março 29, 2009

A memória, a história, o esquecimento.

A cada dia que passa, as pessoas estão ficando cada vez mais longe de suas identidades, esquecendo assim de suas origens, valores, e se perdendo em meios turbilhões de informações, mudanças e “progressos”.
A memória condiz muitas vezes sobre aquilo que de uma forma ou de outra, marcam, seja ela boa, ou ruim.
Quando o assunto é ARQUITETURA, devem ser levados em consideração, fatores importantes, em qualquer intervenção a ser feita. Não se pode chegar a um determinado local e propor mudanças, pois ali existe um povo com sua identidade, cultura e história de vida. Por isso os cuidados se tornam cada vez maiores. A fragilidade usual pode fazer com que muitos fatos se percam no decorrer do tempo, apagando assim uma boa parte da vida de dezenas de pessoas, destruindo em questão de meses, uma rotina de anos e anos, e apagando assim os momentos vividos, dilacerando a historia de cada ser existente.
Nos dias atuais, inúmeras cidades deixaram de existir em sua forma original, ficando apenas as lembranças de cada cidadão que ali vive, não importando qual seja. Podendo ser de uma praça que deixou de existir, de um prédio ou até mesmo dos burburinhos das vizinhas, sobre as calçadas nos finais das tardes. O fato é que simplesmente hoje já não existe mais, e que aos poucos também deixará de existir para aqueles que um dia viveram e fizeram parte de um contexto histórico.
A arquitetura não é apenas aquilo que as pessoas visualizam. É muito mais; é também aquilo que as pessoas viveram, as vidas existentes, os equívocos cometidos e as circunstancias criadas sem querer.

março 28, 2009

Tem que viver !

O mundo vem se modernizando. Novas soluções são encontradas para problemas e cada dia mais nós deparamos com toda nossa historia. Historia essa muitas vezes não vivenciada, mas contada...
Na memória vive uma lembrança, que ficou e nunca mais volto, tendo a pretensão de dar presença a algo que está ausente. No presente a oportunidade de fazer mudanças cabazes de mudar um futuro. Pois ele cada um tem o seu e transforma-o à sua maneira.
Viver de modo a descobrir o novo, aproveitar o velho e usufruir o que temos.
A historia cada um faz a sua, basta imaginar. Não tem nenhuma maneira radical de saber se estamos diante de uma lembrança verdadeira ou de uma construção, pois só podemos recorrer à certeza interior, e ninguém pode nos contestar isto. A não ser que, quando se trata de um fato exterior, uma outra testemunha se oponha a nós. Mas esta outra testemunha procederá da mesma maneira, ou seja, a partir das suas próprias certezas.
Se não fizermos parte da historia e contamos com memória para manter uma lembrança, nada impede de cair em esquecimento ou simplesmente torna-se uma imaginação de quem conta.

março 25, 2009

A memória, a história, o esquecimento

“A memória, a história, o esquecimento”


De modo a entendermos sobre o tema, o mesmo se divide em três partes distintas. A Primeira sendo a memória, onde nos aprofundamos cada vez mais em casos novos, como na arquitetura com novas propostas descobertas a cada dia, e nossa memória com um cotidiano passado permanece intacta. Ou seja, toda uma produção passada, seja ela arquitetônica ou industrial, torna-se anulada em nossa mente. A terceira questão, seria à história, que significativamente, ocupa grande parte na teoria da memória. Ou seja, toda uma história que certo local ou monumento obteve, por sua temporalidade, enfim, torna-se um simples objeto presente, assim surgindo o esquecimento. A terceira questão se trata disso, o esquecimento, de uma obra historicista. Para uma explicação sobre o assunto, podemos citar casos onde os órgãos públicos, “prefeituras” de certas cidades apóiam e aprovam projetos que visam ocupar territórios históricos em certos pontos da cidade. Existem patrimônios tombados, que devem permanecer intactos e outros que não são tombados, mas que estão na memória de muitos e acabam sendo demolidos, pela tecnologia e a ânsia de alguns órgãos que não se interagem e interessam pela ordem de certa cidade. Ou seja aqueles grandes arranha-céus construídos em volta de um edifício histórico, seja ele uma casa, ou uma igreja. Passando assim por cima de toda uma memória que por ali preservara, gerando o esquecimento desordenado de uma época que traria boas lembranças para toda uma população. Esse é um fato importante, outro seria essa evolução com crescimento acelerado, forçando assim pequenas cidades no entorno dessa aceleração, passarem a ser fantasmas. A verdadeira causa dessa teoria está no emprego resultante do crescimento das grandes cidades. Os habitantes saem de suas pequenas cidades, aldeias, vilas em busca de uma vida melhor, e acabam levando suas famílias, gerando assim cidades abandonadas. Casos como esses acontecem em pequenas vilas, em volta de São Paulo. Ilhas cercadas pelas águas do mar e que os acessos tornam-se precários, induzindo assim, essas famílias ao abandono de suas residências. Para algum edifício ter sua história, o mesmo necessita de estar na memória de grande parte de certa população, e se surge um esquecimento pelo mesmo, motivo causado pelo desenvolvimento excessivo da tecnologia em nosso país. Quantidade de coisas novas e modernas que são desenvolvidas, necessitando assim de mais espaço e locais históricos passam a se juntar aos aglomerados urbanos, pisoteados ou não, o novo acaba tomando espaço e aquele edifício histórico acaba não sendo mais visto como era antes.

março 24, 2009

“Nos tornamos um povo tão displicente que não mais nos importamos com o funcionamento real das coisas mas apenas com a impressão exterior imediata e fácil que ela nos transmitem”- Jacobs, jane.
Estamos sendo condicionados; seja pela publicidade perversa de revistas e TV, com a extensa pele seca e lisa de suas top models, cartão postal sem vida nem estória e seus glamorosos estilos de vida; ou seja, pelos grandes pensadores e suas verdades absolutas- e aqui nos incluo, arquitetos que não desprezam conscientemente a importância de conhecer o funcionamento das coisas, ao contrario esforçamo-nos ao máximo para aprender o que os sábios da arquitetura ortodoxa disseram a respeito de como a cidade e os espaços deveriam funcionar.
Viver em sociedade é compartilhar propósitos, gostos, preocupações e costumes, mas é preciso prudência para que não sejamos reduzidos a uma imensa papa monótona e nada nutritiva, as quais se pregam etiquetas de preço, idéia, ou comportamento. E necessário que se aprenda a ler nas entre linhas de nossa sociedade.
Mas o que é saber ler nas entre linhas? Seremos ainda capazes de ‘’ler’’ , quando os ’’textos’’ são cada vez mais ‘’hipertextos’’ e os contextos cada vez mais globalizados, e tendenciosos baseado em anos de aprendizagem e uma infinidade de dogmas, apoiados em alicerces absurdos, voltados para as coisas como elas deveriam ser e não em como realmente são?
“Saber ler”, na sociedade condicionada em que estamos entrando, é poder se posicionar e ir de encontro as propias verdades, estando com elevado nivel de consciência em meio ao mercado de "trabalhadores condicionados" , garantindo assim, sua individualidade,seus direitos, ideais e idéias. As perguntas, talvez mais do que as respostas, tem o poder de criar futuros alternativos, assim, a qualidade das questões colocadas são importantes, necessárias e condicionam a qualidade de vida.
Estamos sendo reduzidos a uma gororoba
E necessário fazer indivíduos de opinião
A qualidade dessas opiniões pode moldar uma sociedade melhor
A qualidade de suas questões pode fazer com que vc faca a diferença

