setembro 06, 2007

eutopos (lugar perfeito)



A questão não é como construir cidades para se adaptar a este novo e longo verão urbano como o próprio tema cita, e sim como melhorar as condições nos grandes centros urbanos já existentes, para que possam servir como modelo para as futuras cidades que ainda surgirão.

Ultimamente há uma preocupação com a questão ambiental, e todos os setores não só a arquitetura, não só poderão como deverão contribuir para que haja uma melhoria no meio-ambiente (conforto térmico). Mas como fazer? Eis a questão! Pois a técnica e o uso de novos materiais já existem e são cada vez mais aplicados, porém antes disso é preciso pensar em como planejar.

Alguns já ouviram falar em ZEE - surge no bojo da necessidade de se preservar, melhorar e recuperar o meio ambiente, garantindo um desenvolvimento economicamente auto-sustentável. Esse instrumento vem a ser o Zoneamento Ecológico-Econômico. Trata-se de instrumento de gestão de um determinado território que estabelece normas para a localização espacial das atividades econômicas, tendo enfoque na preservação do ecossistema, assegurando o desenvolvimento sustentável. Procura compatibilizar os sistemas de produção em todos os níveis com o equilíbrio da natureza. Inicia com diagnóstico detalhado dos recursos naturais, da sócioeconomia e do marco jurídico-institucional.


Ação importante na região a ser zoneada é identificar suas efetivas vocações físicas, biológicas e antrópicas, acrescidas de acurado estudo de viabilidade econômica, em vista a promover somente aquilo que a região estiver apta a receber e executar. A elaboração de um ZEE deve ser um processo eminentemente participativo, contando com a contribuição não apenas do poder público, mas preponderantemente do setor privado e da sociedade civil organizada, por exemplo a transferência de população que vive em área de risco para uma outra área de risco-ambiental, afim de recuperar essa área degradada.

Falo em ZEE como meio planejador, para que esta ferramenta possa ser usada tanto para novas áreas a serem surgidas, e ainda mais para áreas já existentes e que tende a se degradar ainda mais, pois um dos fatores que aumenta ainda mais o aquecimento global além de carros, desmatamento e queimadas, são as próprias cidades que surgem no mesmo modelo das anteriores, e com a utilização do ZEE torna-se possível utilizar áreas degradadas, reconstituindo-a, ao invés de repetir o mesmo erro em uma área ainda nao degradada.

Através desse zoneamento, desse remanejo populacional e de um planejamento consciente, com certeza poderemos melhorar a qualidade de vida nas cidades, atingindo nao só questões sustentáveis mais também questões sociais.

De uma olhada nos parâmetros para a formulação do ZEE:

www.ambiente.sp.gov.br/ger_costeiro/tab_zonas.htm

Referências:

www.ibps.com.br/index.asp?idnoticia=2579
www.asselegis.org.br/zee.pdf
http://migas.wordpress.com/

IMAGEM: Ramon Fassarella

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

mas o que achei bom no ZEE é o fato de pensar sustentabilidade em todas as escalas e momentos... colocando a preservação do meio além das questões climáticas e geográficas... envolvendo tb a preservação da identidade cultural.
resta saber se isso realmente vai ser feito...

3:45 PM  
Blogger jorge tanure said...

muito bom, texto comeca negando o tema e apontando falhas, poderia continuar assim, critico e contumaz. pena q depois fica descrevendo a zee. uma revisao ou a proposicao de novos eixos sustentaveis talvez coubessem melhor na disciplina de novas teorias

3:49 PM  

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