setembro 21, 2006

O indivíduo coletivo

Essas habitações repetidas como um copy do AutoCad, não possuem o mínimo de qualidade que uma moradia deve ter, pois não são pensadas em um indivíduo e as suas necessidades, mas sim no coletivo. São espaços contínuos e indiferenciados, desconhecidos da maior parte da população brasileira, que se localizam e se identificam com as ruas, as praças e a cidades. Estes espaços coletivos exteriores dos conjuntos se contrapõem aos espaços privados das unidades habitacionais e aos espaços públicos abertos à população de todas as cidades.
Esses conjuntos habitacionais são espaços que nem mesmo nós arquitetos, teríamos a capacidade de resolver os problemas existentes, devido a vários fatores, pois como sabemos não são apenas problemas relacionados a qualidade espacial, mas também a problemas econômicos (insere só a população de baixa renda), sociais (presente na cidade informal, como forma de “legalização” de invasão) e políticos (maneira que os políticos encontram para conseguir votos).
Uma casa, por menor ou pior que seja é o sonho de milhares de brasileiros, mas nem sempre é assim, muitos vivem de ganhar e vender suas casas e outros nem a desejam tanto, pois sabem que serão transferidas para um bairro completamente novo, sem infra-estrutura mínima (água, luz e esgoto), e serão retirados do seu cotidiano, preferindo continuar morando em condições piores (em baixo de pontes, viadutos e até nas ruas), do que se deslocarem para um lugar completamente diferente.
Talvez eu possa estar sendo bem negativa, mas eu enxergo esta situação desta maneira. Sei que existem conjuntos habitacionais melhores que este, que proporcionam qualidade de vida aos moradores, por possuir habitações maiores com áreas externas melhores, que possibilitam que se faça até o famoso “puxadinho”. Num todo, a habitação popular é uma forma de tentar melhorar a vida de muitas pessoas, mas para isso deveriam pensar no projeto (que não existe) para o indivíduo e não para o coletivo.

Roberta Grillo





Observação: Esse texto é de Roberta Grillo. Ela não conseguiu acessar o blogger através da senha que possui.

Do singular para o plural sem essência

Tudo bem que fazer habitação popular para a classe baixa tem que ser levado em consideração o básico, ter um preço acessível e etc e tal, mas ficar na "mesmice" é uma tamanha falta de ética! Sei que há vários condicionantes como a política, o social, o financeiro e o produtivo que definem as características da habitação popular, mas o condicionante que mais pode influenciar e propor alterações nessa deficiência é o arquiteto juntamente com outros profissionais do ramo. Isso porque ele está mais apto a criar soluções para se ter uma melhor adequação na maneira de como se habitar e conviver bem, pois tem conhecimento de sobra pra essa finalidade, só basta por em prática de forma eficiente. Mas o problema é que raramente o arquiteto está participando de tais projetos habitacionais já que um outro profissional pode muito bem fazê-lo, pois este irá apenas atender as exigências do órgão responsável por tal, seguindo a risca o fator primordial que é o "baixo custo" das obras e nem se quer irá pensar em mudar a "metodologia" utilizada há anos. Digo isso porque tal método atende as prioridades básicas de um planejamento habitacional que é simplesmente fazer o "saneamento básico" e a "casinha barata", pois é o máximo que o governo pode oferecer aos que necessitam de moradias e que irão obtê-las por meio de financiamento, por isso que o preço a ser gasto nesse tipo de construção deve estar acessível para ambas as partes.
Mas pensando bem, tudo pode se tornar possível a partir do momento que alguém tomar a iniciativa de mudar tal método já ultrapassado. Mas quem se atreve? Não é difícil criar moradias funcionais com preço minimizado em um curto prazo de execução, é difícil se atrever, pois não depende somente do profissional que desenha e pensa tal projeto e sim de órgãos superiores que participam com o mais importante que é a "verba" e sabemos que raramente irão aceitar façanhas com medo de obter gastos além do que já reservam para tal.
Sei que tiveram raríssimos profissionais que se atreveram e obteram bons resultados na questão da moradia social, sei também que planejamento habitacional tem seus pragmatismos e as questões urbanísticas a serem pensadas, mas se tentar ao menos projetar espaços habitacionais essenciais para todos os que irão utilizar tanto no individual quanto no coletivo num mínimo custo possível depende da boa análise e prática dos profissionais de construção.
Penso que a falta de atitude de todos os que participam de programas de moradia social gera esse atrofiamento que permanece constante.

Tricô

N.º de pontos divisível por 19, mais as bordas.
1ª e 2ª carr.: M
3ª carr.: * 1M, 2LAÇ, 2PJT pegando-os por trás, 13M, 2PJT, 2LAÇ, 1M*
4ª carr.: * 1M, 2p. nas laçs {1M, 1T}, 15M, 2p. nas laçs {1T, 1M}, 1M*
5ª carr.: M
6ª carr.: M
7ª carr.: *1M, (2LAÇ, 2PJT pegando por trás, 2vezes), 11M, (2PJT, 2LAÇ , 2 vezes ), 1M
8ª carr.: * (1M, 2p.nas laçs {1M, 1T} 2 vezes), 13M, (2p.nas laçs {1T, 1M}, 1M, 2 vezes).
9ª carr.: M
10ª carr.: 6M, (2LAÇ, 1M, 14 vezes), 5M.*
11ª carr.: * 1M, (2 laç, 2PJT pegados por trás, 2 vezes), 2laçs. Alongar os 15 pontos seguintes, deixando cair todas as laçs que se encontram nos intervalos e tricotá-los todo juntos em T. (2LAÇ, 2PJT pegados por trás, 2vezes), 2LAÇ, 1M*12ª carr.: *(1M, 2P nas laçs {1T,1M}3vezes), 1M, (2P nas laçs {1M,1T},1M, 3vezes)*
Abreviações:
M - meia
T - tricô
LAÇ - laçada
2PJT - 2 pontos juntos em tricô


