abril 30, 2009

Edifícios que comunicam - Neander

Sobre o Museu de Arte Moderna e Tecnologia Eyebeam
Diller & Scofifio

Fibra ótica, projetores, rede elétrica, wirelles, display e sensores diversos, serão aqui considerados equipamentos fundamentais para garantir a funcionalidade de espaços contemporâneos, no caso da obra analisada, trata-se de uma abordagem levada ao extremo – ou nem tanto – da implantação desses agentes em um edifício, por exemplo. Por que por exemplo? Poderíamos dizer que não se trata de um edifício? Como os que conhecemos; poderia ser este edifício classificado em um outro segmento de espaço coletivo?

Observo o edifício do museu como uma rua, uma praça, uma via qualquer, onde a ausência de equipamentos para inserção do corpo humano é um vazio que funciona como área livre para as práticas que cada individuo queria exercer ali naquele espaço. É claro que essa intenção de ação sempre será determinada pelos equipamentos oferecidos, porem esses equipamentos citados acima se apresentam de uma forma invisível, camuflada, e que a cada dia se afirmam como importantes ferramentas de comunicação.

Se formos criar uma classificação para o Museu de Arte Moderna e Tecnologia Eyebeam, diríamos que se trata de um edifício plataforma – ou algo do tipo – uma edificação micro regional, uma espécie de bairro vertical, repleta de áreas vazio, com seus equipamentos invisíveis preparados para dar ao usuário, seja ele quem for, em qualquer dia do ano e horário, em qualquer língua ou dialeto.


Neander Sathler Andrade