março 22, 2007

RETROGADA ARQUITETURA

Atualmente, vivemos em um mundo onde a velocidade da informação, o aprendizado, juntamente com o conhecimento repercutem diretamente na produção da tecnologia.
Em pleno século XXI, pode ser observado esta informação sendo colocada a disposição do homem, no processo de desenvolvimento do meio em que este vive.
Séculos atrás, o homem produzia máquinas de morar, espaços tendo como elemento principal as experiências geradas por um cotidiano, mas com o passar do tempo as formas de se produzir arquitetura ficaram cada vez mais complexas, formas orgânicas, estruturas hayteck, subistituem o tijolo e o concreto, gerando espaços cada vez mais futuristas.
Hoje, podemos observar que muitas coisas parecem estar ficando de lado... o sentido de se produzir arquitetura, para quem esta arquitetura esta sendo construída, o resultado desta forma de se produzir no meio em que esta está sendo inserida e por fim o descaso como esta arquitetura perversa e industrializada vem se multiplicando.
“ Para os engenheiros e os pragmáticos de plantão, a arquitetura é uma palavra que causa arrepios. Sinônimo de “frescura”, desperdício, complicação, subjetividade, supéfluo, e os outros palavrões aos ouvidos da racionalidade técnica, arquitetura é a fina casca efêmera que enfeita a audácia da concretude infra-estrutural.

Para os mendigos e catadores, arquitetura é sobra. Assim como a comida, a roupa, os objetos que carregam. Coisas largadas, abandonadas e esquecidas por ai. Uma marquise, um degrau, um platô, um nicho. Pequenos esquecimentos do projeto inicial, cavidades ou apêndices que recuam ou avançam para fora do previsto. Nessas situações, a urgência da proteção é tão massacrante que uma misera laginnha a 5 metros de altura pode ser considerada um abrigo familiar. Assim como o frio é psicológico, arquitetura também pode ser”¹

Na imagem mostrada é possível ver esta forma de se produzir “espaços” de morar e fica a pergunta.
Até quando esta arquitetura se manterá retrogada ?

¹- Texto de Wellington Cançado/ Fascículo 01: O que será arquitetura?