Cada ponto depende de outro. E assim vai.
Cada casa de ponto depende da outra. E assim vai.
Até no tricô se depende do outro, projeta-se antes de se fazer uma blusa ou o que for. O cuidado com a confecção e a maneira paciente com que se tece são de disciplina invejável a quem passa por ali. E não se busca a beleza de quem vê, a idéia se veste como camisa, abriga o corpo.
A arquitetura não tece malha, rejeita o corpo e discrimina cada casa (que hoje se chama habitação) como habitat de um ser assentimental ...
“O que é urbano? A sensação de um todo, de todo um ou de apenas um? Vendo essas grandes diagramações de interesse e influência, pensamos se uma cara exposta é arquitetura. Se uma palavra em meio de propagação é única. Vendo e disparando contra as intenções de que arquitetura é comunicação de massa, buscamos a arquitetura como indivíduo sozinho. Isso, aquele ali, que você não vê. A arquitetura dos arquitetos que vemos é pálida, seca, promiscuamente sem graça. Arquitetura de gente que vive o lugar é sensivel, graciosamente lógica, sendo capaz de intervir com pensamentos secos de aparências, mas de tênues sentimentos de que aquele local é seu. O arquiteto passa por um projeto sendo que o morador passa por uma vida contínua e sem nenhuma premiação por méritos desmerecidos. O cara ali, que passa de bicicleta é apenas uma das maneiras do arquiteto colocá-lo no meio de um emaranhado de idéias fantásticas do grande arquiteto mestre. E se o cara que passa ali for o arquiteto? Se ele quiser que as idéias simples prevaleçam? Se o cara que não é mestre quiser apenas um meio fio e não um mundo diferente? E se o cara for sentimentado e não sedimentado por idéias de um programa? A arquitetura se perde tentando se achar e esquecendo que o mundo não é feito de construções e sim se construindo o indivíduo como cidadão.” (do mesmo autor deste, retirado de uma semana integrada)

Poderia até falar sobre assentamento humano, que por sinal substituiu não ocasionalmente o jargão político “conjunto habitacional”, mas ainda sim diria coisas que já se ouviu por aí. Exclusão social é outra ironia da arquitetura. Faz-se filosofia, muda-se o rumo do discurso, mas no final das vertentes um político cretino constrói. A arquitetura ainda descobre o homem como conformador espacial de uma realidade que atravessa os espaços físicos da sua residência e habita também a casa do vizinho. As relações são discretas e mesmo assim o tratado (leia-se como ordem de lei ou até mesmo do verbo tratar) produz sensações mais honestas do que aquela arquitetura ali.
Deveríamos sim tecer um belo tricô e esquecer a arquitetura.
Ah! Detalhe que já que arquitetura está se transformando em uma fórmula padrão, ressalto que se funcionar será bem vindo! Caso não funcione, a receita de tricotar acima: eu garanto!

Problema de todos

No Brasil o déficit habitacional é muito grande, mas o caos desse tipo de construção não se justifica. O que mais peca na desigualdade social é a falta de zelo com que a mesma é tratada, pois a má qualidade desse tipo de habitação esta mais relacionado aos profissionais da área de construção que se limitam apenas a executar as normas impostas pelos políticos , sem se preocuparem em levantar questões de qualidades e legitimidade.Cabe a nós profissionais investigar questões sociais mais intensamente e intensificar essa investigação de forma a fazer que os políticos e construtores envolvidos possam dar uma mínima melhora em cada habitação social.
Sei que não será uma batalha fácil, mas se alguém der o primeiro passo os outros passos virão atrás. O que não pode é ficar atrás de nossas mesas acadêmicas ou de trabalho apenas vendo essa situação acontecer a cada ano mais e de pior forma, a exemplo disto temos ai no mercado da construção civil profissionais de alta bagagem se incorporando com grandes empresas e desenvolvendo kit’s construtivos sociais que são na verdade, uma forma de vender o caos da habitação social com um lacre ou embalagem mais bonitinha, porque a coisa continua sendo limitada e pouco representativa com lugar apropriado ou identificação para se morar com dignidade.
A questão é muito mais complexa do que parece criticar sim é muito fácil, agir sem ganhos, ninguém se manifesta, porque, aqui no Brasil existe certa tendência da maioria a não se preocupar com os problemas dos outros, só se passa a olhar o problema quando ele faz parte da sua vida, ou seja, somos uma sociedade de medíocres e hipócritas que só se preocupa consigo, é não percebe que é a coletividade de idéias é que faz a diferença para as grandes mudanças.

