dezembro 04, 2009
dezembro 03, 2009
Se essa calçada fosse minha... o caos urbano [Tema 7]
Por definição, a calçada é um prolongamento do lote aonde se encontra determinada residência, de propriedade e responsabilidade do proprietário, mas ao mesmo tempo, um bem público, o que automaticamente a tornaria responsabilidade do estado.
A "sua" calçada, é a porta de entrada da sua casa.
Na “sua” calçada, você não pode colocar elementos que interfiram a passagem de pedestres, pois esta é um bem público;
Na “sua” calçada, você não pode inserir uma rampa com inclinação superior a 8,33%, pois ultrapassar este limite criará um ângulo que dificulta a passagem do pedestre;
A “sua” calçada não deve ter degraus no encontro com as calçadas vizinhas, para criar um aspecto de união e uniformidade;
Na “sua” calçada, você pode plantar uma árvore, desde que essa não interfira na passagem de pedestres;
Na “sua” calçada, você não pode colocar pisos cerâmicos ou que se tornem escorregadios quando molhados, pois sendo um bem público, não pode por em risco a segurança do pedestre;
A “sua” calçada, tem que ter obrigatoriamente, no mínimo 1,20m de largura para possibilitar a passagem de duas ou mais pessoas;
Na “sua” calçada, você só pode fazer o que a prefeitura permite...
Por via de regra,
Então, eu pergunto: aonde se encontra quem deveria fiscalizar tais construções?
Provavelmente, sentado na calçada, com o seu confortável banquinho, pernas esticadas, bem relaxado, embaixo de uma frondosa árvore, a apreciar as belas moçoilas que desfilam pela rua.
Acústica na atualidade - tema 7
Pode-se ver que a população em geral quando vão construir ou reformar um imóvel, mesmo sem terem um conhecimento técnico sobre projetos, se preocupam com a parte estética baseado naquilo que conhecem através da mídia (TV, internet, revistas, etc.) que valorizam muito aquilo que se vê.
O som por ser invisível muitas vezes é deixado de lado. As questões de acústica além de serem complexas, são pouco divulgadas, de forma que não é possível conhecer a importância de um projeto acústico.
“Os conhecimentos científicos e os experimentais, na área da acústica, são atualmente bastante completos, mas excessivamente complexos para fazerem parte de cursos mesmo os superiores de graduação nas áreas das engenharias e das arquiteturas, nos quais esta matéria é em grande parte negligenciada ou até mesmo inexistente. (COSTA, 2003, p. V)”
Já pude ouvir de pessoas não entendidas no assunto, que para se solucionar problemas acústicos nos ambientes basta fazer a instalação de espumas absorventes em todo o recinto. Absorção sonora não é a única forma de se fazer um tratamento acústico, até mesmo quando realmente se necessita de absorver o som, os métodos se diferem para sons graves e agudos.
Isto demonstra que além de serem mais divulgados, os conhecimentos a esse respeito precisam também de ser apresentadas de forma que facilitem a compreensão, tanto dos leigos quanto dos arquitetos.
COSTA, Ennio Cruz da. Acústica Técnica. 1ª Edição. São Paulo: Ed Edgard Blücher, 2003. ISBN 85-212-0334-9. 127p.
Flânerie = deriva? flânerie ≠ deriva?
Pouco mais de meio século depois, em meados dos anos 50, os situacionistas – um movimento europeu, de crítica social, cultural e política, reuniu poetas, arquitetos, cineastas, artistas plásticos e outros profissionais em torno de teorias críticas direcionadas à sociedade de consumo e à cultura mercantilizada, como meio de combater a alienação predominante que a sociedade vivenciava na cidade – instituíram métodos como estratégia de entender e mapear os ambientes da cidade: a psicogeografia, cartografia de ambiências sob influências afetivas através de seu exercício prático, a deriva. E apesar de entenderem o flâneur como um molde de burguês entediado, dominado pela apatia, e de uma intenção de afastamento dos dadaístas com as excursões urbanas por lugares banais (deambulações aleatórias) e dos surrealistas pela experiência física da errância no espaço real urbano, desenvolveram o mesmo pensamento ao propor a prática da deriva, da errância voluntária pela cidade, exercício lúdico e contínuo da experiência urbana.
