dezembro 06, 2006

FIM!

A disciplina chegou ao fim. Aos poucos os textos melhoraram bem. Ficaram mais críticos, mais consistentes e com menos erros de português (apesar de ainda haver muitos). O blog foi uma experiência muito interessante, que deve continuar com as próximas turmas. Espero que todos tenham aproveitado e que continuem a escrever e expor idéias e argumentos rotineiramente. Boas férias a todos.

Domesticação da arquitetura

OBS: POSTAGEM REFERENTE AO TEMA 5


A natureza procura sempre manter um equilíbrio, ou pelo menos é como deveria funcionar, porque mesmo que os integrantes de uma determinada espécie possuam em sua cadeia alimentar uma outra espécie, nunca com o intuito de extermínio, mas de sobrevivência, sabem, inconscientemente, que todos são interdependentes.

De acordo com o tema 5 esse equilíbrio natural esta sendo cada vez mais prejudicado, devido à domesticação causada pela população, pois nos tempos atuais não é aplicada somente em animais, mas também em espaços. Para procurar novamente o equilíbrio temos como saída à arquitetura, porque arquitetura não é só projeto de edificações, ela procura entender a dinâmica da adversidade baseada no cotidiano, propondo e desenvolvendo pensamentos, críticas e entendimentos de questões tão complexas para poder dar melhor condição de vida para a coletividade.

Dentre essas duas condições de analogias de animais, podemos interpretar de várias formas essa apropriação de espaço ou criação de um novo espaço. Os selvagens se encaixam na marginalidade existente na atualidade que queremos deixar fora de nossas casas, cada vez mais fechadas e protegidas por sistemas de alarmes e outras parafernálias tecnológicas, por outro lado, os animais domésticos se encaixam em nossos próprios anseios de controlar a vida, ou seja, estando protegidos dentro shopping centers, convivendo com um mesmo grupo de amigos, vivendo assim num mesmo mundo. Na verdade os animais propriamente ditos; os bichos criados sem a intromissão do homem procuram viver de um modo que garantam a sua sobrevivência, seguindo o estilo de vida de seus antepassados, do modo de vida em que o maior arquiteto do mundo os possibilitou. Já o homem (os animais selvagens) tudo o que fazem é tornar a sua própria existência cada dia mais tumultuada e sem qualidade, e isso tudo pode se dar ao fato do homem ter a presunção de tentar mudar e melhorar tudo a sua volta.

A evolução tem seu valor, estamos hoje mais protegidos das intempéries da natureza, temos habitações mais luxuosas e com isso também menos qualidade de vida, quantos de nós hoje, param um pouco dentro desta correria da vida para juntar com seus familiares em frente de sua casa simplesmente para ver como está o dia, ou conversar um pouco de tudo ou sobre nada; na verdade a selvageria pelas conquistas e por dinheiro está nos transformando em seres desconhecidos e selvagens, acredito que selvagem ainda é um adjetivo menos pejorativo para a atual situação em que os seres humanos se encontram em relação ao mundo, a vida e ao dinheiro.

Viver em “comunidade”, mas com dignidade

A problemática habitacional é uma história antiga, já era vista no auge da revolução industrial pelas condições subumanas de vida em que a classe baixa vivia. Então, desde o início, o Modernismo trata do problema habitacional de maneira mais ampla. As realizações do passado foram apenas pequenos passos diante de um problema que cresce a cada dia.

A partir de 1930 o processo de industrialização brasileiro abriu caminhos de desenvolvimento e modernização da sociedade. O Estado passou a investir em infra-estrutura urbana e regional buscando o desenvolvimento industrial.

Com o crescimento populacional e a falta de moradia, foram criando-se um “novo” de viver em comunidade; onde criaram um modo de racionalizar a construção, de forma que os espaços construídos ficassem em preço acessível a população de baixa renda. Foram surgindo então os conjuntos habitacionais.

Este tipo de moradia remete quase sempre à população de baixa renda, pois são feitos grandes conjuntos de interesse social promovidos muitas vezes pelo poder público e implantados em terrenos afastados dos centros urbanos, sem levar em consideração a forma de vida que o morador vai levar .