Novos Arranjos

Desde os primórdios que o homem vem procurando meios para se proteger das intempéries, com o passar do tempo foi se formando o conceito de casa, de um lugar para habitar atendendo as necessidades básicas do homem, para muitos o projeto de uma casa parece simples e pode sim ser simples e possuir espaços mínimos, o que não impede que haja um pouco de engenhosidade e conforto para os usuários, o que também não implica em um alto custo.
Existem por ai muitos projetos habitacionais, na busca de tentar solucionar o problema da falta de moradia, e o arquiteto está ai para dar a sua contribuição. A questão é que pelo fato de serem habitações para população de baixa renda e necessitar muitas vezes de uma construção de baixo custo e de rápida execução, muitos profissionais acabam deixando de lado alguns fatores importes, como pensar em espaços que possam promover uma melhor qualidade de vida para as pessoas e que vão além da funcionalidade, assim acabam, produzindo uma arquitetura modernista, construção em séria, mas esse nem é o fato mais agravante, pois por mais que as habitações sejam fisicamente iguais, cada morador vai dar a sua identidade ao local, adquirindo uma espacialidade diferenciada no interior de suas casas, vão modificando e adaptando os espaços de acordo com suas vontades e necessidades.
O fato agravante é que esses conjuntos habitacionais em sua maioria além de produzir casas em série, não estão muitos preocupados com a qualidade espacial e ambiental, fatores que afetam diretamente na qualidade de vida das pessoas, apenas uma boa infra-estrutura básica, não é o suficiente, é preciso ir além, é onde entra o papel do arquiteto. Cabe a esses profissionais, mudar esse estereotipo, ao qual estamos acostumados com relação aos conjuntos habitacionais, é preciso pensar na questão urbanística e ambiental, propor novos arranjos de moradias, espaços que promovam as relações de vizinhança, espaços para comunidade onde possam ter acesso ao lazer e a cultura, se não há como produzir casas pensando individualmente, que haja pelo menos programas capazes de beneficiar o individuo.

Novos Arranjos

Desde os primórdios que o homem vem procurando meios para se proteger das intempéries, com o passar do tempo foi se formando o conceito de casa, de um lugar para habitar atendendo as necessidades básicas do homem, para muitos o projeto de uma casa parece simples e pode sim ser simples e possuir espaços mínimos, o que não impede que haja um pouco de engenhosidade e conforto para os usuários, o que também não implica em um alto custo.
Existem por ai muitos projetos habitacionais, na busca de tentar solucionar o problema da falta de moradia, e o arquiteto está ai para dar a sua contribuição. A questão é que pelo fato de serem habitações para população de baixa renda e necessitar muitas vezes de uma construção de baixo custo e de rápida execução, muitos profissionais acabam deixando de lado alguns fatores importes, como pensar em espaços que possam promover uma melhor qualidade de vida para as pessoas e que vão além da funcionalidade, assim acabam, produzindo uma arquitetura modernista, construção em séria, mas esse nem é o fato mais agravante, pois por mais que as habitações sejam fisicamente iguais, cada morador vai dar a sua identidade ao local, adquirindo uma espacialidade diferenciada no interior de suas casas, vão modificando e adaptando os espaços de acordo com suas vontades e necessidades.
O fato agravante é que esses conjuntos habitacionais em sua maioria além de produzir casas em série, não estão muitos preocupados com a qualidade espacial e ambiental, fatores que afetam diretamente na qualidade de vida das pessoas, apenas uma boa infra-estrutura básica, não é o suficiente, é preciso ir além, é onde entra o papel do arquiteto. Cabe a esses profissionais, mudar esse estereotipo, ao qual estamos acostumados com relação aos conjuntos habitacionais, é preciso pensar na questão urbanística e ambiental, propor novos arranjos de moradias, espaços que promovam as relações de vizinhança, espaços para comunidade onde possam ter acesso ao lazer e a cultura, se não há como produzir casas pensando individualmente, que haja pelo menos programas capazes de beneficiar o individuo.

setembro 20, 2006

Procuramos identidade?

Se você morasse nesse local qual referência você daria para identificar sua casa?
Muitos dizem ser esse um problema que existe no nosso país, mas qual problema que não existe?

Esse é o resultado de uma indenização que pessoas da classe baixa recebem para (na maioria das vezes) desocupar áreas onde estão habitando, que correspondem à áreas de risco e/ou de interesse público.

Ganhar casa novinha e bonitinha, não significa satisfazer o desejo do morador. Mas porque o “poder público” estaria preocupado com isso? Não importa o lugar onde a pessoa vive, suas práticas e atividades, o que importa é criar um espaço físico que vai abrigá-la; ter tratamento de água e esgoto, luz, rua asfaltada, entre outros, assim é como os políticos pensam e ainda enfatizam em suas campanhas políticas.

Mas não acho que esse é um defeito só por parte dos políticos, mas também da própria população que se acomoda e não vai em busca dos seus propósitos, a falta de interesse por informações leva-as a serem enganadas. Por isso os problemas sempre existirão, as pessoas sempre reclamam mas não fazem nada pra mudar a situação.

E o arquiteto? Onde entra nessa história? Hoje existem muitos estudos sobre o “habitar” e muitos sobre habitação popular. Arquitetos buscam refletir sobre esse situação e como poderia ser diferente, pesquisam, estudam os usuários, seu cotidiano, mas na maioria das vezes não passam de estudos, não saem do papel. E isso não é falta de vontade, vivemos uma realidade onde uma boa solução muitas vezes não é adotada. Não é tão simples assim o arquiteto resolver essa situação, afinal todos sabemos que não depende somente do arquiteto ou do desejo de um morador, existe uma série de pessoas envolvidas, pessoas essas que tem o poder mas que não tem planejamento, não entende nada do assunto e que está ocupando esse cargo porque nós colocamos elas “lá” não é mesmo?


