maio 28, 2009

Identidade arquitetônica não e uma formula, uma essência racional a ser encontrada, uma seqüência mecânica de influências de formas passadas e contemporâneas - fazer o Maximo com o mínimo, em qualquer escala, com a sustentabilidade como muleta de sensibilidade, como uma lista pré definida de qualidades para identificar adequar e repetir -, mas sim um fenômeno vivencial que e estabelecido pelo uso do espaço, sua diversidade de indivíduos, grupos e formas de apropriação.
A identidade arquitetônica não se manifesta apenas na obra arquitetônica, mas sim na junção de todos os fenômenos culturais que o cercam - os arquitetos que projetaram os edifícios, os habitantes e os que viabilizaram sua realização -, não se impõem ao ambiente, mas se adaptam e dão a impressão que surgiram naturalmente, como se sempre estivessem la. Logo repetilos de forma mecânica e forçada e uma total transgressão. Não se sabe se aquela é uma manifestação autêntica de fato, ou se estamos simbolicamente parodiando um fetiche de um espaço que desperta nossa admiração acrítica.
Em suma a identidade arquitetônica esta muito longe de ser uma entidade metafísica e invariável. A marcação desse território acontece não apenas por limites geográficos ou referenciais visuais, mas pela apropriação do mesmo preservando a memória coletiva, recuperando os significados e a identidade local tendo em vista suas carências valores e peculiaridades. A arquitetura e uma manifestação do homem para o homem e a própria identidade arquitetônica se faz respeitar.