TEMA 3

O TEMA 3 é o nome de um livro de Paul Ricoeur: A memória, a história, o esquecimento.
Data limite para a postagem: sábado, 04/04/09.
Abraço da Flávia.
Lazer completo* (?)


Somos sufocados por frases imperativas que nos ludibriam, indicando um ideal a ser vivido.

Viva o lado coca cola da vida e ame muito tudo isso.*

E por sentir necessidade de ser aceito, ou fazer parte de um padrão, muitas pessoas vivem uma vida que parece mas nao é* aquilo que elas realmente querem.

Os condomínios fechados; coqueluche dos últimos tempos, são um exemplo claro dessa way of life condicionada.
Esses espaços fortificados, por segurança, prestígio e serviços diferenciados, criam espaços socialmente homogêneos onde o morador só se preocupa (?) e se relaciona (?) com seu micro universo de pessoas seletas.
Esse morador é alienado de tal forma, que não percebe que esse espaço de segregação social, transforma o enclausuramento, o isolamento, a restrição e a vigilância em status.

O exercício da liberdade não pode ser individual, dessa forma nunca poderá ser efetivado nesses locais onde se preza uma vida extremamente programada e asséptica, fora da comunidade real e imprevisível. Essas pessoas são prisioneiras de seu umbigocentrismo e de suas vidas "perfeitas".

Outro fator condicionante é o fetiche da mercadoria que com a ajuda da moda, ordena rituais a serem venerados e mais uma vez o homem se torna vítima da sedução de um ideal que o condicionado a comportamentos pré-estabelecidos, homogeneizando-o ao suprimir suas escolhas e desejos genuínos.

Todo mundo usa.*

O homem precisa buscar o significado da vida e de sua individualidade dentro da coletividade que habita e ser autêntico sem se deixar escravizar por padrões criados para massificar a sociedade.

Não seria isso uma boa idéia*?

* frase em folder de venda de apartamentos da construtora Vesper Buritis
* slogans Coca Cola e Mc”Donalds
* slogan Denorex
* slogan havaianas
* slogan caninha 51

março 21, 2009

SORRIA, VOCÊ ESTÁ SENDO CONDICIONADO!
Nos dias atuais nos deparamos a todo o tempo com pessoas que afirmam serem independentes, livres e donos dos seus próprios atos e escolhas.
Seria essa a verdade?
Somos condicionados a partir do momento que nascemos pelos nossos pais. Crescemos nos tornamos independentes financeiramente e ainda continuamos sendo condicionados por uma sociedade hipócrita e que ainda insiste em ditar as regras.
Até que ponto vai a liberdade de escolha de um indivíduo? Se estiver escutando um rádio, você escolhe o que quer ouvir? NÃO! Você vai ouvir o que outra pessoa escolheu, mesmo que você escolha a rádio que quer escutar. Quando você quer escutar um CD, você escolhe o que quer ouvir? NÃO! Alguém escolheu e gravou a música antes pra você.
Quando está em um espaço público, você é dono das suas atitudes? NÃO! Sua atitude será de acordo com o meio, tendo assim que se policiar a todos o tempo conforme as regras impostas.
Somos condicionados pela sociedade, tecnologia, cultura, dinheiro... deixando assim os valores reais, cada vez mais distante da nossa realidade.
O que somos então? Somos meramente objetos de uso do meio em que vivemos, tendo que a todo o instante rever conceitos, e descobrir, a cada dia que passa que não sabemos nada, não somos nada. Somos apenas mais um ser existencial que habita o meio.
VAZIO URBANO
Hoje em dia, vivemos em uma realidade com constante conflito urbanístico. O crescimento descontrolados das cidades associado com a má administração do seu território, fazem com que surgem grandes problemas de urbanização. Como o surgimento de espaços sem qualquer vivencia ou uso, sendo a maior parte das vezes abrigo para a marginalização e refletindo de forma direta na malha urbana e social, tendo como conseqüência não só um problema social, mas também um mau uso do capital aplicado seguido de desprezo do patrimônio adquirido.
Para que uma cidade cresça, não significa que ela tenha que aumentar sua área demográfica, mas sim, fazer um melhor uso de sua área através dos vazios urbanos.
Ao contrário do que uma boa parte das pessoas pensa, vazios urbanos não é somente uma área limpa, sem construção, é tudo aquilo que não possui funcionalidade em uma cidade. Assim sendo, podemos considerar Vazio urbano, um parque, uma praça, um edifício abandonado ou sem utilização, áreas portuárias, galpões que com o passar do tempo deixaram de serem utilizados por motivos econômicos ou políticos.
A partir do momento que os espaços vazios ganharem prioridade e começarem a ser tratados como ponto de partida evolutivo de uma cidade, sem interesses especulativos imobiliários, serão automaticamente integrados ao ambientes dando-lhes uso e criando uma maior integração humana, elevando assim a qualidade de vida
da cidade.

março 19, 2009

Justiça om o passado

A memória é a capacidade de adquirir, armazenar e recuperar informações, visando o passado construído e transmitido por imagens e representações, já a história seria o testemunho, no sentido daquele que vê, ou seja, à análise de processos e eventos ocorridos no passado, com o cruzamento de dados e fontes diferentes, pois tendem a levam em conta observações que vem do interesse de cada um, e o esquecimento faz com que algo saia da lembrança, gera um bloqueio em fatos e despreza-os, omitindo para preservação ou mérito de determinado lugar ou pessoa.
Na verdade deve ser levado em conta para a análise de uma história quem conta e o que essa pessoa conta, pois a memória está diretamente relacionada com o interesse particular ou coletivo em cada história, havendo assim muitas vezes uma diferença entre a experiência temporal e a narrativa, que pode alterar a representação do passado, não sendo fiel a memória deixando-se levar pelo esquecimento com um propósito prévio. Torna-se assim difícil a relações entre história e memória, pois se tende a conservar ou a apagar elementos do passado que tornam a história verdadeira ou de conveniência, gerando assim dúvidas e suspeitas, pois em parte essa memória é modelada.
A história então se torna termos de uma crítica, de um problema e de conceitos, que ora são alterados ou omitidos, porém deve-se lembrar que a fidelidade e a verdade no momento da memória são fatores fundamentais para representação da história tentando não deixar cair em esquecimento fatos com o dever de fazer justiça ao passado.

