abril 03, 2007

lugarzinho imaginário

Não tem muros, atravessada pelo rio, é limpa, bonita e alegrada por graciosos jardins. Espaços amplos, arejados que asseguram o direito de ir e vir. Lá as pessoas vão ao mercado e pegam o que precisam sem recorrer à troca ou dinheiro. Não há violência nem guerra, todo mundo é igual como nas leis de Cristo. Quando não há posses, não há disputas. Todo mundo conhece todo mundo. Segue um urbanismo, através da simetria e pelo equilíbrio geométrico, reflexo de uma harmoniosa organização humana onde todos possuem moradias iguais, não há distinção de classes e as preocupações políticas e econômicas não existem.
O que acontece hoje, é que os aglomerados urbanos estão se transformando em ilhas isoladas (condomínios fechados) do contexto da cidade a fim de se aproximarem da cidade ideal que todos sonham. A situação é confrontante com as expectativas que se tinha há alguns anos atrás. Há uma carência nas relações que comunicam e integram a sociedade em suas relações diárias distintas. “A cidade ideal não se remete às medidas padrões, mas, a relação entre a sociedade e o meio urbano. A qualidade oferecida para executar suas necessidades básicas de circular, trabalhar, do convívio social, do morar e do lazer.” É mais que uma cidade que se almeja, e sim um mundo novo com suas características utópicas, ligadas à geração e reprodução de modelos. Regra e modelo, estrutura e processo, enfim, são os conceitos que nos levam a um lugarzinho imaginário!

14 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Cara Sofia, te escrevo de longe... decidí fazer uma rápida viajem nesta semana santa... viemos então pro sul (Porto Alegre) que de alegre não ví nada até agora... sabe de uma coisa este lugarsinho do qual você disse me parece meio inatingível... ou bem dentro ... emaranhado nas nossas entranhas escuras... bem no escuro ... quase invisível... pensei que porto alegre tivesse um porto belo... que se chegassemos a pé ou voando veriamos a tal alegria que o nome nos provoca... chocolates de todos os tipos... cheiro de comida de massas pela cidade... um céu estrelado como eu nunca ví... nada de barulhos ou cheiro de enxofre da usiminas... mas sabe ...anda sendo o contrário de tudo que planejei com a minha imaginacao fértil...
O hotel fica de frente para uma fábrica barulhenta de parafernálias de aco... e nos colocaram no quarto de fumantes... os fumantes não tem uma vista muito previlegiada ... fiquei observando os operários da tal fábrica o dia inteiro... e ouvindo o mesmo som da minha terra... não quis perambular... preferí um garoto que toca blues no bar do hotel... aqui eu escuto todas as linguas... e fico vendo o preco absurdo dos vinhos que um dia quero tomar... tem um que tem uma cor purpura... é a coisa mais bonita que já ví... acho que mais bonito que Porto alegre... amanha quero caminhar um pouco... mas o resumo da cidade está do meu lado .. aqui no saguão no hotel... estes garotos que tocam moram aqui... eles carregam na musica a cidade... e todos os empregados tem histórias engracadas sobre a cidade que na verdade é uma mentira... e as bebidas as comidas... as coisas enlatadas, e automáticas ... (sim pq aqui as portas abrem sozinhas) me lebrou seu texto... e se a cidade e o contato estiver aqui no hotel... sabe... meu turismo agora se resumo nisto... andar de elevador e espionar isto tudo daqui... o contato que você diz... vem dos esbarros... e neste exato momento eu dei um chute no cara do computador ao lado... tenho que ir... já dei inicio a uma conversa...

um beijo

7:15 PM  
Blogger Unknown said...

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10:37 PM  
Blogger Unknown said...

Caro, Anônimo, de anônimo não tem nada mesmo. Ja sei quem es tu.
Só te falo uma coisa desse para terra, pq vc ta sobrevoando demais. Se você fosse uma pessoa decente, escreva pelo o menos o nome.

