junho 18, 2009

TEMA 3: A memória, a história, o esquecimento.

Amnésia Condicionada

O que se vê atualmente no cenário da arquitetura se desenvolve frente a conceitos de memória e contemporaneidade como premissas de um “novo e transitório espaço”, que tem evoluído na medida de “novas e transitórias formas” de articulação do usuário com este lugar produzido, cada vez mais “espetacularizado” e especularizado.
Somos hoje objetos soltos na paisagem, sem um registro, sem uma verdadeira marca. A falta de identidade e a aculturação arquitetônica leva-nos a um estado de amnésia total além do condicionamento.

Para entendermos como às vezes grandes obras caem no esquecimento ou passam a não ter significância na historia, precisamos conhecer os novos caracteres impressos na dimensão física do espaço urbano e suas implicações no uso e expressividades cotidianas. Não adianta se falar em patrimônio cultural sem que isso tenha passado pela vivencia ou memória de alguém.

Em geral as pessoas confundem a preservação do patrimônio histórico, cultural, artístico, paisagístico, etc, com “preservação da memória”. Portanto, preservar um prédio, uma praça, uma árvore não significa que há alguma garantia de que uma suposta memória daquilo será guardada, afinal estamos condicionados ao esquecimento.