Condições Humanas

Somos esculpidos e transformados por existir certas formas de ser impostas no meio em que vivemos. A frase “Sorria você está sendo condicionado” faz uma ironia à forma em que o ser humano é obrigado a seguir modelos e como fica estático diante dessa imposição indireta, obedecem de forma passiva às condições pré-determinadas. Condições essas que transformam o ser humano, que a princípio possui diferenças, em um ser controlado e dependente de uma forma fixa de morar e de viver, privado de uma flexibilidade e liberdade.

Manipula-se o ser humano a viver com uma forma base, tradicionalmente moldada, inseridos em lugares padronizados. Assim como a alienação cultural, o meio em que vivem também interfere em suas condições de vida, a arquitetura pode até vim a se transformar em determinadas épocas, porém são fases com protótipos que devem ser obedecidos e com formas fixas, seguidas por uma definição cultural ou por um desenvolvimento tecnológico. São tendências totalmente impostas na forma de se viver e de se morar.

Condicionar talvez seja uma forma de organizar, porém deve-se lembrar que somos diferentes podendo até possuir ações iguais, mas com atitudes diferentes. Sem modelos e condições impostas haveria mais diversificação de reação às essas ações comuns a todos, o que refletiria nos lugares e na vida dessas pessoas, tornado lugares e vidas pessoais com identidade única.

Sorria, você está sendo condicionado

“Sorria, você está sendo condicionado”

O tema por si oferece algo além, de se estar vigiado, como no caso de “sorria você está sendo monitorado”, que nos impõe uma insegurança cada vez maior. Ao observarmos em nosso cotidiano, brutalmente, quando entramos em certos ambientes totalmente zelados, nos deparamos com plaquetas que nos conduzem a uma insegurança indesejável, quando as mesmas avisam-nos que estamos sendo vigiados, assim nos remetendo a uma perda total de privacidade, nos induzindo cada vez mais a sensação de ignorar aquele espaço.
Na verdade a questão verdadeira do tema “Sorria você está sendo condicionado”, seria mesmo uma abordagem critica, da condição de que você está sendo filmado, e aplaudido para a questão do condicionamento natural oferecido em ambientes públicos. Você está sendo condicionado à um ambiente livre, onde se pode optar em ver uma paisagem distinta, posicionado à varias maneiras de agir.
A arquitetura desde períodos passados e presente busca sempre esse aprimoramento do estilo de se viver em ambientes que nos condicionam conforto. No caso da imagem abordada, a mesma foi inserida naquele local ,pois é um espaço de fetiche das pessoas que por ali passam, onde as mesmas estão sendo condicionadas a fazer o que bem entendem. Desde bater papo em uma sombra ou até mesmo no sol, como sentar nos bancos ou gramado e outras atividades mais. Nesses ambientes, estamos sendo condicionados a obter maior privacidade, enquanto que alguns locais nos depararmos com câmeras nos filmando dia e noite. Sorria, seja feliz com o agradável, pode ser uma resposta para o tema “você está sendo condicionado”. Acho que o ditado de que os justos pagam pelos pecadores não contradiz em nada essa questão, a verdadeira causa de estarmos sendo monitorados dia e noite, está no acumulo de violência em nosso pais, que está se tornando cada dia mais critico e se observarmos hoje, esse numero de vandalismo está crescendo absurdamente, forçando assim às autoridades a instalar mais filmadoras. Outra questão importante seria que, na maioria das construções de hoje, pessoas leigas ao assunto “Arquitetar”, estão se tornando obstáculos para um ambiente saudável, pois os mesmos constroem suas casas sem ao menos pensar no que as mesmas podem oferecer de agradável, passando assim a não serem condicionadas ao bem estar. Você está sendo condicionado a viver o que é natural, a arquitetura pode ser pensada dessa forma, pois se você consegue se sentir tranqüilo, livre e confortavelmente em uma praça, porque não condicionar essa questão à moradia.
Gleisne

Sonho e Revolução na Cidade

O olhar nos jornais dos grandes empreendimentos na construção civil, da leitura das imobiliárias, faz o leitor sonhar com algo novo e tão repetido e massacrado pelo pé direito baixo das novas construções que quando pronto se torna um pesadelo, parecendo que tudo encolheu, como nos desenhos dos móveis fora de escala dos jornais.
Parece que agora somente não é mais fachadas dos prédios ou os condomínios fechados com seguranças trancadas e as vezes ameaçadas na beira da entrada, cidadões presos pelos próprio condomínio, tem a sensação de repetidas construções como irmãs quase gêmeas, mas dentro da moda.
O arquiteto se vê cada vez mais precionado, pelas fábulas da bolha imobiliária, mas precisa resistir com dignidade e mostrar novas possibilidades de desenho urbano e arquitetura, não tem como mudar tudo, mas fazer a diferença, a diferença depende de nós.

Arquitetura Condicionada

A “arquitetura” hoje tem sido um condicionante em nossas relações com o mundo. Nossas experiências e percepções são condicionadas por elementos que nos privam de uma liberdade sensorial, visual, auditiva e olfativa. Somos moldados continuamente pelo meio em que vivemos que padroniza as diferenças de cada pessoa na sociedade.

Temos uma relação muito forte com o período de vanguarda, como que um cordão umbilical que ainda não se rompeu. Somos sujeitos a estilos, padrões e o que se vende.
É fácil ver como a arquitetura reflete a ambigüidade de conceitos de mundos distintos em convívio forçado. Existe uma dualidade, e ela é um ponto culminante nos espaços solidificados hoje.

A nossa casa é assim, a janela esta posicionada a uma altura que não me permite ver a paisagem externa assentado no sofá da sala. O laboratório de informática de uma universidade é assim, planta livre vidros com insulfilm e ar condicionado, que não permite sentir se está frio ou quente, se esta passando uma brisa ou não. Somos Cyborgs humanos dentro de uma armadura chamada arquitetura.

mais um artista de tv...