Ao tentar entender melhor a prática da deriva dos situacionistas, o entendimento do conceito de flânerie torna-se essencial. Difícil uma dissociação entre estes dois exercícios. A cidade se torna matéria prima em movimento para pensarmos em ambas as práticas. Podemos então pensar a deriva como um recurso de pastiche, usado pelos situacionistas para se referir ao termo flânerie de Baudelaire. É como se a prática da flânerie fosse inserida em um contexto que não o seu, sofrendo alteração em sua acepção original. Essa alteração é dada pelo cunho político e social no qual o novo termo, deriva, passa a ser aplicado. Tal mutação não se trata de uma mera evolução de linguagem, e sim de um vigoroso artifício de intertextualidade, desenvolvida pelos situacionistas como um conceito de afastamento, fundamentado numa dicotomia entre desvalorização e revalorização.
Cícero Menezes
Urbanizar é organizar?
Apresenta-se em cenários urbanos tanto uma realidade do descontrole total de favelas, onde cada um constrói como quiser numa grande falta de recursos e confortos básicos, e assim criando toda uma estética, quase orgânica, quanto a do numero crescente de milionários, e a grande procura por luxo dentro das grandes metrópoles.
“Numa cidade com aproximadamente 27 mil edifícios, e apenas 500 deles de alto padrão, a disputa pelos imóveis de luxo se acirrou nos últimos anos. Os ganhos espetaculares de bancos e corretoras rentistas, a especulação na Bolsa e a abertura do capital de empresas familiares fizeram surgir uma nova casta de milionários, que os agentes imobiliários chamam de “galinhos do mercado financeiro”. Acrescente a ela os azougues do agrobusiness, os feras da informática, as famílias de fazendeiros que precisam de um pouso na capital, os grandes exportadores de matéria-prima, os publicitários e marqueteiros da moda, as celebridades televisivas (com seus respectivos cirurgiões plásticos e dentistas) e a terceira geração de potentados da indústria e se chega à buliçosa tribo de ricos à procura de um teto.”
Até onde a população consegue intervir na troca de interesses que envolvem a ocupação, o consumo de um espaço?
Ao se pensar em urbanização de favelas, observam-se todos os impactos que tal organização de um espaço pode trazer para uma cidade, a entrada da infra-estrutura, que traga um conforto básico - como presente a presente em idéias de acessibilidade – a escolha por prioridades, a maior urgência. E é importante também ter em vista as mudanças de comportamentos da população, e também os interesses capitalistas envolvidos por traz de tal reforma.
Ramon Silva
Arquitetura e a nona arte (tema7)
Contudo, muito acima desses fatores, o que leva o profissional em arquitetura ao encontro do quadrinhista, é a possibilidade de criação ilimitada de formas, percepções, contextos sociais e personagens que atuarão nesse espaço irreal. Talvez o mais interessante, entre esses dois formados de representação, sejam é o exercício de seu espírito lúdico.
Poder-se dizer que esse caráter criativo, ou prospectivo, voltado à crônica do cotidiano, ou premonitório, não é um privilégio do quadrinhista nem do arquiteto, haja vista a existência de diversas outras formas artísticas. No entanto, é nos quadrinhos onde os limites são inexistentes, nem físicos nem orçamentários. Ainda que o arquiteto possa projetar tudo isso, sua arte não se realiza se não for executada, ganhando vida concreta pela ocupação de seus destinatários. O mundo imaginário do quadrinhista só pede uma coisa: a cumplicidade do leitor, pois a arte quadrinhesca tem no desenho o seu fim.
É esta realização sem condicionantes, sem contingentes, sem fronteiras físicas e espaciais que certamente seduz o arquiteto, não sendo raros os casos de arquitetos que se tornam quadrinhistas. Em um panorama que vai dos primórdios da linguagem ilustrada e seqüencial aos quadrinhos contemporâneos, encontramos inúmeros exemplos de diversas expressões de quadrinhescas que buscaram na arquitetura o elemento fundamental para a realização de suas narrativas.