O desafio atual fala da necessidade de se construir um grande número de unidades habitacionais, de baixo custo e de boa qualidade, em um curto espaço de tempo, que sejam atendidas adequadamente por serviços urbanos e seguindo as normas estabelecidas, é necessário buscar ganhos na qualidade dos ambientes construídos, o conforto do morador. Para isso é necessária uma mudança na lógica construtiva através da industrialização de processos e componentes para a produção em série de unidades e conjuntos habitacionais.

Kessler (1981) fala que: “a idéia mais viável de se buscar é minimizar os custos de infra-estrutura, uma vez que as linhas de ação para se baratear as edificações - redução da área e de qualidade dos materiais - já atingiram seus níveis máximos”.

Dessa maneira podemos concluir que para a problemática habitacional ter um avanço significativo cabe aos cientistas sociais investigar questões sociais e aos arquitetos proposições em busca de melhorias da qualidade do ambiente construído.

Apropriação

OBS.: Texto referente a repescagem
O ser humano é um ser com grande capacidade de adaptação. E podemos ver isso claramente quando começamos a observar a sua moradia. É complicado falarmos da arquitetura como um modelo definido, ao longo dos séculos ela vem se modificando e se adaptando as necessidades humanas. Casa grande, casa com local de trabalho, casa pequenas, loft, planta livre. Essa ultima a planta livre, foi de grande significado para a arquitetura. Ao contrário do que muitos estão acostumados onde o espaço dita as regras e no ato de se projetar se define onde deve ficar cada coisa e onde deve ser cada espaço, a planta livre permite que as pessoas se apropriem do ambiente da forma que lhes for mais conveniente.
Essa idéia deve se expandir e o arquiteto tem que ter em mente que um projeto nunca está finalizado, eles sempre estão sujeitos a modificações. O usuário faz um puxadinho aqui uma adaptação ali, e o projeto inicial tem que dar abertura para que isso aconteça. A arquitetura não deve ser um espaço rígido.
Muitos arquitetos, no entanto, temam em tentar ditar regras e limites para o usuário. Outro fator agravante para que isso aconteça, prejudicando a qualidade da arquitetura, é a especulação imobiliária, que insisti em fazer prédinhos, com apartamentos apertados e desconfortáveis. Existem profissionais que no ato de se projetar não pensa no usuário, mas apenas em números, quanto vou lucrar, quanto vai custar, a qualidade do espaço e o usuário são o que menos importa, mas essas pessoas precisam compreender que se o espaço não for bom e não atender as necessidades do usuário, ele vai ter prejuízo, porque não vai conseguir vender.
O espaço precisa atender a demanda do usuário. Com a descoberta da planta livre o prédio, apesar de ser um aglomerado de apartamentos, pode permitir que o usuário faça com que cada apartamento seja diferente, atendendo a pessoas com necessidades e gostos distintos. A arquitetura tem que dar abertura para apropriação do espaço.

Diversidade

OBS.: Lou como ainda não deu os 15 dias estou postando o texto referente ao úlitmo tema antes da repescagem.

