outubro 24, 2007

Janela bay-window, oriel-window, bow-window, sanfonada ou camarão, basculante ou gelosia, janela de máximo-ar ou projetante, veneziana, de correr, janela irreversível, guilhotina, de abrir, de tombar, janela vitrôs, vidro-fixo, janela pivotante, janela do céu, janela da alma, janela secreta, janela imunológica, janela padrão, janela indiscreta, janela digital, escada de bombeiros, caracol ou espiral, de corda, de ferradura, escada de mão, de parafuso, rolante, marinheiro, podem ser retas, curvas, escada do tempo, escada da vida, escada telescópica, escada portátil, escada portão, porta de abrir, de correr, vai vem, porta-balcão, porta deslizante, porta de barro, de enrolar, articuladas camarão ou sanfonada, porta romana, porta de saída, pivotantes, basculante, giratórias, com aberturas animadas ou não, podem ser funcional e simples, abrindo para dentro em uma ou duas folhas, porta paralela, porta de aço, de madeira, porta-treco, porta jóias, porta retrato, porta preservativos, porta CD’s, porta luvas, porta malas, porta-voz, porta sabonete, porta recados, porta pratos, porta celular, porta copos, porta níquel, porta lápis...



Uma palavra pode derivar outras, ou serem homônimas (palavras que apresentam a mesma pronúncia ou grafia, mas significados diferentes), assim como o ato de fruição do observador, está para o espaço, para o objeto, para a obra de arte... Tudo está ligado à interpretação, ou seja, a bagagem que ele tem e a forma que ele vai receber variam de pessoa pra pessoa.

A constante metamorfose das coisas (objetos, espaços, obra de arte...), que no mundo se vive, muitas vezes está ligada às questões ambientais, pois muitas delas, ao invés de serem jogadas no lixo, viram reciclagem, mas outras estão voltadas para o questionamento, fazendo com que as pessoas possam reagir e observar as coisas de um modo diferente, assim como Marcel Duchamp, ao colocar um mictório e uma roda de bicicleta sobre um banco teve uma atitude provocativa, buscando modos de expressão, mudando o pensamento normativo das pessoas, modificando a relação simbólica com a natureza e com o crescente distanciamento entre o homem e o mundo natural levando-as a obter uma forma de visão do objeto diferente do real, diferente do objeto pelo objeto, para começar a perceber o que está além daquilo. Portanto, tudo é questão de interpretação.



2 Comments:

Blogger l said...

Legal falar de metamorfoses ininterruptas despejando vários objetos separados apenas por virgulas... e não com ponto final.

quando pensei meu texto foi assim... pra falar que a coisa pode ser... então deixo “...”

12:02 AM  
Blogger jorge tanure said...

otimo o titulo e o inicio do texto, piora qdo fala de reciclagem, mas o conjunto eh legal; poderia ter sido incrivel; argumento bem legal

12:03 PM  

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