A imagem mostra uma critica a frase: “SORRIA, VOCÊ ESTA SENDO FILMADO!” O espaço escolhido para fazer tal protesto ajuda por ser uma praça publica, já que estamos cada vez mais sendo condicionados em nossos movimentos, atitudes e ações. Tudo isso por uma segurança que nos foi imposta e cada momento tirando um pouco mais da nossa privacidade.
Vivemos quase que um reality show em grande escala, vigiados 24 horas. Um controle por onde esta? O que se faz? Com quem?...Cada dia mais se instala câmeras nas ruas para se ter segurança. Um exemplo é o centro de Belo Horizonte foram colocadas varias câmeras para controlar essa violência. Funciona, mas a privacidade de quem não pratica a violência esta cada vez menor inversamente proporcional a segurança.
O ato de observar tornou-se quase que vicio, mas não simplesmente a ação e sim a obsessão por vigiar. Como diria Claudia Dias (psicóloga): “quando o costume se torna compulsivo, ele deixa de ser abto e passa a ser mania”. A formula mágica tanto funciona que virou programa de televisão, onde milhares de pessoas passam o dia em frente à televisão pra assistir o BBB entre outros programas que tem um grupo de pessoas moram durante um tempo em uma casa e são filmadas durante o dia todo podendo observar o cotidiano e criando situações para testarem os seres humanos.
O filme “THE TRUMAN SHOW (EUA/1998)” foi considerado um dos melhores filmes da década de 90. Ele retrata a vida de uma pessoa que nasceu pra viver um personagem de um programa, mas não sabia e um dia descobre que toda aquela vida ’feliz’ era monitorada por diretores, câmeras... O filme nos faz pensar que não é sentar simplesmente atrás da nossa televisão com um pote de pipoca e pronto. Existe uma vida real do outro lado, que é uma discussão profunda sobre a vida das pessoas, sobre o fenômeno da mídia e sobre o que consideramos real é altamente filosófica e cheia de significados.

Sorria, você esta sendo condicionado - Neander

Eu, tu e ele; condiciono, condicionas e condiciona.
Nós, vós e eles; condicionamos, condicionais e condicionam.

O arquiteto e o urbanismo como agencioadores de condições, o usuario como um corpo condicionado, partindo com ponto de vista de que para cada ação há uma reação, fico me perguntando em qual momento entra a papel do reagente, daquele que reage, seria esse o possibilitador de transformação?

Reaja, até onde você é condicionado?

Neander Sathler

Condicionado por uma arquitetura

CONDICIONADO por uma arquitetura

Janela em fita, pilotis, planta livre, fachada livre e terraço jardim são os cinco pontos da arquitetura ditados nos anos 30 pelo arquiteto Le Corbusier, no qual inovador da arquitetura moderna defendeu a praticidade e funcionalidade da arquitetura.

Atualmente o único tema proveniente do modernismo ainda seguido pelas construtoras é de que “menos é mais” (dito por Mies Van der Rohe), porém com um sentido diferenciado.

Quanto menos “tijolos” mais “lucro”, assim cada fiada de tijolos retirada do pé-direito nos apartamentos de um prédio possibilitará mais um andar, logo mais apartamentos, mais lucro para uma construtora, que por sua vez, deixaram os terraços jardim para a construção de luxuosas coberturas duplex.
Qualidade de vida para as grandes construtoras, grandes especuladoras imobiliárias, são apenas os recursos oferecidos no entorno do espaço projetado, se é que se pode considerar projetados os espaços oferecidos. De “vista para a mata”, “vista para o mar”, “vista para o parque”, “3 minutos do centro”, são os mais comuns “slogans” que convencem aqueles que não esperam algo mais, ou ao menos o básico de qualidade de vida em um espaço arquitetônico.

SORRIA, VOCÊ ESTÁ SENDO CONDICIONADO!

Acho que esse tema é o que vivemos hoje na mídia, que tenta, e na maioria dos casos consegue, condicionar o telespectador. Imagens de produtos, bens de consumo sendo usados pela classe alta da novela das oito, e portanto, desejada pelas massas da classe baixa. Uma imposição do ter que ter ao invés do poder ter. Uma deturpação quando precisamos ter, ao invés de ter o q precisamos. Uma linguagem do consumismo bombardeando a todo tempo, a todos nós.
O condicionamento, mais uma vez, das novelas globais, quando nos fazem pensar q o cenário do PROJAC é “sem dúvida o melhor lugar pra se morar”. E que “se eu não tiver o q o protagonista chick tem, não serei feliz.
Sem contar no condicionamento político. Onde somos manipulados e sem que percebamos, acabamos por fazer acontecer o q nos foi “ordenado”.
Abramos os olhos... Estamos sendo CONDICIONADO!!!

Sósthenes Queiroga

VAZIO URBANO

Na realidade de uma metrópole, o fenômeno que designamos por “vazios urbanos”, torna-se nefastamente em algo recorrente, mas não apenas no presente. Na evolução das cidades, a má gestão territorial, que muitas das vezes é originada por vontades políticas e interesses econômicos, tem como consequência a origem de espaços marginalizados, desprovidos de qualquer vivência ou de qualquer racionalização urbanística. Estes espaços deixados ao abandono, são potencializadores da degradação do ambiente urbano e, consequentemente, do tecido social.Quanto a mim, os “espaços vazios” terão que complementar os “espaços cheios”. Este complemento consegue-se através do equilíbrio destas duas condições, na medida em que o espaço público por si só, é potencializador da vida em cidadania. O território em desuso, terá que ser pensado como um ponto de partida para a resolução dos problemas, no que diz respeito à requalificação e revitalização das cidades, não baseado na especulação imobiliária e econômica, mas sim como uma visão sustentável da urbe.Estes espaços terão que possuir um caráter unificador e não rupturante, na malha e no desenho da cidade. O ambiente urbano valoriza-se automaticamente, se os vazios urbanos forem pensados para servirem e serem parte integrante da cidade, criando as sinergias e dinamismo tão necessárias na relação humana.

