maio 28, 2009

Identidade de quem?

Atualmente vivemos em uma sociedade que muitas vezes não tem identidade própria. Se olharmos no passado, as construções eram feitas de acordo com a tecnologia, materiais e contexto em que eram inseridos, como exemplo, na época medieval. As edificações eram feitas para atender demandas exclusivas e necessidades reais.
Em uma época mais próxima, grandes arquitetos, como Tadao Ando, se destacaram na maneira em que os seus projetos eram pensados, os materiais usados e as sensações que eram causadas no espaço, nem sempre utilizando o mesmo contexto de seu entorno, mas uma forma característica em que eram executados. Nesse caso, essa maneira de fazer arquitetura se torna característica dele. Essa é a fachada de um de seus projetos, a Row House, Sumiyoshi, Osaka, do ano de 1976.
Popularmente falando, nós projetamos edificações com detalhes peculiares de nossos clientes. Muitas vezes seus pedidos, sonhos, uns nem tão compatível com nossa realidade (aquecedor interno, em nossa região) não são executados. Muitos desses sonhos foram baseados no que eles (clientes) já viram. Pedidos como: quero um gradil com pastilhas, como nesse projeto, ou minha cozinha tem que ficar como a da novela. Esse seria o momento para que essa moradia tivesse a identidade exclusiva do cliente, mas sempre são inseridos "pedaços" de outros lugares em nossos projetos.
Outro ponto é o arquiteto falar que certos sonhos não são possíveis, mas tento justificativa para exlicar o porque. Geralmente as demandas são diferentes. Acho um pouco difícil de um arquiteto que não seja famoso ser conhecido por sua maneira de projetar. Claro que certos elementos podem semre estar presentes em seus projetos, mas como a demanda, cliente, entorno, materiais e outros fatores nem sempre coincidem, não se tornam um ponto marcante de um arquiteto.