setembro 17, 2009

Arquiteturas portáteis

Arquitetura:

1. arte e técnica de organizar espaços e criar ambientes para abrigar os diversos tipos de atividades humanas, visando tb. a determinada intenção plástica.

Fonte:http://dic.busca.uol.com.br/result.html?t=10&ref=homeuol&ad=on&q=arquitetura&group=0&x=45&y=7

Acessado em setembro de 2009

Ao considerar a construção como algo provisório no espaço, repensamos e redefinimos a idéia de arquitetura como espaço construído. Neste caso um recipiente, um lugar existente onde o ser humano possui uma estrutura mínima para se abrigar.

A configuração é o próprio ambiente criado, um lugar que não pode ser interpretado somente como um espaço fechado composto de objetos, mas sim como um acontecimento, uma disposição espacial de elementos que criam uma situação, às vezes planejada, outras não.

A arquitetura, nesta situação, é caracterizada pela impermanência, que é transitória ou efêmera. O que importa é o ambiente vivenciado, construído ou não, é a maneira como ela se constitui em algo temporário no lugar, uma ação, uma memória.

A arquitetura de eventos é efêmera exatamente por não empregar algum tipo de modalidade construtiva, mas por ser algo que o uso é transitório. Essa transitoriedade ocorre quando o objeto é provisório ou nômade.

O que define este tipo de arquitetura não é a durabilidade física do objeto construído, mas sua durabilidade real, sua funcionalidade, sua finalidade. Ela só se torna transitória quando se desfaz do lugar em que foi inserida. Um paradoxo, já que o surgimento da disciplina de arquitetura representa uma forma de reverter este ciclo nômade e criar raízes, estabilizar as construções e alongar sua duração.

Este fenômeno “perecível” aplicado ao objeto é a própria lógica do capitalismo, em que a velocidade do avanço tecnológico gera objetos descartáveis, e devido a sua mobilidade gera também configurações temporárias, arquiteturas móveis, construções e descontruções de espaços.