novembro 29, 2007

O que se espera de um arquiteto?
“As profissões de engenheiro, arquiteto e engenheiro-agrônomo são caracterizadas pelas realizações de interesse social e humano que importem na realização dos seguintes empreendimentos: aproveitamento e utilização de recursos naturais; meios de locomoção e comunicações; edificações, serviços e equipamentos urbanos, rurais e regionais, nos seus aspectos técnicos e artísticos; instalações e meios de acesso a costas, cursos e massas de água e extensões terrestres; desenvolvimento industrial e agropecuário.”
Por LEI Nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966.
“Criatividade, arte e equilíbrio na transformação de espaços em habitat, em convívio humano; Profundo conhecimento dos materiais e a capacidade de utilizá-los com coerência;Ousadia nos projetos, sem que se perca de vista o possível e o realizável;Busca incessante de soluções criativas, que integrem com arte o homem ao ambiente, com a simplicidade que somente as grandes idéias podem oferecer;
Sensibilidade em compreender o cliente, absorver suas necessidades e anseios, trabalhando com ele e utilizando nesse trabalho, a melhor solução construtiva, e viabilizando-a economicamente”.
Por Marco Aurélio Russo.
A arquitetura é um mecanismo para ser usado, para estimular o corpo, para despertar sentidos, realizar e materializar conceitos. A criação arquitetônica está vinculada a sonhos. Quer seja da casa própria ou de sentir-se imponente ou simplesmente protegido. Considerando o poder desse elemento, calcula-se a responsabilidade de “ser construtor de sonhos”. Não se trata meramente de traçar planos e limites, medir e/ou resolver tarefas. É ser ditador demais. Sonhos não se controlam.
Sonhos são absolutamente livres, controlá-los é um paradoxo.
A arquitetura tem sido pensada por muitos de forma trivial, sendo baseada em conceitos de moda, fundamento que na maioria das vezes está desvinculada das reais necessidades do usuário. Como se veste Vide Bula, veste-se casas da novela das 20:00 horas da globo, a individualidade é que se torna banalizada neste contexto.
Materializar sonhos alheios, não é apenas ser hábil para solucionar espaços habitáveis, arquitetura encarna valores e pessoas.
Muito se espera dos arquitetos ...
Mas quem são os arquitetos?
Os arquitetos de barraca, o vizinho que desenhou seu próprio puxadinho, a dona-de-casa que fez o projeto de reforma da sua cozinha ou o graduado em Arquitetura e Urbanismo?
O que os difere, não são nomenclaturas, mas posturas.
Falar de emoção em véspera de conclusão do curso é inevitável...
Bom também é pensar sobre o que nos espera, para não sermos ingênuos e não nos qualificarmos apenas para sermos repetidores de posturas incoerentes e deturpadas.
Por Jucélia Maris.

1 Comments:

Blogger jorge tanure said...

otimo

5:20 PM  

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