O mundo tem passado por transformações e como não poderia ser diferente, essas mudanças tem afetado o habitat natural dos animais, sejam eles racionais ou irracionais, domésticos ou selvagens. Essas transformações têm mudado também um pouco o olhar sobre esses animais, onde muitas vezes suas definições se confundem e se misturam. Para muitas pessoas se tornou difícil distinguir um ser doméstico de um ser selvagem, um ser racional de um ser irracional. O homem por exemplo, definido como um ser racional, se demonstra algumas vezes com um ser irracional e selvagem, alguns são tão gananciosos que se esquecem das outras pessoas e dos outros seres. Sem pensar nas conseqüências dos seus atos, saem por devastando a natureza e destruindo de forma selvagem, o habitat de muitos seres. Esses bichos em determinadas situações não vêm outra saída a não ser invadir a habitat do homem, é onde se sentem seguros, pois não acreditam que o homem teria coragem de acabar de forma tão violenta com algo que lhes pertence e lhes protege das intempéries. Com o mercado imobiliário se tornou normal desabrigar os bichos para abrigar os homens. Devastar a natureza para construir grandes paisagens de concreto. Diante disso, será que o homem tem o direito de ir contra essa invasão dos bichos, que nada mais é do que uma forma de defesa e de autoproteção.
Apesar desses acontecimentos fazerem parte de um processo natural, onde o que prevalece é a lei da natureza, que vença o melhor. O homem na maioria das vezes sai vitorioso, mas deve existir uma forma de buscar harmonia entre homem e natureza. Como arquitetos devemos buscar uma arquitetura que agrida menos o meio ambiente e que tire proveito de forma benéfica dos seus recursos. Homem e natureza precisam se entender antes que o homem consiga destruir por completo a natureza, porque esse processo de devastação já vem ocorrendo há décadas, e a cada ano que se passa ele se acelera mais. É preciso acordamos antes que seja tarde, e que até mesmo o homem perca seu habitat, por meio de suas próprias ações.

Viver em comunidade

Quase todo ser vivo possui uma certa capacidade ou necessidade de viver num meio comum, constituindo uma sociedade uma comunidade. O que é mais interessante de observar são as diferenças compositivas de cada agrupamento de seres vivos, de cada comunidade, pois são formadas de acordo com o que há de comum entre seus membros. Sendo assim as comunidades acabam se formando de acordo com as espécies de cada raça.

Podemos observar essa característica nas formigas, que se agrupam de acordo com suas diversas espécies distintas, e sempre trabalham em conjunto e para o bem comum, em busca de alimento e abrigo, porém não deixam de possuir uma hierarquia social. Se observarmos agora as abelhas, veremos que suas comunidades funcionam basicamente como a das formigas, todos trabalham para o bem comum, mesmo com a existência de uma hierarquia social. Já o ser humano a pesar de apresentar necessidade de viver em comunidade, em sociedade, e de possuir uma hierarquia própria, não apresenta a característica do trabalho em prol da comunidade como um todo, ele é extremamente individualista, pensando no bem comum apenas quando se diz respeito a sua família (pais e filhos, porque os demais parentes nem são mais considerados como família ultimamente). O bem comum é tratado com indiferença e obrigatório, através do pagamento de impostos e taxas ao governo municipal, estadual e federal.

Quanto à raça humana é interessante observarmos seus agrupamentos que possuem, uma diversidade interna muito grande, gerando uma elevada tendência a uma segmentação cada vez maior e mais freqüente, formando uma “teia” social, onde em uma única cidade ou num bairro seus membros se subdividem em outras comunidades menores por afinidades, onde cada individuo possui uma característica pessoal (intima) em comum com as demais, mas isso não impede que um mesmo individuo faça parte de diferentes comunidades, que na maioria das vezes são formadas pela cor da pele, o gosto sexual, o estilo de vida, o gosto musical, um ideal de vida, entre outros. Em outros agrupamentos animais, se um individuo apresentar uma característica distinta dos demais ele pode ser expulso e até mesmo, na maioria dos casos, morto pela sua própria comunidade.

Quem será que sabe realmente viver em comunidade as formigas ou os homens?

tema 1

Existe vida sem arquitetura? E como esta a arquitetura hoje?

Lógico que não existe vida sem arquitetura, até os bichos têm suas formas de arquitetar e não vivemos sem elas, nós humanos também precisamos.
Está certo que ela poderia ser um pouco menos perversa. Cada vez os espaços estão excludentes, distanciando demasiadamente as pessoas, tipo:
As casas cada vez mais ilhadas, sem contato com vizinhos, muito menos com a rua.
A transformação dos shoppings em espaços públicos onde nossos comportamentos são manipulados.
Os espaços, feitos para ser públicos, sem uso.
Os condomínios fechados, que “criam” um mundo perfeito.