Habitação Social

O problema habitacional é uma questão antiga e que foi evidenciado no auge da revolução industrial pela precariedade em que viviam os trabalhadores naquela época.
No Brasil, o déficit habitacional urbano, quantitativo, esbarra nos 5,4 milhões de unidades.*
No que se refere à construção de habitações sociais para a população de baixa renda, aspectos relacionados a custo, social e ambiental devem ser considerados.
Geralmente as habitações sociais implantadas no país apresentam qualidade arquitetônica baixa (ambiental e construtiva) e qualidade urbana mínima, justificadas pela falta de recursos do poder público, o que obriga os moradores a buscar alternativas de autoconstrução (os famosos puxadinhos) e de informalidade.
A precariedade e simplicidade das propostas implantadas mostram o despreparo dos arquitetos urbanistas e outros profissionais que atuam na área pública, privada e comunitária, quando estes estão presentes na obra.
Além desses fatores, o setor da construção civil no país é o que apresenta um dos menores índices de produtividade e conta com o agravante de possuir um enorme contingente de mão de obra desqualificada, o que, aliado às práticas inflacionárias e culturais, desencadeiam processos geridos pelo acaso e, às vezes, sob algum tipo de estimativa, mas nada que se aproxime de um planejamento considerado ideal.
O papel do arquiteto urbanista é de organizar o processo de construção do ambiente e isso torna-se mais importante que o projeto ou a direção de obra. O profissional, além de compreender o modo de vida dos usuários e suas relações sociais, precisa também conhecer o processo produtivo do ambiente assim como a sua dinâmica.
Com base nesses fatores e no que temos acesso hoje em nosso país, podemos concluir que uma articulação entre setor privado, público, profissionais qualificados e os usuários seria a melhor saída para produzir a eficácia social e a eficácia organizativa do processo de provisão habitacional.
É preciso perceber que a unidade habitacional relaciona-se de forma econômica e social com o meio urbano, e que a criação e o desenvolvimento de habitações com qualidade, atenderão às expectativas e necessidades individuais e coletivas de milhões de pessoas.

* Dados extraídos do Déficit Habitacional no Brasil/2000, elaborado pela Fundação João Pinheiro, BH, 2001

Novo jeito de pensar!!!

Arquitetura popular demonstra forma genérica de representação. Após carta de Atenas em 1933 que foi protocolado no 4º Congresso Internacional de Arquitetura Moderna (CIAM), por teoria de Lê Corbusier, ao pensar que cidade é só uma parte de um conjunto econômico, social e político que constitui a região.
Formas simples compõem o recorte territorial administrativo das cidades que torna-se arbitrário desde o início ou pode ter vindo a sê-lo posteriormente, quando, em decorrência de seu crescimento, a aglomeração principal uniu-se a outras comunidades e depois as englobou, mesmo que seja para representar uma comunidade operária ou aglomerados de miseráveis. As zonas vitais destes estabelecimentos só serão possíveis devido vias de ligações de trocas e a zonas particulares.
O problema urbanístico se incorpora pela tradição dos elementos construtivos da região, traçado geométrico, curvas e morros, assim sendo, o plano da cidade é só um dos elementos do todo constituído pelo plano regional. Uma aglomeração constitui o núcleo vital de uma extensão geográfica cujo limite é constituído pela zona de influência de uma outra aglomeração.
O homem, isolado, se sente impotente de cultura para isso incorpora-se a um grupo, transformado em elemento constitutivo de uma sociedade que o mantém, ele colabora direta ou indiretamente nas mil atividades que asseguram sua vida física. Suas iniciativas tornam-se mais frutíferas e sua liberdade, melhor defendida, só se detém onde ameace a de outrem. Se os empreendimentos do grupo são sábios, a vida do indivíduo é ampliada e enobrecida. Se a preguiça, a estupidez e o egoísmo o assolam, o grupo, enfraquecido e entregue à desordem, só traz a cada um de seus membros rivalidades, rancor e desencanto.
Os subúrbios,assim chamado essa aglomerações, são descendentes degenerados das vizinhanças. O burgo era outrora uma unidade organizada no interior de uma muralha militar. O falso burgo contíguo a ele pelo lado de fora, construído ao longo de uma via de acesso desprovido de proteção, era o escoadouro da população excedente que, bom ou mau grado, devia acomodar-se em sua insegurança. Freqüentemente os subúrbios nada mais são do que uma aglomeração de barracos onde a infra-estrutura indispensável dificilmente é rentável.

Habitar as estatisticas

Existem inúmeras formas de ter resolvido este problema da habitação de forma menos dolorosa.

As ultimas imagens que vi de assentamento de famílias, deste tipo, contava estórias de pessoas que estavam incomodando em algum lugar próximo ao centro e foram tiradas de cena, para não incomodar mais e serem esquecidas.

Que é importante diminuir o deficuit de 7,2 bilhões de unidades habitacionais no país esta correto, mas os projetos teriam que obrigatóriamente melhorar a qualidade de vida de quem as recebe.

