abril 04, 2009

Memoria Historia eo esquecimento

Memoria Historia Esquecimento

A quem diga que esquecer é uma necessidade. Que vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa apagar o caso escrito. Necessita abrir espaço para o que esta por vir.
Em arquitetura podemos observar isso muito bem na forma de monumentais centros culturais e de comercio, que para serem realizados, desenraizam a população e descartam a complexa vida cultural local e suas características, dando lugar a áreas desprovidas de estória, olhos próprios e destituídas de motivos concretos para serem utilizadas, transformando se em territórios hostis ao individuo, o qual não se vê mais fazendo parte desse novo processo, pois não lhes traz nenhuma informação alem do mínimo exigido pelo utilitarismo, que o levam do nada a lugar nenhum em termos de espaço humano.
Não entender a valorização desse acervo que é o patrimônio a ser preservado, como uma herança de varias gerações, de sua memória e identidade, é tampar os olhos para o fato de que essas construções refletem o que somos, são “pegadas impressas na alma” por sua significância e representatividade social.
O indivíduo tem que se reconhecer na cidade -“o homem vive na cidade e da cidade, e a cidade não deixa de viver do homem”-, tem que respeitar seu passado e não fazer dela um amontoado de coisas sem sentido O passado conta ao presente como as obras foram produzidas e como passaram a fazer parte de um organismo vivo, em contínuo processo de evolução.
A compreensão tardia da importância de se revitalizar e modernizar o antigo, estabelecer um dialogo entre o novo e o velho, acarreta um processo de degradação e destruição física e social.
“O mundo em esquecimento pelo mundo esquecido. Brilho eterno de uma mente sem lembranças. Cada orador aceito e cada desejo renunciado.” Alexander Pope.