A arquitetura segue a época, não foi o arquiteto que inventou os shoppings, condomínios, nem a cerca elétrica, mas é ele quem projeta e leva a culpa.
A diferença social se encarrega de esculhambar como a arquitetura que tanto precisamos.
A arquitetura virtual, que se tornou possível depois da evolução dos meios de comunicações, diminui a barreira do preconceito financeiro, que prega: você é o que você tem.
Uma vez que as salas de bate-papo, comunidades na rede mundial de computadores, jogos em rede, são pontos de encontro, espaços públicos onde somos julgados por valores diferentes daqueles expostos pela arquitetura convencional.
Esta nova arquitetura deveria ensinar a velha a ser arquitetura de novo, porque os meios de comunicação estão substituindo nossas ações cotidianas. O caos das cidades contemporâneas vende o medo, que é consumido em forma de prisões onde “os justos pagão pelos pecadores”, todos se prendem dentro de suas próprias casas e o azar é de quem esta fora, sustentando uma falsa idéia de segurança.
Mas onde fica o limite desta substituição?
A nova arquitetura como potencializadora da insubstituível boa e velha arquitetura é a melhor opção.

dezembro 05, 2006

A racionalização da arquitetura

“...Ostensivamente, Dom-ino é a imagem que acompanha a predicação de uma independência funcional e formal entre vedação e estrutura possibilitada pela construção em esqueleto: uma planta livre em que a configuração da vedação obedecesse a raciocínios primariamente topológicos e não necessariamente idênticos em pavimentos diferentes, a configuração da estrutura obedecendo a raciocínios primariamente geométricos e unitários.”¹

Na década de 20, do século passado, Le Corbusier apresentou um conceito que exprimia a reinvenção da casa: a máquina de morar.
Ele buscava um programa de habitação com meios técnicos e organização moderna que correspondesse ao mundo das máquinas, foi quando formulou o programa de cinco pontos: os pilotis, o terraço jardim, a planta livre, a janela em fita e a fachada livre.
Le Corbusier propôs uma revolução que criasse uma arquitetura capaz de atender os anseios de sua época e que usasse de toda tecnologia disponível pela indústria, ou seja, ele propunha a racionalização da construção.
Essa arquitetura racionalizada, que Le Corbusier propôs, começou a ser desenvolvida na Europa e também nos Estados Unidos, onde recebeu o nome de “Estilo Internacional”.
A partir de então, buscou-se um estilo contemporâneo que utilizava métodos construtivos uniformes, mas que deveriam, no entanto, permitir uma variação no uso e interpretação do espaço. Daí vieram os C.I.A.M. (Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna), como forma de direcionar e desenvolver a compreensão dos arquitetos para as novas abordagens da arquitetura e também do urbanismo.
Após a 2ª Guerra Mundial, Mies Van der Rohe projetou edifícios que puderam ser descritos pela idéia de “menos é mais”, onde a arquitetura precisa somente do mínimo suficiente para um bom resultado.
Assim como a proposta de revolução na arquitetura de Corbusier, o Estilo Internacional e a idéia de “menos é mais” de Mies Van der Rohe influenciaram a arquitetura mundial, inserindo cada dia mais a tecnologia na arquitetura construtiva e resultando em projetos que possibilitam variações de uso e apropriação do espaço.




¹ COMAS, Carlos Eduardo Dias. Arquitetura moderna, estilo Corbu, Pavilhão Brasileiro, AU nº. 26.

Bibliografia:
http://www.ufrgs.br/propar/domino/2005_01/txt05_2005_01.htm%20-%20 - visitado%20em%2005/12/2006.


Obs.: Texto referente ao Tema da Repescagem.

Seres [IR] racionais...

Seres [Ir] racionais são presumidamente os humanos e os bichos! Isso mesmo, os dois juntos, o [Ir] não tira a razão dos bichinhos e o [R] não dá total razão ao humano. Ambos convivem bem ou mal, o fato é que dividem os mesmos espaços, tanto natural quanto artificial e se adaptam a qualquer tipo de situação se for o caso. No entanto a diferença entre ambos seria que o ‘ser humano’ é mais inteligente, mais poderoso que qualquer outro tipo de animal, isso porque é considerado um ser mais evoluído em relação a diversos aspectos, mas isso não significa que o ser supremo independe do bichinho, eles são aliados. Por incrível que pareça, por mais que pensemos que eles são inconvenientes, estes também fazem parte do habitat!

