dezembro 06, 2006

Apropriação

OBS.: Texto referente a repescagem
O ser humano é um ser com grande capacidade de adaptação. E podemos ver isso claramente quando começamos a observar a sua moradia. É complicado falarmos da arquitetura como um modelo definido, ao longo dos séculos ela vem se modificando e se adaptando as necessidades humanas. Casa grande, casa com local de trabalho, casa pequenas, loft, planta livre. Essa ultima a planta livre, foi de grande significado para a arquitetura. Ao contrário do que muitos estão acostumados onde o espaço dita as regras e no ato de se projetar se define onde deve ficar cada coisa e onde deve ser cada espaço, a planta livre permite que as pessoas se apropriem do ambiente da forma que lhes for mais conveniente.
Essa idéia deve se expandir e o arquiteto tem que ter em mente que um projeto nunca está finalizado, eles sempre estão sujeitos a modificações. O usuário faz um puxadinho aqui uma adaptação ali, e o projeto inicial tem que dar abertura para que isso aconteça. A arquitetura não deve ser um espaço rígido.
Muitos arquitetos, no entanto, temam em tentar ditar regras e limites para o usuário. Outro fator agravante para que isso aconteça, prejudicando a qualidade da arquitetura, é a especulação imobiliária, que insisti em fazer prédinhos, com apartamentos apertados e desconfortáveis. Existem profissionais que no ato de se projetar não pensa no usuário, mas apenas em números, quanto vou lucrar, quanto vai custar, a qualidade do espaço e o usuário são o que menos importa, mas essas pessoas precisam compreender que se o espaço não for bom e não atender as necessidades do usuário, ele vai ter prejuízo, porque não vai conseguir vender.
O espaço precisa atender a demanda do usuário. Com a descoberta da planta livre o prédio, apesar de ser um aglomerado de apartamentos, pode permitir que o usuário faça com que cada apartamento seja diferente, atendendo a pessoas com necessidades e gostos distintos. A arquitetura tem que dar abertura para apropriação do espaço.