10:37 PM

10:39 PM  
Blogger jorge tanure said...

eh sofia,
nao acredito mto nesse lugarzinho imaginario... pense bem, quais sao as grandes utopias ligadas a ordem q ainda resistem?
e, aho q este lugar bucolico, pitoresco e organizado, ou algo mto parecido, jah foi proposto, ha uns 100 anos, em 1898; o conceito de garden city, q com o passar dos anos se tornou lugar comum entre os planejadores de cidades.
caso se interesse, de uma olhada nestes links
www.library.cornell.edu/Reps/DOCS/howard.htm
en.wikipedia.org/wiki/Ebenezer_Howard
e, sr anonimo, q beleza de texto, bela construção de uma paisagem intima e subjetiva. gostei bem, mas a historia da musica eh meio essa mesma... uma cidade ideal eh possivel? como ser ideal p todos?

10:46 PM  
Blogger milenapais said...

Este comentário foi removido pelo autor.

1:09 AM  
Anonymous Anônimo said...

o Bom senso e o caráter...
Querida Milena, hoje vou entrar num ônibus de turistas estes que passeiam com agente por toda a cidade me lembrei de você... eles vão colocar na gente aqueles headfones e vão legendar toda a cidade...

9:53 AM  
Blogger milenapais said...

Este comentário foi removido pelo autor.

10:11 AM  
Anonymous Anônimo said...

rss
acho q perdi alguma coisa!

12:30 PM  
Anonymous Anônimo said...

Olha como falam com minha prima!

12:52 PM  
Blogger jorge tanure said...

eh gisele, tb acho q perdi algum capitulo dessa historia. nao entendo o pq dessa animosidade e stress.
o texto da lilian - q, diga-se de passagem eh aluna do segundo periodo [todos sabem q tenho brigas homericas com ela e discordamos como deus e o diabo, mas se o povo na graduação tivesse a escrita e a postura critica q ela tem no segundo periodo seria incrivel] - eh mto bom, assim como o de boa parte da turma de NT.

o texto da lilian trata d aspectos intimos, comuns e subjetivos, tais como, guardadas as devidas proposçoes, lispector, certeau benjamin e baudrillard; ou seja o comentario a respeito de conhecer a cidade me parece furado; acredito piamente em possibilidades, digamos, turisticas internas, domesticas, pessoais, e nao apenas a visita a gdes monumentos. outra coisa, turismo nao pressupoe um aspecto prospectivo, investigativo de arranjos diferentes dos nossos - leia-se investigacao no aspecto mais amplo possivel?

outra coisa, desde pequeno me irritava os zes e os esses com sons iguais, as letras sem sons, os jotas com sons de ges e vice versa... queria inventar um novo vocabulario onde se escrevesse do jeito q se fala; a internet me parecia ser o territorio onde isso seria possivel. ou seja, qual a gde diferença entre flw, pq, vc, naum, etc, etc, etc ou melhor, etcétera de lugarsinho, viajem ou imaginacao? vc entendeu o q estava escrito, nao? veja bem; estamos falando ak de um novo suporte, algo realmente novo na linguagem e q, com certeza rebatera na escrita e na fala mundial com uma rapidez jamais vista, mas por enquanto, os textos postados no blog [excetuando o comentarios] e os entregues escritos devem ter o portugues impecavel, segundo as normas gramaticais vigentes, ok.
pra vc ficar um pouco mais leve, milena, leia o livro marcelo, marmelo, martelo de ruth rocha de 1976, eh mto legal e conta a historia de um menino q queria reinventar a fala [aposto q vc jah leu]

1:39 PM  
Anonymous Anônimo said...

e isso tudo ainda pode render muito!

3:35 PM  
Blogger milenapais said...

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4:12 PM  
Anonymous Anônimo said...

milena, seu comentario foi incrivel, como diz o jorge. a pessoa q se isola do mundo externo, recebe o msm e se torna invisivel, muito bom! melhores partes: 3º (nao compartilhar), 4º (nao presenca), 5º (nao dedik o tempo pras koisas certa). o ex do verao eh a sua cara... e a parte dos protagonistas e coadjuvantesficou impecavel. mas ameniza e nao corrigi os erros viu? nao precisa, o texto eh melhor q qualquer coisa haver c/ isso! continue representando a voz ativa da sala...

1:12 PM  
Blogger milenapais said...

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3:06 PM  

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