março 18, 2007

O desejo de ser aceito


Onde ser diferente, ter sua própria identidade não é uma coisa boa, as pessoas buscam cada vez mais serem iguais umas as outras.
Essa busca por este bom, é monótona, árida, a ponto de incomodar.
Nesta padronização, existe uma ausência de criatividade e de impressão pessoal.
Na construção dos bairros populares se vê claramente, que o igual não atende a grande parte; percebemos a necessidade das pessoas em primeiro, adequar os lugar as suas necessidades e segundo, a de imprimir sua identidade e suas preferências pessoais.

Quero aquela blusa que a personagem da novela usou,
Quero meu cabelo igual ao daquela cantora de rock,
Quero minha casa igual a do meu vizinho.
E será, se o que é bom pra mim é bom pra você?
Porque tentamos ser algo que não somos?
Não somos "lego" estamos mais para "quebra-cabeça".
Somos únicos e nos encaixamos segundo o que somos.

Impossível pensar que cada coisa pudesse ser feita para uma pessoa especifica, mas será que essa pessoa não possa fazer do seu jeito?
Porque nossa busca nem sempre é pelo que é melhor e que melhor se encaixa a nós, mas pelo que achamos bonito nos outros ou dos outros?
O que nos faz desejar a aceitação?
Talvez seja o medo do não-encaixe, da rejeição.
O rejeitado (aquilo ou aquele julgado ser ruim) é massacrado e marginalizado por nossa sociedade (maioria).

Então o diferente causa o estranhamento?
Nem sempre, pois quando você procura se afastar e ser diferente de um determinado grupo (tribo), mais se aproxima e se torna igual a outro. Mas assim, você se encaixa por opção e não por imposição.
Então assumir as conseqüências da rejeição é ser você e querer nem sempre as mesmas coisas que os outros?
Então sejamos rejeitados pela maioria!
Mas lembro aqui, que a minoria desta sociedade a qual você se encaixa por opção (não por imposição), te aceita!