Suponhamos que suas antigas moradias tenham os materiais inferiores, talvez retirados do lixo, sem saneamento básico, que em épocas chuvosas correm risco de desabamento. Então a vida destas pessoas mudou para melhor. Mudou?

Onde elas vão trabalhar, estudar... sendo que estão ilhadas. Talvez este o incômodo, motivo de terem merecido morar ali. Estavam tendo acesso ao que não era para eles acessarem. E sem alcançar seus interesses, nada os impede de vender suas atuais casas e voltar para perto dos centros. Deixando o lugar cada vez mais violento, pois a seleção natural das pessoas traça um perfil de indivíduos com pouquíssimas chances de melhorar de vida. Sem muita saída, é comum que alguns poucos se envolvam com tráfico, roubos, prostituição, tornando a reputação dos habitantes deste assentamento, outra grande barreira.

Então! Pensando por este lado eles não melhoram sua qualidade de vida.

Para fazer um assentamento, ainda mais nesta escala, é preciso que na proposta tenha a possibilidade dos moradores terem atividades em comum, para que virem uma comunidade sólida que lutem por melhorias de infra-estrutura para o bem comum. Para que não caiam no esquecimento, e que apareçam de outra forma perante a sociedade não sendo nos noticiários criminais. Este mínimo para uma comunidade se manter e evoluir não é possível vendo este modo de urbanizar fugindo aos princípios de quem atua no campo da arquitetura e urbanismo.

E imaginar que todas estas pessoas poderiam ter qualidade de vida superior, se fosse de interesse resolve-lo com os imóveis parados pela especulação imobiliária em praticamente todos grandes centros urbanos. Mas isto engloba outra estória.

O OLHAR

A política de habitação das cidades é garantir acesso á moradias para a população de menor renda, isto desenvolvendo programas habitacionais e promovendo a construção de novas unidades com recursos com agentes financeiros e o poder público definindo as regras para sua implantação. Entende-se que tudo está correto, favorece a muitos, e tem lá suas vantagens, mas se analisarmos bem estamos em um outro período histórico e a visão tradicional trata o presente como se fosse o passado
Essa imagem nos retrata a pura realidade fora da realidade e expressa uma posição velha, sem imaginação, como se fosse a repetição de um velho discurso.
O desenvolvimento urbano nos países latino-americanos, como destacaram Florestan Fernandes, Celso Furtado e Caio Prado, é a modernização com a reprodução do atraso. As cidades são modernas, são industrializadas, mas carregam uma herança de arcaísmo, herança que pesa cada vez mais, se formos ver o crescimento das periferias nas nossas cidades.
O espaço expressa-se , segundo Milton Santos, como instancia da sociedade; e, como tal, interage num conjunto de instancias ( economia, política, cultura) agindo dialéticamente como continente e conteúdo, paradigma.
O espaço é muito mais um evento que um elemento físico. Ele define-se segundo uma multiplicidade de conceitos que interagem na forma. É como se forma tivesse corpo e alma.
A participação de um arquiteto em cada habitação popular em individual pode significar a inversão do sentido de decisão, deixando-a de baixo para cima. Assim são respeitados as características individuais existentes na heterogeneidade de uma população, comumente encarada no momento do projeto como homogênea.
Essa capacidade de transformação e reconceitualização de um espaço justifica a localização como algo dinâmico. Deve-se entender que o conceito de localização e de lugar são distintos . A localização é uma apreensão categórica ou conceitual de um lugar em meio a uma rede de interferências relacionais. Segundo Milton Santos "lugar é o objeto ou o conjunto de objetos. A localização é um feixe de forças sociais se exercendo em um lugar." Isso caracteriza o lugar como estático e a localização como dinâmica.

setembro 19, 2006

Opção

A aplicação da tecnologia na Arquitetura pode ser de maneira benéfica ou trágica, INVESTIGATIVA ou “PREGUIÇOSA”. As grandes vantagens ofertadas aos arquitetos pelas tecnologias presentes, sejam como ferramenta de trabalho projetual ou de construção, exercem um certo tipo de efeito sedutor sobre os arquitetos e profissionais do ramo, com sua praticidade, aplicabilidade e agilidade, porém não garantem resultados 100% satisfatórios, podem muitas vezes deixar o profissional “preguiçoso”, tudo depende da posição adotada por ele desde o primeiro instante à frente do trabalho que lhe for solicitado, podendo ser um posicionamento crítico ou passivo. É uma questão de escolha.
A escolha do seu posicionamento já define a linha do trabalho de um arquiteto, aquele que opta por um caráter crítico provavelmente desenvolverá um trabalho aprofundado e consistente, onde, baseado em pesquisas e analises críticas propõe um desenho investigativo com aplicação de técnicas e métodos construtivos coerentes, e o que opta pelo meio mais fácil acaba indo por um caminho cheio de métodos preguiçosos, que se resumem em repetição e cópias de soluções alheias a qualquer ponto do projeto ou da necessidade do cliente ou do usuário, assim através de sua proposta pode-se facilmente perceber que muitas soluções se quer foram analisadas e julgadas para saber se são realmente pertinentes para o projeto em questão.
Caminhos diferentes levam a resultados diferentes.
Acredito que essa grande diferença existente entre métodos de produção adotados e entre produtos, no meio arquitetônico, seja uma decorrência e uma conseqüência da má aplicação, por parte de alguns arquitetos e profissionais da área construtiva, dos benefícios proporcionados pela industria tecnológica tanto no meio produtivo, com seus variados softer e inúmeros recursos que neles contem, e também a versatilidade de aplicação de soluções e elementos construtivos. Ressalto que a culpa de tamanha diferença não é da tecnologia com seus sofer, soluções e elementos construtivos, até porque eles são sempre padrões, mas sim da
posição adotada pelo profissional.