Sósthenes Queiroga

Condicionado ao se projetar

A questão levantada, “sorria, você esta sendo condicionado’’ segue a lógica da padronização, que tem como significado a técnica que visa maior desempenho ao se produzir, mas que não deixa de atender as expectativas do consumidor e possibilitando assim uma organização.
Podemos observar que muitas vezes esta organização ao invés de ajudar, trás prejuízos a nos mesmo, estando condicionados a um modo de morar e de viver, ao se fazer um projeto percebemos que muitas vezes sempre são as mesmas dimensões (peitoril 1 metro de altura, pé direito 3 metros), formas (quadradas) e materiais (alvenaria), seguindo uma padronização estabelecida devido à região onde se esta, por razões logísticas e ate por razões culturais. Um dos motivos que esse condicionamento permanece é devido ao valor agregado do produto, deixando de ser em série passando a ser “artesanal”.
A construção sempre obedeceu a um número relativamente reduzido de regras mais ou menos existentes, com o passar dos anos o processo da ciência e com o surgimento de pesquisas, bem como a produção em série, ocorreram mudanças significativas que alteraram a vida do homem.
Em virtude dessas condições, o arquiteto, vê se diante da necessidade de mudanças no momento de projetar, deixando de ser condicionado a formas, materiais e dimensões, possibilitando assim um ambiente realmente funcional, que lhe proporcione agradáveis sensações no ambiente, sendo condicionado a um ambiente impactante, utilizando técnicas construtivas e materiais novos, valorizando as particularidades do local.

março 18, 2009

"Sorria, você está sendo condicionado!"



Opa, opa, opa... só quem sorri é quem está com o ar“codicionado” ligado!
.
Saca só, não há como sorri se está sujeito a uma condição hipoteticamente descômodo.

Balelas à parte, não que não venha mais!

Estou eu pensando em como as pessoas lidam com condições de protesto nos tempos de hoje, e me veio a cena os pelados pedalando a pedalada da paz (word naked bike ride).
Não que eu seja contra a paz, pedalada ou mesmo está pelado, e que os três ao mesmo tempo cria conflito e desconforto as partes que menos pega sol! Se é que me entende...

Há quem diga que os únicos que acharam uma bosta foram os pobre coitado dos selins!

Acredito eu, como um adepto do “pedalar”, que a saída para o desentupimento do engarrafado transporte urbano, há de ser um dia a bicicleta. Além de ser ecologicamente auto-sustentável e ambientalmente viável.

Para ser viável tem que ter o viário. Ou é o viário que deve ser viável!

Nossa criatividade deve persuadir a instigar as possibilidades da utilização da bicicleta especialmente no ambiente urbano. E para isso é preciso reeducar, sensibilizar e convencer em primeiro lugar aos urbanistas, e arquitetos que planejam o tráfico e o espaço urbano.
Também e preciso soberania dos governantes ao fazer pouco caso das ciclovias e ciclofaixas, ao qual deveria ser tratada com mais atenção.

Pois quem anda de bicicleta também vota! Já dizia o tio Gegeca.

Devemos argumentar colocando a bicicleta e o tráfico urbano da bicicleta não só como valores sócio-ecologico, mas também estéticos. Uma cidade com muitos ciclistas urbanos é uma cidade artisticamente, culturalmente e esteticamente diferente, não só moralmente melhor.

março 09, 2009

TEMA 2


Em tempo: esta imagem é o tema.
"Sorria, você está sendo condicionado!"

março 05, 2009

Vazio Urbano

A forma de como os espaços livres existentes no meio urbano e de como são ocupados, sem integração com o seu entorno é uma preocupação. Deve se observar que ao meio ambiente por um lado, tem a questão da possível degradação causada pelo processo de expansão urbana e por outro, a relação de ambientes muito densos com poucos espaços livres, muitas vezes esses espaço inabitados são resultados da ganância da especulação imobiliária; lugares esses que deveriam ser redescoberto nas cidades com a finalidade do crescimento urbano, porém são encontrados à espera de maior valorização ficando esses desapropriados sem utilização.

Estes vazios urbanos muitas vezes também são esquecidos pelo crescimento urbano, podendo ser áreas de passagem eventuais que muitas vezes passam despercebidas, mas são parte de um bem da cidade, como seus edifícios, suas ruas e seus habitantes. Deveria esses vazios então ser pensados para um novo planejamento urbano, com o sentido de promover ações que estimulem a ocupação desses espaços. Espaços esses de áreas ociosas, vazias, de todos tamanhos. Representam desde grandes até pequenos lotes, ou mesmo ainda prédios construídos ociosos em processos de marginalização, degradação, decadência física e espaços sem uma funcionalidade humana. A existência desses vazios inaproveitados não constitui somente um problema social, de mau aproveitamento do capital investido e de desprezo do patrimônio construído, constitui também um crime ambiental, já que esses deixam de usar uma infra-estrutura projetada e calculada para sua utilização, fazendo a cidade buscar novos terrenos para crescer.

Deveremos então poder identificar claramente o que são vazios urbanos diante das cidades os quais deveremos intervir de forma que esses espaços se encham de identidade, que permita nesses obter função e um uso gerando assim nesse local uma vida social urbana.

VAZIOS URBANOS

O espaço urbano me remete a imagem da cidade, lugares adensados, populoso onde acontecem as coisas... Quando colocado à palavra VAZIO na frente do urbano todo aquele espaço urbano pensado inicialmente vira um grande nada. Vindo em minha cabeça um “espaço nada” em vez de vazio urbano. É um pouco daquela nossa discussão do texto do Neander onde os vazios urbanos são os não-lugares, espaços que às vezes existem, mas não acontecem nada, as pessoas não tem uma vivencia ou uma experiência naquele local ate mesmo podendo ser apenas um lugar de passagem.
O projeto do Breno e da Louise dos LOTES VAGOS me faz pensar muito sobre esses vazios urbanos, que é uma realidade das cidades. Esses lotes onde não acontecem nada são pontos privados de abandonos e de uma maneira “inovadora” e desafiadora eles criam uma nova experiência, um jeito novo de experimentar aquele espaço, criando uma vida, tornando os lotes espaços públicos temporários de uso coletivo. Onde o grande barato dessa proposta não é envolver só o lugar, mas a maneira de cada um se apropriar do espaço.

