outubro 08, 2009

A forma não segue necessariamente a função.

STEVEN HOLL - Linked Hybrid, Pequim, 2009


A única coisa determinante sobre a forma é a frustração com o que já existe. O desejo de ter algo melhor é o que motiva a invenção de novas formas e não necessidades pré-existentes.
A arquitetura não é uma ciência exata, pois caso o fosse só haveria uma arquitetura possível e não várias como se constata. Na verdade diferentes arquitetos provenientes de diferentes backgrounds e com conhecimentos e sensibilidades diferentes quando confrontados com o mesmo problema, apresentam sempre soluções diferentes.
Um conceito importante e, sobre a total inutilidade/funcionalidade dos objetos que se qualificam como ARTE, então a arquitetura devido à sua função programática fica automaticamente dela excluída.
Pessoalmente não concordo com esta definição de arte e de qualquer forma acho que a arte, mesmo a dita inútil, é-nos necessária. Somos humanos e a nossa inteligência já suplantou os nossos instintos primários há muitos séculos. Eu, pelo menos, preciso de arte. Talvez não para sobreviver, mas para viver! Também acho que o rigor aplicado tanto no desenho como nas soluções construtivas da arquitetura é o resultado/fruto do nosso conhecimento cientifico.
A arquitetura a meu ver tem tanto de cientifico como de artístico... Umas são mais racionais, outras mais intuitivas ou emocionais.