março 20, 2007

entidades autônomas

favelas e condomínios. a disposição dos lotes são uniformes e dão para uma via de acesso principal. processo dinâmico de uma urbanização não inclusiva . isolam-se coletivamente. limpo e ocioso. enclausurado. padrões pré-estabelecidos sem muitas relações. amplitude e vazios. espaços homogêneos onde vivem pessoas seletas. talvez espaços simpáticos. “uma cidade dentro da cidade” porém que não se relaciona. repetição. assim como os prédios da mrv, os condomínios alphaville. fácil de se organizar. nova versão residencial. constituem um tipo desejável de moradia. de prestígio. seguro. serviços diferenciados. estabelecem relações de ruptura com o entorno.

favelas
e condomínios. sua presença incomoda pois, nunca passa despercebida pela cidade. é um laboratório de criatividade popular. tem soluções próprias. constitui hierarquias. estabelece e estrutura regras de convivência. diversificado e confuso. a sua estética é própria. surgem da auto-organização. sem terrenos pré-definidos. infra-estrutura básica - quando há -.

favelas e condomínios. intervenções públicas. locais que são evitados ou evitam o restante da cidade. contrastes sociais. sociedades diferentes produzem concepções diferentes de tempo e espaço. manchas no tecido urbano que não conseguem ser absorvidos pela cidade. a não ser que: a riqueza do traçado planejado dos condomínios se mesclasse a toda subjetividade das favelas. integração da favela como bairro da cidade.

as relações atuais configuram as entidades autônomas - condomínios -. as portas se fecham para o entorno mas, a tecnologia permite conexão imediata com o resto do mundo.