junho 22, 2007

Imagem, marketing, lucro!



“Certa vez, ao visitar uma das edições da Casa Cor, deparei com um mini-haras em que um cavalo puro-sangue se exercitava sobre uma esteira. O evento era uma seqüência enfadonha de ambientes domésticos competindo entre si através da decoração, tanto mais redundantes quanto maior era o empenho em serem originais. Aquele cavalo, no entanto, ao mesmo tempo em que resumia bem a superficialidade do evento, destoava do resto. Com seu olhar melancólico, somado ao movimento ritmado e sem esforço das patas, dava, involuntariamente, um sentido reflexivo àquilo tudo. Uma aparição inusitadamente real e triste em meio à alegria efêmera daqueles cenários”.

Atualmente podemos ver cada dia mais nas cidades, uma arquitetura mais rebuscada, de vitrine que procura conquistar a população pela beleza, pelo olhar, fazendo com que muitas questões importantes como a relação pessoa X espaço, percepção, cotidiano, etc, sejam deixadas de lado.
Podemos ver que muitos arquitetos tentam conquistar o cliente pela imagem, sendo que na maioria das vezes esta não condiz com o projeto final.
Luz, transparência, leveza, sensibilidade, são peças chaves para uma exuberante forma e pronto, teremos um desfile de estrelas.
O cliente fica satisfeito, o arquiteto fica satisfeito e tudo fica bem.
Mas é só começar a obra para se ter o circo montado.
A arquitetura hoje em muitos casos é considerada para muitos como sendo uma questão de status. Algo feito apenas para as madames, para a “elite” e não para a população mais carente, para os mais necessitados.
Para os arquitetos seria mais conveniente produzir uma arquitetura para a “massa” ou continuar a produzir esta arquitetura para a os mais favorecidos?
A questão é que mesmo que esta arquitetura seja tão bela, pode não estar preocupada com o que há em seu interior, com o seu conforto e apenas com o visual, a estética, pois o visual é a melhor ferramenta de apoio ao marketing (ninguém vê as sensações, só quem as experimenta).
Talvez seja por isso que os arquitetos famosos investem tanto no visual de seus produtos.

junho 21, 2007

www.compreaqui.com.br

C&A, Renner, Riachuelo, Leader, Marisa, Zara, Hering
São várias lojas que vendem as mesmas roupas, das mesmas cores e modelos. Se você compra uma peça de roupa, quais as chances de deparar com outra pessoa usando igual? O mesmo ocorre com as grandes construtoras, nas grandes cidades brasileiras. São espalhados diversos condomínios idênticos, diferenciados apenas pela cor, ou pelo tipo de janela, enfim, umas séries de casas idênticas, prontas, aguardando apenas você tiram-las da prateleira.

Podemos achar que essa nova forma de “vender“ arquitetura não seja a melhor, como também há pessoas, leigos ou não, que acham essa estratégia de pronta-entrega, loja virtual, drive-thru muito boa. Entrar no site e montar sua geladeira (http://www.brastemp.com.br/portal/control/bs/br/s1/montarmeupersonal?paginaOrigem=lojavirtual) ou sua casa (http://loja.mrv.com.br/). E ai pronto, tudo foi resolvido fácil e rápido.
Portanto, dentro esse mundo tecnológico, onde as imagens valem mais que o real, a arquitetura de revista, de internet, acaba conquistando as pessoas e o arquiteto de escritório torna-se um grande estilista de exclusividades.

e se...

Divulgar a arquitetura e torna-la integrante do cotidiano das pessoas, mas o que e como fazer? Concordo que a integração entre as áreas como as artes, literatura, moda se faz necessária e utilizar de meios como marketing é fundamental, mas todo o processo apresenta “poréns” e “e se” (parodiando o Fred em suas orientações).

Arquitetura pode e deve utilizar da moda como integração e até vender arquitetura como bolsas, mas Prada e Dolce Gabanna? Desta forma a arquitetura continuaria restrita a uma elite, que é a minoria, apenas deixaria de se restringir ao seu meio, construção civil, e tornaria objeto de desejo de uma outra forma, com a moda e com a arte, sempre elitista! Continuaria a não interferir na vidinha da Dona Maria que lava roupa pra fora e cuidas dos sete filhos quando não estão na escola...