Walter Silva Costa
É comum dos objetos de consumo a sua decadencia prevista. Além de terem um tempo de existência determinado antes mesmo de serem feitos, sofrem alterações raras e muitas vezes não necessárias com o intuito de criar no público o desejo e a necessidade de ter a nova versão ou modelo. Tudo isso seguindo outra lógica que não seja a do mercado.
A arquitetura, por outro lado, precisa-se de um tempo para ser pensada e desenvolvida,(mesmo assim muitos clientes imaginem que um bom projeto possa ser feito em um mês), mais tempo ainda para ser construída e é normal permaneçam em uso por muitos anos e sempre no mesmo local. Além disso, sua constituição não é facil de alterada, e qualquer reforma tem um custo considerável.
A moda é algo passageiro, de pouca duração, que muda todo ano, toda estação, todo mês, toda hora. Tendência é um impulso desde o presente em direção ao que ainda não existe, a não na concepção de poucos.
Sendo assim, como pode um edifício ser tratado como objeto de consumo, adotando a última moda ou "tendência" e tratando sua organização e aparência de maneira fútil? Uma roupa fora de moda pode ser descartada facilmente, um carro já é um pouco mais complicado, um edifício é impossível. Os projetos arquitetônicos que seguem tendências podem até ser o sucesso de hoje, mas com mais certeza será descartado amanhã, pois torna-se comum e ninguém gosta de roupa repitida. Tratar a arquitetura como algo fácil de ser consumido acaba por tornar a própria disciplina arcaica, enquanto seus produtos permanecem como monumentos à estupidez humana.
dezembro 02, 2009
O surgimento dos motéis e os motéis brasileiros
Em diversos países, o termo motel tem um significado diferente. No exterior ele é associado a um hotel econômico destinado a automobilistas, e os quartos geralmente tem acesso direto ao estacionamento. Já no Brasil, além da hospedagem, os motés são conhecidos porque “as pessoas geralmente vão até ele com o objetivo de manter relações sexuais e não necessariamente para conseguir alojamento” (SOUTY, 2008). Isso acontece porque esse tipo estabelecimento geralmente não cobra o valor da diária, e sim o valor das horas de permanência, perdia ou pernoite. Além disso, são oferecidos os mesmos serviços dos hotéis: alimentação, bebidas, TV, rádio, garagem, banheiro com chuveiro ou até mesmo com banheira de hidromassagem, e até mesmo serviços diferenciados como a venda de preservativos, espelhos no teto, aparelhos de DVD com vídeos eróticos, decoração temática, pista de dança, sauna, piscina...
O conceito de motel destinado à encontros amorosos surgiu no Brasil na década de 60, pois os hotéis não permitiam estadias de curta permanência. Para fugir então das vigilâncias policiais, os empresários resolveram se inspirar nos modelos dos Estados Unidos, onde os motéis se localizavam próximos às estradas. O primeiro estabelecimento desse tipo, surgiu em 1968 em Itaquaquecetuba, em São Paulo: o Motel Playboy. Devido à alta rotatividade destes estabelecimentos, apareceu nos anos 70 o termo Rotel, que não é muito utilizado atualmente. (COLAVITTI, 2007, apud, MURTA, 2008)
De acordo com Souty (2008), os motéis de hoje em dia representam uma época em que as pessoas procuram o conforto, luxo e erotismo além de apenas uma opção de hospedagem. “As pessoas buscam num motel o diferencial que não conseguem ter em suas casas.”
A decoração é um dos principais atrativos, mas pode ser destacado também o sigilo, os apartamentos com garagens individuais, a ante-sala para refeições, a rapidez no atendimento, os preços mais baixos do que os hotéis, a privacidade pela falta de contato com outras pessoas e consequente falta de formalidade, e os profissionais treinados para atender com discrição (EXPOMOTEL, 2006).