Novas Teorias

Novas Teorias
CENÁRIOS DA HERANÇA


Esse tipo de forma construtiva nos foi deixada por LE CORBUSIER, essa construção em serie sem levar em consideração o usuário, mas que, eu ainda acho que é a forma mais brilhante de se poder fazer construção popular.
Temos que levar em consideração que a realidade política limita com grande força esse tipo de construção, a falta de interesse e jeito de como fazer dele um pacotão sai mais barato ajuda muito na falta da qualidade; sendo assim acredito que ainda é a única forma e não tento apenas criticar, consigo ver pelo lado bom da coisa, pois pior que morar em casas iguais é não ter onde morar. Eu particularmente prefiro morar em uma casa sem identidade e que com o tempo com certeza vou adaptando como faz todo morar de conjunto habitacional no Brasil mais que em qualquer outro lugar do mundo. O povo brasileiro sabe fazer muito bem os chamados “puxadinhos” que vão aos poucos mudando os espaço e criando uma nova arquitetura do quadro de igualdade, transformando muitas das vezes em uma completa confusão ficando pior e acabando se tornando uma poluição visual.
Com conhecimento de causa me sinto capaz de dizer que o espaço é mal planejado, tanto internamento quanto externamente. Morar em um lugar assim só a necessidade é quem determina, porque quando se pode escolher claro e obvio que todos querem algo melhor.
Infelizmente, as políticas habitacionais adotadas por quem quer que seja, igualam-se nos erros do passado como no presente e na carência de qualidades elementares. Os conjuntos habitacionais de interesse social construídos pelas prefeituras e pelos Estados estão em total sintonia com um quadro nefasto, a questão é dramática da habitação social e é onde a repetição formal e a disposição urbana visam à imediata e reiterada identificação do político responsável pela obra, passando ao longe de qualidades ambientais e urbanísticas.

*Gostaria e saber e onde saiu essa imagem, qual País???

setembro 17, 2006

O QUE SERÁ?

Cidade, bairro, casa ou um simples abrigo!
Está estrutura só foi pensada para tirar as pessoas das ruas que não tem teto ou aquelas que moram em abrigos feitos de lona, plástico ou papelão.
Está transferência será que é agradável! O morador de uma destas casas não tem como opinar sobre seu lar, na cor, na forma, nos detalhes que cada família tem de diferente. Poder mexer na casa é um problema, pois desfigura a paisagem que é pura política, estes políticos não importam onde estás pessoas vão morar só importa que deixe de ser sem teto.
Uma casa por menor que seja tem que ter as características de seu dono, um bairro características de uma comunidade, uma cidade características de uma região.
Tudo igual não é confortável, ninguém no mundo é igual ao outro para viver em casas iguais com ruas iguais.
Se não tiver um mínimo de controle isto leva cada habitante desta região a fazer adaptações em cada terreno, agradando cada morador, mais fazendo a região virar uma favela.
Todo lugar sem organização pode virar uma favela, com ordem mais sem uma característica regional torna-se um lugar para morar mais não agradável, pensar em um mínimo de conforto agrada mais e cada um passa a cuidar melhor de seu pedacinho de chão e pensar antes de mudar qualquer coisa.
Um loteamento de casas popular sem praças, sem áreas de lazer, sem um mínimo de infra-estrutura, sem uma pequena área comercial, gera muitos perigos, pois a rua vira campo de futebol, o fundo de quintal vira a padaria do local e a garagem vira a marcenaria, isto tudo pode causar acidentes por não ser legal.
Planejar é a melhor solução para agradar quase todos. Tudo que não é planejado pode virar uma bomba de ilegalidades mesmo sendo algo dado por políticos.

setembro 08, 2006

TEMA 02:

setembro 07, 2006

Arquitetura está morta?!

“Podemos viver sem a arquitetura de uma época! Vejam as ruínas de Roma e Grécia, como seus destroços se tornam mais valiosos que a cultura de poesia e a sua história, o que nos faz recordá-la sem a sua presença. Deve-se fazer história com a arquitetura de uma época e depois destruí-la, pois não há herança que se possa recordar. As construções civis e domésticas são as mais importantes no significado histórico, basta cavar um buraco, “botar” uma obstrução que isso o protege das intempéries. A casa do homem do povo não deve ser preservada, pois, relata a evolução, para que não tenha respeito como das grandes construções consideradas por muitos, importantes. Mais vale um material grosseiro, mas, que narre uma história, do que uma obra rica e sem significado. A maior glória de um edifício não depende da sua pedra ou de seu ouro, mas sim, o fato de estar relacionada com a sensação profunda de expressão. Uma expressão não se reproduz, pois as idéias são inúmeras e diferentes os homens, e segundo os objetos de diferentes estudos, se chegaria a inúmeras conclusões. A restauração é a destruição do edifício, é como tentar ressuscitar os mortos. É melhor manter uma ruína do que restaurá-la.

