outubro 08, 2009

Forma ou função? Forma e função? Forma sem função? (...)

Formas são geradas de duas maneiras; a partir de funções aleatórias, desconhecidas ou ignoradas e por meio de funções conscientes e centradas.
A moral é o juri da forma, julga valores por meio da utilidade de suas funções.
Funções são designadas ou atribuídas, formas são fabricadas e usadas.
A função é pródiga à forma, a forma uma avaria à função.
Forma em função da forma; obviedade.
Função em forma de função; impraticável.
A função se resume num potente jogo estético. A estética, mais que uma relação entre matéria e forma, impõe no "produto forma" peculiaridades e sentimentos.
Funções idealizadas sempre existirão. Transpor tais funções em formas "definitivas" é algo que jamais se realizará.
A forma, por mais gratuita que tenha sido produzida, está impregnada de função.
A função primária da forma é ser "forma".
Produzir forma sem função é como uma tentativa de escapar de um sistema ou uma inconformidade com uma prisão perpétua.
A arte é contraditória, repleta de significados e críticas. Tenta negar a função. Esse é seu papel, ser “inútil" (se tratando do caráter funcional das coisas).
A inutilidade é um conceito utópico, irrealizável. Tudo possui finalidade, e por mais que seja negado, um ranço de funcionalidade sempre prevalece.