novembro 05, 2009

Abstenha-se

Diante do imenso leque do assunto arquitetura, existem várias revistas que defendem as suas opiniões, algumas são muito sérias, outras nem tanto. Cada publicação defende um ponto de vista, quem considera se o argumento é bom é o leitor.
Algumas revistas são dedicadas para um público leigo, elas falam sobre dicas de construção e sobre preços e outras coisas, ao mesmo tempo forçam uma doutrina de uma boa arquitetura, o que fazem clientes levarem uma revista e esfregar um projeto na cara do arquiteto, e falando que aquilo é que é bom, e que é para “desenhar” isso para ele, propondo uma simples cópia de outro projeto, quase afrontando a capacidade do profissional ali presente. O cliente buscar se informar é muito bom para os profissionais que vão trabalhar para eles, mas um olha crítico é necessário, se esse tipo de mídia é bom prefiro me abster sobre o assunto.
Assim como clientes também existem os projetistas, profissão existente só no Brasil, no nível de “jeitinho brasileiro” para pessoas que praticam exercício ilegal da profissão, talvez uma nova nomenclatura, mas na verdade o que acontece é que esse tipo de profissional copia um projeto qualquer, e se o adéqua no lote existente, como se isso fosse fácil, mas sem informação técnica suficiente desconsidera diversos fatores essenciais para o projeto, mas se a profissão existe, quer dizer que existe mercado, e se existe é porque alguém achou bom.
Alguns arquitetos defendem várias revistas, as mesmas que muitas vezes são criticadas, e outras publicações muito sérias também são criticadas, mas na verdade o que acontece é um jogo de empurra-empurra, onde cada um defende seu interesse, e no fundo somos todos “farinha do mesmo saco”, onde lutamos pela sobrevivência e abraçamos nossa causa, que pode ser dinheiro, fetiche, orgulho, e talvez alguma alma de bom coração, busque o que é melhor para o outro, abstendo-se do direito de orgulho em prol do próximo.

Hugo Marlon da Silva