agosto 30, 2006

REALIDADE

A arquitetura tem como premissa ordenar, organizar e melhorar espaços para a condição humana.
Nesse sentindo temos nos dias atuais vida sem arquitetura, pois ao haver ainda uma condição subumana de vida nas palafitas do amazonas e favelas em todo o país, onde está a organização e melhora?
Para essa pergunta, não basta apenas dizer que o problema esta na política de desenvolvimento urbano ou qualquer outra coisa do gênero.
A pergunta a se fazer, é se a grande gama de profissionais de arquitetura está realmente envolvida em pensar os grandes problemas da sociedade ou estão envolvidos apenas com seus projetos medíocres ou ostensivos; onde se imaginam estarem fazendo o que há de melhor.
Não consigo ver e acho impossível a vida sem arquitetura, mas, arquitetura em seus desdobramentos, como por exemplo, arquitetura de rede, arquitetura interiores, arquitetura orgânica e etc., mas, a arquitetura de construir espaços ao bem estar humano essa sim é um fiasco e não existe ainda (sendo otimista) para a grande maioria.
A realidade da arquitetura contemporânea brasileira é na verdade um amontoado de suposições e utopia; os arquitetos brasileiros passam à maioria do tempo criticando o trabalho dos colegas de profissão ou não sei bem se arquitetura é profissão ou meio de pensar e viver. Do que realmente buscando sua integração como a vida e sociedade; se estabelecendo como uma necessidade para o desenvolvimento do conjunto, os mesmos não possuem se quer conselho próprio e dependem do da engenharia que tanto descriminam; mas mesmo assim se acham os profissionais mais capacitados e qualificados a dar opinião em tudo.
Penso que sou, mais uma pessoa que se atreveu a entrar nesse mundo de pessoas seletas e “cultas”, e nessa condição sou mais um caso de vida sem arquitetura.

agosto 28, 2006

EXISTE?

O homem sente necessidade da arquitetura. Arquitetura é planejar/edificar; desde épocas passadas percebemos sua importância, quando o homem em busca de conforto e “sobrevivência” já traçava planos e construía seu próprio espaço. E assim é hoje, necessitamos de uma “segunda” pele; espaços que nos protegem do clima, da poluição, do barulho entre outros. Buscamos espaços agradáveis, íntimos e públicos, de descanso e lazer.
Uma das preocupações hoje é construir para o usuário, a arquitetura existe justamente porque existem pessoas, então ela passa a enfatizar o espaço físico que é produzido relacionando-a com o cotidiano das pessoas naquele local. Não basta fazer espaços bonitos e que não são “ocupados”, desta forma a arquitetura perde o sentido, o importante é construir espaços que serão utilizados e que contribuirão para a qualidade de vida das pessoas.
Arquitetura não é a solução de todos os problemas (como muitos pensam), mas com o passar do tempo segue em processo de evolução. A cada dia, ano, décadas ela busca acompanhar as técnicas e o que esta interfere na maneira das pessoas em um determinado espaço, buscando melhorar cada vez mais. O tempo muda, as técnicas mudam, as pessoas mudam; por isso quando se planeja algo, referente ao espaço e as pessoas, o profissional procura sempre investigar/pesquisar sobre o seu local de intervenção, as ações que ocorrem ali, o que leva essas a acontecerem, como o entorno influencia, entre outras questões, a fim de se obter um bom resultado final.
Enfim, não considero que arquitetura significa construir monumentos, edifícios que só tem valor visual, mas sim construir espaços confortáveis, funcionais, e principalmente que tenha total relação com as pessoas que ali ocupam. Para entender a importância de tudo que disse, basta vivenciar um espaço planejado, que enfatiza o usuário e suas sensações; esse espaço de alguma forma torna uma reposta para o que as pessoas buscam...
Eu não consigo imaginar o que seria da vida sem arquitetura.

agosto 23, 2006

Pasmocitose

Pasmem, mas a vida sem Arquitetura seria mais interessante. Teríamos menos dúvidas sobre coisas que quase nunca sabemos, menos dívidas com os outros que acham que sabemos algo ou simplesmente não passaríamos vergonha diante de tantas perguntas sem respostas de coisas simples e nada compostas. E nem rima sem graça faríamos ...

O máximo que iria acontecer é estabelecer o ócio como meio não criativo.

Nem teríamos profissão ou até mesmo as condições de morar seriam mais justas e menos capitalistas ao que se usar.

No mais e sem voltar, a Arquitetura vive me impedindo de pensar. Confesso ser meio estranho confessar, mas pensar Arquitetura é o mesmo que tentar desenhar pra explicar. Quer que desenhe?

Arquitetura pode ser meio, fim e desconexão sem fim de tudo que te envolve. Pode ser relações com o meio, com o outro, com as coisas e mesmo assim nem tudo aquilo se compete com o meio arquitetar.

Arquitetura ocupa, decupa (do novo verbo decupar) e mesmo assim é ferramenta amorfa, sinteticamente natural e sem uso lógico do novo homem que a cada dia sabe menos do que sabe sobre o saber arquitetar. Pensamos que podemos ler condições, ver possibilidades e quase sempre esquecemos que existem as nossas condições que se perdem ao tempo e nas infiéis relações sociais.

Que deveriam sim, ser arquitetura do inicio ao fim.

O homem hoje perdeu a arquitetura, perdeu a lógica e a razão por tentar tanto achar o que já havia percebido como sentimento. Mas queria escrito, falado.

Portanto a arquitetura que antes era motivo de riso (leia alegria, devaneio) hoje é rígida, séria como um boneco articulado (e nem tão articulado) de Comandos em Ação.

A arquitetura se tornou a máquina do homem, dominou seu criador, perdeu seu rumo na parcialidade de seu domínio e hoje é elemento de possibilidades e teorias que a cada dia surgem e se despedem, como essa aqui.

Luciano Minas

agosto 22, 2006

TEMA 01:

"Vida sem arquitetura"

Início!

EXPLICAÇÃO BÁSICA:
Quinzenalmente os alunos da disciplina deverão postar pequenos ensaios sobre TEMA previamente determinado. O TEMA poderá ser uma pergunta, uma palavra, uma imagem, um trecho de texto, um projeto ou qualquer outro material sobre o qual cada aluno deverá refletir e escrever.

REGRAS PARA POSTAGENS:
Cada ensaio deverá ser postado com título e deverá constar de no mínimo 300 e no máximo 350 palavras, devendo ser postado até no máximo 15 dias após a publicação de cada TEMA.

AVALIAÇÃO:
Serão avaliados a capacidade de pesquisa e argumentação, a postura crítica diante do assunto, o caráter imaginativo do texto (inclusive na sua forma), e também o domínio da língua (vocabulário, ortografia, concordância, gramática).

COMENTÁRIOS:
Serão muito bem-vindos!

ADVERTÊNCIAS:
1ª - Teoria é uma forma de prática discursiva, criticamente persuasiva e perigosamente imaginativa!
2ª - Teoria é uma prática reflexiva sobre as ações cotidianas, seus agentes, seus objetivos e suas realizações.
3ª - Teoria opera na transformação da prática!

CONSTATAÇÃO:
Novas teorias são aquelas que ainda não foram escritas!

QUESTÃO (crucial):
Novas teorias imprimem possibilidades de novas práticas?