novembro 27, 2006

UM HABITAT

As duas categorias criadas pelo sábio de 2 anos que englobam toda diversidade faunística atual talvez seja uma forma de se ter uma visão não tão estática do espaço. Se analizármos bem, a lei é do mais forte, mas há um detalhe: Nem sempre o vencedor é o mais forte, isto já foi provado.
No texto de Mike Davis, Ecologia do Medo, Los Angeles e a fabricação de um desastre, fica bem claro a crítica social de uma história urbana e o meio ambiente. ( Comedores de carne)
Segundo relatos, há uma pergunta: O repentino comportamento dos bichos estariam eles se habituando aos seres humanos? Dentre várias passagens, me chamou a atenção foi quando o autor relatou o seguinte: Contudo, devido à intensa naturalização de espécies de plantas e animais de fora, a biodiversidade total, na realidade, tem aumentado. Além disso, devido à sua flexibilidade de adaptação e à remoção de seus principais predadores, as populações de algumas aves e mamíferos têm tido enorme crescimento depois da urbanização.
Voltando ao tema 5, onde o autor cria duas categorias que englobam a diversidade faunística atual: A habitação popular em muitos casos ainda continua enquadrada na categoria básica domésticos. Dar moradia a população menos carente teria talvez, quem sabe se colocar na categoria selvagens. Eu me pergunto: se acabasse com todas as casas, abrigos, porões, tudo quanto for considerado um espaço para o homem se alojar, ficar ou sentir que ali é seu espaço e que realmente ele necessita, como o homem reagiria? Como ele seria? O que ele faria? E se ao invés dos bichos, fosse o homem a ter uma arquitetura que pudesse ser um habitat melhor que a própria natureza?
Suponho que o tempo se incumbirá de fazer com que a visão da arquitetura possa ter sempre mutação entre selvagens e domésticos, isto respeitando os valores de cada um. Quem sabe assim os domésticos não necessariamente precisariam ser escoltados para se dar bem.