata propriamente de falta de estética, e sim de uma outra estética.
Por que as pessoas caem das lajes? Sérgio Branco pôs-se a pesquisar o assunto. Para começar, é preciso ter em mente o princípio de que a laje não é um pedaço morto da casa, ao qual não se tem acesso, como os telhados. É uma área de serviço e de lazer. As mulheres estendem roupa lá em cima. As crianças brincam. Os jovens se estendem ao sol ou namoram. No fim de semana, o churrasco é lá. Enquanto brincam, as crianças podem dar um passo em falso e despencar. Nos fins de semana, depois de uns tantos copos de cerveja, os adultos estarão propensos a perder o equilíbrio. Sérgio Branco, que hoje comanda o departamento de neurocirurgia do hospital municipal de Ermelino Matarazzo, na periferia de São Paulo, conta de um a três casos diários de tombo de laje. Se o número aumentou com relação à década de 80, quando ele começou a atentar para o problema, não é apenas por estar em São Paulo, onde a população é maior. É também por ter crescido por todo o país, nesse intervalo, a opção pelas coberturas de laje.
Há dois anos e meio, Sérgio Branco criou o Projeto Laje. Para esse médico insatisfeito com o comercialismo da medicina de hoje, e convencido da dignidade do serviço público, foi uma oportunidade não só de atacar um problema, mas de mergulhar na realidade das comunidades atendidas pelo hospital onde trabalha, algo que considera fundamental para o desempenho de suas funções. O projeto começou com palestras de conscientização e desdobrou-se em duas outras vertentes: mutirões para construir muretas de proteção nas lajes e trabalhos para a reinserção social das vítimas graves de quedas. As palestras no começo ocorriam no hospital e reuniam de 100 a 150 pessoas. Depois passaram a ser feitas também em escolas, igrejas e centros comunitários, e chegaram a atrair até 400 ouvintes.
A mais singela providência de prevenção à queda de lajes é a construção de muretas. Dos mutirões para esse fim participa o próprio Sérgio Branco, e não custa nada para o beneficiário, mas mesmo assim a medida encontra resistência. "Por que construir isso se vamos destruir depois?", perguntam os moradores. É que, para entender a laje, é preciso ter em conta que ela embute um sonho. As famílias imaginam que, um dia, construirão sobre ela mais um pavimento. É por isso, mais que por outro motivo, que preferem esse tipo de cobertura. Trata-se de uma afirmação de esperança. Confia-se que, um dia, a família conseguirá bancar a expansão do espaço residencial. Os mais propensos a concordar em erguer as muretas são aqueles em cujas casas já ocorreram acidentes.
A interpretação do Brasil que decorre do estudo da laje tem início com as comparações que Sérgio Branco faz com outros países. No Japão, assim como na Europa e nos Estados Unidos, não há construções desse tipo. Os países ricos as dispensam de suas paisagens. Na África também não há. Ali, ainda se está na fase do barraco de madeira. Cobertura de laje existe em outros países da América do Sul, na Índia e no Sudeste Asiático, regiões em estágio similar ao do Brasil. Economistas distinguem na história dos países as fases dos produtos primários, da substituição de importações, da industrialização etc. As observações de Sérgio Branco conduzem a critério diferente. O Brasil, por elas, se encontra na fase da laje.


Arquitetura, Cartão Postal?

Nada ao acaso! Assim é a cidade contemporânea! De um lugar de convívio e enfrentamento das diferenças, a cidade atual passou a ser palco de ações pré-concebidas. Tudo é pré-programado, e pensado de maneira a gerar sempre as mesmas situações monótonas no espaço arquitetônico estático.
A maioria das grandes metrópoles mundiais – New York, Xangai, São Paulo, Tokyo, Londres, etc. -, ou cidades que aspiram a ser grandes aglomerados urbanos - Dubai, Abu Dhabi, Doha, etc. -, têm buscado homogeneizar o espaço cidade através de uma “arquitetura perfeita”.
Edifícios cada vez mais altos, shoppings cada vez maiores, jogos de luz nos skylines, áreas verdes intactas com plantas imóveis ao tempo, museificadas. Espaço para comprar, para andar, para jogar, para conversar; tudo é concebido para gerar uma determinada ação em um local específico.
Nesse processo de maquiar as cidades globalizadas, a arquitetura aparece na forma de grandes espaços expositivos, tanto de eventos, como da própria arquitetura em si; uma arquitetura cartão postal.
A revitalização de espaços ferroviários, favelas, áreas industriais degradadas, lotes vagos, etc., não se fundamentam no intuito de melhorar esses espaços para a participação da população.
Em geral os espaços são concebidos visando a especulação imobiliária e o turismo de massa. O que sobra para o morador - que não vivenciou nem interveio nesse processo de mudança – é uma área capitalista de espaços semi-públicos e uma arquitetura hostil, estranha e pouco convidativa.
Em suma, a preocupação por um edifício marcante, uma arquitetura que se sobressaia ao resto do mundo, alardeando-se por si mesma e suprimindo o espaço onde está inserida – já que a cidade com suas subjetividades não é vista mais como capaz de atrair as pessoas – exaltada pela estética sublime de vidros altamente reflexivos e limpos, centros financeiros capazes de conter em si, toda a estrutura necessária à vida capitalista, colocou em segundo plano as relações sociais, transformando os indivíduos em meros contempladores de um espaço cenográfico.
Giselle Leonel