Os espaços artificiais, ou seja, construídos pelo o homem também servem de abrigo para tais bichos, e como é útil, já que eles precisam de proteção, tanto em relação aos outros bichos, quanto em acolhimento para se livrar das intempéries e ter fácil acesso a alimentos. Tudo isso não é nada mal para os bichos, mas o que não é pertinente é o espaço. Este não é o ideal, mas comporta como uma solução para eles. O fato é que o homem se apropriou dos espaços destinados aos animais, devido à imensa insatisfação que se mantém até hoje! E o que os ‘coitadinhos’ são obrigados a fazer? O jeito é invadir o tal espaço do homem, aquele espaço ‘roubado’ dos bichos, lembram?! E por falar nisso o ‘roubado’ é meramente no significado da palavra, pois o homem destrói o que for preciso para conseguir o que quer e os bichinhos estão na mira, não é à toa que várias espécies estão em extinção.

O ‘esquema’ – [meio de obter algo por meio de trapaça] que o homem fez para ter o que queria [+ espaço] está afetando o seu espaço ‘conquistado’. Tais conseqüências são os bichinhos em seus lares, se adentrando por meio de qualquer fresta e não adianta reclamar, quem procura quase sempre acha, e neste caso o homem ‘achou’ e ter de suportar tais bichinhos é uma forma de reparar os danos cometidos, por isso que domesticar foi uma solução encontrada por alguns e até que tem dado certo, agora a outra é continuar eliminado os bichinhos inconvenientes.
P.S: Texto referente ao TEMA 05. [ Não havia acabado o prazo!]

INVERSO

A própria modificação da natureza feita pelo homem interferiu na “opção” dos seres vivos de gostar ou não de um determinado local, de escolher seu habitat.

A partir do momento que o homem cria outra natureza, ele passa a acreditar que é capaz de criar também novos “bichos”, como esses, por exemplo, que são um tipo de produção – criados artificialmente com características que o homem julga ser boas. Porém, ele não é capaz de destruir em sua totalidade os animais nos quais possuem características não desejadas. Dessa forma, esses são nomeados como os selvagens que o autor do texto descreve.

O homem não tem opção de escolher exatamente tudo que existe no mundo, existem limites. As baratas, ratos, moscas, etc, são tratados como selvagem pelo fato do homem não achá-los útil para si, assim partindo da análise que não servem para nada, não é necessário que estes sejam considerados domésticos (bem tratados pelo homem).

A verdade é que quando o homem não consegue dominar alguém ou se sentir superior a este, ele o rejeita e o trata como imprestável. Uma barata, por exemplo, nunca vai para a casinha quando o homem mandar e nem em questão de estética não atenderá seu gosto.

Posso dizer que entre os próprios homens é possível distinguí-los entre selvagens e domésticos. Os selvagens têm opiniões diferentes, habitam de forma diferente, são considerados como uma pessoa estranha na sociedade e estes nem se preocupam com isso: tanto faz o que pensam os outros! Os domésticos são aqueles que seguem sempre o “melhor’ caminho, que está de acordo com tudo que os outros dizem e pensam, tentam ser bons e se destacar perante as outras pessoas”.

Os selvagens tendem a superar obstáculos, a se “virar” sozinhos, até mesmo porque nem adiantaria esperar a piedade dos outros, ninguém olha por eles e por isso um dia estes mostram que são bons porque conseguem “sobreviver”. Já os domésticos, tão acostumados a depender dos outros e seguir as idéias e ações como obediência ao que as pessoas lhe impõe que um dia o caminho certo será abalado, e aí... tendem a ser dar mal.

