novembro 30, 2008

Uso dos muros no meio urbano

Altos, baixos, compridos, estreitos, em construção, em desconstrução, rebuscados, rabiscados, rebocados, pintados. Por onde passamos deixamos em nossa memória a imagem de inúmeros muros, pois a cidade é marcada pela presente Constancia dos mesmos.

Os muros são criados com um fim determinado, a demarcação de um território e/ou segurança. Delimitação de um espaço que pode estar em uso ou não, e se tornou um elemento característico no meio urbano e acabam por acarretar funções distintas das que possuíam.

São vistos como elementos que reconfiguram o espaço urbano e comprometem questões de acessibilidade e circulação, alterando a paisagem urbana, descaracterizando-a, além de interferir na vida pública e nas relações entre indivíduos de diferentes classes sociais.

Usados para propaganda, pelos pichadores, ou por grafiteiros, podem ser vistos como elemento de impacto visual, porém poderiam ser construídos de maneira a possuir outras funções, distintas das que hoje existem, e assim terem novos usos pela população.

Não é difícil citar exemplos de como uma forma em grade escala pode permitir interpretações diferentes. Um arquiteto pode e deve aprender integralmente as implicações da distinção entre estrutura e ocupação, entre “competência” e “desempenho”, podendo chegar a soluções com um alto calor potencial no que diz respeito à aplicabilidade.

É completamente possível agregar aos muros funções distintas àquelas inicialmente agregadas a eles.

(Postagem referente ao tema livre)