abril 30, 2009

Vírus na Arquitetura

Essa arquitetura intitulada como “tecnológica” para tecnologia, para mim é mais uma arquitetura virtual que não passa de uma experimentação 3d, lógico que com sua contribuição positiva para discussões , mas que não é algo construtivo, nem hoje e nem em 2050. Acredito na tecnologia sim, mas a arquitetura vai além de aparatos tecnológicos aplicados à alma do edifício, perpassando por peculiaridades como: cultura local, custo, usuário, etc...

Ao analisar o projeto de Diller Scofidio: Eyebeam Museum of Art and Technology, vejo o quanto o pensamento arquitetônico contemporâneo e a gênese de conceitos correlatos, como o referente aos chamados “Edifícios Inteligentes” e “Edifícios de Alta Tecnologia”, tem forçado e levado arquitetos a cometer delitos com seu poder formalizador, produzindo espaços virtuais esteticamente bem resolvidos, mas sem uma resposta ao outro ou a coisas como: quem vai construir quem vai usar esse espaço, etc. (afinal projetamos para quem?).

Penso que a arquitetura tenta e deve recuperar valores como o entorno, o urbano, a consciência social e ecológica. Valores esses que estão muito além do simples uso da tecnologia em si.
Longe de pretender apontar o que é certo ou errado, o ponto que destaco nesse argumento é o quão danosa pode ser a relação automação/arquitetura, quando esta última é suprimida por equipamentos de alta tecnologia.
Deste modo, pretendo indicar, senão o rumo exato ao menos a direção para que edifícios realmente inteligentes possam vir integrar a realidade arquitetônica no cenário nacional e internacional.