setembro 17, 2009

Nova Identidade

A sociedade atual se tornou articulada de tal modo para com os processos históricos, que todos os aspectos que abrangem os processos da vida humana se tornaram contrarias a uma existência genérica e multifacetada da cultura e das relações, mas sim contrarias, com posturas individualizadas e solitárias.

Na medida em que o tempo passa o ser humano torna seu modo de vida e suas relações em algo confuso e contraditório, um gênero universal surge demonstrando uma transformação perante seus fatores comportamentais. Na verdade é que em todas as etapas históricas da humanidade sempre nos convertemos em um gênero articulado por uma única e mesma historia, mas por muitos anos as sociedades se influenciavam de modos esporádicos, com envolvimentos culturais independentes, algo contrário aos tempos modernos, onde o desenvolvimento da cultura global e dos processos de produção em massa é o seu momento predominante, forçando o individuo a modos de divisão de trabalho que intensifica a dependência deste para com a sociedade, por analogia, aumenta a dependência deste para com a economia nacional e o mercado global.

Em uma sociedade, cujo elemento primordial para se sobressair é a mercadoria e o poder de compra, o relacionamento direto entre a humanidade torna-se algo artificial, as pessoas se interagem apenas por mediação da mercadoria, e o nível do comportamento equivale aos valores desta mercadoria. É por essa mediação que a sociedade consumista e detentora de propriedades particulares, se tornam primordial na configuração da personalidade humana dos tempos atuais, convertendo seus modos de vida para uma postura mais solitária e individualizada.

Diante desta nova postura social, onde os valores e a posse são elementos que interferem diretamente no relacionamento entre os humanos, se faz surgir uma paranóia ameaçadora que toma conta do cotidiano, onde a violência excessiva, os conflitos pela propriedade privada e as lutas de classe extremada se tronam reflexos deste novo gênero universal da humanidade.
Walter Silva Costa