dezembro 03, 2009

Urbanizar é organizar?

Busca pelo direito de ter habitação, áreas de ocupações ilegais, ausência de infra-estruturas básica, problemas e os impactos causados na sociedade por vinda de indústrias, segregação, programas de habitação que acabam gerando mais desigualdades, preservação de patrimônios naturais e históricos, moradias sem utilização, os valores culturais e econômicos presentes no mercado imobiliário. Essas, dentre outras situações sendo apresentadas em números e colocadas dentro de contextos históricos, provocam pensamentos sobre as dinâmicas existentes na malha urbana, como: o que já achou o seu lugar, o que se perde, a tradição e a contradição dentro deste meio globalizado.
Apresenta-se em cenários urbanos tanto uma realidade do descontrole total de favelas, onde cada um constrói como quiser numa grande falta de recursos e confortos básicos, e assim criando toda uma estética, quase orgânica, quanto a do numero crescente de milionários, e a grande procura por luxo dentro das grandes metrópoles.
“Numa cidade com aproximadamente 27 mil edifícios, e apenas 500 deles de alto padrão, a disputa pelos imóveis de luxo se acirrou nos últimos anos. Os ganhos espetaculares de bancos e corretoras rentistas, a especulação na Bolsa e a abertura do capital de empresas familiares fizeram surgir uma nova casta de milionários, que os agentes imobiliários chamam de “galinhos do mercado financeiro”. Acrescente a ela os azougues do agrobusiness, os feras da informática, as famílias de fazendeiros que precisam de um pouso na capital, os grandes exportadores de matéria-prima, os publicitários e marqueteiros da moda, as celebridades televisivas (com seus respectivos cirurgiões plásticos e dentistas) e a terceira geração de potentados da indústria e se chega à buliçosa tribo de ricos à procura de um teto.”

Até onde a população consegue intervir na troca de interesses que envolvem a ocupação, o consumo de um espaço?

Ao se pensar em urbanização de favelas, observam-se todos os impactos que tal organização de um espaço pode trazer para uma cidade, a entrada da infra-estrutura, que traga um conforto básico - como presente a presente em idéias de acessibilidade – a escolha por prioridades, a maior urgência. E é importante também ter em vista as mudanças de comportamentos da população, e também os interesses capitalistas envolvidos por traz de tal reforma.

Ramon Silva

2 Comments:

Blogger Fernando Tasca said...

texto otimo!!

11:18 PM  
Blogger Fernando Tasca said...

texto otimo!!

11:19 PM  

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