Aline Merotto

Vazios Urbanos

Vazios Urbanos

Os vazios urbanos consistem em termos, aos locais que foram construídos de forma a atender certa população, mas acabam sendo inúteis pela sua desvalorização no contexto do local. Um exemplo forte seria a presença de certas praças que são construídas, mas infelizmente não atendem ao gosto de toda uma população. Para a questão das praças, na maioria das vezes, a mesma não se encaixa em determinados lugares, por causa do contexto e pelo numero de pessoas que passam a maior parte do tempo na rua ou até mesmo a questão da temperatura no local. Um exemplo forte desse vazio urbano, podemos considerar analisando a nova praça construída no centro de Coronel Fabriciano, ou seja, parece que a mesma foi inaugurada sem ter sido finalizada e um fato que parece ter sido intencional, pois o que investiram trazendo cantores famosos para a inauguração, poderia ter sido investido melhor no projeto.
Alguns fatores predominantes e que seriam necessários no ambiente dessa praça seria uma urbanização mais reforçada, com presença de plantas, árvores e a presença de cobertura em certos lugares. A região é muito quente e a praça está totalmente descoberta, gerando assim um vazio urbano, passando a ser um espaço somente visual.
Existem edifícios que foram elaborados para atenderem uma certa população por longo tempo, mas por razoes econômicas, políticas etc, acabam sendo abandonados ou tombados por historiadores, assim não podendo atender aquele numero elevado da população que ali costumava freqüentar. A exemplo disso, temos às estações ferroviárias, que por forças do crescimento elevado da cidade, teve de ser abandonada e construída em outro local. Mas de que forma esses vazios urbanos são gerados? Existem varias maneiras de entender sobre a questão, uma delas quando a prefeitura de certa cidade projeta e libera algo com consciência que durará por pouco tempo, pois com o crescimento elevado da cidade de alguma forma tudo terá que crescer ou sair daquele lugar. Outro fator importante seria a questão da construção de praças, em épocas em que a própria população não se sente segura de aproveitar, por motivos de violência, que é um caso muito comentado e vivido nos dias de hoje.
De forma a entender sobre esses vazios urbanos, podemos concluir que existem porque a própria população deixa de conviver em espaços de lazer projetados pela cidade, devido ao medo da violência que ocupa toda população em geral, e outros vazios urbanos, são provocados em meio urbano pela própria autoria da cidade, como nos casos de rotatórias que simplesmente se projetam um gramado, sendo que poderia acontecer algo importante para a população no entorno das mesmas.

(Gleisne Josemar Oliveira)

Vazio Urbano

Vazio, do latin vacivu. Palava que tem vários significados: que não contém nada ou só contém ar, esvaziado, desocupado, despovoado, etc.

Nos aglomerados urbanos, existem vários espaços com essas definições, mas tais espaços não seguem a risca do significado da palavra. Esses espaços podem ser de transição, como um bulevar, que em determinado momento, torna-se um vazio urbano, ou um campo de futebol, que só é um vazio quando não há jogos.

Mas tais espaços são predefinidos para uma atividade específica, mas não necessariamente serão utilizados para tal finalidade. Um campo pode se tornar uma área de festa, um bulevar pode ser uma área de leitura, ou apresentação de peças teatrais.

Atualmente a cidade transcorre de uma maneira muito dinâmica, metamórfica, quebrando paradigmas e adequando novos usos para os espaços.

Assim, no meu modo de ver, tem que ser a arquitetura, algo que se transforma de acordo com o tempo e a necessidade, sempre adequando com novas possibilidades de vivência de um espaço.

Vazio urbano

Podemos entender de maneira geral como vazios urbanos, os espaços não construídos, e não qualificados como áreas livres, no interior do perímetro urbano. Mas, a questão pode tomar um sentido mais abrangente quando levamos em conta a evolução das cidades e a má gestão territorial, somada a interesses politicos e economicos, que acabam por gerar grandes vazios demograficos em areas mesmo densamente construidas.
Tendo origem na transformacao do uso do espaco, esses “vazios,” podem ser cidades que mudaram de perfil economico: antigas areas fabris ou portuarias que nao mais possuem funcao e se encontram agora em desuso, dando origem a espacos marginalizados, desprovidos de vivencia e, logo, potenciais degradores do meio urbano e do tecido social; ou mesmo, consequencia de uma substituicao do perfil populacional reduzindo as densidades locais: exemplo, enobrecimento urbano.
Fenomeno conhecido tambem, como gentrificacao ou enobrecimento urbano, tem origem em um conjunto de transformaçoes do uso do espaco, com ou sem o apoio do governo, e que tem como caracteristica a expulsao de moradores tradicionais pertencentes a classes sociais menos favorecidas, de espacos urbanos que sofrem, repentinamente, intervençoes provocando sua valorizacao imobiliaria. Fenomeno corriqueiro em terras brasileiras, podemos observar o fenomeno na cidade do Rio de Janeiro ja em 1902, quando foram retirados os pobres do centro da cidade os quais acabaram por se refugiar nos morros ao redor, tendo sido dado assim inicio a formacao das favelas. Mais recentemente podemos citar o caso do Pelourinho em Salvador e da cidade de Recife, onde a populacao foi retirada, mas nao foi acompanhada de uma boa infraestrutura de urbanimo e arquitetura.
O que e necessario entender e que o territorio em desuso deve ser tratado como um espaco possuidor de um carater unificador e nao rupturante podendo ser assim , pensado como ponto de partida para a resolucao dos problemas e revitalizacao do desenho das cidades. Afinal a cidade valoriza-se automaticamente se os vazios forem estruturados para servirem e serem parte integrante do meio urbano.
O arquitecto espanhol Ignasi de Solà-Morales, definiu com clareza estes territórios : “uma área sem limites claros, sem uso actual, vaga, de difícil compreensão na percepção colectiva dos cidadãos, constituindo normalmente um rompimento no tecido urbano. Mas é também uma área disponível, cheia de expectativas, de forte memória urbana, com potencial original: o espaço do possível, do futuro“

Vazios Urbanos - Neander

Quero levar minha observação para o ponto de vista sócio-político do espaço, ou seja, visualizar o lugar vazio como uma dinâmica entre fluxo, edificação, corpo, permissão e apropriação.



IMG01 – passagem subterrânea pela BR-381 em Ipatinga, MG.



IMG02 – escadaria no Morro do Cruzeiro em Antônio Dias, MG.

O vazio não como um lugar a espera de uma ocupação, e sim como possível a outros usos, enquanto sua principal função, ou a função pra o qual foi concebido, não acontece. Então seria como que projetar uma edificação que seja passível de um vazio, que seja ativa de liberdade. Que possa permitir, e que seja apropriável, por quem quer que seja, em horário indefinido.

O vazio temporal.

Neander Sathler Andrade

( ... )

Possibilidade de preenchimento infindo de atividades e apropriações à respeito da cidade e sua constante dinâmica. E são nessas dinâmicas e cidades que conseguimos encontrar frestas para entendê-las e concebê-las.

Frestas...pausas...intervalos...vazios!(?)

Espaços de estar, bancos, sofás, janelas de carro, mesas de jantar, que se colocados em diferentes contextos funcionam. Banquetes?

Estacionamentos, faixa azul, vazios legitimados, cidade, espaço comercializado.