O motel, entendido como instituição destinada à relações sexuais, pode ser considerado como uma forma legítima de expressão cultural brasileira, ao ponto de que, o mesmo espaço em outra cultura não possui o mesmo significado.
dezembro 01, 2009
A voz da razão
Se na atualidade fizermos uma reflexão e analisarmos a presente situação das ciências e todo seu conjunto, veremos que os progressos científicos das últimas décadas são um tanto quanto preocupantes, pois os grandes cientistas que as estabeleceram e mapearam o campo teórico - que ainda são base nos dias de hoje - viveram entre o século XVIII e o início do século XX.
Portanto Boaventura Santos (1987) relata que é possível dizer que em termos científicos vivemos ainda no século XIX e que o século XX ainda não começou.
O conhecimento cientifico busca sentido amplo, anseia se sobrepor as casualidades particulares e entender a razão comum nos casos.
Stéphane Huchet (2003) menciona que disciplina é aquela que, perante o feixe sempre complexo das práticas e das competências que a constituem através de seus artistas, vê suas convenções e seus sedimentos - seus impensados - abertos e investigados. Assim, cria o movimento profundo que mantém a disciplina viva.
Huchet (2003) afirma também que uma disciplina que não questiona seus impensados e que não racha seus estratos fossilizados não é digna de ser chamada de disciplina, é apenas sua casca remanescente, por conseguinte complementa que a verdadeira epistemologia exista a esse custo.
Mas seria danoso para as ciências tentar uma exaustiva exploração de possibilidades de uma atmosfera contaminadora e desconhecida?
Em seu artigo Huchet (2003) afirma ainda que o processo mais fascinante das produções estéticas modernas e contemporâneas consiste precisamente no fato de cada disciplina ter ido tão longe na experimentação das possibilidades-limites de suas linguagens que o cúmulo das especificidades encontrou-se, em cada uma delas, em estado de estar superado. O alcance dos confins destrói a fronteira: de repente, como em todo império, o âmbito disciplinar entra em contato com um fora que é uma grande paisagem aberta, um território novo (...) a nova geografia transdisciplinar assusta porque invalida as defesas, apaga as fronteiras, obriga a entrar em contato com o Outro, abala o conforto e a segurança que a delimitação dos territórios epistemológicos e disciplinares por definições específicas forneceu até agora.
Portanto uma tentativa de renovação epistemológica se faz necessária diante de uma carga externa que pressiona, renova e se multiplica incessantemente, porém a cientificidade se auto-recupera e cria suas próprias defesas tornando seu sistema imune a essa contaminação.
Assim, Cássio Hissa (2009) acredita que feita de desejos de objetividade, a ciência moderna produz, com os seus exercícios de razão, uma trajetória de movimentos que auxiliam a sua própria compreensão. Isso significa que: com a razão emerge a crise da razão; com a ciência moderna, emerge a crise da ciência. Em outros termos, observa-se que a crise da ciência é, também, uma manifestação da própria razão tateante, da sua crise e dos paradigmas que a referenciam. Os referidos desejos de objetividade, por seu turno, encaminham o problema para o próprio sujeito - contraditoriamente, de modo a encaminhar leituras objetivas do mundo, apartado do objeto que procura estudar. Ele deverá, assim, conforme as orientações do método científico (como se o método pudesse ser reduzido à unidade), se posicionar com objetividade diante do mundo sob leitura: isso pressupõe um desejo complementar de separação; entre o sujeito que lê o mundo e o objeto de sua leitura. No entanto, quem é o sujeito que lê o mundo senão o próprio sujeito do mundo tornado intérprete, cientista, através da formação que empreendeu e das trajetórias que construiu?
novembro 30, 2009
Quanto vale, quanto pesa. Tema 7
Os catadores da região geralmente têm parcerias em cooperativas ou simplesmente vendem o material coletado para sucateiras (que é o que a cooperativa geralmente faz), a princípio as sucatarias do Vale do aço revendem a sucata para maiores sucatarias ou para pequenas fundições da região (no caso de materiais metálicos). Esses resíduos têm o preço muito baixo, principalmente para os catadores, o que acaba gerando uma cultura miserável e exploratória.