O ESPAÇO

Um quadro bastante intrigante e até pode se dizer bem polêmico. Ver algo como esta imagem, imagina-se tantas coisas.
Bom, estar neste local, confesso, não me agrada nem um pouco, ainda mais que tem que subir e descer, isto para mim é uma questão tão complicada. Olhando para outro lado, observando as construções há em algumas delas algo que nos liga ao nosso ego e isto talvez faria um sentido morar numa delas, quem sabe.
Há um amontoado de tipos diferentes de casas, mansão e ao mesmo tempo uma predominância burguesa, se misturando, mistura esta que se vê claramente a representação das classes, seu modo de morar e viver que cada habitante deste espaço escolheu como seu espaço para morar, tudo isso dentro de um espaço único, um edifício.
As cores alegres se misturam aos tons pasteus, o verde claro, o rosa em tons ingênuos, mas que são puramente saídas e nada mais, O ton de pasteu como se neutralizando, matando algo, uma predominância minimalística, que unida à estrutura diz bem a realidade. A natureza morta, ela entra para o edifício como que invadindo porque seu espaço foi tomado, ou quem está ali morando necessita dessa natureza morta, expressando um domínio, onde os mais forte sobrevivem. Há uma diversidade de moradias com os espaços pensados diferenciados, existindo assim algo muito em comum que é o mesmo espaço sendo igual para todos. A estrutura está ali com uma condicionante, ela forma barreira, cada macaco no seu galho porque se tem nas classes ali existentes um individualismo operando. Talvez a cor pasteu represente bem este lado. Quanto a idenficação: O Venture iria dizer que identificação é o que não falta.
O homem tem que repensar essa questão do urbano.
Os espaços verticalizados podem ser trabalhado dentro de um contexto atendendo as necessidades humana, sem que afete o meio ambiente e sem deixar que se torne uma catátrofe tanto para um quanto para o outro e com isso mantendo um equilíbrio. Fácil não é, sugerir sim é fácil fazer é que vamos ver. Acredite apenas.

dezembro 04, 2006

REPESCAGEM (data limite: 4ª, 06/12, 17hs)


fonte: http://www.siteenvirodesign.com/ex.hoh.php

Novas Teorias

Domesticação


A arquitetura, que surgira com a necessidade de proteção e conforto, trouxe consigo a continuidade das interações interespecíficas mantidas pelos animais. Seria prudente pensar primeiramente que fomos nós humanos que ocupamos o espaço dos selvagens, já que evolutivamente eles surgiram antes de nós, e que quando estes entram em nossas casas provocando pânico, eles apenas estão passeando por um lugar que já fora deles.
A domesticação é fruto da seleção e da adaptação de certos seres vivos, considerados úteis para suprir necessidades humanas. Ao longo de milhares de anos, esse processo acarretou modificações em várias características originais dos seres vivos domesticados, chegando em muitos casos ao desenvolvimento de dezenas de raças, como os cães e gatos.
A domesticação acompanha a História da civilização, sendo benéfica para o desenvolvimento da mesma, porém é extremamente prejudicial à natureza e à ecologia, já que, em contraste com a seleção natural, a domesticação provoca uma seleção artificial de alguns seres vivos em detrimento de outros que o ser humano procura eliminar por considerar hostis à sua sobrevivência. A domesticação, desse modo é um fator de redução da biodiversidade. Um exemplo no Brasil é o abate de onças que se alimentam de gado. A agricultura acarreta a devastação de florestas naturais e em seu lugar são instaladas monoculturas. O habitat e os alimentos de animais selvagens são dessa forma destruídos. A domesticação acaba sendo ao mesmo tempo benéfica e maléfica ao ser humano, pois este também sofre as conseqüências de problemas ambientais gerados pela domesticação em grande escala.
Seria racional, não classificarmos os animais em selvagens e domésticos, pois, além de todos selvagens serem passíveis de domesticação, nós humanos, através da arquitetura, criamos para um seleto grupo de selvagens, condições favoráveis para seu crescimento e reprodução. Já para aqueles que não foram beneficiados com o egoísmo de nossa organização social, temos de deixar nosso respeito e carinho, pois não passamos de meros inquilinos do planeta sempre selvagem e agora urbano.

dezembro 03, 2006

Mutação

A arquitetura transforma o homem, mudando seus hábitos, comportamentos, modos de vestir, pensar, agir, etc. Não mudou apenas a maneira de morar, mas a conformação do espaço, inovando-o a cada dia, deixando-o mais confortável, dinâmico, mutável, pessoal, acompanhando a necessidade humana.