Podemos viver sem arquitetura e praticar o culto sem ela, mas não podemos recordar sem seu auxílio. A Pós-Modernidade é a “lógica cultural do capitalismo tardio”, como pensamento marxista e já como pensamento neo-conservador, a Pós-Modernidade estaria relacionada às tendências políticas e culturais, determinadas a combater os ideais iluministas e os de esquerda. Há tendências de prestigio à Pós-Modernidade como verdadeiros rompimentos com as antigas verdades absolutas. Esta estética apresenta diferenças fundamentais em relação a tudo que veio antes dela, incluindo todas as estéticas modernistas. Os próprios critérios-chave da estética moderna, do novo, da ruptura e da vanguarda são desconsiderados pelo Pós-Moderno. Já não é preciso inovar nem ser original, e a repetição de formas passadas é não apenas tolerada como também encorajada.”

Onde estão os arquitetos?

Primeiro temos que conhecer o que é arquitetura, pra depois sabermos se ela é necessária ou não em nossa vida. Arquitetura serve para organizar e ordenar, gerando conforto, bem estar e melhorando assim o modo de vida das pessoas.
Se formos analisar o mundo em que estamos inseridos, chegaremos à conclusão de que as pessoas não sentem falta da arquitetura para viver, isso não se dá porque ela é algo dispensável e sem importância, mas sim porque quase ninguém sabe para que serve, e o ser humano só sente falta do que conhece, do que está acostumado.
Para nós, que teoricamente conhecemos o verdadeiro sentido/propósito da arquitetura é impossível imaginar um mundo sem ela, mas para que ela se torne uma necessidade mundial, devemos parar de achar que os problemas se resolvem apenas com “projetinhos” bonitos e passar a mostrar que arquitetura realmente é conforto, bem estar, tranqüilidade; que ela realmente ajuda a melhorar o modo de vida das pessoas. Quando todos os profissionais da área passarem a vê-la com ela verdadeiramente é, as pessoas passarão a valorizar também e a ver que os arquitetos são tão necessários em sua área de atuação quanto os médicos.
Devemos olhar também não só arquitetura como forma de edificar casas, mas sim como meio de melhorar o meio externo, não só o micro, mas também o macro, como forma/meio/veículo de organização ou de direcionamento da confusão da cidade.
Os próprios arquitetos não se valorizam, não valorizam seus trabalhos e isso influencia diretamente no modo da população nos olhar. Muitas pessoas não sabem nem para que serve o arquiteto, acho que chegou a hora de mostrar para que servimos em vez de preocupar apenas em criticar tudo e todos. Porque o mundo precisa urgentemente de arquitetos que realmente mostrem o que é arquitetura.

Por trás do óbvio!

Muitos podem dizer que não precisamos da arquitetura para viver, outros podem totalmente discordar de tal hipótese. Tal tema irá sempre gerar conflitos, desde ontem até amanhã, o bom disso é que opiniões a respeito dão possibilidades de analisarmos o que a vida e a arquitetura tem ou não em comum e assim chegarmos num consenso e quem sabe até propôr soluções pertinentes tanto esperadas.
Posso dizer que ambas se dependem totalmente, mas ainda não estão bem relacionadas. Devido a busca de soluções para resolver nossos problemas no espaço, surgem outros ‘novos’ oriundos do mal planejamento arquitetônico, não é à toa que o urbano está nesse caos total que vivenciamos todos os dias.Sabemos que desde sempre o homem busca soluções para resolver pequenas e grandes questões de vivência no espaço físico, mas esquecem de resolver o principal espaço, o abstrato! Se tivermos a audácia de lidar com tal abstração já será de grande valia, não que seja difícil, apenas será preciso prever a maneira de como o homem interfere e apropria de tais espaços da melhor forma possível, levando em consideração que cada ser humano é diferente e possui usos diversificados, atender a todos seria impossível, mas existem fatores relevantes em comum que podem ser levados em consideração.
O fato é que a ‘Arquitetura’ está no nosso cotidiano, não tem como evitá-la, ou fazemos o uso conscientemente, sabendo que precisamos dela para cumprir nossas funções diariamente ou a usamos com ignorância, não tem como escapar de algo que automaticamente faz parte da vida.
Agora, devemos sempre focar que a Arquitetura surgiu para nos auxiliar e sua característica principal é 'funcionar', mas claro que não podemos esperar soluções em tudo, pois não estamos aptos a alcançar a perfeição, mas ainda podemos ter a esperança de tentar chegar perto dessa tal proeza mesmo que seja remoto!