Todavia não pode se tornar cretina com divulgações e logomarcas que fazem com que a arquitetura se torne lembrancinha de embalagens ou mero papel inutilizado para embrulhar peixe na feira!!! Ou ainda, fazer com que qualquer pessoa ache tão banal e tão barato os serviços de arquitetura disponibilizados que aumente a “prostituição” da profissão com pessoas não qualificadas para elaborarem os projetos.

O caminho certo para atingir este objetivo é tão tênue que qualquer desequilíbrio pode levar a acentuação do elitismo ou no desmerecimento do trabalho realizado. Então qual caminho seguir para a difusão em massa de uma arquitetura rica em conceitos e qualidade? Divulgação que pode ter como “inimiga” os próprios meios de propaganda com imagens e frases de impacto ou mesmo com integrações com outras áreas que podem fazer da arquitetura um mero tema para coleções!

Vale tentar...
e se a arquitetura fosse divulgada na CeA?
e se a arquitetura social achasse o caminho certo e chegasse as minorias?
e se houvesse maior interesse dos arquitetos em gastar um pouquinho do seu tempo e pensar efetivamente no assunto?
e se a proliferação da arquitetura fosse matéria curricular?
e se 90% da população soubesse simplesmente o que é arquitetura?
e se deixasse de ser chique para ser fundamental?
e se redescobrissem uma nova arquitetura?
e se........................

(sábio Fred!!)

junho 19, 2007

3° setor

Desde o início do processo de abertura política, de preferência nos últimos dez anos, o chamado terceiro setor tem passado por uma expansão crescente. Avaliar de forma objetiva e tentar associa-los a tudo de forma que se tornem comercializáveis, tem aumentado a atuação deste setor, ampliando o impacto social. Com a missão de enfrentar sempre grandes desafios o setor está em franca expansão, é uma iniciativa. O momento é do marketing e dos negócios, o que representa uma revira-volta no setor cultural. Ele implica em pensar estrategicamente, gerenciar com eficácia, comprovar e comunicar. O que antes se tinha como arte para admirar, enfeitar, expor, enfim, hoje é meramente um produto às vezes bem mais imagem do que realmente seria. Coisas do tipo “propaganda é a alma do negócio!”. Muitas vezes compramos uma imagem, a propaganda nos seduz. Os dizeres tentam nos atingir de alguma maneira... “veracruz 3.8 v6 270cv – potência e estilo como você nunca viu;” “nós temos um samsung que é o seu número; ” “com gatorade você vai mais longe: até a Amazônia em apenas um golpe – novo gatorade açaí/guaraná;” “itaú, feito pra sua empresa;” “por um mundo melhor, compre um fox.”

junho 18, 2007

Conversa de Botequim

Depois de escultar uma conversa alheia (entre Rem Koolhaas e Miuccia Prada) e um samba de Noel Rosa e Vadico, lembrei que conheço um boteco que vende de quase tudo, resolvi ir lá tentar vender “meu peixe”, e olha que lá eles fazem um peixe bom demais! mas fui, assim mesmo, porque meu peixe não é de água doce nem salgada.

Eu - Seu garçom, o dono do boteco esta aí?
Garçom - Está sim.
Eu - Quero trocar um “dedinho de prosa” com ele, mas antes seu garçom me traga um “surubi im posta”.

Depois que terminei o “surubi im posta”, o dono do boteco se aproxima.

Dono do boteco - Pois não! é você que está querendo trocar um “dedinho de prosa” comigo?
Eu - É sim! Eu estive pensado você vende tanta coisa aqui. Será que você não se interessa em vender arquitetura?
Dono do boteco - Como assim vender arquitetura?
Eu - Assim como você pendura balde, vassoura piaçava, pá de lixo, lamparina, penico, funil, vassourinha de banheiro, motoserra, alicate, vara de pescar, carrinho de compra, gaiola, enxada, vassoura de PET pra vender, eu deixo um projeto arquitetônico de uma casa para um lote plano 12x30, com 3 quartos, 2 banheiros sendo 1 suíte, sala, copa/cozinha e garagem.
Dono do boteco - Será que isso vai dar certo?
Eu - Só um instante, preciso ir ao banheiro.
Dono do boteco - Segue em frente naquela portinha à esquerda, o interruptor é atrás da porta.
Eu - Não se preocupe eu já conheço o caminho.

