Obra e discurso
Constantes transformações, Isto me fez pensar na cidade que vivemos, onde a nossa participação é simplesmente como mero observadores, não queremos envolver com o que já está pronto ou propor mudanças por algo que estar por vir. Vemos, percebemos, mas ficamos calados, estagnados sem reação, deixando o discurso transcorrer sem ao menos intervir, tocar, sentir, mudar a posição.
Na realidade as cidades, nos dias de hoje, reflete o descompromisso do setor público com a ordenação do espaço urbano. Causa a impressão de que tudo se pode e de que a cidade é terra de ninguém, quando, na verdade, ela é território de todos.
Pensar nestas constantes transformações no que diz respeito a um crescimento ordenado para as cidades, vejo isto como um grande desafio na arquitetura, mas a partir de agora, não significa destruir tudo o que existe e iniciá-la a partir de um novo traçado do tecido urbano. Um novo ordenamento urbano das cidades é quase que condição básica para a instalação de um processo democrático, permanente e contínuo de planejamento. Não é apenas um belo discurso para seu projeto ou buscar um embelezamento do espaço. As obras têm que ser planejadas, discutidas e elaboradas com a total e irrestrita participação de todas as partes interresadas no assunto. Mas será que queremos participar?
Helen Bussinger Neubert
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