dezembro 01, 2008

Tema Extra: Segredos da iluminação



Com o advento da luz elétrica, a iluminação artificial alavancou a edificação moderna e possibilitou a implantação de programas arquitetônicos mais complexos, modificando seu caráter. Desta forma a planta ficou mais livre e os espaços mais profundos. Nota-se desde o início, a intenção de estabelecer uma comunicação entre o interior de uma determinada construção com o seu meio externo. Esta comunicação pode ser chamada, grotescamente, de buracos (janelas).
Tímidas, visto que antigamente as janelas não eram proporcionais ao corpo do edifício, com o decorrer do tempo esta abertura se alargou na intenção de criar um cenário (vitrais góticos).
O tempo passa, surge o renascimento e desperta o homem para a racionalidade / ciência. Com o tempo, esta racionalidade o levará para o desenvolvimento da técnica que impulsionada pela revolução industrial, faz surgir a iluminação artificial. Esta se une às inovações da arquitetura da engenharia (prédios altíssimos, esqueletos de ferro / aço, grandes vãos livres) e faz surgir aberturas “sem limites”, uma verdadeira negação ao escuro.
A supervalorização da iluminação artificial gera um ofuscamento na iluminação natural. A arquitetura sente-se perdida neste meio de apurada técnica (com os problemas oriundos desta) e vai em busca de referência outrora vivenciadas.

“Faz-se necessário e urgente incorporar emblematicamente a tecnologia (iluminação) à atividade arquitetônica em todos os seus aspectos.”

Nos dias de hoje, como é de extrema importância controlar o consumo energético, voltamos ao passado, procurando formas de iluminar os espaços priorizando a iluminação natural, mesmo considerando que a iluminação artificial seja um aspecto muito importante para imprimir o caráter desejado em um edifício. Enfim, gerenciar o sistema de iluminação escolhido, controlar o consumo energético, sem deixar de lado o conforto ambiental são novos desafios.