Depois que retornei do banheiro, a prosa continua.

Eu - Podemos tentar “uai”! tem gente por aí que está querendo vender arquitetura junto com bolsa de grife, porque não vender aqui!
Dono do boteco - Moça, fiquei curioso! quem está querendo vender arquitetura junto com bolsa de grife?
Eu - Rem Koolhas e Miuccia Prada.
Dono do boteco - Quem????
Eu - Assim como o povo da cidade não conhece, concerteza você também não, o povo daqui deve conhecer muito mais o seu boteco do que essa grife italiana Prada.
Dono do boteco - Mas aqui não é um lugar apropriado, adequado pra vender arquitetura !
Eu - Como não!! claro que é, aqui não se paga pra entrar, mas se paga pra consumir, então consome quem tem pra pagar; outra vantagem é que, entra quem tem muito e quem tem pouco (dinheiro), e aqui tem de isca de peixe a motoserra, porque não somar arquitetura ao que você já vende?
Dono do boteco - Seu garçom! traga uma “Traíra intêra” , completa! com “salada di parmitu com tumáti i arfáci” e “arrôiz tipu japonêis” por conta da casa!!! É pode ser que dê certo.

Informações adicionais:
Música mencionada no texto é Conversa de Botequim – Compositores: Noel Rosa e Vadico.
O dialogo é fictício mas o boteco não.
O boteco se chama Poita e Puçá fica em Ipatinga no bairro Veneza rua Campinas n. 400
Poita = espécie de âncora p/ o pescador.
Puçá = espécie de coador p/ peixe.
História tirada do cardápio do boteco
“A idéia do bar surgiu da falta de local onde as pessoas pudessem reunirem-se para manifestações culturais, tendo como cerne a cultura e a velha conversa descompromissada, quiçá etílica, estabeleceu-se a idéia de armazém / roça / pescador, ou aquele buteco de infância donde comprava-se bola-de-gude, rapadura, bala, anzol, lamparina e penico.”
Frase tirada do cardápio do boteco
“Bar dí pescadô – é comu bêra dí riu: pírnilôngu, calo, friu, sór, e tudi limpim.”



PUBLISHING BUSINESS

Sabe-se que os americanos usam de bastante marketing para obterem sucesso em vendas. Sejam elas em quaisquer categorias.


E nós brasileiros, com toda praticidade e criatividade, por que não usarmos deste artifício na ENGENHARIA e ARQUITETURA?

Que tal, ENGENHEIROS e ARQUITETOS, começar pelo SEU cartão de visitas?

Nós, da “DIVULGANDO SEU NEGÓCIO-LTDA” apresentamos algumas sugestões para VOCÊ, aqui no Jornal Semanal do Comércio.
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FOCO DA SEMANA: ENGENHEIROS E ARQUITETOS
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AS IMAGENS SÃO TUDO!!!!

junho 13, 2007

A FORÇA DAS IMAGENS

Toyo Ito







Tadao Ando






Herzog & deMeuron









Christian Portzamparc













Dolce Gabanna









Alexander Macqueen


















Louis Vuitton















Fry Chicken












Habib´s








Ford





GM
















Renault





















Puma








PIONEER












Sony









Bang Olufsen












Apple




























Youtube









Amazon





Mistura dos temas 05 e 06

Toyo Ito, Tadao Ando, Herzog & deMeuron, Christian Portzamparc, CK, Dolce Gabanna, Alexander Macqueen, Dior, Louis Vuitton, MacDonald´s, Fry Chicken, Fyday´s, Habib´s, Ford, GM, Fiat, Renault, Lamborghine, Nike, Adidas, Puma, Acics, Solomon, PIONEER, Philips, Sony, Bang Olufsen, Blaumpunk, Apple, IBM, Google, Youtube, Amazon

O que é representação?
O que é “vendido”, no Google?
Qual a força das imagens?




Pesquisa imagética com as marcas acima, na ordem correta, feitas no "dicionário" google. A pesquisa foi com as tres primeiras imagens que aparecem, porém devido à dificuldade para postar no blog, publiquei apenas uma de cada. Tem umas coisas curiosas, quem quiser mando por e-mail.


Deon.

junho 12, 2007

Outono | inverno – primavera | verão

Rem Koolhaas - Está na hora de você começar a vender arquitetura junto com bolsas.

