novembro 22, 2007

Diagnóstico Ambiental das Nascentes Existentes no município de Timóteo. (TEMA 07)

Como no tema anterior tratamos da situação dos esgotos, gostaria agora de falar um pouco sobre a situação dos nossos “Recursos Hídricos”, e mais precisamente no caso de Timóteo.
Em 2005, tive a satisfação de participar de um levantamento sobre a situação dos recursos hídricos do município de Timóteo. O trabalho foi intitulado de Diagnóstico Ambiental das Nascentes do Município de Timóteo.
De um modo geral o projeto traz preocupações relativas à necessidade de controle ambiental das microbacias existentes no território do município. Foram realizados estudos diversos em todo território municipal com o objetivo de caracterizar e diagnosticar a situação real de cada microbacia municipal com suas respectivas nascentes.
Dentro da área do município de Timóteo foram identificadas doze microbacias, sendo que para cada uma delas foram realizados os cálculos de área e de perímetro, levantamentos técnicos ambientais e localização das nascentes através de mapeamentos e georeferenciamentos. Infelizmente os resultados obtidos não foram nada satisfatórios, visto que, foram identificadas em todo o município 207 nascentes, e desse total: 61 encontram-se completamente secas; 16 intermitentes (só correm em períodos de chuvas) e apenas 130 foram consideradas perenes (correm o ano todo). É de se espantar, pois o percentual de nascentes que se encontram secas e intermitentes é significativamente elevado (37,20 %).
Dentre os vários fatores responsáveis pela degradação dos recursos hídricos os principais são: a retirada da cobertura florestal nativa, técnicas inadequadas de preparo e cultivo do solo e o uso inadequado dos próprios recursos hídricos.
Ainda assim considero importante, a constante mudança do uso e ocupação do solo no município; ou seja, a utilização inadequada de áreas que não deveriam ser utilizadas para parcelamento urbano e que deveriam ser destinadas à proteção ambiental e ao conforto das áreas urbanas atuais.
O projeto também propõe ações a serem implementadas nas microbacias visando a recuperação destas áreas, caracterizadas como “Áreas Degradadas”. O processo é lento, mas, trata-se de um processo dinâmico, que utiliza-se de técnicas de planejamento ecológico-econômico, que tem por objetivo caracterizar cada uma das áreas e propor seu melhor desenvolvimento, de acordo com suas finalidades, estabelecendo diretrizes básicas para o Manejo das áreas.
Além promover a reabilitação destas áreas ditas “degradadas”, acho que o mais importante a ser trabalhado seria 1º, a Educação Ambiental, com o objetivo de sensibilizar a comunidade sobre a importância de proteção das nascentes (seus recursos hídricos, seu solo, sua fauna, sua flora, dentre outros) e promover parcerias com órgãos ambientais (IEF, EMATER) com o objetivo de melhor uso dos recursos naturais e melhores técnicas de uso e ocupação do solo.