Prostituída por imposições financeiras a cidade “cresce”.Desaparecem parques, praças, espaços arborizados “nascem” edifícios, galpões.

Novos vazios urbanos surgem; edifícios ociosos em regiões centrais produzidos por uma desvalorização imobiliária. Desprezo pelo patrimônio construído.

Vazio: espaço sem ocupação física, engessado, limitado, sem vida.

Vazio urbano: sintoma de uma época em que o ser homem é ser irracional.

Vazios Urbanos

Vazios Urbanos são considerados muitas vezes aqueles espaços não aproveitados dentro de uma área urbana, podendo ser construções abandonadas, destruídas ou simplesmente um vazio por si só. Na minha opinião, vazios urbanos são aqueles espaços “esquecidos” pela sociedade, onde neles poderiam haver um urbanismo, uma arquitetura ou mesmo alguma intervenção do tipo site specific. Esses espaços ociosos podem também serem explorados como áreas para eventos temporários, atividades que de alguma forma não excluam os mesmos dentre o ambiente urbano.
O vazio urbano pode-se passar despercebido ao olhar de uma pessoa, sendo que estes são lugares não utilizados e não atrativos. O próprio crescimento da sociedade pode gerar essas áreas livres. Uma praça, por exemplo, para alguns, é considerada um vazio urbano, um lugar onde existem ações esporádicas, dependendo sim do local onde se encontra. Ás vezes, essas praças, esses espaços servem de integração para uma sociedade, interagindo, assim, com o entorno da cidade.
As transformações rápidas da metrópole geram esses espaços desqualificados que podem ser os próprios terrenos vagos ou resíduos de antigas áreas produtivas, e são esses, conseqüências desse crescimento desordenado.
O espaço em desuso, sendo pensado como ponto de partida para solução de problemas da própria cidade e da sociedade, tende a requalificação e revitalização do lugar, não baseado na especulação imobiliária e econômica, visando até mesmo uma sustentabilidade do urbano.

Vazio Urbano e seu potencial

O vazio urbano às vezes invisível ao olhar minucioso, corrido e massacrado pelo tempo, que passa pelo olhar do pára-brisa de um carro ou de um ônibus, que mesmo próximo não se conecta, com os lotes vagos, como Belo Horizonte que planejou expandir em uma direção e expandiu fortemente em outra.
“Desde o início da formação da cidade, as camadas de mais alta renda de Belo Horizonte se expandiram na direção sul e nela se mantêm até hoje. Belo Horizonte mostra exemplarmente como essas camadas não abandonam sua direção de crescimento, mesmo quando a ação do setor imobiliário e do estado tentam demovê-la disso. Foi o que ocorreu com Pampulha, que se localiza na direção oposta àquela.” (VILLAÇA,1998:200).
Ocupar os espaços vazios e da-lo um novo sentido é transformar um ambiente no próprio beneficio de seu entorno. O projeto Amnésias Topográficas do Grupo teatral de rua Armatrux de Belo Horizonte (que convidaram os arquitetos Carlos Teixeira e Louise Ganz para colaborar em sua montagem) propuseram transformar lugares negativos como as palafitas que ocupam edifícios nas partes montanhosas de BH em palcos de apresentações.
O vazio urbano às vezes é ocupado por sem tetos, comércios informais, matos, etc., podendo esconder dentro de um único espaço – ou dentro de uma situação – potencialidades que mesmo irreconhecíveis faz parte de um cotidiano comum.
O potencial citado, muitas das vezes retorna como ocupações inteligentes, tais como cultural (cinematográfica, teatral, artística em geral), e propostas de espaços simples e necessários, ambientes como jardins, lugares de descanso e lazer.

Vazio Urbano

Espaço VAZIO VAZIO Urbano

Com o intuito de reconhecer espaços vazios e vazios urbanos, surgiram então definições e subestações categóricas a partir de um olhar minucioso e crítico da cidade.
Analisando inicialmente o significado teórico da palavra VAZIO, nota-se: Vazio – vácuo, vago, oco, que não contém nada, despejado, desocupado, despovoado, destituído.
Introduzindo os sinônimos e o significado da palavra em um contexto da cidade torna-se então compreensível e reconhecível em todo o Vale do Aço de acordo com as subdivisões criadas por praticantes da cidade – o cidadão.
Vazios urbanos são formados normalmente por espaços não construídos e não qualificados como áreas livres no interior do perímetro urbano.
Espaço urbanizado e não utilizado – podem ser considerados vazios urbanos os espaços projetados (ou mal projetados) para acontecimentos do cotidiano, porém em conseqüência de um vazio demográfico ou por ações marginais não são utilizados. Um exemplo claro é o centro esportivo, no bairro Novo Centro, onde quase nunca utilizado se torna um vazio dentro de um espaço aglomerado por falta de pessoas disponíveis para praticar as ações oferecidas.
Espaço de especulação imobiliária – são espaços vazios reservados pelos proprietários para a especulação buscando, no decorrer do tempo, aumentar o valor da terra, em conseqüência da infra-estrutura instalada. Esta ação se torna visível (ou ao menos se tornou durante um período passado próximo) em todo o vale do aço, principalmente nas áreas periféricas.
Vazios demográficos – são vazios urbanos que em áreas densamente construídas tem um índice populacional baixo. Esse fenômeno desconsidera a teoria de que no vazio urbano não existe construção. O centro de Ipatinga é um exemplo notável, destaca-se pelo grande índice de ocupação de terrenos e pequeno número de moradias, resultando em um baixo índice populacional.
E assim são caracterizados os vazios da cidade – vazios urbanos – comum no cotidiano e compreendido pela sociedade.