Atualmente um motivo constante de discussão é a sustentabilidade ambiental, ao que nos faz esquecer a sustentabilidade econômica, o Brasil é o país que mais recicla alumínio no mundo, porém isso acontece graças aos catadores, esses que ficam em festas se arrastando pelo chão ou revirando lixeiras fétidas a procura de latas. Para se conseguir um quilo de alumínio são necessárias 70 latinhas, que tem o valor de R$1,50 nas sucateiras do interior e R$2,50 nas sucateiras das Capitais, para se agregar valor a isso a quantidade é importante, o que não faz parte da realidade dos catadores.
Toda reciclagem de alumínio do Brasil acaba caindo nas duas maiores produtoras de alumínio do país, ALCOA e a ALCAN, que alegam que o custo da reciclagem do alumínio tem o preço equivalente a produção primária, e que seria impossível comprar alumínio de sucateiras com o valor mais alto.
A questão maior é enxergar de modo crítico as soluções que a sustentabilidade ambiental busca para se resolver, o quanto realmente ela é sustentável, pelo ponto de vista geral. Os problemas deveriam se resolver sem criar outros, as soluções devem coexistir, de modo que o mundo se torne verdadeiramente racional, e algum dia se tornar civilizado.
“O mundo é formado não apenas pelo que já existe, mas pelo que pode efetivamente existir.” (Milton Santos).
Hugo Marlon da Silva
Arquitetura e o Meio Ambiente (Tema - 07)
Devido ao grande aumento da população e ao agravamento das concentrações urbanas, em áreas indevidas, ao crescimento do volume de resíduos de todas as ordens, o impacto ambiental se tornou evidente. As mudanças ocasionadas pela degradação do meio ambiente alteraram o modo de vida, mas também ao clima, a qualidade dos alimentos, a flora e a fauna, erosões, enchentes, contaminações, doenças, tem atingido um grande número da população, expressando a questão crucial da degradação ambiental. Onde especialistas ambientais estão sempre em busca de selecionar estes problemas, tomando providencias com proporções alarmantes.
A uma diversidade de profissionais hoje em dia, como biólogos, arquitetos, engenheiros e construtores, todos refletem o interesse pelo assunto sendo uma grande oportunidade de diálogo com diversos setores e aproveitar este momento de interação para interferir e propor soluções para a melhoria do meio ambiente. Entre as tendências arquitetônicas da atualidade podemos salientar aquela que estabelece relações interdisciplinares entre a arquitetura e a biologia. Haveria muito que aprender da biologia, pois os animais oferecem lições de desempenho térmico, as plantas mostram modelos de resposta à radiação solar, tipos de solos etc. Nas últimas décadas, as questões referentes à relação e interação do ser humano com o meio ambiente estiveram bastante em evidência com: O desenvolvimento sustentável; plano de gestão ambiental; conservação de recursos naturais; ética ecológica; proteção dos recursos naturais; ambiente natural; cenários ambientais; ecologia urbana; fontes renováveis; biomassa; licenciamento ambiental. Com o intuito de ser mais reconhecido, muitos arquitetos estão tendo que fazer cursos relacionados à nova linguagem para atuar no mercado de trabalho brasileiro e mundial, o do Planejamento Ambiental. Afinal, o que diferencia o Planejamento Ambiental do nosso Planejamento Urbano? Porque na composição das equipes técnicas para trabalhos de planejamento ambiental, um biólogo, ou ecólogo tem, às vezes, mais importância, no conjunto, que os arquitetos e urbanistas? Quais os motivos que estão levando a sociedade a se preocupar, tanto, com as questões ambientais? Será que os arquitetos não estão preparados para essa nova onda global? Planejar e projetar edifícios e espaços urbanos é tarefa do arquiteto, não apenas por conta de uma legislação profissional que os ampara, mas por conta da formação acadêmica. Os trabalhos dos arquitetos, sempre tiveram preocupações ambientais, onde organiza informações do terreno, do ambiente natural, das infra-estruturas existentes, das normas legais. O trabalho do arquiteto deve ser integrado, respeitando a natureza, o homem e a técnica. É, portanto coerente observar que as escolas de arquitetura traduzem para o ensino formal, as condições necessárias onde o arquiteto, em sua formação, deve contrapor-se aos problemas e buscar saídas usando seus aprendizados.
Helen Judith Bussinger Dias Neubert