Invadiu os espaços até então não ocupados, e os ocupou tanto, que atualmente as construções estão mais compactas, ideais para pessoas que tem a vida corrida e não passam muito tempo em suas casas “gaiolas temporárias”, que causam estresse pela falta de espaço. Os jardins e quintais, estão se extinguindo com o tempo, locais agradáveis que proporcionam o convívio entre pessoas, estão se perdendo com a nova conformação do espaço de morar. Locais onde antigamente se criavam soltos os bichos de estimação, estão dando lugar a novas construções, que a cada dia destroem mais as partes verdes existentes em nossas cidades, e algumas leis proporcionam que isso aconteça de forma natural como, por exemplo, o Plano Diretor do Município de Ipatinga, que quer transformar as áreas verdes e de Preservação Ambiental Permanente em áreas de Expansão Urbana.[1] Com o tempo possivelmente vamos ter que freqüentar os terraços jardim como forma de lazer e busca de espaços verdes, e admirar os pombos voando, e para os animais “selvagens” não se extinguirem teremos que começar a tratá-los como animais “domésticos”, pois os ”selvagens” conseguem se virar sozinhos, se não tiver alimento e água eles são capazes de sair de casa para se alimentarem, é só deixar a chave da porta em local que eles alcancem.

Sei que posso estar sendo irônica com a situação, mas acho um absurdo tratar animais fora do seu habitat natural, dentro de pequenas gaiolas. Seria legal fazer um programa intitulado “Um dia como animal de estimação”, onde uma pessoa que cria animais de estimação engaiolados trocaria de lugar, onde iria passar uma semana dentro de uma minúscula gaiola, que tem uma pequena vasilha de água e comida, acho que o programa seria um sucesso......



[1] Ver reportagem de José Ângelo Paganini intitulada: Plano Diretor de Ipatinga: o bom senso deve prevalecer...

Disponível em: http://www.jornalvaledoaco.com.br/not_vis.asp?cdCaderno=09&cdMateria=16889


Habitar animal

Prisão, oásis, esconderijo, auto construção, mutirões, vitrine
Os dométicos vivem em prisões oásis ou vitrines

Prisão: nascem para voar e são condenados à visão perpetua. Os canário-belgas são como os escravos ou pior como presos em presídios de segurança máxima não recebem visitas (e quando recebem é de pardais que roubam seu alpiste e ficam impunes). E para espantar suas mágoa eles cantam. A cantoria de uma música cíclica embalada pelos raios de sol que às vezes entra pela janela. Às vezes seu carrasco (o dono) o leva para outros ares em busca de uma canção mais extensa. A parte mais emocionante de suas vidas é o acasalamento que além de tirar o atraso, trocar o óleo, corre o risco de entre uma gaiola e outra a fuga, onde uma vida longa na prisão é trocada por algumas poucas horas de voou.

Oásis: pedras brancas, água brotando destas pedras e a vida recriada em uma espécie de prisão domiciliar.
Caranguejos, tartarugas, lagostas agora são de estimação. Vendidos em lojas de aquários com sua habitação, tudo que eles tinham na natureza agora em meio metro quadrado, se é que cabe. Isso quando não são confundidos com peixes e misturados no aquário, e é claro, morrem afogados nas vitrines cheias d’água.

Os selvagens da selva de pedra.

Nem tão selvagens assim, morram nas casas só que sem pedir para o dono humano. È aquele ditado “Esperto é o gato que já nasce de bigode e morram no telhado sem pagar aluguel” assim como os gatos, os ratos, calangos, moscas, piolhos(se é que existe piolho ainda), baratas, formigas ... , também dividi espaço nas casas, não como bichinho de estimação, mas como intrusos, fazer o quê?
De certa forma já fazem parte da casa, da família. Como exemplo disso, sempre morei em casas com dispença, quarto de bagunça, lugar perfeito para os ratos. Tinha ate um ratinho vermelho, por causa do chão de cimento queimado com colorante vermelho (vermelhão). Agora que moro em um “apertamento” sem quarto de bagunça, providenciamos um ramister.
Toda esta fauna doméstica deveria se espelhar nas abelhas, que além de cuidar do jardim ajuda no orçamento da casa com o mel.

dezembro 02, 2006

A algo de estranho no ninho!!!