dezembro 01, 2008

Tema 7 - Por onde anda a criatividade?


Nem sempre o que é visualmente atraente é necessariamente funcional.
Os edifícios envidraçados que se espalham pelas metrópoles do mundo, surgiram em decorrência da crise do petróleo que provocou um problema energético sem precedente no mundo.
Passou-se a construir então, edifícios mais fechados com o intuito de economizar energia (mantendo a circulação e a refrigeração do ar exigiria menor consumo em países de clima frio)
No Brasil alguns profissionais passaram a construir e a projetar neste padrão pelo apelo estético, no entanto esqueceram que construções desse tipo trariam sérios problemas para a saúde dos usuários a chamada sed (síndrome dos edifícios doentes) ambientes fechados, contaminados.
Outro problema muito comum no Brasil e a não valorização do profissional do ramo.
As pessoas quando querem reformar ou construir,compram revistas focadas no assunto e “ adéquam “ seu projetos.esquecendo –se no entanto das peculiaridades topográficas,iluminação,acústica,impacto ambiental,etc.
O que acontece neste caso é que por trás dessa pseudo / economia vem um preço a ser cobrado depois.

Tema Extra: Segredos da iluminação



Com o advento da luz elétrica, a iluminação artificial alavancou a edificação moderna e possibilitou a implantação de programas arquitetônicos mais complexos, modificando seu caráter. Desta forma a planta ficou mais livre e os espaços mais profundos. Nota-se desde o início, a intenção de estabelecer uma comunicação entre o interior de uma determinada construção com o seu meio externo. Esta comunicação pode ser chamada, grotescamente, de buracos (janelas).
Tímidas, visto que antigamente as janelas não eram proporcionais ao corpo do edifício, com o decorrer do tempo esta abertura se alargou na intenção de criar um cenário (vitrais góticos).
O tempo passa, surge o renascimento e desperta o homem para a racionalidade / ciência. Com o tempo, esta racionalidade o levará para o desenvolvimento da técnica que impulsionada pela revolução industrial, faz surgir a iluminação artificial. Esta se une às inovações da arquitetura da engenharia (prédios altíssimos, esqueletos de ferro / aço, grandes vãos livres) e faz surgir aberturas “sem limites”, uma verdadeira negação ao escuro.
A supervalorização da iluminação artificial gera um ofuscamento na iluminação natural. A arquitetura sente-se perdida neste meio de apurada técnica (com os problemas oriundos desta) e vai em busca de referência outrora vivenciadas.

“Faz-se necessário e urgente incorporar emblematicamente a tecnologia (iluminação) à atividade arquitetônica em todos os seus aspectos.”

Nos dias de hoje, como é de extrema importância controlar o consumo energético, voltamos ao passado, procurando formas de iluminar os espaços priorizando a iluminação natural, mesmo considerando que a iluminação artificial seja um aspecto muito importante para imprimir o caráter desejado em um edifício. Enfim, gerenciar o sistema de iluminação escolhido, controlar o consumo energético, sem deixar de lado o conforto ambiental são novos desafios.

Tema 7 (Grafite: Vandalismo ou Arte)



A arte do grafite hoje é considerada uma forma de manifestação artística em espaços públicos. E quem diria que é uma das produções artísticas mais antigas deixadas pelo homem através dos tempos. As pinturas rupestres, são os primeiros exemplos de grafite que encontramos na história da arte. Elas representam animais, caçadores e símbolos, considerados até hoje enigmas para os estudiosos do assunto.

Mas foi a partir da década de 1970, em Nova York que surgiram suas primeiras aparições modernas. Alguns jovens começaram a deixar suas marcas, sejam de gangues ou pessoais nas paredes da cidade e algum tempo depois essas marcas evoluíram com técnicas e desenhos.