Mdme Prada - Mas vender arquitetura como bolsas, acho provável sim, primeiro vamos pensar na linguagem comum entre o estilista e o arquiteto. Nos estilistas temos o tecido e vocês têm a “pele” do edifício, o esqueleto, o modelo, os materiais, os acabamentos, os detalhes... Em que a lógica de um é quase a mesma da outra ambos precisam de cores luzes membranas tecidos estampas criatividade invenção. Mas será que a arquitetura não possui essa venda compulsiva que se iguala as bolsas, acho que de certa forma a sim, porém na moda nos incorporamos as tendências de cada ano divididos em duas estações, lançamos a moda que se alastra repetitivamente e tão veloz que é impressionante a fração de segundos que se precisa para o mundo ter uma bolsa Prada (mesmo imitação) nas mãos, o que a Prada não da conta de produzir o resto copia os nossos modelos quase perfeitamente. E ta ai a diferença de se vender arquitetura diferente de bolsas, pois a sua escala é muito maior e muito pessoal para que vai habitar o edifício, quando falamos de roupa são poucas pessoas que vão a um estilista e pede a ele para desenhar um modelo exclusivo, que fazem da roupa um objeto pessoal intimo. As pessoas normalmente não se incomodam em ir até uma loja e escolher entre P – M – G.
Rem Koolhas – Acho instigante quando a arquitetura consegue sim ser perigosa e se relacionar a moda de tal forma como Ito faz com aquele seu sistema efêmero, portátil, flexível, modular destinado a uma cosmopolita mulher solteira que vive em Tóquio. Isso sim seria vender bolsas, e não desenvolver novos sistemas para clones habitacionais, aqueles que são similares a produção compulsiva de hambúrguer, pensar que em um tempo próximo não será mais necessário ir ate o escritório fazer seu pedido de projeto, eu poderia ter meu OMAquick que tornaria mais rápido e eficiente o atendimento, sem a necessidade de caminhar até o escritório. Porque agora é só pedir o seu projeto pré-pago via celular desde que você crie sua conta no OMAbank.


Obs: Esse dialogo é definitivamente um fake.

junho 11, 2007

Marketing x Arquitetura

Existe mais de um significado tanto para a palavra arquitetura quanto para marketimg
Marketing é o conjunto de operações que envolvem a vida do produto, desde a planificação de sua produção até o momento em que é adquirido pelo consumidor (Dicionário Michaelis).
Marketing é o conjunto de estratégias e ações que provêem o desenvolvimento, o lançamento e a sustentação de um produto ou serviço no mercado consumidor (Dicionário Novo Aurélio).
Arquitetura é a arte de construir edifícios / As obras arquitetônicas que caracterizam uma época ou um povo (Mini Dicionário Luft)
Tríade de Vitrúvio: Firmitas (estabilidade construtiva), Utilitas (comodidade/função/utilitarismo), Venustas (beleza/ apreciação/estética)
O marketing começou para atender ao mercado mas não se limita basicamente aos bens de consumo e sim a venda e ou troca de qualquer tipo de negociação que seja. Venda, troca, venda de informações, troca de produto, venda de idéia, troca mercadológica... e por aí vai! Arquitetura também pode ser venda como troca. Venda ou troca de um projeto ou idéia por qualquer necessidade, seja ela qual for. Tanto marketing quanto arquitetura estão ligados a notícias ou fatos com intuito de atingir determinados objetivos. Certos arquitetos costumam ser taxados de oportunistas até mesmo por profissionais da mesma área por fazer de determinados projetos uma espécie de “marca intitulada”. Podemos citar aqui Frank Gehry com seu famoso Guggenheim em Bilbao na Espanha. O empreendimento todo executado por superfícies curvas em titânio lembrando as escamas de um peixe. A construção iniciada em 1992 precisou de duas equipes trabalhando simultaneamente, uma em Los Angeles e outra em Bilbao da qual só foi possível o projeto devido ao auxílio de um novo software CAD para os cálculos dos quais eram precisos escanear e mapear esboços detalhando seus cálculos em modelos tridimensionais para as peças construtivas. Até hoje se questionam sua manutenção tanto pela dificuldade quanto pelo custo. Muitos acham que Gehry se aproveitou do dinheiro dos contribuintes sem levar em conta certas circunstâncias principalmente porque as inovações foram mais exteriores ficando as salas de exposições quase todas iguais aos outros museus. Mas enfim a obra pertence a fundação Solomon R. Guggenheim com mais quatro museus espalhados pelo mundo e sendo um esforço para revitalizar Bilbao que hoje recebe vizitantes de todo o planeta.

