dezembro 05, 2006

A racionalização da arquitetura

“...Ostensivamente, Dom-ino é a imagem que acompanha a predicação de uma independência funcional e formal entre vedação e estrutura possibilitada pela construção em esqueleto: uma planta livre em que a configuração da vedação obedecesse a raciocínios primariamente topológicos e não necessariamente idênticos em pavimentos diferentes, a configuração da estrutura obedecendo a raciocínios primariamente geométricos e unitários.”¹

Na década de 20, do século passado, Le Corbusier apresentou um conceito que exprimia a reinvenção da casa: a máquina de morar.
Ele buscava um programa de habitação com meios técnicos e organização moderna que correspondesse ao mundo das máquinas, foi quando formulou o programa de cinco pontos: os pilotis, o terraço jardim, a planta livre, a janela em fita e a fachada livre.
Le Corbusier propôs uma revolução que criasse uma arquitetura capaz de atender os anseios de sua época e que usasse de toda tecnologia disponível pela indústria, ou seja, ele propunha a racionalização da construção.
Essa arquitetura racionalizada, que Le Corbusier propôs, começou a ser desenvolvida na Europa e também nos Estados Unidos, onde recebeu o nome de “Estilo Internacional”.
A partir de então, buscou-se um estilo contemporâneo que utilizava métodos construtivos uniformes, mas que deveriam, no entanto, permitir uma variação no uso e interpretação do espaço. Daí vieram os C.I.A.M. (Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna), como forma de direcionar e desenvolver a compreensão dos arquitetos para as novas abordagens da arquitetura e também do urbanismo.
Após a 2ª Guerra Mundial, Mies Van der Rohe projetou edifícios que puderam ser descritos pela idéia de “menos é mais”, onde a arquitetura precisa somente do mínimo suficiente para um bom resultado.
Assim como a proposta de revolução na arquitetura de Corbusier, o Estilo Internacional e a idéia de “menos é mais” de Mies Van der Rohe influenciaram a arquitetura mundial, inserindo cada dia mais a tecnologia na arquitetura construtiva e resultando em projetos que possibilitam variações de uso e apropriação do espaço.




¹ COMAS, Carlos Eduardo Dias. Arquitetura moderna, estilo Corbu, Pavilhão Brasileiro, AU nº. 26.

Bibliografia:
http://www.ufrgs.br/propar/domino/2005_01/txt05_2005_01.htm%20-%20 - visitado%20em%2005/12/2006.


Obs.: Texto referente ao Tema da Repescagem.