Thiago Souza

março 04, 2009

VAZIO

VAZIOS URBANOS CONSTITUEM-SE NORMALMENTE DE ESPAÇOS NÃO CONSTRUÍDOS E NÃO QUALIFICADOS COMO ÁREAS LIVRES NO INTERIOR DO PERÍMETRO URBANO DE UMA CIDADE. [site wikipédia]
VAZIO urbano=PRAÇAS. Questionar a existência de praças em meio ao cruzamento de vias, seja nos tempos de agora, uma indagação muito pertinente, ora visto que em cidades pequenas, sua presença não é conivente com usos comuns a população, levantando assim um questionamento quanto ao seu POR QUÊ. O que me leva a crer que o vazio é ocasionado pelo MAU PLANEJAMENTO URBANO.
As praças nasceram de necessidades: espaço para abrigar as atividades de TROCA e para a tomada de decisões COLETIVAS; de endereço para os ENCONTROS, para as festividades; de um símbolo para a COMUNIDADE, enfim, de um “ESPAÇO” facilmente acessível para a realização das mais variadas AÇÕES. Ao ver uma praça, observa-se que a maioria delas se encontra em meio a cruzamento de vias, por exemplo, em um bairro que possui um espaço que não tem nenhuma utilidade lucrativa, ora comercial ou imobiliária, logo se é pensado uma praça; de modo que, em sua maioria, as praças estão sendo construídas não mais pela necessidade de um espaço para variadas FUNÇÕES, mas sim um meio de se “maquiar” talvez um problema de planejamento urbano.
Perceber que o numero de praças inabitadas AUMENTOU é se preocupar com a gravidade das questões que as envolvem, somente substituir “locais com nada”; por plantas e equipamentos urbanos não é garantia de USO DO ESPAÇO, as praças necessitam de um pensamento muito além, que esteja totalmente ligado ao seu entorno e a população, de modo que se possam projetar praças para o USO, e não mais para a estética da cidade.
Por isso o termo Vazio urbano me remete as praças, uma vez que é comum cruzar uma praça deserta sem haver nenhum QUESTIONAMENTO, tornando-se algo terrivelmente normal. O “vazio” surge de uma falta de planejamento urbano que envolva a população, e que somente a preocupação pela estética da cidade e a política é que se leva em conta, o que infelizmente contribui para uma relação cada vez mais IMPESSOAL do habitante com a cidade, transformando POSSÍVEIS ESPAÇOS POTENCIAIS em VAZIOS URBANOS.

revitalização dos espaços ociosos

A evolução da cidade gerará espaços vazios sob a ótica das transformações do cotidiano e o novo modo de espacialização da sociedade contemporânea.
Espaços que são visto com uma problemática na malha e no desenho da cidade. E tem como acarretamento espaços de origem degradados, sem qualquer relação usual com o contexto urbano.
O espaço vazio e ocioso tem que emaranhar com o entorno da cidade de forma ocupacional sem sobressair do contexto e história do lugar, essa promiscuidade dos espaços revitaliza e reintegram a cidade e suas questões. Fazendo com que assim haja uma subvaloriração espontâneo do local
A junção interdisciplinar no momento da reestruturação dos espaços ociosos tende-se a desmenbrar a problemática sócio-cultural, identificando e desenvolvendo novas praticas de pesquisa, que vão dar respostas novas para as cidades que estão em constantes transformações.

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Vazios Urbanos

Vazios urbanos são espaços não construídos, caracterizados como remanescentes urbanos, áreas ociosas. Estes “espaços vazios” existem devido ausência de ocupação funcional, de interesses sociais e transformações de usos urbanos.
Os espaços vazios na verdade poderia ser um complemento dos “espaços cheios”, tendo um equilíbrio destas duas condições criando assim o desenho da cidade.
Criando possibilidades efêmeras, com situações temporárias, atendendo à flexibilidade temporal necessária, transformando os usos e espaços de modo inusitado podendo ser uma praça, feiras artesanais, encontros, entre outros. Não impondo apenas um desenho único da cidade e sim revitalizando as cidades, deixando de ser entregue à decadência e a marginalização.
Reconsiderando o ritmo acelerado do crescimento das cidades, os “vazios” não seria uma especulação imobiliária (muitas vezes transformando os “vazios” em condomínios residências fechados sem nenhuma relação com o entorno) os vazios urbanos seriam espaços comunitários, tendo varias grupos em um mesmo lugar, que possibilite compartilhar valores e estrutura de pensamento, podendo se expressar.
Tendo sua estrutura de acordo com o espaço que se precisa, possibilitando uma visão contemporânea, trabalhando com o vazio no seu sentido imaterial, superficial.
Apesar de denominados “vazios urbanos” muitos desses espaços trás consigo um valor não apenas como localização estratégica na cidade, mas sim dos fatos ocorridos ali.
Temos que avaliar e verificar a importância do “vazio urbano” no contexto urbano de cada cidade para não se tornar as mudanças em apenas um mero capricho.
Contudo, se os “vazios urbanos” que hoje existe fosse pensado para ser parte integrante da cidade, criando-se um ambiente urbano valorizado, não seria um problema que permanece sem solução ou que se agrava com o tempo, seria um espaço utilizado por todos, possuindo uma interação maior com a população.

Vazios Urbanos ou Idéias Vazias

Vazios por si só, vazios por força do destino, vazio por um ponto de vista, vazios porque assim os intitularam. Vazios urbanos ou esquecidos por nós, por um lado são apenas terrenos, com construções, vegetações, com vida ou esperando sua “própria morte”. Para muitos são vazios, mais se olhar bem, são espaços de grande potencial, não sei dizer ao certo a grandeza desse potencial, mas penso que se bem trabalhados podem perpetuar historias. Mais se acaso forem tratadas como simples vazios, podem sim, cavar sua própria morte, matando suas historias,vivencias e relações com o entorno. Fico com uma citação simples achada em um site que resume um pouco melhor, meu pensamento sobre o papel do arquiteto perante esses espaços ou vazios urbanos (os “espaços vazios” terão que complementar os “espaços cheios”. Este complemento consegue-se através do equilíbrio destas duas condições, na medida em que o espaço público por si só, é potencializador da vida em cidadania. Assim, o território em desuso, terá que ser pensado como um ponto de partida para a resolução dos problemas, no que respeita à requalificação e revitalização das cidades, não baseado na especulação imobiliária e econômica, mas sim como uma visão sustentável da urbe. http://trienaldelisboa.wordpress.com/2007/02/19/18/).

março 03, 2009

Vazios Urbanos

Para mim o vazio não existe. É lógico pensar que o lote vago na esquina provavelmente foi ou será um campinho de varzea vivo na memoria de alguem, que a fábrica abandonada é um deposito de lixo, criadouro de dengue e abrigo de marginais, enfim, que por não existir uma edificação ali, se denomina um “vazio”.
O espaço não é vazio na memoria das pessoas, ele existe e está edificado, na convivencia, na presença não solidificada e isso é o que importa. Nós futuros arquitetos temos o potencial de transformar esses vazios em espaços ricos em vivencia e realidade, ou em lugares péssimos e sem vida por um favor ao ego, e é isso que mais vemos acontecer à algumas décadas.
Se pensarmos em usar os espaços vazios para complementar os cheios, provavelmente alcançaremos um equilibrio social publico ou privativo, é importante visualizarmos o espaço vazio como uma ponte unificadora potencial e não rupturante no desenho urbano e na vida comunitária.

Davidson Felipe