novembro 26, 2009

A cidade vazia

Em uma cidade em crescimento as mudanças na paisagem urbana acontecem muito rápidas, acarretando assim uma serie de problemas que vão desde o caos no sistema de transporte ate a perda da cultural local. No vale do aço temos cidades jovens e que devidos as grandes empresas que se instalaram na região tiveram um grande crescimento em um curto período de tempo.

O município de Timóteo tem apenas 60 anos e já conta com quase 100 mil habitantes, com o crescimento populacional surgiram vários loteamentos nos morros que rodeiam a cidade, o centro que antes era constituído por edifícios de até dois pavimentos agora já conta com prédios bem mais altos, os espaços públicos foram deixando de ser utilizados com finalidades de interação entre a população e, em sua grande maioria vivem desertos. A tipologia arquitetônica foi sendo alterada de acordo com as necessidades da crescente população, que também foi se moldando em uma nova forma de vida. Uma vida corrida, onde o olhar é desfocado, o enquadramento é emoldurado pelas janelas de ônibus e carros que fazem com que as transformações geradas por esse desenvolvimento desgovernado passem despercebidas.

As ruas foram se alargando para atender o crescente fluxo de veículos. Semáforos, placas de transito, faixas e sinais pintados no asfalto tentam organizar o caos no trânsito nos grandes centros. As ruas amplas e os edifícios vazios fazem esses centros parecerem verdadeiras cidades fantasmas à noite. É um vazio imenso e um silêncio ensurdecedor que chega a incomodar as pessoas que porventura passa por ali. Parece que estamos sozinhos nessa cidade, foram embora e se esqueceram de apagar as luzes que vem dos Semáforos, que piscam sem parar. Além disso, tem a das vitrines e a dos letreiros iluminados, que tentam chamar a atenção dos fantasmas que habitam a noite dos centros comerciais.

Ramon Silva - postagem da semana passada dia 19/11