"A primavera chegou e Verne e seus amigos da floresta acordaram da sua longa hibernação para descobrir que uma “coisa” verde e alta apareceu misteriosamente no meio da casa deles. É quando eles conhecem RJ, um guaxinim, que explica que o mundo além da cerca é “a passagem para um vida maravilhosa” na qual criaturas peculiares chamadas humanos vivem para comer, ao invés de comer para viver.
Suspeitando e até com um pouco de ciúme de RJ, o cauteloso Verne quer manter a sua família a salvo no seu lado da cerca. Mas provando a tese de que a lixeira de um homem é o tesouro de outro homem – ou até animal – o manipulador RJ tenta convencer o bando da floresta que não há nada a temer e muito a ganhar dos seus novos visinhos. Eventualmene, RJ e Verne se tornam amigos enquanto aprendem a co-existir e até explorar esse estranho novo mundo chamado subúrbio."
Essa sinopse retrata a realidade encontrada na natureza, "será que vamos ter que continuar dividindo nosso espaço com esses seres?"
Dá dó de ouvir esse comentário, nunca paramos pra pensar sobre a realidade...
Outro exemplo foi a reportagem que eu vi hoje cedo (02/12/2006) no Jornal Hoje da Rede Globo que noticiou sobre os mexilhões dourados que se instalaram nas estruturas metálicas da usina de Itaipú e chegou a ameaçar a hidrelétrica - ou seria a hidrelétrica que ameaçava os mexilhões?
Até que ponto vai o limite de separação entre animais "racionais" e irracionais? É necessário haver essa separação? Como conVIVER em harmonia? De quem parte o desrespeito e a invasão? Perguntas... Questionamentos... e as respostas, onde estão? Todos ou quase todos os dias vemos burros ou cavalos puxando pesadas carroças. Você sabia que considerável parte desses animais, quando velhos, cansados, às vezes cegos, são sacrificados ou abandonados por seus donos, não recebendo, portanto, o mínimo sentimento de gratidão por tantos anos de serviços prestados?
É comum ouvirmos esta frase: "Aqueles apartamentos parecem gaiolas. Não dá pra agüentar!" - Aqui lembramos daquelas aves que são arrancadas de seu hábitat natural para viverem em minúsculas gaiolas, assim como o pássaro preto, sabiá laranjeira, o papagaio, a arara e etc...
No nosso dia-a-dia é comum ouvirmos frases em que aparecem comparações entre o homem e o animal.Se bem observarmos, veremos que geralmente ocorrem essas comparações para se definir uma situação difícil, como por exemplo: "Aqui me tratam como a um cachorro!" ou "Hoje trabalhei feito um cavalo!".

e não acabou?! (aintisoverbabe?)

Bem, estranho até pode ser. Bem estranho pode até parecer! Mas o fato é que resolvemos bem. Mais do que escrever, resolvemos histórias diferentes e defendemos óticas às vezes míopes de nossas percepções e sentimentalismos sobre arquitetura e práticas normais às vezes apenas a nós mesmos.

O mais importante é reler tudo e ver potencial. Em ti e naquele ali. Mais até do que investigações arquitetônicas, passamos pela internet divulgando nossos retratos escritos como se fossem falados. A idéia em você desperta sempre o contraponto em mim, e por isso vamos sempre escrevendo palavras ou estórias controversas das coisas bem parecidas.

Defendemos teorias fajutas, dispostas, do caos à ordem, impostas, mas sempre acreditando em um olhar mais crítico de quem não apenas diz não e sim tem algo mais a ver e só depois dizer.

Em tom quase que de despedida das relações futuras, tenho a dizer que sempre é bom, mais do que dizer que foi legal ou bacana.

Divulgar é ser responsável!