junho 06, 2007

[the less is more] ou [the less is bore]


Nesse day-by-day que tal mais um pouco de interfaces e mais interfaces? moda e arquitetura e arte e publicidade e... miscelâneas desvairadas, hibridismos mixados e surtos criativos que acontecem a todo instante, tudo “simples assim”! sabe como? um estranho troca-troca (cultural, natural) em que os stylists cavoucam no tempo e no espaço, buscando explicações complicadíssimas (very crazy), tudo para definir o caos indefinível que é, quase sempre, apenas mais uma coleção de moda com inspirações alucinógenas: Disney, Amazônia, tênis, aviador, country, college, tapeçaria, antiguidade, futurismo, mochileiros, barroco, oriente, hippie, selva, fitness, soldadinho de chumbo, super-heróis, Luiz XV, hip hop, andarilhos, rock'n'rol, geometria, Himalaia, origami, bad boy, diário de bordo, gótico, dark, sadomasô... o que mais?... tradição ortodoxa, insetos, circo, poema, orgia, samuray, flower power, nômades, grafitte, fetiche, boemia, arquiteturas, (stop), essa old new list não tem fim, como “viver sem fronteiras”, do you know? são tantas insecáveis infinitas fontes inspiradoras que, i’m sorry mas essa historia de arquitetura mais moda acaba virando clichê fashion.... e, anyway, eu ainda “amo muito tudo isso”... e o mundo giragiragira e rola empolgação, rola enganação, rola exaustão e a gente vai que vai... hot news: this winter (2007) Tufi Duek desfila quatro tubinho sessentinhas de cetim (preto, marinho, amarelo, vermelho), estampados com diferentes croquis de Niemeyer, sabe quais? Hum... acho que prefiro os da Sejima... e ainda, patchs arquitetônicos paetetizados, perseguindo as curvas de Brasília... iiiii... melhor deixar pra lá!... porque esse coquetel de tempestades de idéias, de efervescência de conceitos, também pode ficar indigesto... well, mas será que existe uma receita de desfile de luxo de sucesso? grife internacional renomada ou pequenas grandes estréias, super-mega-top-models magérrimas/esqueléticas ou new-baby-faces andrógenas/desengonçadas, louras ou ruivas ou negras, make-up cintilante/néon/rebuscado ou cara limpa pó-de-arroz, hair enlouquecido esvoaçante ou trancinhas comportadas, platéia antenada ou multimilionária, cenário espetacular/teatral ou mundo vazio, trilha barulhenta reverberante ou melodias simples silenciosas, cores vibrantes impactantes ou tons suaves cinzas, corpos nus (uau! você gosta de carne crua?) ou ausentes, tecidos amassados ou plissados ou retalhados ou lavados..., acessórios enigmáticos ou utilitários, trabalhado hitech ou artesanal, iluminação frenética ou escuridão dramática, ou... são tantas escolhas e eu sou tão indeciso, posso misturar um pouco de tudo ao mesmo tempo?... mas onde foi parar o novo estilo? a nova interface? a nova coleção? a nova tendência? a nova teoria?... my friend, acho que alguém guardou tudo naquela wallet (Prada) gigante que vi em New York, você lembra?



junho 05, 2007

LEIS DA ARQUITETURA


LEI DO LOTE ESTREITO: Em todos os lotes falta um metro de largura.

LEI DO "NIGUÉM SABE": O cliente nunca sabe o que quer. Quando pensa que sabe o quer, certamente não sabe o que pode ter. O arquiteto tampouco sabe o que quer o cliente. O cliente nunca entende o que quer o arquiteto.

LEI DA BUSCA: Não importa que seu projeto fique em um local escondido; se for ruim, todos irão encontrá-lo

LEI DA CULPA: Não importa a causa: se algo dá errado no projeto o responsável é o arquiteto.

LEI DA SATISFAÇÃO APARENTES: Se um cliente fica satisfeito:a) Não entendeu o projeto.b) Não pagou o projeto.c) O arquiteto se enganou.

