março 03, 2009

Vazios Urbanos

Para mim o vazio não existe. É lógico pensar que o lote vago na esquina provavelmente foi ou será um campinho de varzea vivo na memoria de alguem, que a fábrica abandonada é um deposito de lixo, criadouro de dengue e abrigo de marginais, enfim, que por não existir uma edificação ali, se denomina um “vazio”.
O espaço não é vazio na memoria das pessoas, ele existe e está edificado, na convivencia, na presença não solidificada e isso é o que importa. Nós futuros arquitetos temos o potencial de transformar esses vazios em espaços ricos em vivencia e realidade, ou em lugares péssimos e sem vida por um favor ao ego, e é isso que mais vemos acontecer à algumas décadas.
Se pensarmos em usar os espaços vazios para complementar os cheios, provavelmente alcançaremos um equilibrio social publico ou privativo, é importante visualizarmos o espaço vazio como uma ponte unificadora potencial e não rupturante no desenho urbano e na vida comunitária.

Davidson Felipe