novembro 23, 2008

Conversação

Bem, nesses encontros de conversação – troca de idéias e análise das matérias propostas – apesar de ser um encontro relevante, tenho sentido a falta de interesse do corpo de alunos, não pelo número de freqüentadores, mas pela pouca participação no debate dos temas apresentados; não diria que isso ocorre em função dos temas por si só, pois foram atraentes do ponto de vista da nossa realidade. Talvez pelo fato de termos dentro de nós o preconceito de que temos que ser profissionais propositores, não dando o devido valor a uma oportunidade de acrescentar aos nossos conhecimentos experiências de outras pessoas. Devemos lembrar que só temos a crescer quando temos a humildade de aprender com exemplos bem ou mal sucedidos; precisamos criar em nós mesmos um espírito crítico para saber avaliar o sucesso ou até mesmo o insucesso alheio. No caso do III colóquio tenho que parabenizar a Vivia Ramos, pois é autora de uma feliz iniciativa de avaliação do ciclo social e econômico das complexidades da construção em aço dos edifícios de ensino no Vale do Aço nos deixando um bom exemplo de preocupação com o impacto na natureza de construções com tais materiais – como o exemplo do Campus Lagoa do Piau.
Com relação ao TFG do Lucão – Lucas Sampaio Cota – o Açoliptus mostrou não somente uma possibilidade de construção, mas que a criatividade no processo construtivo, inovação nos encaixes, isso sim pode demonstrar que nossas propostas podem ser bem absorvidas pelo mercado como ações praticáveis e importantes. No caso específico como utilizar produtos de nossa região num contesto muito interessante – Aço= Usiminas e Eucalipto = Cenibra.
Tudo isso veio a ser endossado pelas palavras do engenheiro da Usiminas, Marcos Eulálio de Paula Ferreira que além de apresentar a produção de aço da Usiminas, pode falar da importância dos Negócios (uso do aço na construção civil), Tecnologia (como tornar viável o uso do aço na construção civil) e Promoção (estratégica para a divulgação do produto).
Para mim tornou-se importante a participação nesse encontro para avaliar conceitos, atitudes e valores de oportunidades que estão no mercado à espera de iniciativas para colocá-los em prática, pois são as novas teorias que a arquitetura pode experimentar utilizando-se de materiais não tão novos assim.