março 04, 2009

VAZIO

VAZIOS URBANOS CONSTITUEM-SE NORMALMENTE DE ESPAÇOS NÃO CONSTRUÍDOS E NÃO QUALIFICADOS COMO ÁREAS LIVRES NO INTERIOR DO PERÍMETRO URBANO DE UMA CIDADE. [site wikipédia]
VAZIO urbano=PRAÇAS. Questionar a existência de praças em meio ao cruzamento de vias, seja nos tempos de agora, uma indagação muito pertinente, ora visto que em cidades pequenas, sua presença não é conivente com usos comuns a população, levantando assim um questionamento quanto ao seu POR QUÊ. O que me leva a crer que o vazio é ocasionado pelo MAU PLANEJAMENTO URBANO.
As praças nasceram de necessidades: espaço para abrigar as atividades de TROCA e para a tomada de decisões COLETIVAS; de endereço para os ENCONTROS, para as festividades; de um símbolo para a COMUNIDADE, enfim, de um “ESPAÇO” facilmente acessível para a realização das mais variadas AÇÕES. Ao ver uma praça, observa-se que a maioria delas se encontra em meio a cruzamento de vias, por exemplo, em um bairro que possui um espaço que não tem nenhuma utilidade lucrativa, ora comercial ou imobiliária, logo se é pensado uma praça; de modo que, em sua maioria, as praças estão sendo construídas não mais pela necessidade de um espaço para variadas FUNÇÕES, mas sim um meio de se “maquiar” talvez um problema de planejamento urbano.
Perceber que o numero de praças inabitadas AUMENTOU é se preocupar com a gravidade das questões que as envolvem, somente substituir “locais com nada”; por plantas e equipamentos urbanos não é garantia de USO DO ESPAÇO, as praças necessitam de um pensamento muito além, que esteja totalmente ligado ao seu entorno e a população, de modo que se possam projetar praças para o USO, e não mais para a estética da cidade.
Por isso o termo Vazio urbano me remete as praças, uma vez que é comum cruzar uma praça deserta sem haver nenhum QUESTIONAMENTO, tornando-se algo terrivelmente normal. O “vazio” surge de uma falta de planejamento urbano que envolva a população, e que somente a preocupação pela estética da cidade e a política é que se leva em conta, o que infelizmente contribui para uma relação cada vez mais IMPESSOAL do habitante com a cidade, transformando POSSÍVEIS ESPAÇOS POTENCIAIS em VAZIOS URBANOS.