março 29, 2009

A memória, a história, o esquecimento.

A cada dia que passa, as pessoas estão ficando cada vez mais longe de suas identidades, esquecendo assim de suas origens, valores, e se perdendo em meios turbilhões de informações, mudanças e “progressos”.
A memória condiz muitas vezes sobre aquilo que de uma forma ou de outra, marcam, seja ela boa, ou ruim.
Quando o assunto é ARQUITETURA, devem ser levados em consideração, fatores importantes, em qualquer intervenção a ser feita. Não se pode chegar a um determinado local e propor mudanças, pois ali existe um povo com sua identidade, cultura e história de vida. Por isso os cuidados se tornam cada vez maiores. A fragilidade usual pode fazer com que muitos fatos se percam no decorrer do tempo, apagando assim uma boa parte da vida de dezenas de pessoas, destruindo em questão de meses, uma rotina de anos e anos, e apagando assim os momentos vividos, dilacerando a historia de cada ser existente.
Nos dias atuais, inúmeras cidades deixaram de existir em sua forma original, ficando apenas as lembranças de cada cidadão que ali vive, não importando qual seja. Podendo ser de uma praça que deixou de existir, de um prédio ou até mesmo dos burburinhos das vizinhas, sobre as calçadas nos finais das tardes. O fato é que simplesmente hoje já não existe mais, e que aos poucos também deixará de existir para aqueles que um dia viveram e fizeram parte de um contexto histórico.
A arquitetura não é apenas aquilo que as pessoas visualizam. É muito mais; é também aquilo que as pessoas viveram, as vidas existentes, os equívocos cometidos e as circunstancias criadas sem querer.