abril 04, 2009

Arquitetura - A criação do novo e o respeito ao passado

Foto- Lavatório
Foto-Inhotim 2009
Arquitetura - A criação do novo e o respeito ao passado

O passado não é um bom lugar para ficar. Mas, a despeito disso, seria arriscado esquecê-lo, dizer-lhe não e tentar, no presente, construir o futuro a partir de bases “apenas” insólitas, ousadas (?) tendo os olhos voltados para o exclusivamente novo.

É importante valorizar o passado e utilizá-lo como fonte de inspiração e aprendizado. Não estariam nele os valores que formam a identidade de uma cultura, de uma nação? Como não pensar em valores históricos no momento em que, sem desprezar a idéia de uma continuidade, procuramos criar soluções práticas, viáveis e sustentáveis, evitando cometer os erros do passado e adequando o fruto de nossa criação às necessidades mais prementes do homem de hoje? Seria inevitável, portanto, o surgimento de novos conceitos arquitetônicos baseados na memória, na história, na identidade de um povo.

Quantos muros frisados há, ainda hoje, que foram concebidos como nova arquitetura, mas que na verdade, direta ou indiretamente, não passam de imitação do estilo Art Déco! Quantos lavatórios em forma de cuba (uma forma antiga, obviamente) sobre a bancada, quantas construções modernistas estilo Richard Neutra lembremo-nos da Health House (1927-1929), erigidas em diversos países e tantas outras sob influência de Le Corbusier? Curioso: para não dizer modernismo, diz-se minimalismo,... E tudo se transforma. Mas o minimalismo é da década de 60. Olha o passado aí de novo!

O século 21 chegou e ainda estamos andando de carro num trânsito caótico. Então, fica aqui a pergunta: Quando poderemos voar ou atravessar de um prédio a outro sem tocar a calçada?