dezembro 06, 2006

Viver em “comunidade”, mas com dignidade

A problemática habitacional é uma história antiga, já era vista no auge da revolução industrial pelas condições subumanas de vida em que a classe baixa vivia. Então, desde o início, o Modernismo trata do problema habitacional de maneira mais ampla. As realizações do passado foram apenas pequenos passos diante de um problema que cresce a cada dia.

A partir de 1930 o processo de industrialização brasileiro abriu caminhos de desenvolvimento e modernização da sociedade. O Estado passou a investir em infra-estrutura urbana e regional buscando o desenvolvimento industrial.

Com o crescimento populacional e a falta de moradia, foram criando-se um “novo” de viver em comunidade; onde criaram um modo de racionalizar a construção, de forma que os espaços construídos ficassem em preço acessível a população de baixa renda. Foram surgindo então os conjuntos habitacionais.

Este tipo de moradia remete quase sempre à população de baixa renda, pois são feitos grandes conjuntos de interesse social promovidos muitas vezes pelo poder público e implantados em terrenos afastados dos centros urbanos, sem levar em consideração a forma de vida que o morador vai levar .

O desafio atual fala da necessidade de se construir um grande número de unidades habitacionais, de baixo custo e de boa qualidade, em um curto espaço de tempo, que sejam atendidas adequadamente por serviços urbanos e seguindo as normas estabelecidas, é necessário buscar ganhos na qualidade dos ambientes construídos, o conforto do morador. Para isso é necessária uma mudança na lógica construtiva através da industrialização de processos e componentes para a produção em série de unidades e conjuntos habitacionais.

Kessler (1981) fala que: “a idéia mais viável de se buscar é minimizar os custos de infra-estrutura, uma vez que as linhas de ação para se baratear as edificações - redução da área e de qualidade dos materiais - já atingiram seus níveis máximos”.

Dessa maneira podemos concluir que para a problemática habitacional ter um avanço significativo cabe aos cientistas sociais investigar questões sociais e aos arquitetos proposições em busca de melhorias da qualidade do ambiente construído.