Segundo alguns estudiosos o grafite está ligado diretamente a vários movimentos, em especial ao Hip Hop. Para esse movimento, o grafite é a forma de expressar toda a opressão que a humanidade vive, principalmente os menos favorecidos, ou seja, o grafite reflete a realidade das ruas.

O grafite foi introduzido no Brasil no final da década de 1970, em São Paulo. Os brasileiros por sua vez não se contentaram com o grafite norte-americano, então começaram a incrementar a arte com um toque brasileiro, o estilo do grafite brasileiro é reconhecido entre os melhores de todo o mundo. Muitas polêmicas giram em torno desse movimento artístico, pois de um lado o grafite é desempenhado com qualidade artística, e do outro não passa de poluição visual e vandalismo. A pichação ou vandalismo é caracterizado pelo ato de escrever em muros, edifícios, monumentos e vias públicas.

De tão popular entre jovens, o grafite é alvo de políticas de ONGs e de Prefeituras. Como exemplo cito trecho de uma entrevista com Alexandre Youssef, da Coordenadoria da Juventude da Prefeitura Municipal de São Paulo: "O grafite reproduz o problema de linguagem que o jovem tem com a sociedade. É ousado por parte do governo reconhecer como arte algo que foi tão perseguido pela polícia. Já fizemos até cursos para a Guarda Municipal explicando as diferenças entre pichação e grafite".

Ainda assim, há muito preconceito em torno do grafite. "Se digo para alguém que sou grafiteiro, a pessoa já me olha estranho, não tem jeito. Mas o grafite já está até na publicidade. Tudo está fora de controle e a cidade está aí para todo mundo usar ", revela o grafiteiro Marllus, de São Paulo.


Referências:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u92041.shtml

Tema livre (ESPAÇO)

Ao se discutir a questão do espaço (do espaço social, do espaço público) deve-se repensar a visão que se tem do que é público e do que é privado, levando-se em conta que os espaços públicos são cada vez mais restritos e que isto tem íntima relação com a qualidade de vida especialmente nas áreas urbanas em que os espaços públicos (que é meu e que é seu: é nosso) se transformam em "moradias" , "escolas", "locais de comércio", "templos religiosos".... , em ritmo bastante acelerado.
O espaço de cada um, de cada grupo social assume uma feição singular, cada qual com os seus significados: são pessoas, atividades e histórias iguais e diferentes, desigualdade e contradições que, numa combinação ímpar constitui os "espaços da gente".
Nos dias de hoje, nós não olhamos quem está ao nosso lado, desrespeitamos o espaço do outro, com isso não enxergamos o potencial muitas vezes explícito em uma determinada pessoa. E cada pessoa é dotada de potencialidades sim, mesmo que ela não se “encaixe” em nenhum grupo pré-determinado, ainda assim é capaz de se mostrar e de defender “seu espaço”.
Pertencer a um lugar, grupo ou a um espaço passa por um limite flexível, posso fazer parte de um lugar ou não lugar só pela minha relação com ele, mas esta relação não responde sozinha a minha posição quanto a este espaço.
Qual é o espaço de cada pessoa?
Onde começa o espaço de um, e termina o de outro?
Como estabelecer estas diferenças?
O que fazer quando alguém desrespeita estes limites?
Vale a pena tomar atitudes decisivas, definidas, fortes?
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Rodolfo Godoy Torres

Tema 7

A cada dia que passa, mais nos vemos presos a determinados "estilos de vida".
São raras as pessoas que não querem possuir roupas, sapatos, carros e até mesmo casas "da moda".
Quem não gostaria de calçar um Nike, ou andar num Honda Civic e morar numa casa projetado pelo Oscar Niemeyer?
Eu me considerava bem desligado a este tipo de coisa, mas mesmo assim meu tênis é Adidas, meu sonho é comprar
um Honda civic, não desmerecendo o Oscar Niemeyer, mas adoraria morar em um lugar projetado pelo Rem Koolhaas.
Por isso e por outras coisinhas mais que eu me considerava desligado, mas não mais porque eu quero o que quase todos querem. Comer beber vestir... tudo do bom e do melhor.
Certo que muitos usam essas marcas como garantia de um bom produto, mas a grande maioria usa porque o Ronaldinho usa. Bebe porque a Juliana paz bebe.
Por isso vou me despedindo desse texto pois estou desligando meu SONY VAIO e indo fumar um HOLLYWOOD "porque hollywood é o sabor do sucesso" vou tomar uma COCA COLA e "viver o lado bom da vida" e depois comer um Big Mac (Mc Donald) porque eu "amo muito tudo isso".
RODOLFO GODOY TORRES