LEI DO CLIENTE-ARQUITETO: O cliente é um arquiteto que não sabe desenhar. Quanto mais caro o projeto, mais arquiteto é o cliente e mais desenhista é o arquiteto.

LEI DO "FICOU": Nas obras, as coisas não são feitas: elas ficam. Exemplo: "Ficou torcido", "Ficou curto", "Ficou torto"...

LEI DO CLIENTE FIXO: Se um apartamento foi construído em um local adequado, de tamanho adequado e a um preço adequado: a) O comprador que gosta do local e do tamanho, não tem dinheiro.b) O comprador que gosta do local e do preço, acha tudo pequeno.c) O comprador que gosta do tamanho e do preço, não gosta do local.d) O comprador que gosta do tamanho, do preço e do local... é você

LEI DO ÚLTIMO ESTRAGA: O último a executar qualquer serviço em uma obra estraga o serviço do anterior: o marceneiro estraga a pintura, o pintor estraga o piso, o piso estraga o reboco, e assim por diante.

LEI DA INÉRCIA POR DETALHAMENTO: Quanto mais minuciosamente detalhado for um projeto menos os pedreiros vão entender e trabalhar.

LEI DO BEM QUE EU AVISEI: Não adianta o arquiteto que visita as obras para verificar a execução de seus projetos avisar que algo está sendo construído errado, ao contrário do que foi projetado, porque quando der errado, vão chamar o arquiteto, colocar toda a culpa nele, e perguntar por que ele não avisou nada antes.

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junho 03, 2007

Rem Koolhaas nos classificados

O arquiteto Rem Koolhaas tem em sua nova produção sua antiga carreira de jornalista. A nova proposta do holandês ganha anúncios com parceiros de grifes de respeito internacional como a italiana Prada.

Empregos
Admite-se jornalista p/ escrever txt opinativo. 2.500 caracteres, txt leve, jogo rápido! C/ noção d moda e arquitetura. Não precisa gostar d bolsas e prédios, basta suportar e ter saco p/ conversar e assistir + d 1h30min d desfile e exposições! Tratar c/ Tiago.


Comunicados
A Associação dos Designers Gráficos (ADG) comunica a liderança do "S, M, L, XL", d Rem Koolhaas, no ranking d livros + vendidos em 1998. O feito dá moral ao arquiteto, fortalecido ainda + pelo trabalho bem sucedido ao lado do designer Bruce Mau.

Imóveis
Vende-se 1 arquitetura. 13 andares, 10 salas d ensaio, sendo 6 p/ solistas e 4 estúdios d gravação e + 2 salas d concerto. A sala maior tem capacidade d 1.238 pessoas e a menor, p/ 300 pessoas. O lugar é incrível! A Casa da Música fica à Av. Boavista, 604-610, na cidade do Porto. Tratar c/ Leilaine.

Relax
REM KOOLHAAS, 63 a. Ainda melhor, p/ vc q tem bom gosto. Sua vertente cosmopolita surgiu a partir da fascinação q sentia por Nova Iorque o q o levou a estudar e analisar a cultura metropolitana na arquitetura, lançando seu livro "Delirious New York". Depois criou o "Office for Metropolitan Architecture" (OMA), onde definiu seu tipo d arquitetura, a desconstrutivista e metropolitana.

Móveis
Vende-se balão. Seminovo! Não faz mto tempo q o famoso arquiteto Rem Koolhaas acabou d projetá-lo. Perfeito p/ experimentação! Expressão d um sentimento d liberdade e exploração. O + difícil é a proposta d uma edificação temporária. Tratar com Amanda.

junho 01, 2007

TEMA 06

Diálogo 1
Rem Koolhaas x Mdme Prada:

Rem Koolhaas - Está na hora de você começar a vender arquitetura junto com bolsas.
Mdme Prada - ?????

Outros possiveis interlocutores:
Toyo Ito, Tadao Ando, Herzog & deMeuron, Christian Portzamparc, CK, Dolce Gabanna, Alexander Macqueen, Dior, Louis Vuitton, MacDonald´s, Fry Chicken, Fyday´s, Habib´s, Ford, GM, Fiat, Renault, Lamborghine, Nike, Adidas, Puma, Acics, Solomon, PIONEER, Philips, Sony, Bang Olufsen, Blaumpunk, Apple, IBM, Google, Youtube, Amazon