setembro 05, 2006

Relações

Será que podemos afirmar categoricamente que existe vida sem arquitetura. Para fazermos tal afirmação, primeiro é preciso, entendermos o significado da arquitetura, pois para muitos a arquitetura é a simples arte de edificar, de projetar e traçar planos, mas será que é tão simples assim, na verdade arquitetura vai muito além do simples fato de se edificar, é entender relações, desde o micro que vai das relações com simples objetos ao macro que é a relação com entorno, com a cidade, é pensar nas necessidades do usuário e no seu conforto. Arquitetura é fazer uso da técnica, mas propor algo que vai além do técnico e funcional, é pensar nas relações entre o usuário e o espaço. A arquitetura não precisa ser cara, sofisticada, fazer uso de materiais de ponta, é possível compor uma arquitetura simples com materiais alternativos, o que importa na verdade são as relações estabelecidas, muitas vezes, a arquitetura muito sofisticada se impõe um pouco distante e fria, não dá vida ao espaço, estão mais preocupados com a estética do que com o próprio usuário. Digo que existe vida sem arquitetura quando essa não consegue se aproximar do usuário, quando o uuário deixa de ser a prioridade no ato de se pensar o espaço. A arquitetura vem cada vez mais discutindo a importância de pensar no individuo ao se projetar, existe toda uma preocupação cultural e social em torno da arquitetura, e são questões que devem ser levantas, estudadas e discutidas sem dúvida, um empreedimento arquitetônico pensada para o usuário tem uma probabilidade grande de êxito, ao contrário disso, pode se ter grande chance de se tornar um lugar vazio, sem uso, abandonado ou pouco freqüentado. A arquitetura possui o seu diferencial não é atoa que se distingue da engenharia civil, uma vez que ambas edificam. Com isso concluo que existe vida sem arquitetura, mas não existe arquitetura sem vida, e aqueles que vivem sem arquitetura poderiam estar vivendo muito melhor se a tivesse.

setembro 04, 2006

Aditamento

Vamos voltar!
Palavras de ordem têm sido (saído) bem comuns em tudo que podemos ver.
Vamos votar!
A ordem legisla em torno de tudo que podemos crer.
O fato é que arquitetura sendo ou não meio emergente, inteligente ou até mesmo descrente do que vivemos acaba sendo remetente entre tantos entes não tão queridos assim.
Acreditar que vivemos um meio em que o que se produz é bom ou de bom agrado ao uso indiscriminado de alguém ou ninguém acaba sendo pretensão demais em cultura cuja solução se traduz infértil demais.
Os estudos ou até mesmo as idéias nem sempre precisam remeter ou traduzir bons resultados. Quantas vezes não olhamos pra trás e vemos algo que deu errado e não se serve de lição pra uma digestão atual? Quem sabe daqui a anos alguém reportará que o que traduzimos como crise ou otimistamente cultuamos como espetáculo criativo do ser possa induzir a uma chave ideal diante tantos ideais visionários?
O sincero a se dizer é que trabalhamos pra comer e depois quem sabe comprar um Ipod da Apple que se vendeu para a Intel. Rebolamos entre utopias que não vendem mais do que a incompreensão de quem lê o que não devia sequer ter sido intraduzido (ah, o português sempre falta) sobre formas cultas de um bem dizer e longe do bem querer.
A arquitetura falha em pouco oferecer. Busca highends e longlife, mas nem sempre lembra do cara ali que passa ou pouco se entende de conceitos soberbos e indiscutíveis de uma rainha da sucata que preside a praça que traduziu liberdade e que sinceramente pouco entendo. Quem sabe um dia.
O mais interessante da arquitetura é não mesmo saber o que seria sem, com, ou talvez o que seria se a perfeição fosse atingida, o mais interessante seria se ela fosse uma religião ufanista cujos seguidores pregassem a filosofia cult de tudo que se constrói. Acho que teríamos um padrão de tudo que seria construído porque sinceramente nada me diz que toda essa busca por resultados, teorias e buscas por um módulo comportamental não daria nisso.
E ainda acho que a arquitetura é um baile de máscaras em mim, você e em quem nem lê.

Ah, é. Não seria? Ah, e eu vivo hipocrisia :]

EVOLUÇÃO!!!

Por instinto o homem precisa da arquitetura, para se proteger dos perigos animais ou humanos.
Na pré-história ele tinha que se proteger dos bichos e das ações do tempo, com isso uma caverna, um mutuado de folhas e galhos servia de abrigo; ou quer dizer era sua arquitetura. Não existia conforto mais já existia proteção, uma intenção de organização.
Um aglomerado de pedras era um lugar sagrado, hoje as nossas Igrejas, grandiosas construções.
Muda o material, a forma, as técnicas de construção, mais os sentidos são quase os mesmos, proteção e dar abrigo à família. Tudo isso é tecnologia e evolução.
Mais com a evolução do homem, planejar, edificar se tornou uma arte, uma forma de organização para facilitar o convívio e a sobrevivência.
De vilas para cidades, do barro para o aço e muito mais. O tempo de construção virou algo admirável coisa de horas ou poucos dias.
Formas avançadas (bairros nobres), formas quase que pré-históricas (favelas e assentamentos, como: casas de lona ou plástico preto podem ser até papelão), isso gera conflitos na imagem da cidade que é uma grande arquitetura.
Viver sem tudo isso é complicado, pois seria uma terra sem árvores, terra, água. Um planeta vazio, pois uma copa de uma árvore pode servir de teto para um abrigo temporário, da terra viram buracos e túneis para nossa sobrevivência de ir ou vir, a água é uma grande arquitetura não para os homens e sim para alguns tipos de bichos.
Isso é arquitetura, uma simples caverna, um ninho de passarinho. Até o significado da palavra evoluiu para casas, prédios, barracos e cidades. Formas de entender arquitetura, seu significado é muito amplo que gera muitas discussões em toda a história, ela não é só para o homem, mais para todos que vivem na terra, até uma simples abelha com sua colméia.
Viver sem arquitetura é impossível, não existiria nada na terra.